segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Equipas de futebol de todas as épocas


Em diversas ocasiões se fala nos clubes do século e nas equipas do século, fazendo-se diversas votações acerca dessas matérias – mas parece-me nunca se falar das equipas do meio século, isto é, dos cinquenta primeiros anos do futebol do século XX, os quais cobriram a época designada por ‘amadorismo’ e o início do ‘profissionalismo’.

Neste blogue já se evidenciou que o Botafogo foi considerado o 12º clube de futebol do mundo pela FIFA em 2000 e o 8º clube de futebol do mundo pela revista World Soccer em 1964. Também se procedeu à votação da melhor equipa de sempre, a qual apresentou a seguinte formação (A melhor equipa de futebol de todos os tempos):

MANGA; MARINHO CHAGAS, CARLOS ALBERTO TORRES, SEBASTIÃO LEÔNIDAS, NÍLTON SANTOS; DIDI, GÉRSON; GARRINCHA, JAIRZINHO, HELENO DE FREITAS, PAULO CÉSAR CAJÚ.

É claro que é muito difícil para o Botafogo fazer a sua equipa do século, porque além da equipa mencionada acima ainda ficaram de fora nomes como Nilo, Carvalho Leite, Paulinho Valentim, Basso, Patesko, Amarildo, Roberto Miranda, Zagallo, entre outros craques de 1ª linha.

A questão, que muitas vezes coloquei a mim próprio, e com certeza muitos botafoguenses colocaram, é esta: Mas antes dos anos sessenta, qual seria a equipa do século, ou do meio século?... Questão difícil de responder, porque a maioria de nós não pertenceu à juventude dos anos cinquenta e anteriores. Então, como saber quem teriam sido os nossos maiores craques antes dos anos sessenta e da mencionada equipa?...

Diz-se proverbialmente que ‘quem porfia sempre alcança’. Neste caso pode-se dizer que ‘quem investiga sempre alcança’. Claudio Falcão descobriu uma ‘preciosidade’: a votação do “Botafogo de todas as épocas”, precisamente em 1959.

Nesse ano o Botafogo juntou 34 botafoguenses da ‘velha guarda’ e procedeu à votação. O esquema adoptado foi o 2-3-5 e a expressão ‘ou’ significa que houve dois jogadores empatados na mesma posição. Eis a equipa 1904-1959:

VICTOR, MONTI ou BASSO, PALAMONE ou NARIZ; ZEZÉ PROCÓPIO, MARTIM SILVEIRA, NÍLTON SANTOS; GARRINCHA, DIDI, HELENO, NILO MURTINHO, PATESKO.

Os mais votados foram Nilton Santos (17 votos na posição em que foi eleito e 16 votos na posição em que estão Palamone ou Nariz) e Garrincha (32 votos). Entre uma e outra equipa mantiveram-se apenas Nílton Santos, Garrincha, Didi e Heleno.

Deve-se destacar, ainda, que somente Heleno de Freitas resistiu como ausente nas épocas em apreciação. Os anos sessenta trouxeram Manga, Gerson, Jairzinho, Paulo César Caju e, um pouco mais tarde, Marinho Chagas, Carlos Alberto Torres e Sebastião Leônidas.

Se quisermos ‘especular’ sobre a equipa dos primeiros cinquenta anos do século XX teríamos que substituir Garrincha e Didi, que somente apareceram após a viragem do meio século. Então, do que sei do futebol botafoguense anotado na ‘bíblia’ de Alceu Castro, e respeitando a votação de 1959, a equipa do meio século (1904-1950), sem Garrincha e Didi e com Paraguaio e Carvalho Leite, poderia ser a seguinte:

VICTOR, MONTI ou BASSO, PALAMONE ou NARIZ; ZEZÉ PROCÓPIO, MARTIM SILVEIRA, NÍLTON SANTOS; PARAGUAIO, CARVALHO LEITE, HELENO DE FREITAS, NILO MURTINHO, PATESKO.

Fonte:
Acervos de Claudio Marinho Falcão e Rui Moura

32 comentários:

snoopy em p/b disse...

desses, não me lembro de ouvir falar de victor, monti, palamone, martim silveira e patesko. caramba, meio time!

rui, eu, sempre que me deparo com uma montagem dos melhores de nossa história, não concordo em deixar alguém do título mais importante de nossa história de fora.
porque, então, essas estrelas, na época, não nos deram títulos expressivos, com exceção da taça brasil de 68, como uma libertadores, por exemplo? eles não são responsáveis por títulos mundiais da nossa seleção?

então, por essa razão, eu acrescento o túlio maravilha sempre.

abraço e sds. botafoguenses!!!

Anónimo disse...

