sábado, 30 de abril de 2022

Retrospecto Botafogo x Juventude (2007-2022)

por RUY MOURA

Editor do Mundo Botafogo

No período em retrospectiva (2007-2022) o Botafogo defrontou o Juventude em 4 partidas, obtendo 1 vitória, 2 empates e 1 derrota, com saldo de gols favorável em 6-5 (Fonte: fichas técnicas do Mundo Botafogo).

Artilheiros: André Lima (2), Cícero (1), Dodô (1), Erik (1) e Joilson (1).

2007

Botafogo 3x1 Juventude

» Gols: André Lima, aos 18’ e 67’ (de cabeça) e Joilson, aos 39’ (Botafogo); Leonardo Silva, aos 24’ (Juventude)

» Competição: Campeonato Brasileiro

» Data: 26.07.2007

» Local: Estádio Giulite Coutinho, em Mesquita (RJ)

» Árbitro: Luiz Alberto Sardinha (GO)

» Disciplina: cartão amarelo – Júlio César, Túlio, Leandro Guerreiro, Joilson e Jorge Henrique (Botafogo) e Leonardo Silva, Zé Rodolpho e Júlio César (Juventude)

» Botafogo: Júlio César; Alessandro, Juninho, Alex e Luciano Almeida (Diguinho); Túlio, Leandro Guerreiro, Joilson e Lúcio Flávio (Felício); Jorge Henrique (Magno) e André Lima. Técnico: Cuca.

» Juventude: Michel Alves; James, Leonardo Silva e Wescley; Zé Rodolpho, Júlio César (Éber), Marcão, Marabá (Daniel), Fábio Baiano e Renato Cajá; Luciano. Técnico: Flávio Campos.

Botafogo 1x1 Juventude

» Gols: Dodô, aos 38’ (Botafogo); Tadeu, aos 46’ (Juventude)

» Competição: Campeonato Brasileiro

» Data: 28.10.2007

» Local: Estádio Alfredo Jaconni, em Caxias do Sul (RS)

» Árbitro: Heber Roberto Lopes (PR); Assistentes: Rogério Carlos Rolim (PR) e Carlos Benkbroke (PR)

» Disciplina: cartão amarelo – Roger e Zé Roberto (Botafogo) e Nunes, Alex Alves e Vanzini (Juventude)

» Botafogo: Roger; Alessandro, Juninho e Alex; Joilson, Leandro Guerreiro, Diguinho, Lúcio Flávio (Moreno) e Marquinho (Reinaldo); Zé Roberto (Adriano Felício) e Dodô. Técnico: Cuca.

» Juventude: Michel Alves; Barão, Nunes, Danilo e Zé Rodolpho (Bruno); Júlio César (Renan), Vanzini (William), Lauro e Renato; Tadeu e Alex Alves. Técnico: Beto Almeida.

2019

Botafogo 1x1 Juventude

» Gols: Erik, aos 50’ (pen) (Botafogo); Paulo Sérgio, aos 19’ (Juventude)

» Data: 04.04.2019

» Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)

» Público: 21.839 espectadores

» Renda: R$ 489,982.00

» Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza (SP); Auxiliares: Alex Ang Ribeiro (SP) e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (SP)

» Disciplina: cartão amarelo – Jonathan, Marcelo Benevenuto, Gustavo Bochecha (Botafogo) e Rafael Jataí, Marcelo Carné, Moisés Gaúcho (Juventude); cartão vermelho – João Paulo (Botafogo) e Paulo Sérgio (Juventude)

» Botafogo: Gatito Fernández; Marcinho (Luiz Fernando), Marcelo Benevenuto (Gustavo Bochecha), Gabriel e Jonathan; Alex Santana, Cícero e João Paulo; Erik, Rodrigo Pimpão (Kieza) e Diego Souza. Técnico: Zé Ricardo.

» Juventude: Marcelo Carné; Vidal, Sidimar, Genílson e Eltinho; Moisés Gaúcho (Bruno Camilo), Rafael Jataí, Lennon (Breno), Denner (Aprile) e Dalberto; Paulo Sérgio. Técnico: Marquinhos Santos.

