
Todos compreendemos que o Botafogo possui um orçamento curto para o futebol e que os seus jogadores não são raridades de boa técnica. O que penso que não compreendemos é que não haja conjunto, não haja coesão, não haja melhoria, não haja combate pela vitória.
Ora, ontem assistiu-se a 45 minutos de tudo isso e ainda a uma reação mais tardia para se assegurar uma vitória que já estivera quase garantida e depois quase perdida.
O Botafogo dos 2x0 da primeira parte e de mais duas bolas que não entraram quase por milagre, poder-se-ia dizer que é um futebol ao nível de integrar o G4, já que nenhum clube pratica realmente um futebol do qual se possa dizer que merece ser campeão nacional.
Goleiro seguro nas poucas intervenções que fez; defesa absolutamente anuladora de todas as jogadas de ataque do adversário; meio campo razoavelmente criativo, com toques de primeira, rápidos e quase sempre precisos; alas bem interligadas ao meio campo e servindo impecavelmente o ataque botafoguense no miolo da área.
As jogadas pelas alas, fornecidas pelos homens de meio campo, foram responsáveis significativamente pela vitória. Nenhum dos três gols do Botafogo foi feito de falta: foram todos em bola corrida e partiram de cruzamentos das laterais. E à boca da baliza lá estavam três homens do Glorioso para empurrar três bolas com muita oportunidade para o fundo da baliza – como deveríamos fazer sempre. Foram três simples toques… Três simples toques como geralmente fazem os jogadores com discernimento…
Por razões várias sou fã do André Lima desde 2007. Não é um craque de encher o olho, mas é um atacante de grande oportunidade, e o gol de ontem mostrou que precisamos de um tipo de jogador assim, bem como devemos manter a pressão dos alas sobre a baliza, rematando e fazendo gols, sem que descuidem a defesa.
Na segunda parte o Internacional veio modificado e o nosso amado clube bobeou como não podia deixar de ser: uma grande penalidade escusada aos dois minutos e, desde logo, a sensação de que o Internacional chegaria ao empate e, quiçá, à vitória. A elementaridade de Leandro Guerreiro dentro da área e uma defesa que pára subitamente à espera que seja assinalada falta, ofereceram dois gols ao colorado.
Porém, meus amigos, quem é esta equipa gaúcha?... Que esquema tático apresenta?... Que padrão de jogo evidencia?... Que consistência denota?... Tite é realmente um treinador capaz?... Confesso-vos que nunca vi nada de especial na equipa colorada. Vejo craques, valores individuais, como tenho visto no Fluminense, mas também vejo desempenhos pífios de quem não consegue ser mais do que um grupo, jamais uma equipa. O que eu vi, várias vezes, é que em rasgos individuais os bons jogadores colorados resolveram as partidas. Mas nunca vi uma ação coesa, uma equipa lutando em conjunto, um treinador consistente.
Então, com 2x2, o Botafogo tornou a partir para cima do Internacional (reconhecido pelos adversários em entrevista) com uma substituição muito oportuna que reforçou o ataque, embora ousada quanto ao equilíbrio do meio campo. Obtido, com persistência, o 3x2, o treinador tornou a fazer uma substituição para reequilibrar o meio campo que havia sido descompensado para aumentar a força de ataque. E resultou novamente, com posse de bola e serenidade suficiente para vencer a partida. Que poderia ter chegado aos 4x2 se não fosse a segunda bola de Juninho à trave.
A escalação foi do meu agrado, e quer Wellington quer Eduardo mostram estar em ascensão, o que, espero, deva ser reconhecido pelo treinador. Este Botafogo tem agora possibilidades de atuar em 4x4x2 com variações para o 4x3x3 em momentos capitais para buscar o gol, mas para isso é necessário que haja discernimento para compreender que o 3x5x2 não é uma tática que nos sirva atualmente.
Se este Botafogo mantiver desempenhos como os da primeira parte, e corrija as fífias que lhe dificultam as segundas partes, pode chegar a um momento de tranquilidade em que não tenha que lutar para não baixar de divisão. Creio que há quem aspire muito a isso, mas com este futebol e com o mau futebol de todas as outras equipas até aqui, podemos ficar tranquilamente a meio da tabela.
