domingo, 13 de outubro de 2024

Textor sonha, os contextos mudam, a obra nasce, a presidente recua

A dupla de sucesso que não se deixa enganar. Crédito: Pedro Vilela | Getty Images.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Leila Pereira, presidente do Palmeiras, entrevistada pela CazéTV, em 7 de abril de 2024, afirmou:

«Considero Textor uma grande vergonha para o futebol brasileiro, pois é extremamente irresponsável difundir mentiras. […] esse indivíduo é um charlatão. Em minha opinião ele deve ser punido de forma exemplar. Ele deveria ser banido do futebol brasileiro

A mesma senhora, a 5 de julho de 2024, em relação a um relatório do STJD, entidade mais tarde chamada oficialmente à atenção por não ter levantado um processo para averiguação da veracidade das denúncias de John Textor, disse o seguinte (www.uol.com.br)

«O relatório reforça o que temos falado nos últimos meses sobre o senhor John Textor. Trata-se de um irresponsável que precisa ser punido exemplarmente pelos crimes que tem cometido contra pessoas, clubes e entidades. Estas denúncias mentirosas, feitas mediante a apresentação de provas forjadas, somente prejudicam a credibilidade do futebol brasileiro

Passados seis meses de abril e três meses de julho, estando o Botafogo na liderança do campeonato brasileiro, nas semifinais da Copa Libertadores e a municiar 5 Seleções nas Eliminatórias da Copa do Mundo através dos seus atletas, a presidente do Palmeiras, entrevistada em 12 de outubro de 2024 pelo canal Metrópoles, afirmou:

«É muito importante ficar muito claro que tenho profundo respeito pela instituição Botafogo, pelos atletas, pelos profissionais. Estão fazendo um belo trabalho. O campeonato está sendo acirrado, muito. […] Eu ganho, ok, maravilhoso, Eu perco, ok, vamos seguir nosso caminho. Não vou ficar acusando outro clube por causa de um tropeço, porque isso acontece na vida. Fiquei muito chateada ano passado por tudo que aconteceu, pelo posicionamento do dono do Botafogo, mas são águas passadas

Caros leitores e amigos, não nos iludamos. A hipocrisia campeia. Esperava-se que, atacando o Botafogo por todos os meios, quedássemos a meio caminho, como em 2023. Não aconteceu, e quando parecia que o Botafogo perdia terreno no Brasileirão, eis que aumentou de um para três pontos a vantagem sobre o Palmeiras.

Então, o discurso do Palmeiras mudou.

Textor e a sua equipe alteraram radicalmente o curso das águas. Novos reforços finalmente chegaram, a comissão técnica mostrou-se firme nas respostas ao exterior, foi montada uma nova identidade no futebol botafoguense, os jogadores interiorizaram as novas ideias, a mentalidade robusteceu-se, o futebol jogado cresceu e os resultados conjugados alteraram o contexto e colocaram o Botafogo no topo dos debates sobre o futebol brasileiro – para espanto das flapresses e afins, da Confederação, das Federações, das Comissões de arbitragem e outras, dos dirigentes de clubes.

Percebeu-se que o Botafogo trilha o caminho certo, com determinação e resiliência, que está bastante blindado às maldades externas e que pode até alcançar conquistas ainda em 2024.

Então, até Dorival Júnior percebeu onde poderia buscar oxigênio novo para a Seleção.

E então, o discurso do Palmeiras mudou.

Em 2023, quando o Botafogo começou a queda, Abel Ferreira quase garantiu que já éramos campeões. A estratégia deu resultado: fizeram-nos afrouxar, fizeram-nos acreditar que o título já estava no papo, principalmente aos jogadores e aos torcedores desavisados e otimistas em excesso.

Resultou em cheio para os desígnios do Palmeiras, ajudado na sua estratégia por certas mãozinhas invisíveis… – e quem riu por último foram eles.

Até agora os nossos adversários esperavam que o Botafogo quebrasse à medida que os rivais mais próximos encurtavam as distâncias, mas logo que perceberam, pelo último jogo, que nãos seria assim, eis que Abel Ferreira vem elogiar-nos – e eis que Artur Jorge rejeita tais elogios veementemente porque deles não precisava para saber o que tem nas mãos e o que tem sido efetivamente realizado. Tiro na muche!

Então, chegara o momento de elevar o patamar da velha estratégia vitoriosa de 2023: eis que chegam declarações surpreendentes da presidente do Palmeiras que, face a um contexto em mudança no que respeita às denúncias e ao momento do Botafogo, vem para a praça pública tecer encômios ao nosso Clube e até já nem está chateada com o “dono do Botafogo”, porque tudo “são águas passadas” (!!!).

Francamente! Qual é o Botafoguense inocente que acredita nos discursos tão macios, tão fofos, tão elogiosos, tão humildes de quase aceitação da derrota que subitamente saíram da boca de um treinador que costuma passar o tempo todo gritando e comportando-se lunaticamente à beira do campo e da boca de uma presidente que acusou Textor de “irresponsável”, “criminoso”, “charlatão”, “mentiroso”, que devia ser “punido” e “banido” do futebol brasileiro?

A estratégia é tão velha como A Arte da Guerra, de Sun Tzu. Há duas ações que se podem articular: (a) dar um passo atrás para se conseguir dar dois passos em frente; (b) quando uma parte das ‘tropas’ recua e outra parte se prepara para avançar por outros meios, significa que o adversário está tentando nos atrair para uma armadilha.

Qual é o botafoguense que acredita que certas entidades oficiais não farão alianças invisíveis para levar certo clube ao colo até ao trono?

A estratégia de recuar para avançar mais depressa a seguir articula-se mediante alianças bem preparadas para atrair o adversário à teia urdida…

Há por aí algum botafoguense inocente que precise de mais esclarecimentos de modo a não cair nas teias urdidas por representantes do Palmeiras e seus diversos sequazes?

Creio que não. Creio que a incomensurável hipocrisia de Abel Ferreira e de Leila Pereira assume claramente, à vista de todos, o papel de traiçoeira.

Portanto, leitores e amigos, seriedade e firmeza no nosso dia a dia, caminhada com cuidado, euforia modesta quanto baste, nenhum amolecimento, nenhum crédito aos elogios embora mereçamos – mas apenas os sinceros e não os hipócritas – e apoio total à comissão técnica e à equipe, foco jogo a jogo, nos 3 pontos, e as contas fazem-se no final da temporada.

OUSAR LUTAR, OUSAR CRIAR, OUSAR VENCER – JOGO A JOGO!

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