quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Botafogo campeão brasileiro de pólo aquático no mar


O Botafogo conquistou o Circuito Open Correios de Pólo Aquático no Mar, correspondente ao campeonato brasileiro da modalidade, na categoria feminina, realizado entre 26 e 27 de outubro de 2013, no Morro de São Paulo, Bahia, ao vencer o Brasília Master na final por 5x2.

A campanha invicta do Glorioso foi a seguinte:

1ª FASE

26.10.2013
Botafogo 10x3 Tijuca
Botafogo 16x2 Floripa
Botafogo 16x3 Náutico

FINAL

27.10.2013
Botafogo 5x2 Brasília

ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO:

1. BOTAFOGO (RJ)
2. Brasília (DF)
3. Tijuca (RJ)
4. APAUFSC (Floripa)
5. Náutico (PE)

O Botafogo ainda arrebatou os troféus 'Artilharia' (Adhara Lavatori com 17 gols marcados) e 'Goleira Menos Vazada' (Marcela Braga com 10 gols sofridos). 
. 
Pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo): fonte: Portal da CBDA.

E se...


Caros leitores e amigos, obviamente que ser 2º classificado neste momento do campeonato brasileiro, é bom, e em minha opinião são os atletas - que se superaram a si mesmos - as figuras principais do empenhamento posto na temporada, mas tendo por base a imagem acima, convido-vos a refletir nas seguintes questões:

E se nós tivéssemos um plano de médio e longo prazo bem definido e sucessivamente melhoreado desde o início do 1º mandato desta diretoria?

E se no final de 2013 tivéssemos feito um plano de priorizações para 2013?

E se Maurício Assumpção não tivesse autorizado o desmanche do time?

E se Chico Fonseca não tivesse sido tão inábil na gestão da carreira de vitinho?

E se o nosso treinador fosse competente?

Então…

…como seria a imagem?...

1962 o ano Mané: lançamento a 11 de novembro


No final de 2010, recebi um telefonema do advogado catarinense Maurício Neves de Jesus, rubro-negro de coração, que se apresentou a mim oferecendo os originais do livro “1981: o primeiro ano do resto de nossas vidas”, um diário do ano mais vitorioso da história do Club de Regatas do Flamengo, justamente quando “O Mais Querido” conquistara três títulos importantíssimos no curto espaço de três semanas: a Libertadores da América (em 22 de novembro), o Campeonato Carioca (em 6 de dezembro) e o Mundial em Tóquio (a 13 de dezembro), arrasando os ingleses do Liverpool.

Como editor, meu compromisso é com a história do futebol brasileiro e mundial, seus ídolos, craques e lendas. Por isso, o editor botafoguense e o autor rubro-negro se uniram para lançar a obra.

O livro tem uma proposta interessante. Escrito em forma de diário, o autor reuniu o material que já tinha no meu acervo – jornais, revistas, livros. Depois, passou à pesquisa nas fontes da época, principalmente jornais, do Brasil e do exterior. Anotados os trechos fundamentais, passa a escrever com o material selecionado como fonte principal. Os relatos dos jogos são baseados no maior número possível de jornais que fizeram a cobertura da partida e também nos vídeos disponíveis, de modo a evitar que a impressão de um único cronista vicie o texto. Para mim, Maurício criou um estilo que vale a pena levar adiante. Motivado por isso e pela aproximação das comemorações dos 80 anos de nascimento de Mané Garrincha, pedi a ele que escrevesse...

1962: O ANO MANÉ

assim mesmo, já com o título pronto; e o subtítulo “Diário do ano mais vitorioso do Anjo das Pernas Tortas”.

A princípio relutante, Maurício aceitou fazer o livro, percebendo que a história era maior que a rivalidade. Em meio ao trabalho, eu brincava com ele, dizendo que seria duro mesmo era escrever sobre o dia 15 de dezembro, justamente quando Mané Garrincha arrasou com o Flamengo, 3 a 0 no final do Campeonato Carioca, com certeza a sua derradeira atuação individual de gala, dois gols e um chute que provocou um gol contra. Mas depois daquele dia, Mané nunca mais foi Garrincha.