Botafogo 1x2 Juventude

» Gols: Cícero, aos 32’ (Botafogo); Braian Rodríguez, aos 60’, e Dalberto, aos 89’ (Juventude)

» Competição: Copa do Brasil

» Local: Estádio: Estádio Alfredo Jaconni, em Caxias do Sul (RS)

» Data: 11.04.2019

» Árbitro: Vinícius Furlan (SP); Assistentes: Daniel Luís Marques (SP) e Bruno Salgado Rizzo (SP)

» Disciplina: cartão amarelo – Gatito e Alex Santana (Botafogo) e Rafael Jataí, Braian Rodríguez e Denner (Juventude); cartão vermelho – Alex Santana, duplo amarelo (Botafogo)

» Botafogo: Gatito; Marcinho, Marcelo Benevenuto, Gabriel e Gilson; Jean, Cícero e Alex Santana; Erik (Rodrigo Pimpão), Luiz Fernando (Rickson) e Diego Souza (Igor Cássio). Técnico: Zé Ricardo.

» Juventude: Marcelo Carné; Vidal (Rafael Bastos), Genílson, Sidimar e Eltinho (Fillipe); Moisés e Rafael Jataí (Breno); Denner, Braian Rodríguez e John Lennon; Dalberto. Técnico: Marquinhos Santos.

Botafogo 1x1 Juventude

» Gols: Diego Gonçalves, aos 82’ (pen) (Botafogo); Isidro Pitta, aos 63’ (Juventude)

» Competição: Campeonato Brasileiro

» Data: 01.05.2022

» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos

» Público: 31.512 pagantes; 34.734 espectadores

» Renda: R$ 1.201.275,00

» Árbitro: Bráulio da Silva Machado (SC); Assistentes: Alex dos Santos (SC) e Thiaggo Americano Labes (SC); VAR: Pablo Ramon Goncalves Pinheiro (RN)

» Disciplina: cartão amarelo – Philipe Sampaio e Victor Sá (Botafogo) e Paulinho Moccelin, Rodrigo Soares, Marlon, Paulo Miranda e Pitta (Juventude)

» Botafogo: Gatito Fernández; Saravia, Philipe Sampaio, Victor Cuesta e Daniel Borges; Luís Oyama, Patrick de Paula (Tchê Tchê) e Chay (Matheus Nascimento); Gustavo Sauer (Diego Gonçalves), Erison (Vinícius Lopes) e Victor Sá. Técnico: Luís Castro.

» Juventude: César; Rodrigo Soares (Rômulo), Paulo Miranda, Rafael Forster e William Matheus; Yuri Lima, Jadson e Marlon (Chico); Paulinho Moccelin (Guilherme Parede), Isidro Pitta (Vítor Gabriel) e Capixaba (Jean),. Técnico: Eduardo Baptista.

ATUALIZADO NO DIA 02.05.2022.

Voz de Bandeira de Mello

«Na minha época era o Botafogo, porque o Botafogo ganhava da gente. Nos anos 60 o Botafogo montou dois timaços. O primeiro timaço no início dos anos 60, que tinha simplesmente Garrincha, Didi, Quarentinha, Amarildo, Zagallo, Nilton Santos… E depois que esses jogadores todos foram embora, veio aquele outro: Rogério, Gérson, Roberto Miranda, Jairzinho,Palulo Cézar Caju, Leônidas na defesa e tal, foi um timaço e ganhavam. De vez em quando o Flamengo beliscava uma vitoriazinha aqui, ali e tal. Tanto que falei da história do Zico, que sofreu no colégio, como eu sofri também – Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo, nascido em 1953 e criança ‘sofrida’ durante toda a década de 1960.

sexta-feira, 29 de abril de 2022

Fragmentos ‘futebol do botafogo 1966-1970’: campeões sobre Barcelona e arbitragem… [14]

por CARLOS FERREIRA VILARINHO

especialmente para o Mundo Botafogo

sócio-proprietário e historiador do Botafogo de Futebol e Regatas

 [A narração que se segue antecipa o III Volume da coleção, a editar em 2022, e reporta-se ao ano de 1967]

No dia 26 de janeiro de 1967, uma quinta-feira, o Botafogo desembarcou em Caracas para participar da tradicional Pequena Copa do Mundo, que ele disputara em 1952. Agora, os adversários seriam o Barcelona, da Espanha, e o Peñarol, campeão mundial de 1966, que atuaria sem cinco titulares, convocados para defender o Uruguai (futuro campeão) no campeonato sul-americano.

