Revista
Placar, setembro de 2013
Resposta
a um leitor
Fiquei curioso com o Tira-teima da edição de
julho: por que Quarentinha não comemorava gol pelo Botafogo e Waldo não cobrava
pênaltis? – JEAN
F. DE MOURA
R:
São duas histórias bastante distintas, Jean. Morto em 1996, Quarentinha, o
maior artilheiro da história do Botafogo, com 313 gols, era tímido e
introvertido, segundo o seu biógrafo, Rafael Casé, autor do livro O Artilheiro
que não Sorria.
Para
quem perguntava a razão de não comemorar seus gols, o botafoguense dizia que
estava apenas fazendo sua função, para a qual era pago pelo clube. “Na verdade,
ele era tímido e introvertido”, diz Casé.
O
falecido narrador Luís Mendes recordou na biografia a primeira vez que que
narrou um gol de Quarentinha: “Comecei a gritar gol, mas cheguei a engasgar ao
vê-lo parado como se nada tivesse acontecido. Achei que o juiz tivesse
anulado”.
Já
o atacante Waldo, maior artilheiro da história do Fluminense, com 314 gols, não
fazia gols de pênalti por dois motivos: o clube tinha bons batedores e ele não
cobrava muito bem.
“O
Fluminense tinha dois grandes cobradores: o Didi e o Pinheiro”, diz João Boltshauser,
responsável pelo acervo tricolor. “E tenho registro de apenas cinco pênaltis
cobrados por ele. Três convertidos e dois desperdiçados.” Aos 79 anos, Waldo
mora na Espanha desde que se transferiu do Flu para o Valencia, em 1961.
Nota: Waldo faleceu em 2019, aos 84 anos.
Sem comentários:
Enviar um comentário