A partir dali, os demônios venceram o frágil Manoel dos Santos, que virou “joão” do álcool e das mazelas físicas que o acompanharam em toda a sua vida.

É preciso, contudo, louvar sempre, lembrar para não esquecer, quem foi Mané Garrincha. Um gênio dos gramados, um craque acima de muitos os que hoje se enchem de dinheiro e glórias. Um índio simples, vítima do alcoolismo e de problemas físicos incontornáveis, quem sabe presa da ganância dos que precisam fazê-lo jogar mesmo à custa de injeções e infiltrações para que suportasse as dores nos joelhos.

Naquele 1962, Mané produziu performances extraordinárias, o ponto máximo da sua brilhante carreira. Com a Seleção Brasileira, durante o Mundial do Chile, jogou por ele e por Pelé, que se contundira no segundo jogo.

E Mané fez chover nos gramados andinos. Contra Espanha, Chile e Inglaterra, jogou mais do que se podia esperar dele. Sem Pelé em campo, Mané jogou como o peladeiro de Pau Grande, que gostava mesmo era de jogar de meia-esquerda. Fez gol de perna esquerda e até de cabeça, saltando contra os altos zagueiros ingleses. Desmontou a defesa da Fúria espanhola para deixar Amarildo na cara do gol e virar um jogo que se encaminhava para um fracasso e nos tiraria da Copa. E o fazia com a mesma tranquilidade com que jogava pelo seu Botafogo num estadinho qualquer do subúrbio carioca.

Em dezembro, na final do Carioca, perante mais de 155 mil pessoas, Garrincha tomou conta do gramado e desfilou seu repertório de “manjadíssimos” dribles pela direita – ele só sabia driblar por ali. Com 10 minutos de jogo, passou como quis por Gérson e Jordan, abrindo o placar, pulando por cima dos repórteres e fotógrafos e dando início ao seu baile particular. Mais 25 minutos, de novo a mesma jogada, uma bomba pra gol que explodiu no goleiro Fernando, quebrou o nariz do zagueiro Vanderlei para fechar o primeiro tempo em 2 a 0.

O segundo tempo nem começou e lá estava ele de novo, pelo meio da pequena área, aproveitando o rebote do goleiro Fernando numa temível “tesoura voadora” do Quarentinha, para fechar o placar.

Lamentavelmente, depois daquele sábado, 15 de dezembro, Mané nunca mais foi Garrincha. Aos poucos, seu brilho foi se acabando, ele ainda tentou a sorte em outros times, Olaria, Flamengo e Corinthians, mas era então uma pálida lembrança da Alegria do Povo, do Anjo das Pernas Tortas, do Demônio da Copa... ele voltara a ser apenas Manoel do Santos, sem o “Francisco” que a mídia acolheu depois que ele quis homenagear o pai, incorporando-lhe o nome.

Neste 18 de outubro, Manoel dos Santos completaria 80 anos. Infelizmente, em outra data redonda, ele nos deixou há 30, nem bem completado meio século de vida. Este livro é uma forma de homenagear o craque, agradecer pela alegria que trouxe aos nossos olhos e corações. Pelos dribles, pelos gols, pela molecagem, pelos títulos.

Minibiografia do Autor

Maurício Neves de Jesus é advogado e professor universitário. Na área jurídica, é autor da obra “Adolescente em Conflito com a Lei: Prevenção e Proteção Integral”. Como cronista esportivo, foi editor do blog Jogo Aberto, do jornalista Lédio Carmona, e publicou os livros “1981 – O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas”, sobre o ano mais glorioso da história do Flamengo, e “Aquelas Camisas Vermelhas”, a história do Internacional de Lages, campeão catarinense de 1965.

Pergunta ao Autor

Como você, um notório rubro-negro, recebeu o convite para escrever este livro?
Com alegria e como um desafio. Garrincha é um caso raro de alguém que está acima das paixões clubísticas e o livro definitivo sobre ele já foi escrito, pelo também rubro-negro Ruy Castro. Assim, a intenção foi esmiuçar o ano mais intenso da vida de Mané, reconstituindo dia a dia sua trajetória pessoal e também as temporadas do Botafogo e da Seleção Brasileira, seus habitats naturais no mundo da bola. Pode-se perceber como eram diferentes o cotidiano de um clube de futebol e a preparação da seleção para um Mundial, e como a vida dos grandes jogadores era menos vigiada do que atualmente.

