sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Formatura de Heleno de Freitas

Heleno de Freitas. Formatura como advogado na Faculdade Nacional de Direito – Universidade do Brasil, Centro, Rio de Janeiro. Crédito: Internet / Reprodução.

4 comentários:

Sergio disse...

É interessante que o Botafogo em seus quadros teve médicos, arquitetos, engenheiros, advogados. Não sei sobre os outros clubes, mas o Botafogo é um clube letrado! Seria esse o termo correto? ABS e SB!

jornal da grande natal disse...

Termo correto. Super letrado!

Ruy Moura disse...

O Botafogo foi um clube letrado com muitos médicos, arquitetos, engenheiros, advogados e outros profissionais de topo. Em minha opinão já não é. A Era do profissionalismo, vitorioso sobre o amadorismo, acabou com os letrados e trouxe para o ribalta outro perfil de população em busca de melhor vida. No entanto, os torcedores letrados ainda se fizeram sentir por muitas décadas no Botafogo, mas também no Fluminense. O nosso Clube claramente com torcedores mais 'intelectuais' e o Fluminense com torcedores mais 'empresariais'. Flamengo e Vasco da Gama tinham outro perfil de torcedores, socialmente menos privilegiados, mas também esse perfil foi mudando. A tendência é para uma espécie de massificação como se pode ver, por exemplo, em todas as torcidas organizadas, cujo espírito cívico e desportivo me parece claramente em declínio a favor de símbolos agressivos e até mesmo violentos. A clara capacidade de interação das torcidas de outrora, sabendo-se comportar como adversários, está em declínio profundo em todo o mundo, emergindo, em minha opinião, radicalismos irreconciliáveis.

Abraços Gloriosos.

Ruy Moura disse...

Perfeito, Vanilson. Era realmente um clube super letrado. Os Boletins Oficiais do Botafogo no tempo do Amadorismo e nos anos seguintes do Profissionalismo são disso prova irrefutável. É delicioso ler esses Boletins. Como era tão fantástico e singelo o Botafogo desses tempos. Mesmo as zangas entre clubes eram traduzidas muitas vezes em carta, e em carta eram respondidas publicamente. Em grande estilo gramatical! Ainda hoje recebi Boletins de 1984 e a resposta pública do Maninho - então presidente do BFR - ao João Saldanha sobre um artigo crítico que este publicara, tinha uma qualidade e um cavalheirismo notáveis. Tudo isso mudou, como sempre acontece na vida da humanidade que nunca pára de mudar. O (des)respeito de hoje é outro. Vê-se pelas colocações da CBF, da Associação de Árbitros, dos dirigentes federativos, dos presidentes dos clubes, dos comentadeiros televisivos, de uma boa parte de jogadores (tipo Souza, Gabigol, Bruno Henrique, etc.) e de torcedores. Até houve um comentadeiro que com o Botafogo líder destacado apelidou a equipe de "lixo". E não foi despedido! Vale tudo. Ou quase...

Abraços Gloriosos.

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