quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Mário Dunlop: uma lenda do voleibol

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Mário Stiebler Dunlop foi um dos mais notáveis voleibolistas do Botafogo de Futebol e Regatas, tendo estado presente em todas as onze conquistas consecutivas do campeonato carioca entre 1965 e 1975 e sido campeão brasileiro e sul-americano em diversas ocasiões.

Botafoguense desde sempre, nunca esteve noutro clube:

– “Eu comecei treinando no Fluminense, mas não cheguei sequer a fazer a minha inscrição pelo clube. Logo me transferi para o Botafogo, que é realmente meu primeiro e único clube.”

Mário Dunlop foi jogador da equipa brasileira de voleibol e participou dos Jogos Olímpicos de 1968 no México. Na qualidade de convocado para defender as cores do país, Dunlop conta as suas maiores alegrias:

– “Foi, sem dúvida, a minha primeira convocação para a seleção brasileira. Outra grande alegria foi a conquista do undecacampeonato carioca.”

Mário Dunlop foi um dos jogadores de voleibol que se negava a ganhar dinheiro defendendo as cores do clube e manteve-se assim até ao fim, financiando-se através do exercício da profissão de engenheiro químico.

Dunlop treinou-se sempre com afinco, obedecendo aos preceitos do ‘mens sans in corpore sano’: não bebia, não fumava, não fazia nada em excesso.

O campeonato que mais o emocionou foi aquele em que o Botafogo estava menos bem preparado:

– “Foi o de 1973. Senti uma grande emoção ao conquistar aquele campeonato, porque nosso time não vinha tão bem como em anos anteriores. Foi o nosso eneacampeonato.”


Na foto do 1º título (1965) do undecampeonato, Dunlop é o segundo atleta de pé da direita para a esquerda. Campeoníssimo pelo Botafogo e pelo Brasil, eis a lista dos seus principais títulos:

1964: Campeão Carioca juvenil
1964: Campeão Carioca aspirantes
1965: Campeão Carioca
1965: Campeão do IV Centenário da Guanabara
1965: Campeão da Taça Pedro A. Giaconni (Triangular SP-RJ-ES)
1966: Campeão Carioca
1966: Campeão Brasileiro
1966: Campeão dos Jogos Luso-Brasileiros
1967: Campeão Carioca
1967: Campeão do Centro-Sul
1968: Campeão Carioca
1968: Campeão Brasileiro
1969: Campeão Carioca
1969: Campeão Brasileiro Centro-Sul
1970: Campeão Carioca
1971: Campeão Carioca
1971: Campeão Brasileiro do I Octogonal
1971: Campeão Brasileiro de clubes campeões
1971: Campeão Sul-Americano de clubes campeões
1971: Campeão Brasileiro universitário
1972: Campeão Carioca
1972: Campeão Brasileiro
1972: Campeão do Torneio Quadrangular do Estado do Rio
1973: Campeão Carioca
1973: Campeão Brasileiro universitário
1974: Campeão Carioca
1975: Campeão Carioca
1975: Campeão Brasileiro
1976: Campeão Brasileiro
1977: Campeão Sul-Americano
1978: Campeão Municipal

Além de imensos galardões de campeão, Mário Dunlop foi várias vezes homenageado pela sua excelência desportiva. Os seus principais títulos honoríficos são os seguintes:

1966: Grande Revelação (Federação Metropolitana de Voleibol)
1966: Emérito da Federação Mineira de Voleibol
1966: Melhor Jogador do Ano (jornal Globo)
1967: Melhor Jogador do Ano (jornal Globo)
1967: Melhor Jogador do Ano (rádio Continental)
1971: Melhor do Brasil no campeonato mundial de clubes campeões

Porém, Mário Dunlop não perdeu o prazer da modalidade. Em 2002, na Austrália, conquistou a medalha de ouro no Campeonato Master de vôlei de praia, fazendo dupla com o seu ex-companheiro da equipa nacional brasileira dos anos setenta – Gerson Schuch.

Mais tarde, em 2004, juntamente com Sérgio Faria, Mário Dunlop foi um dos idealizadores do Campeonato Brasileiro Master de Voleibol. Nessa 1ª edição, Dunlop expressou-se assim:

– “Eu costumo dizer que o voleibol é só um desculpa. Além de jogar, o clima é de total confraternização. Revi pessoas que não encontro há 20, 30 anos”.