POIS É RUY FAZER O MELHOR DE TODOS DO GLORIOSO SEMPRE FOI E SEMPRE SERÁ UA TORTURA POIS A QUANTIDADE DE CRAQUES E ESTRELAS DA NOSSA CONSTELAÇÃO SÃO IMENSAS.
SENÃO VEJAMOS: TÚLIO MARAVILHA COM CERTEZA ESTA EM MUITAS DESSAS SELEÇÕES E COM INTEIRA JUSTIÇA,MIMI SODRE DOS PRIMORDIOS DO BOTAFOGO JAMAIS PODERÁ SER ESQUECIDO,MENDONÇA QUE FOI UM SIMBOLO ALVINEGRO NA ESCURIDÃO DO CLUBE ERA O ÚNICO QUE BRILHAVA E SOZINHO LEVOU O GLORIOSO ANOS A FIO A VITÓRIAS MARAVILHOSAS - NÃO ESQUEÇO UM 3 X 1 NO FLAMENGO COM UM GOL DELE DE VOLEI NO CANTO ESQUERDO DA GRANDE ÁREA - VALDO PELA DEDICAÇÃO A LEVAR O GLORIOSO DE VOLTA AO SEU LUGAR, PAULINHO CRICIUMA PELA SUA GARRA ÍMPAR AO VESTIR O MANTO SAGRADO,NOSSA FICARIA AQUI O DIA TODO A ESPECULAR.UMA DELÍCIA - SÓ O BOTAFOGO ME PERMITE REALIZAR ALGO TÃO AGRADAVEL E IMENSO - MARCOS VENICIUS

Ruy Moura disse...

Antes de mais quero pedir desculpa a todos que já visitaram o blogue até aqui porque tive um engano. A equipa final dos 1ºs cinquenta anos incluía Paulinho Valentim (não pode, porque é posterior à viragem do meio século), mas quem devia lá estar era PARAGUAIO. Já fiz a emenda.

Saudações Gloriosas!

Ruy Moura disse...

Snoopy, esses são os craques dos anos 30 e da fabulosa equipa do tetracampeonato. Também inclui craques dos anos 40 e do campeonato de 48.

Sobre o Túio M. há bastante gente que o coloca na equipa do século, mas em minha opinião não é do nível de muitos craques do passado. O maior problema do Botafogo é escolher os craques no ataque. Veja isto: Flávio Ramos, Mimi Sodré, Nilo, Carvalho Leite, Heleno de Freitas, Octavio, Patesko, Paulinho Valentim, Garrincha, Amarildo, Quarentinha, Zagallo, Paulo César Cajú, Jairzinho, Roberto Miranda, etc. Dei exemplo de 15 para 5 lugares, no máximo...

Por tudo que li, pessoalmente não incluo o TM porque apesar de ser um grande oportunista de gol não tem a técnica refinada de outros. Por exemplo, o Mário Jardel fartou-se de fazer gols em Portugal, mas não foi craque do escrete canarinho... O Liedson também, mas a técnica não é muito apurada... Também não avalio os jogadores só pelos títulos conquistados, porque então teria que incluir jogadores da mais importante conquista do BFR: Copa Conmebol. E ali o que valeu foi o conjunto.

Em eleições destas o Túlio fica sempre muito próximo de ser escalado, mas perde sempre por uns quantos votos... Há outras opiniões que, por exemplo, incluem o Mendonça na equipa do século. Ou o Mauro Galvão. Ou o Josimar. Que dizer?... Não sei... são todos maravilhosos!... Dá pelo menos para fazer três equipas de 1º nível mundial!!!

Saudações Gloriosas!

Ruy Moura disse...

Marcos Venícius, o Mendonça era absolutamente notável, sim! Mas o problema continua a ser o mesmo de que falei antes ao snoppy: para entrar o Mendonça tem que sair o Didi ou o Gerson. Como tirar um destes dois?!?!?!... Só escalando 4x3x3, mas aí é preciso tirar um avançado. Quem?... Jairzinho?... Heleno de Freitas?... Paulo César Cajú?... GARRINCHA?!...

Felizmente é uma grande complicação fazer a equipa do meio século e do século. Só espero que o problema seja o mesmo para escalar a equipa do meio século XXI!!!

Saudações Gloriosas!

snoopy em p/b disse...

rui,

você acha a conquista da copa conmebol mais importante do que a do brasileiro? eu não acho.

e, já que estamos falando disso, vou puxar meu time de todos os tempos, pelo que já li, vi por tapes e vi ao vivo, pela formação tática que informa em seu texto:

manga; carlos alberto torres, mauro galvão, nílton santos e marinho chagas; didi e gérson; jairzinho, quarentinha túlio maravilha e garrincha.

na suplência:

wagner; josimar, gottardo, leônidas; sérgio manoel; amarildo, pc caju e heleno de freitas.

que tal?
é difícil mesmo montar um time desses quando o assunto é botafogo.
abraços

Fernando Gonzaga disse...

não acho justo montarmos um time so século com apenas 11 nomes, sendo que temos gerações de craques de épocas diferentes...Nílton Santos, Garrincha e Jairzinho ainda estão a frente, mas além deles, temos uma legião de sábios que vestiram nosso manto sagrado...

abraço!!

Anónimo disse...

ah ruy estava me esquecendo e resolvi arrumar uma confusão - NILTON SANTOS ou NILTON DOS SANTOS?
Pois é o verdadeiro é NILTON DOS SANTOS - fui corigido sabiamente por outro ilustre botafoguense Roberto Porto - alias já tinhamos cometido engano quase semelhante ao escrever ZAGALO e não ZAGALLO por muitos e muitos anos.Amanhã mando ua história do jogo ZERO do Botafogo que vc conhece - contra o Flamengo - marcos venicius

Ruy Moura disse...

