A "rodada" da ante-ontem. Teve para tirar-lhe o brilho, a inexplicável atitude da diretoria do C. R. Flamengo ordenando ao quadro de seu clube que não prossegui-se na partida quando o Juíz consignou o 5º goal do team botafoguense. Mesmo que o Juiz tivesse errado, o que somente podem dizer com mais segurança, as pessoas localizadas próximo ao retângulo. Se a bola bateu por dentro, no ferro, como afirma o árbitro ou na trave, por fora, como querem os jogadores do Flamengo, ainda assim, a atitude da diretoria do Flamengo não tem justificativa. Foi por demais violenta. Enquanto isso, o 2º goal do Flamengo foi conquistado ilegalmente. Com o keeper do Botafogo trancado sem poder defender a pelota vinda do "corner”...
O jogo prosseguiu com manifesta superioridade para os locais, é que Geninho, aos 31 minutos, em forte kick marcou o 5º goal do Botafogo, sendo abraçado pelos seus companheiros de team. Enquanto isso os jogadores do Flamengo correram para o Juiz protestando contra o ponto, alegando que a bola batera na trave e ressaltara para o campo. O juíz, porém, manteve a validade do lance, afirmando que a bela bola batera não na trave, mas dentro do goal, no ferro que apara a rede e daí então é que fôra parar no meio do campo. Quando as reclamações serenaram e se tinha a impressão que o jogo ia continuar, viu-se entrar em campo o diretor de foot-ball do Flamengo, Dr. Alfredo Curvelo e determinar ao quadro que não prosseguisse na partida. Como era natural, semelhante gesto que dispensa qualquer comentário para condená-lo, causou verdadeiro espanto e grande decepção. Os jogadores obedeceram à ordem recebida e se negaram a atender ao Juiz, que os chamava para o reinício da partida. Finalmente o juiz, à vista da negativa, deu a partida como terminada, aos 31 minutos, com a contagem de 5x2 a favor do Botafogo.
2 comentários:
Caro alvinegro,
Eu li quatro jornais de época (O Globo, JB, O Mundo Esportivo e o Correio da Manhã) para escrever sobre este assunto na minha coluna "Aí é outra história", no blog Fim de Jogo. Li sua outra postagem onde você diz que os jogadores do Flamengo se recusaram a prosseguir o jogo. Isso não é verdade. O técnico Flavio Costa, Mestre Ziza e os demais jogadores, queriam que a partida prosseguisse. O vice presidente do Flamengo tinha dado a ordem para que os jogadores saíssem de campo. Eles argumentaram que seria uma atitude antiesportiva muito grave e a forma intermediária de protesto contra o juiz (que, disseram vários jornais, não errou, foi gol mesmo), foi se recusando a dar a saída no meio do campo. Repito: os jogadores e o técnico não queria interromper a partida. Foi ordem do dirigente. Um abraço.
Hoje, 2 de outubro de 2013, publiquei uma citação acerca do Jogo do Senta. Todavia, a sua nota é postada neste artigo de... 25 de novembro de 2011!
Por outro lado, afirma que eu escrevi que os os jogadores do Flamengo se recusaram a prosseguir o jogo e no entanto a sua nota aparece neste artigo onde nada disso está escrito. Portanto, quem lê a sua nota não pode confirmar a sua afirmação, que realmente nem é verdadeira.
A sua nota, do dia de hoje, e tendo lido o meu artigo de hoje, é feita num artigo de há dois anos. Estranho, não? Como costuma dizer o PCGuimarães, algo há, algo há...
Em todo o caso, há uma coisa que não conseguirá negar jamais porque os jornais da época são absolutamente explícitos: os jogadores do Flamengo SENTARAM NO CHÃO PARA NÃO APANHAR DE MAIS!
Tenha vindo a ordem de um dirigente ou tenha sido opção dos próprios jogadores, a verdade é que os jogadores do Flamengo mostraram-se à altura do Flamengo e vice-versa, isto é, não aceitaram a verdade desportiva e quebraram a ética desportiva, sabendo-se que inclusivamente o 2º gol deles foi ilegal. Daí para a frente foi sempre assim: o Flamengo faz de tudo para alterar a verdade desportiva.
Um exemplo.
Na final de 1966 entre Bangu x Flamengo, quando o Flamengo estava apanhando de 3x0 e se ensaiava uma goleada, Almir – que cita a cena no seu próprio livro – arrumou a maior briga do mundo para o Flamengo não sair goleado e estragou a volta olímpica do Bangu. E, como se lê nos jornais à época, a torcida do Flamengo acabou o jogo gritando: "Almir! Almir! Almir!" Que belos ídolos tem a torcida do Flamengo! E que ética é essa torcida…
Conseguirá o amigo ‘detonar’ o que o próprio Almir escreveu no livro que publicou?
Já para não falar no permanente apito amigo ou também será possível detonar o gol legal de Dodô no último minuto do campeonato estadual de 2007, que foi anulado e permitiu ao Flamengo conquistar injustamente, à vista de todos, um título que não seria seu sem a arbitragem?…
E não gasto mais comentários porque ficaria aqui pela madrugada fora a escrever sobre as incivilidades desportivas do Flamengo e não tenho tempo para isso.
Abraços Gloriosos!
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