quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Botafogo na final da Libertadores: regresso ao futuro!

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

O Botafogo jogou com o regulamento debaixo do braço do primeiro ao último minuto, sobretudo para que os jogadores que estavam ‘pendurados’ não recebessem novos cartões amarelos que os afastassem da final. E alcançou todos os seus objetivos: qualificação para disputar a sua primeira final de Libertadores, nenhum novo cartão amarelo e nenhuma nova lesão.

Diz-se que para se chegar à final e ganhar a Copa Libertadores da América é preciso saber jogá-la. Talvez, mas em todo o caso não é preciso ter sabido jogá-la antes para se chegar à final – porque o Botafogo nunca chegara à final, a sua comissão técnica era completamente virgem em matéria de futebol sul-americano e os seus jogadores rumaram ao Rio de Janeiro vindos de diversas partes do mundo.

E o Botafogo superou as diversas dificuldades nas fases pré-eliminatórias; superou as duas derrotas iniciais na fase de grupos, acabou vencendo um ex-campeão sul-americano (LDU) e classificou-se com uma rodada de antecedência para as oitavas-de-final; bateu três ex-campeões nas oitavas, quartas e semifinais (Palmeiras, São Paulo e Peñarol) com muitas dificuldades, mas também com muita sabedoria; falta-lhe bater mais um ex-campeão sul-americano na final (Atlético Mineiro).

Tal campanha inédita comprova que saber-se jogar uma competição é perceber claramente os seus contornos, agir em conformidade e jogar futebol com empenho, esforço, dedicação e espírito coletivo.

O jogo de ontem, jogado à medida das circunstâncias, incluindo a ‘derrota vitoriosa’, com meia equipe reserva, e apesar de alguns erros comportamentais durante o jogo, evidencia que o Botafogo tem sabido jogar tanto na dimensão do Campeonato Brasileiro como na dimensão da Copa Libertadores.

Resta ao Botafogo saber jogar numa terceira dimensão: ganhar um jogo único – de ida e sem volta – e alcançar a inédita ‘Glória Eterna’!

VAMOS JOGAR JUNTOS EM BUENOS AIRES!

OUSAR LUTAR, OUSAR CRIAR, OUSAR VENCER!

PS: Não são desastrosas apenas as arbitragens brasileiras; os jogos do Botafogo tiveram arbitragens sul-americanas absolutamente primárias, errôneas e ‘perdidas’ em campo.

Excerto de comentário de Isabelle Favieri | Lance!

Apesar de ser um estreante na final, o Botafogo carrega na bagagem o amadurecimento e a mentalidade forte construída pela equipe de Artur Jorge após cada passo dado no mata-mata. Mesmo empilhando vitórias e classificações, tanto o técnico quanto os jogadores sempre presaram pelo pé no chão e o pensamento na próxima fase, frisando que 'nada está ganho'.

O Glorioso foi se construindo com a temporada em curso, com desfalques importantes por lesões e reforços chegando na janela de transferência no meio do ano, o técnico foi formando o elenco ideal que encaixou perfeitamente mesmo com pouco tempo de trabalho. É claro ver que o time, hoje, não se desespera em momentos de pressão e se mantém obediente taticamente até o apito final.”

FICHA TÉCNICA

Botafogo 1x3 Peñarol

» Gols: Thiago Almada, aos 87’ (Botafogo); Báez, aos 31’ e 65’, e Batista, aos 89’ (Peñarol)

» Competição: Copa Libertadores

» Data: 30.10.2024

» Local: Estádio Centenário, em Montevidéu (Uruguai)

» Árbitro: Piero Maza (Chile); Assistentes: Claudio Urrutia (Chile) e Miguel Rocha (Chile); VAR: Francisco Vejar (Chile)

» Disciplina: cartão amarelo – Bastos, Matheus Martins, Vitinho, Mateo Ponte e Thiago Almada (Botafogo) e Sosa (Peñarol); cartão vermelho – Aguerre, ao intervalo (Peñarol); Mateo Ponte (Botafogo)

» Botafogo: John; Vitinho (Mateo Ponte), Bastos (Allan), Adryelson e Alex Telles; Danilo Barbosa, Marlon Freitas e Tchê Tchê (Eduardo); Matheus Martins (Thiago Almada), Tiquinho Soares e Savarino (Alexander Barboza). Técnico: Artur Jorge.

