por DINALI, leitor do Mundo Botafogo
A partida Botafogo 5x0 Peñarol merece e
pede uma análise criteriosa de nossa parte, pois se trata de uma partida
histórica por muitos motivos. Vou dividir minha análise em partes:
1) Primeiro, observamos no primeiro
tempo que o Peñarol adotou a mesma estratégia de São Paulo e Criciúma, entre
outros clubes que jogaram contra o Glorioso, tendo como intuito principal o
empate. Porém, o time uruguaio trouxe a experiência histórica em catimba e
violência da escola uruguaia, além de contar com a conveniência de uma
arbitragem medíocre e muito mal-intencionada. O primeiro tempo também
demonstrou um Botafogo novamente tenso e ansioso. Às vezes, o time tinha
efetividade, porém a eficácia estava longe de dar o ar de sua graça.
2) Ontem, a tensão demonstrada em campo
no primeiro tempo se estendeu para a arquibancada, e a torcida já começava a
ficar impaciente. Embora estejamos mais do que cientes de que essa não é uma
postura que ajuda o time em campo, devemos levar em conta o histórico recente
de jogos nesse nível que o clube teve, em especial dentro dos seus domínios. O
torcedor alvinegro estava tendo "gatilhos".
3) Os jogadores mais caros e com maiores
expectativas em cima apareceram e foram decisivos, inclusive os que vinham
sendo criticados. Nessa reta final, vamos precisar muito da técnica e habilidade
de jogadores como LH, Almada, Savarino, Vitinho e companhia para decidirmos
jogos difíceis e contra adversários robustos. Por outro lado, temos jogadores
que não chegaram tão badalados, mas que são sinônimos de raça, entrega e amor à
camisa, como o Barboza, e que são importantíssimos em jogos assim, pois muitas
das vezes é preciso se impor diante de um adversário que pratica o antijogo.
4) Esse jogo e essa Libertadores devem
ser vistos e encarados por torcedores, SAF, comissão técnica e jogadores como
um exemplo de comportamento de um time da grandeza do Botafogo dentro de
competições grandes, em decisões ou contra times inferiores. Devemos respeitar
esses times, mas não ao ponto de permitir que nos arranquem pontos e
resultados. Quantas vezes na história o Botafogo não perdeu jogos por não fazer
bons resultados no RJ? Quantas competições o Botafogo não se contentou apenas
com o quarto lugar ou com as quartas de finais? Claro, quando chegava. Era
muito pouco para um time que já teve tantos craques e elencos formidáveis.
São momentos assim que ficam na memória,
estampam faixas e formam gerações. Quando falarmos da SAF no futuro,
lembraremos desse jogo, das vitórias seguidas contra o rival de três cores ou a
goleada contra o irmão siamês do rival de três cores, quem sabe as disputas
contra o time verde de SP. É assim que resgatamos a dignidade, grandeza, força,
prestígio e, principalmente, a história de um clube do nível do Glorioso,
gigante de General Severiano. Ah, isso é o mínimo, tá? Para algo ser realmente
extraordinário dentro de um clube assim, é preciso muito mais.
5) Eu penso que o Textor pode ser para o
Botafogo o que o Rogério Ceni, Marcos, Fernandão e outros foram para os seus
clubes. O Textor, juntamente com os seus, pode ser o responsável por encher a
galeria de General Severiano e deixá-la com mais cara de Botafogo, que já é.
6) Analisando o crescimento exponencial
da Estrela Solitária em tão pouco tempo de SAF, percebemos que o futebol é
profissionalismo, bons elencos e trabalho sério. Infelizmente, atrasaram o
nosso relógio, por causa de dirigentes irresponsáveis. Contudo, se mantivermos
essa escalação, dentro de uns 10 anos o Botafogo terá títulos de encher os
olhos e recordes inacreditáveis. Por exemplo, se vencer a Libertadores, irá disputar
a Recopa; e se vencer o BR, também disputará a Supercopa. Aí já vislumbramos a
possibilidade de quatro títulos, além dos dois mundiais. Agora, imaginem uma
constância; o quanto não ganharemos.
7) O nosso adversário, se passarmos,
deve ser o Atlético-MG. É um time forte e perigoso, que possui talentos
individuais excelentes e devemos ter muita atenção, pois é um jogo só, logo não
existirá uma outra partida para consertar. Agora, se for o River Plate, devemos
ter atenção com a parcialidade da arbitragem, da Conmebol e da violência da
torcida. Atenção também deve ser redobrada quanto à violência em relação ao
jogo da volta contra o Penarol.
8) Deve-se manter o foco total nas duas
competições e analisar as melhores alternativas. É a hora de doar um pouco mais
e de crescer, porque é a reta final que define os campeões; as iniciais definem
os premiados.
9) O Botafogo teve muitos elencos
incríveis ao longo da sua história, porém podemos estar diante de um dos
elencos mais vitoriosos em termos de títulos oficiais e que podem marcar o nome
na história como o elenco de uma nova era vencedora e, talvez, definitiva na
história do maior alvinegro do mundo.
10) A provocação do time uruguaio é
compreensível; afinal, quando um time está muito longe das suas glórias, é costumeiro
se valer da história. Mas aqui devemos uma atenção: Peñarol e outros times
sul-americanos participavam quase sempre da Libertadores por causa do fraco
campeonato local, o que acaba por fazê-los recordistas em muitos aspectos. Não
estou tirando os méritos do clube, principalmente nos tempos de Spencer, porém
participam de um campeonato que possibilita participar mais da competição. O
Botafogo teve muitos elencos bons que não se classificaram para o maior torneio
continental.
11) É uma felicidade imensa ver a
torcida botafoguense voltando a fazer grandes festas e recuperando a sua
confiança tão destruída. Estava lendo um post que, mesmo diante do resultado
confortável, alguns alvinegros ainda ficam tensos, pois, como disse acima, a
torcida sente esses anos todos que passou.
12) Acredito que o Textor será um outro
homem quando ganhar um título grande pelo Botafogo e sentir o quão especial é
fazer parte dos ídolos dessa maravilhosa, espetacular e inigualável torcida do
Fogão. A massa preta e branca, mais temida do Brasil e do mundo.
#FogoNeles
#OmaisTradicional
#SaudaçõesAlvinegra
3 comentários:
Excelente reflexão! SAN.
Ficou massa o artigo do DINALI com este caractere (tipologia da letra) tradicional do MB. Parabéns ao editor.
Excelente comentário do Dinali, parabéns!
Abs e SB!
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