Querido amigo snoopy, de um ponto de vista estritamente nacional, de acordo; de um ponto de vista internacional, vale mais um título oficial em uma competição regular. Sei que você e a maioria esmagadora dos botafoguenses acha mais importante o brasileirão do que a Conmebol, mas essa é uma visão exclusivamente interna. Por exemplo, os europeus não pensam do mesmo modo. É mais importante ganhar a taça UEFA (equivalente à época à Conmebol e hoje à Copa Sul-Americana) ou a Liga dos Campeões do que um campeonato nacional. O problema é que os sul-americanos não valorizam essa Copa, mas quando o fizerem – e hão-de fazê-lo – estamos já lá inscritos como campeões da Conmebol.

AO contrário, os europeus nunca deram nenhuma importância a um Mundial de clubes disputado em jogo único, enquanto os brasileiros acham isso monumental. Mas, realmente, uma taça conquistada através de um único jogo não pode ter muito valor… Daí que a nova modalidade inclui mais clubes na disputa.

Uma das razões prováveis para os brasileiros preferirem o campeonato nacional relaciona-se com uma realidade que não há parâmetro de igualdade em todo o mundo, isto é, há doze clubes brasileiros que, teoricamente, sempre são candidatos ao título. Em Portugal haverá normalmente 3; em Espanha 3 ou 4; em Itália 5; em Inglaterra 5, etc. Assim, enquanto em geral um clube no Brasil leva muitos anos entre uma conquista e outra, porque há muitos candidatos e vários campeões, na Europa isso leva, em geral, menos tempo.

Como não tenho essa visão centrada ‘dentro do país’ confesso que prefiro uma Copa Sul-Americana ou uma Taça dos Libertadores a um título nacional, já que essa é uma centragem internacional. Que o Botafogo perdeu desde os anos sessenta e que eu gostaria de tornar a vê-la. Mas compreendo, absolutamente, que prefira um título nacional. Até porque dá para zoar durante um ano com os adversários (rsrsrs…), coisa menos provável se ganharmos taças internacionais contra uruguaios e argentinos…

Mas, em todo o caso, o que eu gostaria mesmo é o que todos os botafoguenses gostariam: ser campeão brasilero e campeão da Libertadores!!!!!

Saudações Gloriosas!

Ruy Moura disse...

Snoopy, confesso que Heleno eu não tiraria em circunstâncias nenhumas!... Por tudo o que li, vou dizer algo que nunca disse mas que pressinto: Heleno de Freitas era melhor do que Garrincha apesar de nunca ter sido campeão!... Garrincha tinha aquelas pernas tortas que ajudaram muito a fazer o que fazia e com drible quase sempre igual (sacrilégio!... rsrsrs...). Heleno de Freitas tinha
uma técnica apuradíssima e... INTELIGÊNCIA NOTÁVEL!!!

Se há jogador inteligente e craque em todo o Brasil de todos os tempos é... HELENO!

É o maior jogador intelectual de todos os tempos!

Em minha opinião, Heleno, Pelé, Garrincha e Maradona eram... deuses do futebol!

Quanto ao Túlio, eu teria que tirar o Paulo César Cajú, e esse, de técnica apuradíssima, que vi jogar, não posso tirar, não. Não 'compro' o seu Túlio... rsrsrs... Prefiro 'comprar' o Mauro Galvão.

É muito engraçado podermos ter estas conversas, não é?... Se não tivessemos tantos craques a conversa esgotava-se facilmente... Por exemplo (sem ofensa a ninguém), o Fluminense não tem muito por onde discutir... Tem praticamente um único craque para cada posição e o maior de todos foi o Castillo que levou cinco gols do Paulinho Valentim na final do cariocão de 1957!...

Saudações Gloriosas!

Ruy Moura disse...

Fernando, esta é uma formas de 'brincarmos' com os nossos craques e com tantos craques!...

Se eliminarmos a ideia de classificações, basta citar um rol de fabulosos jogadores que tivemos. Mas aí todos concordávamos. Eu acho que tem graça é discutirmos como o snoopy fez comigo. Por exemplo, há um jogador que foi apanhado a meio caminho, foi excelente e não figura em nenhum time: o Paulinho Valentim. Este era mesmo craque. Não pode pertencer à equipa de meio século porque chegou depois; não pode pertencer à outra porque existiam Garrincha, Heleno, Amarildo, Quarentinha, Paulo César, etc.

Eu acho piada debater estas coisas, por isso é que eu e o Claudio Falcão nos damos ao trabalho de pesquisar arduamente - o que é muito trabalhoso, mas... fascinante!

Por exemplo, o snoopy deve, com certeza, ter tido a curiosidade de ir pesquisar sobre os craques de meio século que não conhecia. E isso vale muito!... rsrsrs...

Em todo o caso, a ideia de apresentar duas equipas foi mesmo para diversificar. Repare que em nenhum lado da Rede você encontra montagem de equipas alternativas à equipa de todos os tempos, seja em que clube for. Esta é, em minha opinião, uma inovação!... E com base em testemunho e votação de botafoguenses antigos que viviam em 1959!... Então, Fernando, já só temos 'meia injustiça', porque o blogue já montou, pelo menos, dois times!... rsrsrs...

Mas você pode também apontar o time reserva do time do século. Porque não?... Fazíamos um artigo sobre isso, também.

Saudações Gloriosas!

Ruy Moura disse...