Serviço 1962: O ANO MANÉ
(Diário do ano mais vitorioso do Anjo das Pernas Tortas)

Prefácio: A primeira vez em que vi Mané Garrincha, por Péris Ribeiro
Posfácio: A última vez em que vi Mané Garrincha, por Roberto Porto
Editor: Cesar Oliveira
Capa: Marcelo Fonseca da Rocha (MQuatro Design)
Revisão: Bia Barreto
Produto Oficial do Botafogo FR
Formato: 14 x 21cm
Páginas: 148
ISBN 978-85-65193-02-3
Preço: R$45
Lançamento: dia 11 de novembro, a partir das 19 horas, no Café Lamas (Rua Marquês de Abrantes, 18 – Flamengo)
Informações: Cesar Oliveira Tel.: (21) 3172-0450 – Cel.: (21) 988-592-908 cesar.oliveira@livrosdefutebol.com
Anexos: Degustação das vinte primeiras páginas do livro; Imagem da capa em alta resolução

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Livro 20: 'A História do Botafogo em Cordel'

2002: A História do Botafogo em Cordel, de Cláudio Aragão

Um dia de 1937...

16 de maio de 1937. Botafogo x Olaria, abrindo o campeonato carioca de futebol. Último jogo da carreira do fenomenal Nilo Murtinho Braga.

 

Nilo iniciou-se na equipa infantil do Curupaiti em 1915, mas foi no Botafogo que despontou como um dos maiores craques brasileiros de todos os tempos. Seguramente, Nilo e Friedenreich foram os dois maiores craques do futebol amador brasileiro, um no Rio de Janeiro e o outro em São Paulo.

 

Nilo esteve na equipa principal do Botafogo durante 17 anos, estreando-se a 7 de dezembro de 1919, aos 16 anos. Tratava-se do Torneio Início do Campeonato Carioca, tendo o Botafogo vencido o Fluminense por 1x0 na primeira partida do torneio. Logo na estreia, ‘O Jornal’ escreveu o seguinte sobre o craque: “Pequeno, no tamanho, gigante quasi na atuação.”

 

Nilo foi campeão brasileiro pela Seleção Carioca em 1924, 1925, 1927, 1928 e 1931. No Botafogo foi campeão carioca em 1930, 1932, 1933, 1934 e 1935. Nilo jogou 176 partidas pelo Glorioso e marcou 184 gols, detendo o recorde de média de gols por jogo. Na temporada de 1927, um ano excecional da sua carreira, Nilo assinalou 42 gols em 28 jogos, estabelecendo o recorde de 1,5 gols por jogo, em média.

 

Foi nesse ano de 1927 que o Botafogo estabeleceu a maior goleada do clássico Botafogo x Flamengo, vencendo por 9x2 com quatro gols de Nilo.

 

No último jogo da sua carreira de futebolista, Nilo jogou no empate de 2x2 com o Olaria, com dois gols de Álvaro. O Glorioso alinhou com Aymoré, Otacílio e Nariz; Afonso, Zezé (Martin) e Canali; Álvaro, Antenor (Luciano), Russinho, Nilo (Otto) e Patesko.

 

Pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo); fontes: Alceu Mendes de Oliveira Castro: O Futebol no Botafogo (1904-1950), Rio de Janeiro, 1951; O Jornal; http://pt.wikipedia.org/wiki/Nilo_Murtinho_Braga; http://www.botafogopaixao.kit.net/idolos.htm

Um dia de 1936...

