sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Jogo do Senta versus ‘Senta Dentro da Piscina’

Gentileza de Claudio Falcão (Datafogo).

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Todos os botafoguenses conhecem a célebre estória do ‘Jogo do Senta’ em partida disputada entre Botafogo e Flamengo no dia 10 de setembro de 1944, pelo campeonato carioca, na qual o Clube da Estrela Solitária goleou o futuro tricampeão rubro-negro da Gávea por 5x2.

Em publicação do Mundo Botafogo (27.08.2008) escrevemos:

O jogo decorria com a vitória do Botafogo por 4x2 (2x1 ao intervalo) quando, a 14 minutos do fim, o Botafogo marca o seu quinto gol.

Subitamente o Glorioso é surpreendido por um protesto dos adversários, que se sentaram no gramado, inconformados com o que consideravam gol irregular. Mas a imprensa opinou que no chute de Geninho para gol a bola batera na parte inferior do travessão, entrara na meta e depois saíra. Era mesmo gol. […]

A torcida botafoguense não perdoou e fez a sua gozação:

– “Senta, para não apanhar de mais!” – e com esta expressão a partida ficou eternizada como o ‘Jogo do Senta’.

Há quem defenda que foi precisamente nesse jogo que a grande rivalidade entre os dois clubes surgiu, em virtude dos rubro-negros se sentirem vexados.

Ver publicação do Mundo Botafogo clicando em O Jogo do Senta.

No dia 24 de setembro de 1995, 51 anos depois do ‘Jogo do Senta’, estava marcada a derradeira disputa que decidia o campeão estadual de polo aquático desse ano.

Porém, a enorme superioridade da equipe do Botafogo suscitou no Flamengo tais temores que, para evitar uma goleada, não compareceu à decisão.

Em 1995 e 1996 o polo aquático do Botafogo foi bicampeão brasileiro e bicampeão carioca.

O Jornal do Brasil narrou assim o acontecimento da ‘fuga’ flamenguista:

Para não sofrer uma goelada histórica – segundo avaliação do vice-presidente de Esportes Aquáticos do Botafogo, Michel Karfunkelstein –, o Flamengo preferiu passar vergonha e simplesmente não aparecer para decidir o título do Campeonato Estadual de polo aquático adulto, programada para ontem, na piscina do alvinegro. “Isto não é esporte, é uma vergonha, um fato lamentável. O Flamengo não veio pois sabe que a equipe do Botafogo é muito superior. Um gesto covarde”, lamentou o dirigente. O Botafogo foi considerado o vencedor pelo placar simbólico de 5 a 0. “Eles ficaram com medo de voltar para casa com uma goleada e preferiram se ausentar. Essa atitude não tem nada a ver com a tradição de um clube como o Flamengo”, criticava Karfunkelstein, que sequer festejava a fácil conquista do se clube.

Sobre a fuga do Flamengo, o Mundo Botafogo considera-a... empolgante! Se no ‘Jogo do Senta’ os flamenguistas se sentaram, no polo aquático a fuga era obrigatória porque os atletas do Flamengo sabiam que quando a super goleada começasse não poderiam ‘Sentar Dentro da Piscina’, já que não são águas do Mar Morto e certamente recearam afogamentos, preferindo a fingida figura de Morto.

PS: Se o leitor tiver dúvidas sobre as vergonhas perpetradas às tradições centenárias do clube rubro-negro por diversos dos seus atletas e dirigentes, clique e leia a história de Almir na final do estadual de 1966 conquistada pelo Bangu contra o Flamengo: O meu maior clímax negativo no futebol.

2 comentários:

Sergio disse...

Interessantíssimas essas histórias .O mais interessante é esses bobões continuarem com esse papo de chororo quando são protagonistas das atitudes mais repulsivas no futebol brasileiro. Mas afinal é o clube das papeletas amarelas, do roubado é mais gostoso e outras imbecilidades.
Há um artigo do saudoso José Inácio Miller que explica a razão de tanto dos cathiformes ao Botafogo, esses dois fatos citados ilustram bem a razão do ódio. E o que dizer de uma goleada de 6 como presente de aniversário para o time da lagoa. ABS e SB!

Ruy Moura disse...

Ademais, Sergio, o Flamengo chora, chora, chora, e este ano já chorou diversos vices, o que até considero normal para quem está triste. Eles é que acham que os outros quando choram são chorões. Intelectualmente lamentável! E também estão sempre chorando para a CBF e a CBF alimentando o seu 'filhote', cedendo caso a caso para o 'filhote' não chorar mais. Dirigismo lamentável! Chororô miserável!
Abraços Gloriosos.

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