por
RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo
Leila Pereira,
presidente do Palmeiras, entrevistada pela CazéTV, em 7 de abril de 2024,
afirmou:
«Considero Textor uma grande vergonha para o
futebol brasileiro, pois é extremamente irresponsável difundir mentiras.
[…] esse indivíduo é um charlatão. Em
minha opinião ele deve ser punido de forma exemplar. Ele deveria ser banido do
futebol brasileiro.»
A mesma senhora,
a 5 de julho de 2024, em relação a um relatório do STJD, entidade mais tarde
chamada oficialmente à atenção por não ter levantado um processo para averiguação
da veracidade das denúncias de John Textor, disse o seguinte (www.uol.com.br)
«O relatório reforça o que temos falado nos últimos
meses sobre o senhor John Textor. Trata-se de um irresponsável que precisa ser
punido exemplarmente pelos crimes que tem cometido contra pessoas, clubes e
entidades. Estas denúncias mentirosas, feitas mediante a apresentação de provas
forjadas, somente prejudicam a credibilidade do futebol brasileiro.»
Passados seis
meses de abril e três meses de julho, estando o Botafogo na liderança do campeonato
brasileiro, nas semifinais da Copa Libertadores e a municiar 5 Seleções nas
Eliminatórias da Copa do Mundo através dos seus atletas, a presidente do
Palmeiras, entrevistada em 12 de outubro de 2024 pelo canal Metrópoles,
afirmou:
«É muito importante ficar muito claro que
tenho profundo respeito pela instituição Botafogo, pelos atletas, pelos
profissionais. Estão fazendo um belo trabalho. O campeonato está sendo
acirrado, muito. […] Eu ganho, ok,
maravilhoso, Eu perco, ok, vamos seguir nosso caminho. Não vou ficar acusando
outro clube por causa de um tropeço, porque isso acontece na vida. Fiquei muito
chateada ano passado por tudo que aconteceu, pelo posicionamento do dono do
Botafogo, mas são águas passadas.»
Caros leitores e
amigos, não nos iludamos. A hipocrisia campeia. Esperava-se que, atacando o
Botafogo por todos os meios, quedássemos a meio caminho, como em 2023. Não
aconteceu, e quando parecia que o Botafogo perdia terreno no Brasileirão, eis
que aumentou de um para três pontos a vantagem sobre o Palmeiras.
Então, o discurso
do Palmeiras mudou.
Textor e a sua
equipe alteraram radicalmente o curso das águas. Novos reforços finalmente
chegaram, a comissão técnica mostrou-se firme nas respostas ao exterior, foi
montada uma nova identidade no futebol botafoguense, os jogadores
interiorizaram as novas ideias, a mentalidade robusteceu-se, o futebol jogado
cresceu e os resultados conjugados alteraram o contexto e colocaram o Botafogo
no topo dos debates sobre o futebol brasileiro – para espanto das flapresses e
afins, da Confederação, das Federações, das Comissões de arbitragem e outras,
dos dirigentes de clubes.
Percebeu-se que o
Botafogo trilha o caminho certo, com determinação e resiliência, que está
bastante blindado às maldades externas e que pode até alcançar conquistas ainda
em 2024.
Então, até
Dorival Júnior percebeu onde poderia buscar oxigênio novo para a Seleção.
E então, o discurso
do Palmeiras mudou.
Em 2023, quando o
Botafogo começou a queda, Abel Ferreira quase garantiu que já éramos campeões.
A estratégia deu resultado: fizeram-nos afrouxar, fizeram-nos acreditar que o
título já estava no papo, principalmente aos jogadores e aos torcedores
desavisados e otimistas em excesso.
Resultou em cheio
para os desígnios do Palmeiras, ajudado na sua estratégia por certas mãozinhas
invisíveis… – e quem riu por último foram eles.
Até agora os
nossos adversários esperavam que o Botafogo quebrasse à medida que os rivais
mais próximos encurtavam as distâncias, mas logo que perceberam, pelo último
jogo, que nãos seria assim, eis que Abel Ferreira vem elogiar-nos – e eis que
Artur Jorge rejeita tais elogios veementemente porque deles não precisava para
saber o que tem nas mãos e o que tem sido efetivamente realizado. Tiro na
muche!
Então, chegara o
momento de elevar o patamar da velha estratégia vitoriosa de 2023: eis que
chegam declarações surpreendentes da presidente do Palmeiras que, face a um
contexto em mudança no que respeita às denúncias e ao momento do Botafogo, vem
para a praça pública tecer encômios ao nosso Clube e até já nem está chateada
com o “dono do Botafogo”, porque tudo “são águas passadas” (!!!).
Francamente! Qual
é o Botafoguense inocente que acredita nos discursos tão macios, tão fofos, tão
elogiosos, tão humildes de quase aceitação da derrota que subitamente saíram da
boca de um treinador que costuma passar o tempo todo gritando e comportando-se
lunaticamente à beira do campo e da boca de uma presidente que acusou Textor de
“irresponsável”, “criminoso”, “charlatão”, “mentiroso”, que devia ser “punido”
e “banido” do futebol brasileiro?
A estratégia é
tão velha como A Arte da Guerra, de Sun Tzu. Há duas ações que se podem
articular: (a) dar um passo atrás para se conseguir dar dois passos em frente;
(b) quando uma parte das ‘tropas’ recua e outra parte se prepara para avançar
por outros meios, significa que o adversário está tentando nos atrair para uma
armadilha.
Qual é o
botafoguense que acredita que certas entidades oficiais não farão alianças
invisíveis para levar certo clube ao colo até ao trono?
A estratégia de
recuar para avançar mais depressa a seguir articula-se mediante alianças bem
preparadas para atrair o adversário à teia urdida…
Há por aí algum
botafoguense inocente que precise de mais esclarecimentos de modo a não cair
nas teias urdidas por representantes do Palmeiras e seus diversos sequazes?
Creio que não.
Creio que a incomensurável hipocrisia de Abel Ferreira e de Leila Pereira
assume claramente, à vista de todos, o papel de traiçoeira.
Portanto,
leitores e amigos, seriedade e firmeza no nosso dia a dia, caminhada com
cuidado, euforia modesta quanto baste, nenhum amolecimento, nenhum crédito aos
elogios embora mereçamos – mas apenas os sinceros e não os hipócritas – e apoio
total à comissão técnica e à equipe, foco jogo a jogo, nos 3 pontos, e as
contas fazem-se no final da temporada.
OUSAR
LUTAR, OUSAR CRIAR, OUSAR VENCER – JOGO A JOGO!
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