Dia 26 de janeiro de 1936. Botafogo x Andaraí. Decisão do campeonato carioca de 1935. Três rodadas antes Carlito Rocha quis demitir-se da direção do futebol, porque no jogo contra o Vasco da Gama foi anulado um gol de Leônidas da Silva, sob o falso pretexto de impedimento de Nilo. O Vasco acabou por ganhar por 1x0 e ficou apenas a um ponto do Botafogo, que precisava ganhar os três últimos e difíceis jogos. Após vencer o Madureira por 3x2 e o Bangu por 3x1, o Botafogo enfrenta o Andaraí na última rodada. Se o Botafogo perdesse, o Vasco seria campeão, se empatasse teria que decidir o título com o Vasco à melhor de três, se vencesse tornar-se-ia campeão carioca.

 

O jogo foi dramático. Quando o Botafogo alcançou 3x1 a seu favor, o título parecia conquistado, mas o Andaraí, numa reação fulminante, fez três gols de rajada e passou a vencer por 4x3. O sonho do tetracampeonato desfazia-se… Mas eis que a fibra de campeão se renova e o Botafogo vira novamente o jogo para 5x4 a cinco minutos do final da partida. A descrição é do Jornal do Brasil:

 

“O Botafogo sagrou-se campeão carioca de futebol

 

Este jogo era esperado com enorme ansiedade, pois dele dependia o desfecho do Campeonato Carioca de Futebol.

 

O Botafogo caminhava á frente da tabela com um ponto de diferença sobre o Vasco da Gama, e disputava com o Andaraí o seu último jogo, de sorte que vencendo, como venceu, teria assegurado o cubiçado título de campeão carioca. (…)

 

Daí o grande interesse pelo jogo e o entusiasmo que ele despertou. Realmente o jogo foi empolgante desde o começa até ao final.

 

O Andaraí, de início, carregou impetuosamente. (…) Aos oito minutos de jogo Chagas conseguiu abrir o “score” da tarde com um tiro forte. (…) O Botafogo reagindo, passou, por sua vez, a atacar (…) até que Alvaro, com bom “kick”, empatou a peleja. (…) Ainda Alvaro obtem o 2º goal botafoguense desempatando a peleja. (…) O 1º “half-time” termina com a contagem de 2 x 1 a favor do Botafogo.

 

Recomeçada a peleja com a mesma animação, os botafoguenses fazem cargas sucessivas (…) e Patesko, fechando sobre o goal do Andaraí, assinala o 3º ponto do Botafogo.

 

Segue-se forte reação dos andaraienses. Mineiro, com bom tiro marca o 2º goal do Andaraí. Mais animados os alvi-verdes prosseguem na ofensiva e Mineiro conquista o 3º goal do Andaraí, sob fartos aplausos da torcida vascaína. Estava novamente empatada a partida.

 

O “match” assume grandes proporções. Bastante estimulados pelos dois pontos obtidos, os andaraienses continuam a atacar impetuosamente e Bianco, de cabeça, marca o 4º goal do Andaraí, com grandes aclamações.

 

Diante do perigo, vendo fugir o campeonato [para o Vasco da Gama], os botafoguenses reagem impetuosamente (…) e aos 10 minutos para completar o tempo Carvalho Leite empata outra vez o jogo, assinalando o 4º goal do Botafogo e Russinho, pouco depois o 5º, desempatando e assegurando a vitória do Botafogo pelo “score” de 5x4 e com ela o Campeonato Carioca de 1935.”

 

Por sua vez, o Correio da Manhã evidenciou bem as adversidades enfrentadas pelo Botafogo:

 

“O Botafogo F. C., campeão de 1930 e 1932, conseguiu ante ontem levantar merecidamente o título de campeão carioca de 1935, abatendo o seu último adversário, o Andaraí, por 5x4. Mas o difícil triunfo do clube da Avenida Wenceslau Braz, não deixa dúvida. Foi liquido e justo, atuando contra tudo e contra todos e jamais vimos coisa igual. (…)

 

Era natural e aceitável que os adeptos vascaínos torcessem pelo Andaraí, que jamais teve tantos aplausos em suas mínimas jogadas. Basta que se diga, sem exagerar, que talvês uns 90% da assistência era francamente favorável ao bando alvi-verde, porque a torcida do alvi-negro, diminutíssima, nem aparecia, tal a sua inferioridade. Mas o irregular desse fato, residiu no modo como foi tratado pelos vascaínos, especialmente da parte social. Jamais assistimos um jogo debaixo de tantas hostilidades aos players botafoguenses, que bastante avisados, procuravam apenas ganhar o jôgo.”