Marcos, cá o pesquisador - passe a imodéstia - sabia disso. Que Zagallo é com dois 'eles' e que a Enciclopédia era 'dos'. Masi propriamente Nilton Reis dos Santos.

Mas nunca foi realmente Nilton 'dos' Santos. No início sempre foi escalado como 'Santos' - mais tarde como Nilton Santos. E porquê?... Porque na equipa de 1948, em que ele estreou, havia um Nilton. Era o 'Nilton Senra' - antes houvera o Nilton Barbosa também como titular. Por isso nas escalações aparecia Nilton e Santos - um era o 'Senra' o outro o 'dos Santos'.

O Nilton Santos afirmou-se definitivamente com a saída do Nilton Senra e porque o craque era ele! Tinha direito ao nome próprio!... rsrsrs...

Saudações Gloriosas!

Fernando Lôpo disse...

O Santos carioca passou a ser Nilton Santos quando jogou na seleção brasileira com o Santos paulista, que passou a ser Djalma Santos.

Isso de seleção de todos os tempos é relativo, depende do critério de cada um.

O meu, por exemplo, exige que o jogador tenha mais identificação com o Botafogo do que com qualquer outro clube, ou pelo menos igual.

Neste critério, fica fora Carlos Alberto Torres, pois pra mim ele pertence muito mais ao Santos do que a qualquer outro clube. Se Carlos Alberto entra, sentão poderia entrar o Bauer, que era tão craque que mesmo após derrota de 1950 ainda jogou 1954. Mas, pra mim, assim como Carlos Alberto é do Santos, Bauer é do São Paulo. Assim como acho que também não podem figurar no Botafogo de todos os tempos Bebeto e Leônidas da Silva.

Outra coisa que faço é pesar a carreira toda do jogador, a qualidade dele ou um feito histórico e tentar avaliar o que vale mais.

O exemplo mais claro é a posição de centroavante, mesmo que alguns possam ser deslocados. Ali temos Nil Murtinho Braga, Carvalho Leite, Paulinho Valentim, Quarentinha, Roberto Miranda e Túlio.

Aí vamos pesar. Túlio conquistou um título que de fato pode ser considerado o mais importante do Botafogo. Não tivéssemos o Brasileiro, e seríamos zoados o tempo todo, mesmo porque após Santos e Cruzeiro ganharem em 2002 e 2003, todos os grandes passaram a ter Brasileiro. Não tivéssemos a CONMEBOL, ninguém lembraria muito. Por exemplo, ninguém lembra que o fluminense jamais ganhou torneio internacional oficial. Além disso, Túlio criou uma nova geração de torcedores, chegou à seleção (com boa média de gols no time nacional), etc. Enfim, uma grande importância.

Paulinho também tem um grande feito, fazer 5 gols numa decisão, recorde imbatível. Porém, o tempo de Paulinho no Botafogo foi curto e resume-se basicamente a esse título de 1957. E posso estar enganado, mas pelo que sei, Paulinho não era um desses grandes gênios. Um bom centroavante que teve uma boa carreira com um feito enorme como esse. mas nunca se firmou na seleção e não creio que figurasse entre as primeiras opções para a seleção. Havia Vavá, Mazzola, Índio e outros na frente dele, sem contar o Evaristo que saiu e o próprio Quarentinha.

E o Heleno então? O "herói sem glórias" do Armando nogueira jamais foi campeão pelo clube. mas tem uma carreira fantástica e longa no Botafogo, curta mas sensacional na seleção, mas não foi campeão. Isso o deixa de fora? Pra mim não. Heleno foi o primeiro craque do Botafogo a transceder o Botafogo e, possivelmente, o primeiro a transcender o próprio futebol (se não for o primeiro, certamente o segundo, pois talvez Leônidas também tenha conseguido isso).

De todos, quem une tudo é Carvalho Leite. Carreira longa no Botafogo, muitos gols, seleção brasileira disputando Copa e tudo, e títulos. Quer dizer, incontestável. Porém, me parece que historicamente não tem o mesmo reconhecimento técnico que o Heleno, por exemplo.

A minha seleção de todos os tempos, ficaria assim, armada em 3-2-5: Manga, Martim Silveira (tudo bem, está improvisado, mas seria o capitão, visto que talvez tenha sido o único alvinegro capitão da seleção numa Copa), Leônidas e Nilton Santos; Didi e Gerson; Garrincha, Heleno, carvalho Leite, Jair e Quarentinha. Logicamente, não há tanta convicção assim, e se me perguntarem amanhã pode ser que algo mude na minha resposta.

Não ponho PC Caju e Amarildo porque sairam muito cedo. Ponho Quarentinha porque creio que em todos os clubes ao se fazer essa seleção deve entrar o maior artilheiro de todos os tempos. Ponho Jair porque nos defendeu por muitos anos, e nos representou muito bem na Copa, além de ter feito parte daquele time de 1967/68. Mendonça, com todo o respeito, foi um grande jogador, importante naquele momento ruim, mas o nível desses citados é outro. Não entendo essa idolatria toda que se tem com Sergio manoel. nada contra ele, mas tecnicamente era fraco, como muito fraco era o time de 1995. Aliás, pra mim aquele Botafogo de 1995 e o Grêmio de 1996 foram os campeões brasileiros mais fracos de 1993 pra cá. Era esforçado, voluntarioso, mas também o eram Paulinho Criciúma de 1989 e Sinval de 1993. Se for por feito histórico, fico com o Maurício. O argentino basso, embora considerado por Nilton como seu melhor companheiro de defesa, creio que tenha jogado apenas 17 partidas pelo Botafogo. Muito pouco.