No sábado à noite, o Botafogo só empatou (0x0) quando merecia derrotar o Peñarol por dois gols de diferença, no mínimo. Aos 16 minutos do primeiro tempo, lançado por Roberto, Paulo Cézar abre a contagem, mas o soprador local, Angel Ortega, anula o tento legítimo, acusando impedimento inexistente de Airton. Aos 20, Roberto é derrubado na área, mas o juizinho “não vê”. Aos 41, Airton cruza e Roberto fuzila na trave. Na etapa final, o Peñarol equilibrou o jogo. O empate beneficiou o Barcelona, que já havia derrotado os uruguaios (1x0) na quinta-feira.

Na noite de terça-feira, nos dez minutos iniciais, o Barcelona agrediu bastante. No primeiro ataque, Manga defendeu milagrosamente a cabeçada de Fusté à queima-roupa. Num córner cobrado por Juan Seminario, Manga, com mão de gato, tirou a bola da cabeça de Silva (vendido pelo Corinthians). Aos 14, num esticão de Leônidas, Airton aproveita a falha de Ferran Olivella para fazer 1x0.

Logo no início da fase final, o garfador local, Rodolfo Isasia, soprou impedimentos de Airton e Paulo Cézar. Depois, nas barbas do soprador, Fusté entrou impedido, porém, Manga praticou outra defesa espetacular. Aos 14, desviando o tiro de Edinho, Gérson acerta um sem-pulo de bicicleta (ao estilo Didi): 2x0. Um “golaço épico” – escreverá Geraldo Romualdo da Silva. Aos 40, num rush fulminante, Paulo Cézar faz 3x0, decidindo o jogo. Silva diminui (aos 41): 3x1. Então, aos 43, o juizinho sopra um toque de mão de Leônidas (na área) que só ele viu. Silva aproveita: 3x2. Ao final do encontro, depois da volta olímpica, Joel levantou o valiosíssimo troféu!

Logo após a decisão, Fabiano de Barros Franco enviou o seguinte telegrama ao presidente Ney Palmeiro: “Apesar juiz, espetacular vitória três dois, Airton, Gérson, Paulo Cézar pt. A taça é nossa pt. Abraços pt. Fabiano”.

No dia seguinte, João Havelange, ouvido por Luiz Bayer, disse que o Botafogo não o surpreendeu: “O seu triunfo sobre o Barcelona foi o resultado de uma equipe que está readquirindo o seu poderio e ao mesmo tempo prova que o futebol brasileiro tem motivos para estar confiante”.

Na quinta-feira, Nelson Rodrigues não poupou elogios: “O Barcelona sumiu diante do alvinegro. Dirá alguém que o escore de 3 a 2 sugere uma partida igual e dura. Não, senhor. Até o quadragésimo minuto do segundo tempo, o Botafogo ganhava por 3 a 0 e dava um baile de gols e de bola. (...) Venceu o Botafogo e de banho, fazendo virtuosismo e trançando luminosamente. Por outro lado, fala-se muito de um novo astro brasileiro: o alvinegro Paulo Cézar. Tem 17 anos como o Pelé de 58”.

No mesmo dia, azedo, Armando Nogueira, em vez de exaltar o triunfo maiúsculo do Botafogo, alvejou Gérson: “O front botafoguense manda dizer que o médio Afonsinho é uma das melhores figuras na temporada internacional da equipe. Com o que conclui-se que Gérson amansou um pouco, porque o que se dizia na roda alvinegra era que Afonsinho jogava mal no time titular porque Gérson passava o jogo todo a chateá-lo com ranhetices”. Armando devia estar se referindo à redação do JB (o front) e à roda da Rua Miguel Lemos, ninhos de intrigantes iguais a ele.

No dia seguinte, Geraldo Romualdo da Silva escreveu a crônica “Vitória do Botafogo retumba no estrangeiro como grande feito”. Ele disse: “Essa formidável vitória, que ainda valeu a conquista definitiva do Trofeo Circolo de los Deportistas Esportivos de Caracas, ainda hoje é exaltada, por todos os jornais da capital da Venezuela, como marca inconfundible del mejor futebol del mundo desde hace muchos años”.