 

Alceu Mendes de Oliveira Castro descreve entusiasticamente o feito:

 

“O jôgo parecia ganho, quando de maneira incrível e surpreendente, o Andaraí marca seguidamente três goals, passando para a frente do placar, sob tal delírio da torcida vascaína [o jogo realizou-se em São Januário], que chega a descontrolar o nosso quadro, onde ninguem mais se entende, falhando a linha média por completo.

 

Faltavam apenas cinco minutos para terminar a luta e o Botafogo, transfigurando-se, reage como leão, agigantando-se na cancha e atacando em massa, bem impulsionado pelo magistral Martin. Russo investe e atira. O keeper defende com dificuldade e C. Leite, entrando admiràvelmente, empata o jogo, o que já nos garantia uma “melhor de três” contra o Vasco.

 

Mas os botafoguenses sentem que não é o bastante e insistem terrivelmente. Há um free-kick contra o Andaraí que Canali bate admiràvelmente, com um tiro alto sôbre o arco, Os alvi-negros carregam e Russinho, com magistral cabeçada, envia a bola as rêdes, marcando o goal que garantiu ao Botafogo o Tetra-Campeonato Oficial da Cidade. (…)

 

Levantava, pois, o Glorioso, o seu tetra-campeonato oficial, o quinto em seis temporadas, de 1930 a 1935, sendo que em 30 e 32 contra todos os grandes clubes e em 35 contra os mais poderosos de então.

 

Nesse aureo periodo de absoluta hegemonia, o Botafogo disputou 113 jogos oficiais, vencendo 75, empatando 22 e perdendo 16, com uma percentagem mínima de menos de três derrotas por ano. Marcou 320 goals contra 176, com um saldo de 144 pontos.”

 

O aproveitamento, em seis temporadas, foi de 75%.

 

O Botafogo alinhou com Alberto, Octacílio e Nariz; Affonso (Luciano), Martin e Canalli; Álvaro, Leônidas da Silva (Eurico Viveiros), Carvalho Leite, Russinho e Patesko.

 

Pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo); fontes: Alceu Mendes de Oliveira Castro: O Futebol no Botafogo (1904-1950), Rio de Janeiro, 1951; Correio da Manhã; Jornal do Brasil.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Em Luanda...

Luanda. Domingo, 20 de Outubro de 2013

Fragmentos ´futebol do botafogo 1951-60': Antonio Mendes de Oliveira Castro [03]

Na manhã de segunda-feira [27.10.1952], causando consternação no Botafogo e no desporto nacional, morreu o grande benemérito Antonio Mendes de Oliveira Castro, presidente da Federação Brasileira de Sports (1916-1926).

Acometido de grave depressão, o querido ‘Almirante’ suicidou-se. Oliveira Castro era detentor do mais antigo título de campeão brasileiro em qualquer esporte, obtido em 12/10/1902, ao vencer a prova de mil metros (canoa de 1 remo) no tempo histórico de 3 minutos, 57 segundos e 3 décimos.

Oliveira Castro era primo de Américo Mendes de Oliveira Castro (pai de Alceu [Mendes de Oliveira Castro]).”

Excerto autorizado pelo autor. In: VILARINHO, C. F. (2013). O Futebol do Botafogo 1951-60. Rio de Janeiro: Edição do Autor, p. 56 (à venda nas melhores livrarias do Rio de Janeiro)

Gestor medíocre, político hábil?