Como disse o Rui, se fosse fazer isso com o flu, acabaria em 2 minutos. Um clube onde o maior ídolo é um goleiro nota-se que a situação é complicada. Eles fizeram uma eleição no sítio oficial do clube an época do lançamento da camisa laranja perguntando quem é o maior ídolo da história e o vencedor foi... Renato Gaúcho. Tudo bem, sei que os jovens votam na innternet, mas poderiam fazer uma pesquisa dessa com torcedores do Botafogo com até 9 anos no dia seguinte ao título de 1995 que o Garrincha ganharia do mesmo jeito.

E tem os clubes que tentam roubar ídolos alheiros. O fluminense tenta escalar no time histórico deles Gérson, Didi, Marinho e Paulo Cesar, muito mais identificados com o Botafogo. Ou o São paulo também pondo Gérson (Botafogo) e Zizinho (flamengo). O maior ídolo do fluminense fora Castillo, o Rivellino, também é do Corínthians.

Por isso tento usar esse critério de maior identificação com o Botafogo do que com qualquer outro, e tento considerar tempo de Botafogo, qualidade, feitos e importância histórica.

Mimi Sodré e Flávio Ramos eu considero muito mais personagens históricos e fundamentais para a história do clube doq ue grandes craques da história. São mais importantes para a vida do clube do que propriamente como jogadores. Não estou depreciando o talento, mas não creio possível comparar o futebol já semiprofissional dos anos 1920 em diante com aquele começo do século em que nem posição fixa havia. Flávio Ramos num jogo era goleiro e no outro atacante.

Um possível time B poderia ser: Paulo Sergio, Josimar, Gonçalves, Mauro Galvão e Marinho Chagas; Zagallo e Otávio; Paraguaio, Túlio, Nilo e PC Caju. Mas aí, além de eu ter apelado descaradamente nas improvisações, ainda ficam de fora Amarildo, Roberto, Rogério, Paulinho valentim, Patesko, Maurício e muitos outros.


Pessoal, essa discussão vai esquentar. Há uma série de livros que seleciona os 10 maiores ídolos de todos os tempos de cada clube. Já fizeram do flamengo e do Corínthians. A fórmula é que o autor pede a 10 jornalistas para selecionar seus 10 craques e a partir daí os 10 mais votados vão para o livro.


A minha conclusão é a seguinte: quanto mais escalações diferentes aparecem (dentro de um bom senso), maior a grandeza do clube.

Abraços.

Ruy Moura disse...

Fernando, acho surpreendente a escalação do Martim Silveira na equipa do século, mas atendendo aos critérios é uma boa opção. O Leônidas obviamente que também é uma personagem a considerar. Eu próprio fiquei na dúvida quando votei a equipa do século.

O Quarentinha é pacífico - embora o PC Cajú fosse tecnicamente melhor -, mas o Carvalho Leite é outra surpresa. Porém, tendo em consideração tudo o que o C. Leite representou dentro e fora do campo também se justifica. Mas o Nilo também foi a alma do Botafogo durante muito tempo. Mais do que Jairzinho. Pelos seus critérios, talvez se justificasse um ataque assim: Garrincha, Heleno de Freitas, Carvalho Leite, Nilo e Quarentinha.

Porém, a minha conclusão é muito diferente da conclusão do Fernando, e é a seguinte:

"quanto mais escalações diferentes aparecem (dentro de um bom senso), maior a grandeza do clube."

Rsrsrsrsrsrsrs...

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Fernando, agora vai uma pergunta 'malvada': - Em que clube se pode escalar a equipa do século com Dodô?...

A sério agora: e o seu técnico?... e o seu presidente?...

O meu técnico seria Zagallo por tudo o que conquistou pelo BFR em 1967-68; o meu presidente seria o Paulo Antônio Azeredo. É claro que o treinador de bases seria o Nenem Prancha, o roupeiro seria o Aloísio, o médico seria o Carvalho Leite,o preparador físico seria o Paulo Amaral, o chefe de torcida seria o Tarzan e a gândula seria a Sonja Martinelli. Quem falta?... Ah... O jornalista seria o João Saldanha e o torcedor mais fervoroso o Carlito Rocha. E o cãozinho fechava a parada...

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

E o atleta exemplar o grande Mimi Sodré!

Falta fazermos a lista dos craques das modalidades olímpicas...

Abraços gloriosos!