Surpreendentemente, Alessandro melhora a olhos vistos e Juninho começa a dar mostrar de jogador de muita qualidade e utilidade, apesar da lentidão; Eduardo e Wellington mostram que podem continuar a ser titulares; a versão ‘Renato Silva do Cuca’ repetida na moderna versão do ‘Emerson do Ney Franco’ deve ser abolida se o nosso treinador der mostras de algum discernimento (ou deve ‘alguma coisa’ ao Emerson?...); Batista é cada vez mais indiscutível, Leandro Guerreiro está bem na sua função preferida e até Lúcio Flávio jogou melhor ontem (como é fisicamente frágil o rapaz…); o ataque, se estiver em forma, começa a ser interessante, porque Victor Simões melhorou muito a sua movimentação e o sentido de passe, André Lima pode fazer um gol sempre a qualquer momento que a bola pingue à sua frente e Reinaldo pareceu-me capaz de jogar com muito mais agilidade. Também creio que Jônatas e Renato ainda podem ser preciosos nesta equipa. O goleiro deve-se manter.
Ney Franco já deu mostras, em muitos jogos, que sabe elaborar bons esquemas táticos, que sabe escalar bem e que sabe fazer substituições; o que não deu mostras foi de regularidade das suas opções nem de continuidade do seu discernimento ao longo do tempo. Temos tido treinadores de humor muito variável e com várias manias, porque se o nosso treinador agisse como o fez ontem, em todos os aspectos, eu defenderia a sua manutenção – coisa que não tenho defendido.
Finalmente, uma palavra sobre a arbitragem: os juízes dos jogos contra o Flamengo e contra o Náutico cometeram ‘erros grosseiros’ a favor dos adversários – e inaceitáveis; a arbitragem de ontem cometeu erros que considero de interpretação e, por isso, não foram intencionais – pelo que se aceitam, apesar do prejuízo.
FICHA TÉCNICA
Botafogo 3x2 Internacional
Gols: Wellington 10', André Lima 16' e Alessandro 73’ (Botafogo); Andrezinho 47’ e Leandrão 63’ (Internacional)
Competição: campeonato brasileiro
Data: 25/07/2009
Local: Estádio Olímpico João Havelange, o ‘Engenhão’
Arbitragem: Evandro Rogério Roman (PR); Roberto Braatz (PR) e Antônio Carlos de Oliveira (ES)
Cartões Amarelos: Álvaro e Kléber (Internacional)
Botafogo: Castillo, Juninho, Wellington (Thiaguinho) e Eduardo; Alessandro, Leandro Guerreiro, Renato (Reinaldo), Lúcio Flávio e Batista; Victor Simões (Jônatas) e André Lima. Técnico: Ney Franco.
Internacional: Michel Alves, Bolívar, Álvaro, Sorondo e Kléber; Sandro, Magrão (Marcelo Cordeiro), Andrezinho e D'Alessandro (Giuliano); Taison e Bolaños (Leandrão). Técnico: Tite.
Ora, ontem assistiu-se a 45 minutos de tudo isso e ainda a uma reação mais tardia para se assegurar uma vitória que já estivera quase garantida e depois quase perdida.
O Botafogo dos 2x0 da primeira parte e de mais duas bolas que não entraram quase por milagre, poder-se-ia dizer que é um futebol ao nível de integrar o G4, já que nenhum clube pratica realmente um futebol do qual se possa dizer que merece ser campeão nacional.
Goleiro seguro nas poucas intervenções que fez; defesa absolutamente anuladora de todas as jogadas de ataque do adversário; meio campo razoavelmente criativo, com toques de primeira, rápidos e quase sempre precisos; alas bem interligadas ao meio campo e servindo impecavelmente o ataque botafoguense no miolo da área.
As jogadas pelas alas, fornecidas pelos homens de meio campo, foram responsáveis significativamente pela vitória. Nenhum dos três gols do Botafogo foi feito de falta: foram todos em bola corrida e partiram de cruzamentos das laterais. E à boca da baliza lá estavam três homens do Glorioso para empurrar três bolas com muita oportunidade para o fundo da baliza – como deveríamos fazer sempre. Foram três simples toques… Três simples toques como geralmente fazem os jogadores com discernimento…
Por razões várias sou fã do André Lima desde 2007. Não é um craque de encher o olho, mas é um atacante de grande oportunidade, e o gol de ontem mostrou que precisamos de um tipo de jogador assim, bem como devemos manter a pressão dos alas sobre a baliza, rematando e fazendo gols, sem que descuidem a defesa.