[Comentário preliminar do Mundo Botafogo: O texto que se apresenta trata-se do comentário de Pedro Baptista Oliveira feito no blogue Fogo Eterno. A autorização desse leitor para que se divulgue o seu texto foi obtida pelo meu querido amigo Gil Gomes, que obviamente se lembrou do Mundo Botafogo para fazer circular o comentário. Devo referir que o comentário representa, nada mais nada menos, do que tudo aquilo que digo há anos por outras palavras: não nos devemos concentrar no curto prazo, mas no médio e no longo prazo, e que Maurício Assumpção é o 1º responsável pelo que tem acontecido ao futebol do Botafogo nos últimos cinco anos, designadamente os desmanches de times e a falta de respeito ao nosso clube, secundado por uma equipa de gestão que, excetuando os dirigentes das modalidades ditas olímpicas, tem desempenhado um papel de amadorismo (e oportunismo?) que cria esperanças vãs nos torcedores e acaba por lhes dar algumas desilusões bem dolorosas. O texto é lapidar.]

por Pedro Baptista Oliveira
Fogoeterno.wordpress.com

“É hora de renovar as esperanças em que a torcida se despreocupe do que é acidental, e passe a preocupar-se com o que é essencial no nosso clube.

Acidental é, por exemplo, o fato de os nossos laterais serem ruins e o nosso meio campo ser sem sangue.

Essencial é a qualidade dos nossos administradores e das suas gestões. Isso é o médio e o longo prazo. Isso é o nosso futuro.

Qualquer botafoguense com um mínimo de clarividência percebeu que o nosso insucesso este ano deveu-se, sobretudo, à atitude pândega da nossa diretoria de se desfazer do nosso elenco no meio da temporada.

Atitudes como essa, e similares, se repetem ano após ano, todo ano.

Assumpção é um gestor medíocre – pode-se perguntar se é assim por incapacidade de ser melhor ou por conveniência de ser um mau gestor.
Mas, pior que um mau gestor, Assumpção é um político hábil.

Um político hábil é capaz de nos fazer crer que um pedaço de deserto é um bonito jardim. Encobre, sem que percebamos, tudo o que lhes parece ruim ou inapropriado. Um político hábil faz inimigos por cálculo, e pode ter muitos ou ter nenhum, ao sabor das circunstâncias ou do que é conveniente para empolgar o seu público. É, por outro lado, um mestre em fazer amigos.

Só é possível chegar à presidência do Botafogo aquele que é um bom político, isto é, aquele que sabe dar e distribuir bênçãos e sabe fletir os joelhos diante dos cardeais – uma exceção a essa regra foi o Bebeto, um técnico, um gestor genuíno, que só chegou à presidência porque os políticos, como os ratos num naufrágio, sabem que devem fugir das horas ruins. Por não ser político, Bebeto foi engolido.

Por outro lado, o Montenegro é a epítome do gestor político do Botafogo. O título que lhe caiu no colo tornou-o um messias (o messianismo é um dos canceres do Botafogo), cacifou-o para eleger dois sucessores e para tornar-se uma eminência parda no clube. A torcida, que só via o acidental, o título, não percebeu que o clube não avançava, e como estava podre por dentro.

Com Assumpção, o clube também não avança polegada – embora queiram-nos fazer parecer o contrário. E ele, político (que chegou ao requinte da filiação partidária), fez voltarem as práticas políticas e os homens políticos (como Rolim, Mauro Ney, para ficar só nos mais conspícuos) que andavam desaparecidos do clube no breve interregno apolítico, técnico, que foi a gestão do Bebeto de Freitas.

Chegando ao fim mais um ano para lamentar, indigitemos o grande culpado, nenhum de dentro do campo, e sim o doutor Maurício Assumpção (que merece postagem à parte), menos pelo que é, mais pelo que faz e representa.”

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

El Ángel de las Piernas Torcidas


Lançamento no Brasil proximamente.

Autor: Reinaldo Edmundo Marchant
Prefácio: José Valdano
Dimensões: 21 cm de altura e 14 cm de largura
Páginas: 190
Editora: Ediciones Mar del Plata
Local: Santiago de Chile
Data: 2009

O triângulo desportivo do início do Séc. XX


No século XIX os desportos mais populares entre os cariocas eram o Turfe e o Remo.


Ao virar do século emergiu o futebol e durante as primeiras duas décadas do século XX o turfe, o remo e o futebol formaram o triângulo desportivo mais popular dos cariocas.


Porém, o futebol cilindrou todas as outras modalidades desportivas, afunilando os gostos dos cidadãos. O remo e o turfe persistem no panorama desportivo carioca, mas sem o fulgor de outrora, quando os cidadãos cariocas tinham um leque mais amplo de preferências e abrilhantavam, com a sua presença maciça, os eventos de turfe, de remo e de futebol.