Anónimo disse...

hum sei não João Saldanha seria um técnico e tanto, nem tanto pelos títulos mas pelo que fez encarando a parada e afirmando que não precisava ser formado para ganahr campeonato.Sandro Moreira grande torcedor - Luis Mendes o jornalista da equipe, Armando Nogueira o poeta,Bernardinho o torcedor símbolo do novo seculo,Presidente serei obrigado a puxar sardinha para minha brasa como dizem aqui no Brasil - Rivadavia Mayer - Octávio Pinto - Ney Cidade Palmeiro - para esquecer Charles Borer - ah outro grande jogador que admirei muito e o vi jogar demais - SEBASTIÃO LEONIDAS veio do América dado como bichado foi um dos expoentes do glorioso por todo tempo que nele ficou - foi treinador tambem - ah um treinador que assisti trabalhar e que mesmo não ganhando nada me deixou encantado - TIM que capacidade - um treinador dos boleiros meu amigo ESPINOZA Campeão depois de tantos anos - virou Botafoguense alem de gremista - Renato Sá foi um jogador que honrou a camisa alvinegra como poucos trabalhei com ele junto com Marcelo,Ziza,Gil,Borrachinha,Edson,Mendonça - cracaço - Perivaldo e outros - e tivemos um time de desconhecidos que foi Campeão da Conmebol - até o Capita não acredita que conseguimos esse título - coisas que só acontecem ao Botafogo - vamos parar humilhar nunca - Marcos Venicius

Anónimo disse...

tinha esquecido podemos fazer tudo isso porque os tempos permitiam que cada jogador ficasse anos e anos nas equipes - hoje o jogador assina por quatro anos,diz que quer jogar pelo menos um ano e sai com seis meses e beija o escudo do outro time - vide Jorge Henrique - achei rídiculo - quero ver a hora que a maré virar ele bjar o escudo ou fugir da torcida do Corinrhinas - Marcos Venicius

Danilo Julião disse...

Amigo Rui, agradeço o seu comentário e aproveito para explicar o por que do título, foi um tipo de chamariz dramático, rs...

Mas que bom que pude passar a mensagem, ele é ídolo. Sempre.

Olha, Rui....esse post desencavou uma geração antiga e que deve ter sido da pesada hein?Naquela época o Fogão já dava o que falar, isso é bom!!!Eu li num livro sobre os anos 40 sobre a conquista de 1948, dava até vontade de chorar de emoção...rs...

Mas Rui, posso fazer uma pergunta um tanto interesssante: Eu estava conversando outro dia com o Vinícius, do João Ninguém e cheguei a uma questão: o Botafogo não conquistou título algum entre 1968 e 1989 - período que abriga a pior fase da ditadura e a reabertura política. Coincidência?

Abração!SA!

Ruy Moura disse...

Ah... O Luís Mendes, o Sandro Moreyra, o Armando Nogueira, o Bernardinho... e o Oldemário Touguinhó também... Não sabia que o Espinosa virara botafoguense mesmo. E Leônidas, claro... Tim... Que gente fantástica!.. Que tempos magníficos!

Na verdae as mudanças foram fortíssimas! Hoje jogador não aquece lugar. Jogador para ser alguém relemembrado e amado num clube tem que estar pelo menos 4-5 anos. E quem está hoje 4-5 anos em clubes brasileiros?... O Rogério Ceni... E quantos mais?...

Por isso é que eu acho que essa cena de jogadores identificados com o clube hoje é algo que.. já era!... Há que amar o Glorioso, porque ídolos parece-me que é coisa que se foi!...

No BFR recente dois teriam algumas hipóteses - o Lúcio Flávio e o Túlio. Mas o LF era contestado por muitos e o Túlio perdeu esa oportunidade saindo para o Corinthians. Além disso, parece que o esforço dele agora é juntar no coração Goiás, Botafogo e corinthians... Um bocado difícil, não?...

Saudações Gloriosas!

Ruy Moura disse...

Danilo, não acho que tenha sido coincidência, não. E já escrevi sobre o assunto no blogue. Em 1968 a ditadura intensificou-se com o AI-5 que permitia toda a espécie de prepotências, e muitos estudantes refugiaram-se no estádio do BFR perseguidos pela polícia. Durante toda a ditadura o Botafogo foi claramente prejudicado pelos políticos, tanto mais que João Saldanha era publicamente comunista e foi escorraçado da equipa brasileira em 1969 por indicação do próprio presidente da república que queria interferir na... escalação!... Todo esse período favoreceu claramente os paulistas e o São Paulo. Como reflexo da ditadura o Rio começou um processo de decadência e os paulistas iniciaram um processo de ascensão. O BFR foi particularmente prejudicado (perdeu a sede, quase faliu e não ganhou títulos) e curiosamente só ganhou o título justamente no ano em que se realizaram as primeiras directas (1989). Em 1985 a ditadura ‘já era’, mas só em 1989 houve directas. Portanto, nesse período o BFR foi claramente prejudicado e os paulista sbeneficiados.

O resultado final é que hoje o futebol do Rio está absolutamente decadente e o paulista em claro crescimento. De um lado ficámos com clubes de bairro; do outro com clubes nacionais. A consistência dos paulistas é muito maior, por isso são os únicos capazes de suportar o campeonato dos pontos corridos. Um campeonato destes só pode ser ganho com profissionalismo, e os clubes do Rio nunca mais foram campeões com pontos corridos. Ou deixam de ser clubes de bairro e se profissionalizam, ou vão comer os restos paulistas. Além de que Cruzeiro e Internacional estão se modernizando também...

Saudações Gloriosas!

Fernando Lôpo disse...

Rui, eu discordo dessa associação entre o período militar e o Botafogo sem títulos. Vale lembrar que tivemos outros hiatos em 1912-1930 e 1935-1948, que na verdade poderia ter sido 1935-1957 se não fossem os heróis de 1948.

