“O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, foi distinguido esta quarta-feira com o prémio carreira nos Globe Soccer Awards, no Dubai, no dia em que completa 74 anos.
Pinto da Costa, que lidera o FC Porto desde 1982, é o presidente de clube com mais títulos a nível mundial, reunindo 55 troféus. Sob a sua gestão, os dragões conquistaram a Taça dos Campeões europeus duas vezes e a Taça UEFA outras tantas, além de terem ganho o campeonato nacional em 18 ocasiões e a Taça de Portugal em 12. [Nota do editor do Mundo Botafogo: o FC Porto também conquistou, por duas vezes, a Copa Europeia/Sul-Americana Toyta, que os brasileiros designavam por ‘Mundial de Clubes’, mas que nunca passou de um torneio amistoso pago por uma empresa privada e não reconhecido pela FIFA]
O prémio foi entregue pelo treinador italiano Fábio Capello, selecionador de Inglaterra, numa gala que decorreu ao ar livre, no Armani Pavillion, junto à Burj Khalifa, a torre mais alta do mundo.
O júri foi composto por Adriano Galliani (Milan), Augusto César Lendoiro (Deportivo Corunha), Demetrio Albertini (Federação Italiana), Enrico Bendoni (Global Soccer), Fábio Capello, Giovani Branchini (agente FIFA), Luís Figo (Inter Milão), Mohamed Kamali (DubaiSports), Rob Jensen (Associação Europeia de Agentes) e Umberto Gandini (Associação Europeia de Clubes).” (in http://relvado.aeiou.pt/ultima-hora/pinto-costa-distinguido-com-premio-carreira-nos-globe-soccer-awards-313931)
Pinto da Costa é o presidente do FC Porto desde 1982, e não obstante o seu espírito truculento e acusações públicas de influenciar os bastidores decisivamente, é indubitável que em trinta anos levou um clube regional de futebol a uma das grandes potências mundiais, tornando-se um grande vencedor das principais provas organizadas pela FIFA.
Num país pequeno em território e população os feitos de alto nível têm sido muitos. No futebol não é à toa o reconhecimento de Pinto da Costa como o melhor dirigente de clubes do mundo, de José Mourinho no ano passado como melhor treinador do mundo (melhor do mundo também em 2004) e Cristiano Ronaldo o melhor jogador do mundo em 2008. Creio que os três podem ser verdadeiros estudos de caso em cada uma das suas profissões pelo modo como preparam minuciosamente e gerem eficazmente os seus desempenhos.
Nunca havia falado disto tão explicitamente, mas desta vez vai sair: há muitos anos que considero Pinto de Costa o melhor ‘estudo de caso’ mundial em termos de dirigente de futebol, especialmente na medida em o FC Porto nunca foi um clube financeiramente rico e o presidente conseguiu construir gradualmente planteis fantásticos e fazer, provavelmente, a melhor gestão técnica e financeira num clube sem os financiamentos e as estruturas de outros ‘monstros sagrados’ do panorama mundial.
E agora vai sair o que também tenho calado durante anos neste blogue: não calculam quantas e quantas vezes desejei e desejo que o Botafogo tenha o seu ‘pinto da costa’. Creio que esse desejo vem sempre a meio de cada jogo de futebol do Glorioso, quando vejo o Botafogo jogando ‘pequeno’, vejo o técnico orientando ‘pequeno’ e vejo dirigentes satisfeitos com o plane(j)amento ‘pequeno’ e o respetivo resultado ‘pequeno’. E às vezes também parte da torcida satisfeita com resultados e exibições que nada têm a ver com a grandeza que o Botafogo sempre conheceu durante o século XX – um dos clubes eleitos pela FIFA entre os 12 melhores.
Em termos de torcida o Porto continua a ser apenas a terceira maior de Portugal (atrás do Benfica e do Sporting), o que significa que não é necessário ser quantitativamente grande para se ser qualitativamente o melhor.
Faço votos para que um dia um abnegado ‘pinto da costa’ surja no Botafogo para criar uma cultura de grandeza que perdure por décadas!
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