Judô em alta



Notícia integral publicada no Sítio Oficial do Botafogo de Futebol e Regatas

“O Botafogo esteve presente no último final de semana no Campeonato Estadual e Intercolegial de Judô. Com mais uma bela atuação, a equipe alvinegra conquistou 7 medalhas de ouro, 6 medalhas de prata 4 de bronze no Estadual. Já no Intercolegial os atletas do clube alcançaram a segunda colocação geral no feminino e a terceira no masculino.”


“No Estadual, os destaques ficaram por conta dos atletas Victória Cristina de Souza Tibúrcio, Victor Hugo Moraes de Oliveira, Mariana Vasconcelos da Silva Menezes e Emellin dos Santos Damasceno. Victória conseguiu ganhar medalha de ouro em 4 classes diferentes (Sub 18, sub 21, sub 23 e sênior); Victor venceu o atual campeão brasileiro; Mariana e Emellin derrotaram nas finais as atletas que representaram o Rio de Janeiro no último Campeonato Brasileiro e  Mariana também conseguiu uma medalha de prata.”

“No Intercolegial, o colégio onde os alvinegros estudam e têm bolsas de estudo (triângulo), ficou com a segunda colocação geral no feminino e terceira colocação geral no masculino. Com destaque para os atletas Lucas Borges, Victória Cristina de Souza Tibúrcio, Joyce Marques Michael Lima, Felipe Isaías Simão Farias, Lucas Salandra de Alcântara e Philipe Rocha Blese, todos campeões individuais.”

Fonte do texto: Sítio Oficial do Botafogo; fonte das Imagens: a 1ª é reprodução do Departamento de Futebol Society do Botafogo (via Facebook) que engloba o Judô; a 2ª é do Sítio Oficial do Botafogo.

domingo, 27 de outubro de 2013

Sporting 1x3 Porto

O FC Porto não perde no seu estádio para o campeonato nacional há cinco anos. O Sporting não resistiu à força portista e perdeu. Ser derrotado no estádio do Porto pode-se considerar normal.

Porém, o resultado não espelha o jogo, já que o Sporting esteve à beira do empate, que não aconteceu por manifesta infelicidade.

O Porto inaugurou o marcador aos 11 minutos, o Sporting lutou muito e empatou aos 60 minutos, mas o adversário teve a sorte de desempatar logo a seguir e ao Sporting restou partir para o ataque, porque “perdido por um, perdido por mil” – diz sabiamente o ditado popular.

Sendo derrotado por 2x1, o Sporting reforçou o ataque, pressionou e por duas ocasiões soberanos o goleiro do Porto fez duas portentosas defesas à maneira do nosso Jefferson. Não conseguindo empatar, o Sporting continuou à procura do gol, desequilibrou-se a meio campo devido a essa busca e num contra-ataque rápido ‘matou’ o jogo.

Nada perdido. O Sporting ainda é segundo classificado e embora esteja a cinco pontos do Porto promete muita luta como não se via há muito tempo.

FICHA TÉCNICA
Sporting 1x3 FC Porto
» Gols: William Eduardo, aos 60’ (Sporting); Josué (pen.), aos 11’, Danilo, aos 62’ e Lucho, aos 74’ (Porto)
» Competição: Campeonato Português
» Data: 27.10.2013
» Local: Estádio do Dragão, no Porto
» Árbitro: Artur Soares Dias (Porto)
» Disciplina: cartão amarelo – Iván Piris e Maurício (Sporting) e Varela e Licá (Porto)
» Porto: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Lucho e Herrera (Defour); Varela, Jackon Martínez (Licá) e Josué (Ghilas). Técnico: Paulo Fonseca.
» Sporting: Rui Patrício; Cédric, Maurício, Rojo e Iván Piris; William Carvalho, André Martins (Vítor) e Adrien; Wilson Eduardo (Capel), Carrillo (Gérson Magrão) e Montero. Técnico: Leonardo Jardim.