O que acontece é que o mundo muda e quem demora a perceber a nova realidade fica para trás. Demoramos a assimilar o profissionalismo. Quando o adotamos, o fizemos de forma torta.

Uma coisa importante: a mentalidade dos jogadores dos anos 1970 é totalmente diferente da mentalidade do pessoal até os anos 1950. Eles já tinham essa tendência a ir pro exterior e rodar muitos clubes. A diferença era que havia menos propostas do que hoje.

Vejam em quantos clubes jogaram Nilton Santos, Didi, Garrincha, Zagallo, Quarentinha e em quantos jogaram Gérson, Rogério, PC Caju, Roberto, etc.

Caju admitiu que estava pouco se lixando pro Brasil x Holanda de 1974, que estava com a cabeça na França, que é onde iria jogar após a competição.

Gérson, ainda em 1969, já estava no São Paulo. Quando demos 6 a 0 no flamengo em 1972, PC Caju e Rogério estavam no flamengo. Em quantos clubes jogou o Marinho?

Tradicionalmente, o Botafogo sempre foi o clube grande com menos dinheiro, contrastando por exemplo com o Vasco e o dinheiro dos portugueses, capaz de comprar 3 jogadores de uma só vez do Madureira lá nos anos 1940.

Nossa demora em adotar o profissionalismo nos levou a conquistar pouca coisa nos anos 1940 e 1950. A não compreensão das mudanças dos anos 1960 somada a péssimas administrações tiveram consequencia no terrível perído que vai do meio dos anos 1970 até 1989. Mesmo assim graças a um bicheiro que pelo que sei nem botafoguense era e nem sócio era quando foi candidato a presidente.

Depois veio Montenegro. Historicamente importante mas que deixou sucessores dignos de Borer. Numa época em que Vasco e flamengo se endividavam gastando tudo que não podiam para terem grandes times, nos endividamos sem montar um time decente. Uma façanha.

Por isso, não ligo a ditadura ao declínio do Botafogo. Posso ligá-la sim ao declínio do Rio, que depois de Lacerda e Negrão passou a ter governadores duvidosos. A fusão foi uma pancada forte e o Rio parece ter demorado a perceber que não era mais capital.

Abraços.

snoopy em p/b disse...

caramba, que maravilha ver o que se tornou este post!
rui, sobre a questão da conmebol e o brasileiro, sua análise está precisa. concordo plenamente com o que você falou sobre a visão dos sulamericanos e a dos europeus.
para que tenha uma idéia da visão que temos, veja este link: http://placar.abril.com.br/ranking/
até mesmo a revista placar considera o brasileiro mais importante do que a copa conmebol, que, por sua vez, é menos importante também do que a atual sul-americana (do que discordo).

e, sobre os times do século, já se foi falado bastante e a conclusão do fernando sintetiza a grandeza do botafogo:
"quanto mais escalações diferentes aparecem, maior a grandeza do clube."

abraço e sds. botafoguenses!!!

snoopy em p/b disse...

ah, faltou-me um comentário sobre o que o fernando falou sobre o time de 1995.
acho sim sérgio manoel um dos maiores da nossa história.
ele foi um guerreiro sempre que esteve em campo com nossa camisa. ele, túlio, gottardo e donizeti (que, se não estivesse machucado na finalíssima, poderíamos ter passado menos dificultosamente) foram as peças mais importantes, na minha visão, naquela conquista.
e não diminuo, em hipótese alguma, a força daquele time.
não se é campeão brasileiro à toa.
o atlético paranaense, bem menos forte do que o botafogo de 1995, não é campeão brasileiro à toa. o santos, de 2002, também não o é, mesmo tendo se classificado em oitavo para os mata-matas.
aquele time do botafogo de 1995, de tão bom, venceu até a falta de salários e a total desorganização do clube.

um abraço!

Ruy Moura disse...

Feranando, estou de acordo com os tr~es ciclos de cerac de 20 anos sem títulos (escrevi um artigo sobre isso, há meses, no Arena Alvinegra). Porém, não é impedito de razões diversas terem levado a isso. No primeiro caso, a saída do Botafogo da Liga em 1911 foi fatal durante diversos anos e levou a disputas política sdentro do clube; o segundo período coincidiu com a saída de P. A. Azeredo da presidência e a gerência de Carlito Rocha, apesar d títulode 48, foi um asneirar de superstições e falta de profissionalismo. Na ditadura é claro o prejuízo sobre o BFR, Porque recolheu estudante sforagidos em 1968, porque João Saldanha era comunista, porque éramos intelectualmente arrogantes e porque o poder realmente não gostava de nós. Nem do Rio. Política e futebo, sempre andaram associados. A queda urbanística e clubista do Rio anda associada, mas especialmente o caso do Botafgoo foi de flagrante prejuízo exercido pelos políticos. Devo-lhe dizer que lamento muito não viver no Rio porque esse seria um período emq ue eu faria uma investigação profunda relacionando a decadência do Botafogo com a decadância do Rio e a prepotência da ditadura. Já o Marx dizia que 'tudo se relaciona com tudo'.

Saudações Gloriosas!

Ruy Moura disse...

