Homenagem da GOOGLE a Severa
Maria Severa
Onofriana, conhecida por ‘A Severa’, foi uma cantora portuguesa considerada a
mítica fundadora do fado, nascida em 26 de julho de 1820 e
falecida em 30 de novembro de 1846.
O fado é patrimônio
mundial da humanidade e um público musical mais requintado tem aumentado
significativamente a afluência aos espetáculos de fado no Brasil, em especial
no Rio de Janeiro.
Wikipédia
narra:
Conta-se que percorria os bairros populares
de Lisboa, e a sua voz animou as noites de muitas tertúlias bairristas,
tabernas ficaram famosas só pela sua presença. Teve vários amantes conhecidos,
entre eles o Conde de Vimioso (Dom Francisco de Paula Portugal e Castro) que,
segundo a lenda, era enfeitiçado pela forma como cantava e tocava guitarra,
levando-a frequentemente à tourada. Proporcionou-lhe grande celebridade e
naturalmente permitiu a Severa um maior prestígio e número de oportunidades
para se exibir para um público de jovens oriundos da elite social e intelectual
portuguesa. […]
A sua fama ficou a dever-se em grande
parte a Júlio Dantas cuja novela
‘A Severa’ viria a originar uma peça levada à cena em 1901, bem como ao
primeiro filme sonoro português realizado por Leitão de Barros em 1931.
Marina
Tavares Dias narra:
Por volta de 1845, batia-se o fado por tudo
quanto era lugar de boémia, desde a Calçada de Carriche até aos botes do Tejo,
passando pelas tabernas do Bairro Alto e pelas vielas da Mouraria. Ouviam-se
guitarradas no Arco do Cego e na Madre de Deus, no Lumiar e nas Laranjeiras, no
Quebra-Bilhas do Campo Grande e na praça de touros do Campo de Santana.
Nas esperas de gado, nas hortas,
nos prostíbulos e nos palácios. Tudo terreno lavrado e sequioso para semear uma
tradição e para erguer uma lenda. Assim sucedeu. Enquanto o marquês de
Castello-Melhor, o conde de Anadia ou o conde de Vimioso organizavam serões
onde punham a nobreza a par da terminologia fadista, a Lisboa da rua, a Lisboa
popular ia sedimentando os futuros mitos. O primeiro de todos, heroína digna de
romance de cordel, rouxinol da Mouraria, prostituta recebida pelos nobres, foi
Maria Severa Onofriana.
Sem comentários:
Enviar um comentário