Na segunda parte o Internacional veio modificado e o nosso amado clube bobeou como não podia deixar de ser: uma grande penalidade escusada aos dois minutos e, desde logo, a sensação de que o Internacional chegaria ao empate e, quiçá, à vitória. A elementaridade de Leandro Guerreiro dentro da área e uma defesa que pára subitamente à espera que seja assinalada falta, ofereceram dois gols ao colorado.
Porém, meus amigos, quem é esta equipa gaúcha?... Que esquema tático apresenta?... Que padrão de jogo evidencia?... Que consistência denota?... Tite é realmente um treinador capaz?... Confesso-vos que nunca vi nada de especial na equipa colorada. Vejo craques, valores individuais, como tenho visto no Fluminense, mas também vejo desempenhos pífios de quem não consegue ser mais do que um grupo, jamais uma equipa. O que eu vi, várias vezes, é que em rasgos individuais os bons jogadores colorados resolveram as partidas. Mas nunca vi uma ação coesa, uma equipa lutando em conjunto, um treinador consistente.
Então, com 2x2, o Botafogo tornou a partir para cima do Internacional (reconhecido pelos adversários em entrevista) com uma substituição muito oportuna que reforçou o ataque, embora ousada quanto ao equilíbrio do meio campo. Obtido, com persistência, o 3x2, o treinador tornou a fazer uma substituição para reequilibrar o meio campo que havia sido descompensado para aumentar a força de ataque. E resultou novamente, com posse de bola e serenidade suficiente para vencer a partida. Que poderia ter chegado aos 4x2 se não fosse a segunda bola de Juninho à trave.
A escalação foi do meu agrado, e quer Wellington quer Eduardo mostram estar em ascensão, o que, espero, deva ser reconhecido pelo treinador. Este Botafogo tem agora possibilidades de atuar em 4x4x2 com variações para o 4x3x3 em momentos capitais para buscar o gol, mas para isso é necessário que haja discernimento para compreender que o 3x5x2 não é uma tática que nos sirva atualmente.
Se este Botafogo mantiver desempenhos como os da primeira parte, e corrija as fífias que lhe dificultam as segundas partes, pode chegar a um momento de tranquilidade em que não tenha que lutar para não baixar de divisão. Creio que há quem aspire muito a isso, mas com este futebol e com o mau futebol de todas as outras equipas até aqui, podemos ficar tranquilamente a meio da tabela.
Surpreendentemente, Alessandro melhora a olhos vistos e Juninho começa a dar mostrar de jogador de muita qualidade e utilidade, apesar da lentidão; Eduardo e Wellington mostram que podem continuar a ser titulares; a versão ‘Renato Silva do Cuca’ repetida na moderna versão do ‘Emerson do Ney Franco’ deve ser abolida se o nosso treinador der mostras de algum discernimento (ou deve ‘alguma coisa’ ao Emerson?...); Batista é cada vez mais indiscutível, Leandro Guerreiro está bem na sua função preferida e até Lúcio Flávio jogou melhor ontem (como é fisicamente frágil o rapaz…); o ataque, se estiver em forma, começa a ser interessante, porque Victor Simões melhorou muito a sua movimentação e o sentido de passe, André Lima pode fazer um gol sempre a qualquer momento que a bola pingue à sua frente e Reinaldo pareceu-me capaz de jogar com muito mais agilidade. Também creio que Jônatas e Renato ainda podem ser preciosos nesta equipa. O goleiro deve-se manter.
Ney Franco já deu mostras, em muitos jogos, que sabe elaborar bons esquemas táticos, que sabe escalar bem e que sabe fazer substituições; o que não deu mostras foi de regularidade das suas opções nem de continuidade do seu discernimento ao longo do tempo. Temos tido treinadores de humor muito variável e com várias manias, porque se o nosso treinador agisse como o fez ontem, em todos os aspectos, eu defenderia a sua manutenção – coisa que não tenho defendido.
Finalmente, uma palavra sobre a arbitragem: os juízes dos jogos contra o Flamengo e contra o Náutico cometeram ‘erros grosseiros’ a favor dos adversários – e inaceitáveis; a arbitragem de ontem cometeu erros que considero de interpretação e, por isso, não foram intencionais – pelo que se aceitam, apesar do prejuízo.