Destacou a “ação dinâmica” e o “estonteante poder de imaginação” de Gérson. Mas também assinalou a força do time: “Impetuoso, decidido, com um extraordinário sentido de ataque e defesa, que se tornava imbatível à medida em que o espírito de solidariedade do conjunto aumentava, sufocado pelo perigo, o Botafogo chegou ao triunfo merecido, deixando o estádio sob palmas dos torcedores”.

Geraldo Romualdo destacou a estrondosa repercussão internacional da conquista alvinegra: “Ainda que não se recusem a falar do time, no seu todo, nem a render toda sorte de homenagens à bravura dos vencedores, o que parece de fato ter importado mais, para os cronistas venezuelanos, foi o gênio artístico de Gérson, no gol de bicicleta, una das mas fantásticas chilenas jamas vistas em nuestros fields. Depois, vem outro e escreve: “Gérson, es um abilisimo sordo (canhoto). Asi como es capaz de hacer goles de médio metro, también los hace del médio de la cancha. Outro aspecto por demais ressaltado na atuação do Botafogo é a radiosa juventude del plantel, cujo promedio de edad se contrapone a lo del Barcelona, um equipo ya viejo, lleno de altos y bajos, indeciso, desamorado, sobretudo cuando se dispone a hacer del futebol un festival tonto de exibiciones inutiles. Muy buena – frisa El Espectador – la conducta dei pibe (garoto) Paulo Cézar, que nosotros desconocíamos y que tiene rayos de luzes de gran crack”.

Extraído do livro “O Futebol do Botafogo – 1966-1970” (a lançar em 2022).

Os volumes I e II podem ser adquiridos através do endereço:  https://mauad.com.br/index.php?route=product/search&search=o%20futebol%20do%20botafogo

Escudo BFC

 

quinta-feira, 28 de abril de 2022

Que a mentalidade seja vencedora!

Crédito: Vitor Silva / Botafogo.

por CARLOS EDUARDO

Crônica de Quinta, no Mundo Botafogo

Aos poucos o horizonte botafoguense vai novamente se clareando neste início promissor de temporada e mostra-nos, principalmente, uma mudança de mentalidade que parece estar sendo compreendida por todos no clube. 

A apatia que víamos nos últimos anos está sendo substituída pela vontade de vencer. E isto tem contagiado a torcida e deixado os torcedores mais esperançosos na busca de bons resultados, e o jogo do último fim de semana parece-nos ter provado isso.

Nem mesmo a ‘arbitragem’ querendo estragar o jogo foi capaz de tirar o foco dos jogadores botafoguenses de seu único objetivo àquela altura: um empate, nos acréscimos do 2° tempo.

Fogãonet / Reprodução

Mas não nos é surpreendente que, piores que os árbitros, são os ‘comentaristas de arbitragem’ e alguns ‘jornalistas’: um show de corporativismo, distorções de regras e opiniões hipócritas. Afinal, o que seria um ‘IMPEDIMENTO INTERPRETATIVO’ ou um ‘AUTO-PÊNALTI’?

Seriam novas palavras para encobrirem as velhas atitudes e a incompetência dos assopradores de apito?

Além disso, duas coisas são verdades: 

1) Não dá para exigir que o futebol seja profissional em todas as áreas se a arbitragem ainda é amadora em todos os âmbitos.

2) E se uma regra é considerada nova, mas continua dependendo da interpretação do árbitro, então ela continua antiga.

Portanto, é bom o clube atentar-se ao assunto ARBITRAGEM e BASTIDORES (que nada tem a ver com ‘ajudinhas’) já que as duas juntas são capazes de atrapalhar TEMPORADAS e PROJETOS.

SOU BOTAFOGO - OUSAR CRIAR, OUSAR VENCER!

 

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Níver dos Campeões: Torneio Internacional de Caracas, 1970

por RUY MOURA

Editor do Mundo Botafogo

O Botafogo sagrou-se tricampeão do Torneio Internacional de Caracas, apelidado de ‘Pequena Copa do Mundo’, ao vencer o Spartak Trnava por 2x1 na decisão.

TORNEIO INTERNACIONAL DE CARACAS – 1970

Os Campeões e as Datas de Nascimento

Carlos Roberto de Carvalho. DN: 01.05.1948.

Fernando FerrettiDN: 26.04.1949.

Humberto André Rêdes Filho. DN: 20.06.1945.

Ismael Moreira Braga. DN: 18.05.1945.

Jorge Cardoso de Souza (‘Botinha’). DN: 06.06.1947.