Snoopy, liguei ao link que me fornecei. Veja bem se é possível que a Conmebol valha apenas mais um ponto do que campeonato carioca e quase metade do que é atribuído à 'fraca' Copa do Brasil?!?!?!... É realmente a prova de que os brasileiros valorizam excessivamente o que 'está dentro' e ainda não 'saíram' do país.

Sem pretender nenhuma conotação política, digo que o Brasil viveu sempre muito fechado sobre si até ao Fernando Collor. Foi aí que o Brasil se abriu pela primeira vez. A presidência do FHC estruturou e aprofundou uma visão planetária necessário para o Brasil se expandir. E Lula tem uma política externa também muito favorável à abertura. Isto é, independentemente de todas as críticas a fazer aos três governos e às pessoas, do ponto de vista externo foram melhores presidentes que os da ditadura, que fecharam o Brasil. E quando se fecha um país fecha-se a evolução da mentalidade, levando muitos anos a recuperar.

Sobre a equipa de 1995, estou mais inclinado para a sobservações do snoopy que do Fernando, porque havia bons valores individuais naquela equipa.

Saudações Gloriosas!

Anónimo disse...

Querido Rui, esse post está realmente sensacional. Longe de querer encerrar tanta polêmica quanta a escolha de grandes jogadores que vestiram a camisa alvinegra, acho que em termos de Botafogo, dez é muito pouco. Pode funcionar com o Fluminense, Flamengo, São Paulo, Coríntians, etc. Com o Botafogo não dá. Então, para que as várias gerações de torcedores fiquem satisfeitas, poderíamos fazer o seguinte: os 10 melhores de cada posição. Goleiros, laterias (esquerdo e dirito), ponteiros (direito e esquerdo), meio-campistas, atacantes (centro-avantes e ponta de lança, quando ainda existia esta posição) e zagueiros. Sugiro isso, porque dá pena ver jogadores espetaculares que em sua época, jogariam em qualquer time do Brasil, mas no Botafogo foram apenas reservas de luxo. Quanto as considerações do Fernando Lopo, só discordo dele ao não considerar como jogadores significativos Amarildo e o PC Cajú, por considerá-los ter jogado pouco tempo no clube. Acho que em ambos os casos tanto Amarildo quanto o PC jogaram uns cinco anos pelo Botafogo e conquistaram títulos importantes, pelo Botafogo e pela seleção brasileira. Enfim, em termos de grandes jogadores, não dá para se comparar nenhum time brasileiro com o Botafogo, talvez o Santos. Grande abraço e Saudações botafoguenses.

Ruy Moura disse...

Estimado Sergio, creio que o Santos era uma equipa melhor do que o Botafogo em termos de eficácia devido à sua postura e disciplina. porém, foi 'só' aquela equipa. Da nossa parte tivemos várias! Pelo menos as fabulosas equipas de 1932-35, 1947-48, 1957-58, 1961-62, 1967-68 e mesmo a de 1971 ´~ao era nada desprezível. Creio que em 1995 também havia uns jogadores muito interessantes.

O que é natural porque sendo anda hoje o clube que cedeu mais jogadores à equipa nacional do Brasil, só poderia mesmo ter muitos craques! Eu diria que poderíamos formar umas três equipas inteiras capazes de ganhar copas do mundo.

Saudações Gloriosas!

Anónimo disse...

É verdade Rui, absolutamente perfeito. Mas em termos individuais o Botafogo era superior, tanto que sempre tivemos mais titulares na seleção que o Santos. Abs e SA!

Anónimo disse...

so para piorar mais um pouco com oesquecer uma equipe com:OSVALDO BALIZA,GERSON DOS SANTOS,NILTON SANTOS,RUBINHO,AVILA,JUVENAL,PARAGUAIO,GENINHO,PIRILLO,OCTÁVIO E BRAGUINHO - ou como esquecer:WENDELL,NILSON DIAS,ALEMÃO,JOSIMAR,EL LOBO FISCGER - ESSE SIM UM ARGENTINO QUE VALIA O QUANTO PESAVA.
Ah se quiserem tem mais mas vamos parar de humilhar os outros - eles devem estar se mordendo todo - MARCOS VENICIUS

Ruy Moura disse...

Sergio:

Indubitavelmente muito mais individualidades. Até porque nas equipas de 1958-62 o Santos teria talvez o Gilmar, o Zito e o Pelé, não mais. E, confessemos, o Pelé pode ter sido o maior e o mais completo, mas não fez falta em nenhuma copa do mundo do tricampeonato. Uma foi o eixo Didi-Garrincha que garantiu; a outra foi o eixo Amarildo-Garrincha e a outra foi o eixo Gerson-Jairzinho.

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Marcos, eu gosto especialmente das linhas de ataque dos anos que referi: 1932-35, 1947-48, 1957-58, 1961-62, 1967-68. Pelo que li, o ataque de 48, que o Marcos referiu, era formidável. E foram formidaáveis também, mais tarde, o 'El Lobo', o Wendell (creio que talvez o melhor a seguir ao Manga), o Josimar, o Alemão, o Marinho Chagas, o Leônidas, o Mendonça e até mesmo o Paulinho Criciúma, o Túio Maravilha e o Donizetti. Bem, o melhor é calamo-nos senão os nossos adversários ficam mesmo sem argumentos e isso é mau para a conversa... rsrsrs...

Saudações Gloriosas!

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