FICHA TÉCNICA
Botafogo 3x2 Internacional
Gols: Wellington 10', André Lima 16' e Alessandro 73’ (Botafogo); Andrezinho 47’ e Leandrão 63’ (Internacional)
Competição: campeonato brasileiro
Data: 25/07/2009
Local: Estádio Olímpico João Havelange, o ‘Engenhão’
Arbitragem: Evandro Rogério Roman (PR); Roberto Braatz (PR) e Antônio Carlos de Oliveira (ES)
Cartões Amarelos: Álvaro e Kléber (Internacional)
Botafogo: Castillo, Juninho, Wellington (Thiaguinho) e Eduardo; Alessandro, Leandro Guerreiro, Renato (Reinaldo), Lúcio Flávio e Batista; Victor Simões (Jônatas) e André Lima. Técnico: Ney Franco.
Internacional: Michel Alves, Bolívar, Álvaro, Sorondo e Kléber; Sandro, Magrão (Marcelo Cordeiro), Andrezinho e D'Alessandro (Giuliano); Taison e Bolaños (Leandrão). Técnico: Tite.
18 comentários:
Parabéns pela matéria. A verdde é que o Botafogo está agonizando, como muitos clubes brasileiros, uma crise de talento administrativo e de craques.
Todos os clubes estão nivelados, e certamente só após a segunda fase é que teremos condições de avaliar quem será o(s) provável(eis) candidato(s) ao título.
Abração Rui. Só que mesmo não intencional os erros do árbitro quase nos tiraram os trs pontos.
Lorismario E. Simonassi
Rui:
Concordo com quase tudo que você escreveu. Principalmente com relação a Wellington e André Lima.
Só acho que devido à lentidão e à deficiência nas bolas altas do Juninho (que é, sem dúvida, um jogador muito importante para o time), devemos jogar com três zagueiros.
Castillo, Wellington, Juninho e Eduardo; Alessandro, Leandro Guerreiro, Batista (ou Jônatas), Lucio Flavio (argh!) e Michael (se entrar bem); Victor Simões (ou Reinaldo) e André Lima.
Quanto ao juiz, acho que empatou o jogo para eles. Outro pênalti inexistente (Leandro foi empurrado por um jogador deles sobre o outro) e dois lances idênticos: o nosso gol mal anulado e, na sequencia, o gol de empate deles.
Já é uma coisa quase cultural: na dúvida é contra o Botafogo! A imprensa joga com o chororô (péssima idéia da diretoria anterior) para nos constranger a reclamar das arbitragens. Ora! Parem de roubar o Botafogo e nós paramos de reclamar! Estou cansado de ver adversários nossos (inclusive da imprensa) defendendo árbitros. Você já viu botafoguense em rodinhas de discussão sobre futebol defender algum juiz? Não, né? Por que será?
Mas o time está melhorando e, sinceramente, acho que pode chegar entre os oito primeiros. Não levo a menor fé em Vitória, Barueri, Goiás, Avaí, Santos, Flamengo, Santo André, Coritiba, times que estão à nossa frente. Nem mesmo no Corinthians, que a imprensa paulista teima em alavancar. Eu queria ver se esse time tivesse sido prejudicado em momentos decisivos de alguns jogos, estaria nesta posição.
Abraços,
Marcelão
PS: Como diz meu amigo Joe, "Ninguém segura mais o Carretel Alvinegro!".
Anselmo, é uma pena, mas eu acho que uma grande parte dos clubes brasileiros agonizam e não sabem. No Rio, acho que a agonia é geral. Se o Fla não fosse tão protegido estaria na 2ª divisão, o Vasco está lá, o Fluminense quase esteve para ir e o Botafogo ameaça estar. É duro...
Enquanto isso vamos vendo clubes como Cruzeiro, Internacional e os paulistas sempre em disputas finais de luta por títulos nacionais ou internacionais.
Abraços Gloriosos!
É verdade, Loris, é verdade, mesmo quando o erro não é intencional pauta-se sempre por um critério: na dúvida, é contra o Botafogo.
Abraços Gloriosos!
Marcelão, eu não discordo do que disse sobre o Juninho, pelo contrário. Eu referi que o Juninho está ganhando qualidade, porque apresenta melhorias nas bola spelo chão. As aéreas é realmente mais complicado. Mas a escalação que propõe também é a minha e a do Ney ontem (exceto o Michael, claro). Só acho o seguinte: se o Michael entrar bem e se o Jônatas desenvolver, penso que talvez se pudesse dispensar o Lúcio Flávio. Eu simpatizo com o rapaz, mas acho que já deu o que tinha a dar.