José Márcio Pereira da Silva (Zequinha). DN: 17.11.1948.

Luiz Carlos Pires de Queiroz (‘Cao’). DN: 26.09.1945.

Moisés Matias de Andrade. DN: 30.11.1948.

Nei da Conceição Moreira. DN: 08.12.1946.

Paulo Cézar Lima (‘Caju’). DN: 16.06.1949.

Roberto Lopes de Miranda. DN: 31.07.1943.

Sebastião LeônidasDN: 06.04.1938.

Valtencir Pereira Senra. DN: 11.11.1946.

Técnico: Mário Jorge Lobo Zagallo. DN: 09.08.1931.

Os Jogos

BOTAFOGO 1x0 SELEÇÃO DA UNIÃO SOVIÉTICA (URSS)

» Gols: Roberto, aos 45’

» Data: 03.02.1970

» Local: Estádio Olímpico (Caracas)

» Botafogo: Cao, Moreira, Moisés, Leônidas e Valtencir; Carlos Roberto e Nei Conceição; Zequinha, Roberto, Humberto (Ferretti) e Paulo Cézar. Técnico: Mário Zagallo.

BOTAFOGO 2x1 SPARTAK TRNAVA (TCH)

» Gols: Adamec, aos 16’, Paulo Cézar, aos 58’, e Humberto, aos 85’

» Data: 06. 02. 1970

» Local: Estádio Olímpico (Caracas)

» Botafogo: Cao, Moreira, Moisés, Leônidas e Botinha; Carlos Roberto e Nei Conceição; Zequinha (Ferretti), Roberto, Humberto e Paulo Cézar. Técnico: Zagallo.

Fichas Técnicas completas aqui: 1970: Botafogo, campeão internacional em Caracas 

‘Acesso Total Botafogo’ – medalha de prata do New York Festivals

por RUY MOURA

Editor do Mundo Botafogo

 

O documentário ‘Acesso Total Botafogo’, produzido pela Globo, foi premiado com Medalha de Prata na categoria ‘Documentário de Esportes’ do New York Festivals, evento americano que reúne as melhores produções mundiais da televisão e do cinema.

 

O documentário envolve oito episódios de 30 minutos cada e revela os bastidores da gloriosa campanha do Botafogo durante a sua caminhada para a conquista do Campeonato Brasileiro de Futebol – Série B, vencido pelo Clube da Estrela Solitária em 2021.

terça-feira, 26 de abril de 2022

Servílio: amuleto do título de 1957

Crédito: acervo.oglobo.globo.com.

 

por RUY MOURA

Editor do Mundo Botafogo

 

José Lucas, o ‘Servílio’, nasceu a 25 de setembro de 1929 [Fonte: Álbum de Figurinhas ‘Ídolos do Futebol Brasileiro’], em Vargem Grande do Sul (SP), e faleceu a 30 de março de 2001, aos 71 anos de idade, numa Casa de Repouso Horto Florestal, em São Paulo, vítima de infarto agudo do miocárdio.

 

Servílio foi meio-campista, lateral-direito e zagueiro, sendo forte na marcação e dominador no jogo aéreo. Era irmão de Antenor Lucas, o ‘Brandãozinho’, que fez carreira na Portuguesa Santista, Portuguesa de Desportos e Seleção Brasileira.

 

O apelido de José Lucas deveu-se a uma extraordinária semelhança física com o famoso ‘bailarino’ Servílio de Jesus no seu modo de andar, craque da equipe do Parque São Jorge, pai do centroavante Servílio do Palmeiras.

 

O atleta iniciou-se em equipes amadores da cidade de Campinas e aos 14 anos de idade jogava na equipe Vila Industrial. Em 1944 ingressou no Esporte Clube Mogiana, de Campinas, e depois rumou ao Madureira (SP), na mesma cidade, ao Clube Atlético Piracicabano (SP), à Associação Atlética Francana (SP) e chegou à Associação Atlética Ponte Preta (SP) em 1950.

 

Em 1951 Servílio ingressou no Esporte Clube XV de Novembro de Jaú (SP), onde foi campeão paulista do Interior, e o seu desempenho já era conhecido, pelo que no ano seguinte o Flamengo já o tinha no radar das futuras contratações, o que ocorreu no início de 1953.