Fontes
Acervos e pesquisa de Claudio Marinho Falcão e Rui Moura

6 comentários:

Anónimo disse...

SINCERAMENTE RUY AS VEZES VOCE ME FAZ CHEGAR AS LÁGRIMAS AO RECORDAR FIGURAS IMPORTANTÍSSIMAS NO ESPORTE AMADOR DO BOTAFOGO NUMA EPOCA EM QUE ERAMOS IMBATÍVEIS.NOSSO NOVO PRESIDENTE PARECE QUERER REVIVER ESSE TEMPO COM A AGILIZAÇÃO DO SETOR COM PESSOAS COMPETENTES.GAROTO VIA COM FREQUÊNCIA O TIME DE VOLEI JOGAR - ALIÁS ME LEMBRO DE UMA PARTIDA DO GLORIOSO SE NÃO ME ENGANO CONTRA A SELEÇÃO DA EXTINTA TCHECOSLOÁQUIA - 3 X 2 PARA O BOTAFOGO COM MAIS DE 5 HORAS DE JOGO - NAQUELA EPOCA TINHA VANTAGENS E TINHA QUE ABRIR DOIS PONTOS A PARTIR DE 15 PARA FECHAR O SET - FOI NO MOURISCO - UMA LOUCURA - OBRIGADO MAIS UMA VEZ RUY POR TÃO DOCES LEMBRANÇAS - MARCOS VENICIUS

Fernando Lôpo disse...

Rui, acabei de ligar para o Botafogo e tive desagradável surpresa. O projeto de sócio-torcedor que era péssimo conseguiu a incrível façanha de piorar. Antes, havia apenas 2 planos, para 2 setores, isso num estádio de 6 setores. Agora há apenas 1 plano referente a 2 setores.

Antes o plano Leste Superior era 25 reais. Como eu tinha plano família, eu e meu pai pagávamos somados 45 reais. Agora, há apenas 1 plano de 55 reais valendo para Leste tanto Superior como Inferior. Portanto, eu e meu pai passaremos de 45 reais para 110 reais. A diferença é que vale também para Copa do Brasil e Sulamericana.

Além de continuar sendo bisonho que um estádio de 6 setores tenha plano apenas para 2 setores, é um absurdo que haja indistinção entre Inferior e Superior. Cada lateral tem 18 mil lugares somando-se superior e inferior. Não sei a divisão exata, mas posso estimar em 10 mil no superior e 8 mil no inferior.

Se eles não separam as entradas e a pessoa pode subir ou descer conforme sua vontade, corremos riscos muito sérios de superlotação setorial. Imagine que das 18 mil pessoas do Leste, 12 mil decidam subir e apenas 6 mil fiquem embaixo. Haverá superotação setorial, como sempre ocorreu e continua ocorrendo no Maracanã.

Mandei um email pedindo uma chance de conversar com os responsáveis pelo marketing e por esses projetos a fim de apresentar propostas absolutamente simples mas que seriam ótimas tanto para torcedores como para o clube. Ou que pelo menos eu possa enviar por escrito e eles leiam de verdade.

Abraços.

PS: respondendo sua pergunta do tópico anterior, o Americano se mostrou mais organizado no contra-atqeu, que é bem rápido puxado por Eberson com Diego e Kieza na frente e Gil subindo pela direita. Mas é fraco. O Duque de Caxias teve um ou outro momento no jogo mas o Americano dominou a maior parte. Como disse, ninguém até agora que tenha enchido os olhos.

Ricardo Oliveira disse...

É como diz o hino: "Noutros esportes tua fibra está presente."

O Botafogo vai além do futebol, tem tradições em todos os esportes.

Bela recordação, Rui.

Ruy Moura disse...

Marcos, o Botafogo até na slágrimas é uma alegria!

Saudações Gloriosas!

Ruy Moura disse...

Acho bem que apresente essas propostas. Não compreendo como o BFR não é capaz de contratar pessoas adequadas às funções administrartivas que tem que desempenhar.

Abraços.

Ruy Moura disse...

Ricardo, o Botafogo tem grande stradições, realmente. Em mais de 20 desportos temos títulos estaduais. E em alguns deles diversos títulos nacionais, especialmente o pólo, o vôlei, o basquete e a natação, assim como títulos de campeões sul-americanos em basquete e vôlei, e muito srecrdes paqn-americanos e mundiais. É um clube eclético, sem dúvida.

Saudações gloriosas!

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