Além disso parece que vem aí outra contratação para o meio. Eu preferia reforçar a defesa...
Sobre o chororô, Marcelão, quem me parece ter sido o iniciador do chororô foi o Cuca. A diretoria deixou-se ir atrás, mas a autoria do chororô, do papel de vítima, da postura dramática e pessimista pertence inteiramente ao Cuca - esse foi o seu maior - e infeliz - legado que deixou ao Botafogo. Me desculpem os 'adoradores' do Cuca, mas ele é o grande responsável pela gozação feita ao Botafogo. Depois alinharam com ele o Túlio e o Bebeto de Freitas na final da TG 2008. O Cuca mostrou à saciedade no Flamengo, para quem tem dois dedos de testa, que carácter possui. Até nesta última demissão se mostrou dramático, vítima e submisso. E afinal, foi elke que criou lá dentro a maior parte dos problemas. Como no Botafogo, só que sempre o encobriram.
Quanto aos juízes, Marcelão, é sempre o mesmo. Uns agem intencionalmente contra nós; outros, na dúvida, marcam contra nós. Só conseguiremos algo interessante se formos realmente muito superiores aos adversários, como nos anos 60 em que nem os juízes lhes valiam. Ou, então, quando tivermos uma diretoria de gente com coragem que obrigue a que nos respeitem.
Dos clubes que citou eu discordo ligeiramente quanto ao Santos, porque eu acredito muito no Luxa. Para onde ele vai há melhoria certa. Foi assim no Santos, está a ser assim no palmeiras com o trabalho que lá fez - acho que o Santos vai crescer - não para campeão, mas para dar muita luta (espero que o Luxa comece bem contra os urubus). O Corinthians parece-me que lhe falta conjunto - como ao Internacional - mas talvez o Ronaldo vá resolvendo os momentos mais difíceis. E as arbitragens hão-de ajudar. Não creio no Atlético Mineiro, mas confesso que é puro preconceito meu: é que não gosto do trabalho que o Celso Roth faz.
Grande conversa, hem?!... rsrsrs...
Abraços Gloriosos!
Marcelão, ainda a questão do Juninho. Creio que o assunto não implica que não haja as opções 4x4x2 e 4x3x3, porque se houver elasticidade suficiente, como deve haver, o esquema pode variar entre o 3x1x4x2 evoluindo para 4x4x2 conforme o andamento do jogo e para um 4x3x3 com pendor ofensivo. O que eu não gosto é do 3x5x2 e menos ainda do 3x6x1. Este último é esquema que o Ney usa quando não quer deixar o adversário jogar e abdica de jogar também - é a aposta no empate num jogo mau.
Abraços Gloriosos!
Desculpe, Rui:
Eu não havia entendido a história do 3-5-2.
Ah! E também esqueci do Atlético Mineiro. Não levo a melhor fé...
Abraços,
Marcelão
Rui,
Se vc estivesse no comando do Botafogo e o que escreveu fosse seguido a risca, eu já estaria mais tranquilo. Pois,quem esteve em campo, ontem, foi o glorioso Botafogo de Futebol e Regatas. É uma satisfação enorme quando isso acontece.Nós não queremos nada impossível.
S.A.
Patrick Dias
É verdade, Patrick. Uma boa primeira parte e, apesar do empate, uma boa capacidade de tornar a partir para cima do adversário.
Só há umporém que não referi, mas que quero agora realçar: nos últimos 6 jogos tomámos 12 gols! Parece quase o tempo do Cuca em que levávamos 3 e 4 gols por jogo e tínhamos que fazer 3 ou 4 gols para empatar ou ganhar pela diferença mínima. Isso dificultará a nossa recuperação, porque se continuarmos a tomar 2 gols por jogo teremos que marcar 3 para ganhar.
E é muito difícil marcarmos 3 gols por jogo. A não ser que o novo trio de ataque 'explodisse'. Ainda não vi, desde que o Botafogo subiu de divisão em 2003, uma defesa decente que não tomasse tantos gols. Não ataque que resista a defesas tão permeáveis...
Abraços Gloriosos!
Prezado Rui. Desnecessário se faz dizer que o seu Mundo Botafogo é o blog mais completo e elegante do nossso querido Botafogo. Tanta elegancia e informação só poderia ser de um botafoguense. Não poderia deixar de registrar. Forte abraço. Loris.