» Peñarol: Aguerre; Milans (Avenatti), Javier Méndez, Guzmán Rodríguez e Maxi Olivera (Lucas Hernández); Damián García (De Amores), Rodrigo Pérez e Leo Fernández; Sequeira (Sosa), Báez e Maxi Silvera (Batista). Técnico: Diego Aguirre.

2 comentários:

Sergio disse...

Sou fã das suas análises pós jogo, sempre muito certeiras.
Ontem o Botafogo teve uma derrota com gosto de classificação, o que na verdade foi obtida no jogo do Nilton Santos ao golear o Penarol por 5X0.
Nenhum time no Brasil tem condições de jogar sem 5 titulares, e no caso do Botafogo, jogadores que fazem e muito a diferença, então Artur Jorge não tinha outra opção a não ser não escalar os jogadores pendurados. Naturalmente que os substitutos não fizeram um bom jogo, mas jogaram com o regulamento e fizeram o suficiente para conseguir a classificação.
Objetivo atingido, talvez por está razão pouca repercussão teve o erro absurdo do árbitro no lance em que apita um pênalti, que depois a decisão foi revertida pela chamada do var. Na verdade o árbitro ao não seguir o protocolo que manda concluir a jogada, o Botafogo foi muito prejudica, pois o Vitinho faria o gol e, com certeza atenuaria a tensão do torcedor botafoguense.
O que eu mais temos felizmente não aconteceu, que seria a deslealdade do time uruguaio, e pensando bem, a vitória do Penarol serviu para atenuar a raiva dos seus torcedores, que infelizmente foram insuflador pelas mentiras da imprensa, e pior, de seu dirigente máximo. Em minha opinião, a atitude desse dirigente mereceria uma suspensão exemplar assim como de seu clube em competições internacionais. Infelizmente estamos em um continente que até hoje pouco evoluiu em competições de futebol.
Parabéns a SAF, que transformou o Botafogo de um clube falido e sem futuro e eterno coadjuvante, num clube novamente protagonista e que nos dá a esperança de um futuro brilhante. Diretoria, comissão técnica, jogadores e funcionários do clube, parabéns pela classificação inédita para uma final da LA. E não poderia deixar de parabenizar essa torcida maravilhosa do Botafogo, que merece, e muito, um grande título. Abs e SB!

Ruy Moura disse...

Obrigado, meu fã! (rsrsrs)

Realmente não podiam jogar bem. Não estão entrosados. Porém, há uma curiosidade que me ocorreu: os reservas (sim, porque contrariamente ao que AJ estrategicamente anuncia, temos titulares e reservas) quando entram como titulares não conseguem encontrar fio de jogo porque não sabem ler bem a partida nem se entrosam bem, mas quando não iniciam o jogo e entram na segunda parte, na medida em que foram espectadores a partir do banco, então conseguem encaixar-se na dinâmica que já está instalada e cumprir cm a sua missão.

Árbitros sul-americanos são para esquecer. Tomara que na final ganhe o melhor e não quem o árbitro prefira que ganhe. E esperemos que a Conmebol não escale na final uma equipe de arbitragem uruguaia...

A torcida organizada do Peñarol pediu paz aos torcedores antes do jogo e comportou-se bem. E os jogadores seguiram o mantra e não foram violentos, não magoaram os nossos atletas, apenas foram chatos na pressão sobre a arbitragem para nos amarelar. E conseguiram! Mas salvaram a cara com a vitória, metendo as mágoas no bolso. Até nisso a noite foi 'diplomaticamente' a melhor para todas as partes.

Parabéns aos atletas, à comissão técnica, a toda a estrutura de apoio e aos dirigentes!

Abraços Gloriosos.

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