por CARLOS VILARINHO
especialmente para o Mundo Botafogo
sócio-proprietário e historiador do
Botafogo de Futebol e Regatas
O Botafogo manteve a liderança [do campeonato carioca de 1961]. (…) Na sexta-feira os jogadores ofereceram a Sandro Moreyra um jantar de
gratidão, presenteando-o com uma placa de prata.
Pagando as dívidas de campanha,
Jânio Quadros devolvera o comando das finanças aos mesmos monetaristas cujos
movimentos hoviam sido contidos por Vargas e Kubitschek. Manteve o Ministério
da Guerra nas mãos de Odílio Denys, seu fiel servidor. (…) A Marinha e a Aeronáutica foram entregues a celejados conspiradores:
Silvio Heck e Grün Moss.
Na segunda-feira, dia 13, em
conluio com o FMI, Jânio anunciou em tom apocalíptico a desvalorização do
cruzeiro (100%). (…) 1 dólar passaria a custar 200 cruzeiros
(subindo para Cr$270,00,
no paralelo, em 15 de Março). Sofrerá exponencial aumento o preço dos
combustíveis e, por consequência, o custo dos transportes.
Os cortes de subsídios para importação de trigo e petróleo
incidirão sobre o preço do pão. Aumentará o custo das amortizações (em
cruzeiro) dos débitos (em dólar) já contraídos por empresas privadas e estatais.
Como avalista de tais operações, a União recorrerá então a novas emissões de
papel moeda (…) Para
o futebol restará o êxodo dos craques.
Na terça-feira, Quarentinha bateu bola, nada sentiu, mas foi
proibido d evoltar contra o América…
Fonte do excerto:
VILARINHO, C. F. (2016). O Futebol do
Botafogo 1961-1965. Edição do Autor: Rio de Janeiro, p. 18.
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