sexta-feira, 26 de junho de 2020

Quarentinha e Valdo: duas histórias para dois artilheiros

Revista Placar, setembro de 2013
Resposta a um leitor

Fiquei curioso com o Tira-teima da edição de julho: por que Quarentinha não comemorava gol pelo Botafogo e Waldo não cobrava pênaltis? – JEAN F. DE MOURA

R: São duas histórias bastante distintas, Jean. Morto em 1996, Quarentinha, o maior artilheiro da história do Botafogo, com 313 gols, era tímido e introvertido, segundo o seu biógrafo, Rafael Casé, autor do livro O Artilheiro que não Sorria.

Para quem perguntava a razão de não comemorar seus gols, o botafoguense dizia que estava apenas fazendo sua função, para a qual era pago pelo clube. “Na verdade, ele era tímido e introvertido”, diz Casé.

O falecido narrador Luís Mendes recordou na biografia a primeira vez que que narrou um gol de Quarentinha: “Comecei a gritar gol, mas cheguei a engasgar ao vê-lo parado como se nada tivesse acontecido. Achei que o juiz tivesse anulado”.

Já o atacante Waldo, maior artilheiro da história do Fluminense, com 314 gols, não fazia gols de pênalti por dois motivos: o clube tinha bons batedores e ele não cobrava muito bem.

“O Fluminense tinha dois grandes cobradores: o Didi e o Pinheiro”, diz João Boltshauser, responsável pelo acervo tricolor. “E tenho registro de apenas cinco pênaltis cobrados por ele. Três convertidos e dois desperdiçados.” Aos 79 anos, Waldo mora na Espanha desde que se transferiu do Flu para o Valencia, em 1961.

Nota: Waldo faleceu em 2019, aos 84 anos.

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