Foi a melhor partida do Botafogo e merecia ser de goleada.
Obrigado, Loris! O Botafogo somos nós!
ABraços Gloriosos!
Foi um grande jogo, Saulo. Mas para nós nada pode ser feito sem sofrimento. Às vezes isso irrita-me profundamente, mas... o que fazer?...
Abraços Gloriosos!
Rui, o Botafogo vem jogando bem desde o jogo contra o Atlético, em que Ney Franco desenhou esse novo esquema de 3 zagueiros com um novo posicionamento do meio e do ataque e que deu muito certo. A partir dali Juninho subiu de produção e Lúcio Flávio também vem subindo de produção, embora ainda tenha um problema sério a partir do 2º tempo quando vamos aos poucos perdendo o meio de campo por causa dele. Já cansei de criticar esses jogadores, mas não hesito 1 minuto para elogiá-los quando forem bem.
Anteontem fizemos nossos melhores 45 minutos na competição, como o próprio técnico reconheceu.
Creio que a principal diferença deste jogo tenha sido individual. Já vínhamos jogando bem mas não conseguíamos fazer os gols. Anteontem as bolas entraram. E os gols que sofremos continuam sendo de falhas individuais ou erros de arbitragem.
Vamos ver os últimos gols que sofremos. Contra o Flamengo, o gol de Adriano foi uma sequência de erros individuais de Batista, Castillo e Leandro. No do Émerson, houve falta não marcada. Contra o Náutico, um foi um pênalti inexistente e o outro uma bisonhice coletiva que vai desde Wellington olhando o cara na frente dele parar, brincar e cruzar a bola até os zagueiros e o goleiro que anda fizeram na área pra evitar aquele gol bobo. Contra o Inter, um pênalti de Leandro Guerreiro que de tão bisonho me faz pensar se não faltam neurônios nele e o gol de Leandrão que lembra muito o de Fred no jogo do flor: defesa parando para pedir impedimento e o jogador livre fazendo gol.
Os jogadores precisam de mais concentração, mais responsabilidade para evitar erros bobos que comprometem todo o trabalho do time, do coletivo.
Não precisávamos ter passado todo esse sufoco. Bastaria que Victor Simões matasse o jogo no 1º tempo em vez de perder aquele gol feito (e o "craque" ainda reclama quando sai) ou que Leandro tivesse cérebro para não fazer aquele pênalti.
Por outro lado, sofrer um empate e chegar à vitória pode dar mais confiança ao time.
Agora, é partir para cima do Coritiba e do São Paulo que são jogos onde temos boas chances de somarmos mais 6 pontos.
Rui,
Como sempre, uma excelente análise.
Quanto ao esquema tático, acho que a presença do Juninho e mais dois zagueiros não implica necessariamente em um 3-5-2 - e entendo que você também pense desta forma. O Juninho a meu ver deveria funcionar como um líbero, não estando necessariamente ligado à linha de zagueiros. Sempre achei que o time deveria preparar jogadas que permitissem a ele fazer aproximações de ataque e concluir com a bola rolando. Neste último jogo isto quase se configurou efetivamente, com o André Lima fazendo a função de pivô para a chegada da "bomba humana" (rs).
Saudações alvinegras!
Fernando, concordo que a melhoria vem desde aí. E desde que o Castillo e o André Lima entraram. Um dá mais segurança à defesa e comete menos erros que o Renan; o outro mexe-se bem no ataque.
Sobre o Leandro, eu nunca o disse, mas o modo como ele se expressa deixa-me muitas dúvidas acerca de ter todos os neuronios no lugar...
O maior problema, quanto a mim, mas não é de hoje, porque já no tempo do Cuca isso acontecia, é que a defesa não consegue a concentração suficiente para não patinar em jogadas infantis. Fazem muita bobeada por desconcentração. É absolutamente irritante. Enerva-me tal coisa. E perdemos por isso. Inclusivamente títulos.
Vamos esperar que o jogo contra o Coxa tenha a mesma sorte daquele do ano passado, que foi um jogo notável de precisão cirúrgica.
Abraços Gloriosos!
Isso mesmo, Biriba. É uma opção que poderia ser interessante. Aliás, interrogo-me às vezes se o Juninho deveria ser zagueiro. O homem tem uma apetência impressionante para a área e para o remate-bomba. Eu experimentava avançá-lo. O único problema é que temos muito poucas alternativas para a defesa.
Abraços Gloriosos!
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