 

Jogando inicialmente na posição de meia-armador, Servílio acabou recuando no retângulo de jogo e assumiu posições de cabeça de área, lateral-direito e zagueiro, evidenciando ser polivalente em diversas posições e esquemas táticos.

 

No Flamengo, Servílio foi tricampeão carioca em 1953-1954-1955, campeão carioca de Aspirantes em 1955 e conquistou diversos torneios, mas em 1956, em plena reconstrução do Botafogo a caminho de possuir equipes fabulosas, os dirigentes do Glorioso conseguiram contratar Servílio, que jogou 107 partidas pelo Flamengo e marcou 2 gols.

 

Consta que se tratou, provavelmente, de uma das muitas superstições do Botafogo. No campeonato de 1948, que quebrou um jejum de 13 anos sem títulos cariocas, o Botafogo sagrou-se campeão com um ex-jogador do Flamengo – Pirillo – que, apesar da idade, foi uma peça chave no título. Então, na montagem do elenco botafoguense para novos títulos, optou-se por ir buscar Servílio ao Flamengo como amuleto, que veio a confirmar dar sorte.

 

Todavia, como o Flamengo não admitia vender o jogador diretamente a um dos seus grandes rivais, fez-se um esquema de Servílio ser inicialmente vendido ao Sport Club do Recife (PE), em março de 1957, e 4 meses após ingressou no Botafogo, pelas mãos de Renato Estelita, para se sagrar campeão de 1957.

 

Servílio estreou no Botafogo a 4 de agosto de 1957, pelo campeonato carioca, na vitória por 4x0 sobre o Canto do Rio com gols de Nilton Santos, Paulinho, Édson e Didi. A equipe alinhou com Amaury; Beto, Thomé, Servílio e Nilton Santos; Pampolini e Didi; Garrincha, Edson, Paulinho Valentim e Quarentinha.

 

Logo no dia 1º de setembro Servílio jogou pela primeira vez contra o seu antigo clube, pelo campeonato carioca, no empate por 3x3 com gols de Quarentinha (2) e Paulinho Valentim. A Botafogo alinhou com a mesma equipe titular que vencera o Canto do Rio.

 

No jogo do título de 1957 o Botafogo goleou o Fluminense no dia 22 de dezembro, por 6x2, com gols de Paulinho Valentim (5) e Garrincha. A equipe alinhou com Adalberto; Beto, Thomé, Servílio e Nilton Santos; Pampolini, Didi e Quarentinha; Garrincha, Edson e Paulinho Valentim.

 

Dez meses após o título Servílio jogou pela última vez no Glorioso no dia 25 de outubro de 1958, pelo campeonato carioca, na vitória por 1x0 sobre a Portuguesa, com gol de Garrincha. A equipe alinhou com Ernâni; Beto, Domício, Servílio e Jorge; Ronald e Didi; Garrincha, Amoroso, Edson e Quarentinha.

 

Servílio rescindiu com o Botafogo no início de 1959, tendo disputado 76 partidas pelo clube, 20 das quais pelo campeonato carioca de 1957.

 

Nessa época, em entrevista à Revista do Esporte, embora tenha sido campeão por diversas vezes, Servílio declarou: – «Sou um azarado do futebol!» A afirmação deve-se à sua insatisfação para com Flamengo e Botafogo devido ao rubro-negro não o escalar sempre como titular e depois no alvinegro por ter sido substituído por Paulistinha, devido à preferência de João Saldanha. Por outro lado, apesar de ter o seu passe no bolso, ainda não tinha equipe antes de ingressar no São Paulo Futebol Clube nesse ano de 1959, onde também foi pouco aproveitado.

 

A única participação de Servílio pela Seleção Brasileira foi a 27 de dezembro de 1959, na vitória por 2x1 sobre a Seleção Equatoriana, em amistoso.

 

Fontes principais: acervo.oglobo.globo.com; Rekords Idrottsalbum, Revista do Esporte; tardesdepacaembu.wordpress.com; terceirotempo.uol.com.br; terra.com.br; Vilarinho, C. F. (2013), O Futebol do Botafogo 1951-1960 (Súmulas); Wikipédia.

Botafogo campeão estadual de futebol sub-17 (com fichas técnicas)

Fonte: X – Botafogo F. R. por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo O Botafogo conquistou brilhantemente o Campeonato Estadual de Futebol...