Diz a lenda que Ruy Barbosa, ao chegar
em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu
quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do
indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o
muro com seus amados patos, disse-lhe:
– Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo
pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas
sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à
socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo;
mas se é para zombares da minha elevada
prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei
com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à qüinquagésima
potência que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, diz: – Dotô, eu levo ou deixo os pato?
2 comentários:
E os "burronios" ficaram sem saber o que fazer com os patos...😁😁😂
Beijocas,
Os 'burrônias' e as 'Burrônias', se é que me entendes... (rsrsrs)
Beijos Gloriosos!
Enviar um comentário