Montagem do Mundo Botafogo: Olavo Bilac
e Oliveira Castro
por RUI MOURA
editor do Mundo Botafogo
Antônio Mendes de Oliveira Castro venceu o primeiro campeonato brasileiro de remo, organizado pela Federação Brasileira das Sociedades de Remo, pilotando a embarcação ‘Diva’, na categoria «canoés de sete metros com assento movediço para um remador» e na distância de 1000 metros.
editor do Mundo Botafogo
Antônio Mendes de Oliveira Castro venceu o primeiro campeonato brasileiro de remo, organizado pela Federação Brasileira das Sociedades de Remo, pilotando a embarcação ‘Diva’, na categoria «canoés de sete metros com assento movediço para um remador» e na distância de 1000 metros.
O atleta botafoguense assegurou para o Club
de Regatas Botafogo o primeiro título brasileiro em qualquer modalidade
esportiva, vencendo o alemão e campeão europeu Hans Binder (Clube de Natação e
Regatas) e o inglês Eduardo May (Icarahy), com o tempo recorde de 3’57” e 3/10.
A ‘Diva’ cruzou a linha de chegada ante o
delírio da multidão, enquanto todas as embarcações levantavam os seus remos em
saudação ao 1º campeão brasileiro de sempre que se dirigia ao Pavilhão de
Regatas, envolvido pelo público e envolto pela bandeira do Brasil.
Montagem do Mundo Botafogo: postal de Olavo Bilac para Oliveira Castro
Entre os presentes, o poeta botafoguense Olavo
Bilac saudou efusivamente o seu companheiro de boêmia com quem partilhava
amizade e admiração. No dia seguinte, o poeta homenageou o campeão brasileiro
com um texto patriótico e futurista:
“Oliveira
Castro, o amável e robusto rapagão que foi ontem aclamado Campeão de Remo, é
brasileiro, filho de brasileiros. O que me leva a pôr em realce essa
circunstância não é, está claro, um mesquinho interesse de chauvinismo; será,
sim, um interesse de patriotismo (…) O
que nós aplaudimos hontem na pessoa do nosso querido Oliveira Castro, tão
querido pela bravura e pela sua destreza, como pelas suas qualidades de
perfeito gentleman, foi a regeneração da nossa raça, foi a glória do nosso
sangue, foi o futuro da nossa Pátria.”
E enviou-lhe um postal de felicitações:
“Ao Castro, mais um grande abraço pela
victoria de hontem.”
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