Mayara Valentim


O Glorioso ano do remo botafoguense


O ano de 2013 foi o melhor ano de sempre do remo botafoguense, seguindo as tradições do Club de Regatas Botafogo, campeão estadual em 1899 e campeão brasileiro em 1902.


Antônio Mendes de Oliveira Castro, Campeão Brasileiro de Remo em 1902 com o invencível barco Diva.


Em 2013 o Botafogo conquistou a Tríplice Coroa: Campeão Brasileiro Sênior, Campeão Brasileiro Júnior e Campeão Estadual.


Os seus remadores, além de contribuírem para o Botafogo conquistar coletivamente tudo em 2013, conquistaram diversos títulos de campeões internacionais e de campeões nacionais, além de muitos títulos de campeões estaduais.


Aílson Eraclito da Silva, expoente máximo do remo sênior masculino conquistou os seguintes títulos internacionais e nacionais em 2013: Campeão Sul-americano de Skiff Peso-Leve Sênior Masculino, Campeão Brasileiro de Skiff Peso-Leve Sênior Masculino e 1º lugar no Ranking Nacional Sênior Masculino.


Bianka Miarca, expoente máximo do remo sênior feminino conquistou os seguintes títulos internacionais e nacionais em 2013: Campeã Sul-americana de Skiff Sênior Feminino, 2º lugar no Ranking Nacional Sênior Feminino e 1º lugar no Remergômetro Nacional.


Uncas Tales Batista, expoente máximo do remo júnior masculino conquistou os seguintes títulos internacionais e nacionais em 2013: Campeão Sul-americano em Double Skiff Júnior Masculino, Campeão Brasileiro de Double Skiff Júnior Masculino, de Skiff Júnior Masculino, de Skiff Sub-23 Peso-Leve Masculino, de Oito Com Júnior Masculino e 1º lugar no Ranking Nacional Júnior Masculino.

Além dos três atletas citados, mais nove atletas conquistaram títulos de topo:

» Célio Dias Amorim, Campeão Brasileiro de Quatro Sem Peso-Leve Sênior Masculino.

» Diego Donizette Nazário, Campeão Brasileiro de Double Skiff Peso-Leve Sênior Masculino.

» Emanuel Dantas Borges, Campeão Brasileiro de Quatro Sem Peso-Leve Sênior Masculino e de Double Skiff Peso-Leve Sênior Masculino.

» Felipe Soares da Silva, Campeão Brasileiro de Dois Sem Peso-Leve Sênior Masculino e de Dois Sem Peso-Leve Sub-23 Masculino.

» Guilherme Gomes, Campeão Sul-americano de Double Skiff Júnior Masculino.

» Marciel Morais Souza, Campeão Brasileiro de Dois Sem Peso-Leve Sênior Masculino.

» Marcos Óscar Alves de Oliveira, Campeão Brasileiro de Quatro Sem Peso-Leve Sênior Masculino.

» Peter Pichnoff, Campeão Brasileiro de Quatro Sem Peso-Leve Sênior Masculino.

» Sofia Antonela Conte, Campeã Brasileira de Skiff Peso Leve Sub-23 Feminino.

Pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)

sábado, 26 de outubro de 2013

Botafogo 1x0 Atlético Mineiro

Jefferson, o paredão, sempre salvando a nossa baliza.

Defesa atabalhoada e chutando a bola para a frente.

Meio campo mediano, mas parece que o ‘pai chato’ regressou e acabou por ditar o ‘melhor’ Botafogo, e mesmo depois de substituído trocou impressões com o treinador (?).

Ataque? Há muitos botafoguenses que gostam do Alex, eu não.

Joguinho chocho, principalmente na 1ª parte – jogamos pouco o tempo todo.

Um gol e o time recuando novamente, baseando-se em contra-ataques sempre com a bola errada no último passe; se não formos o time que do meio da tabela para cima erra mais passes devemos estar perto disso.

Finalmente um jogo sem sofrer gol, e logo contra o melhor time brasileiro da atualidade.

Impressionante como o Atlético Mineiro nunca leva a melhor sobre nós e se empenhou tão pouco nesta partida.

A goleada na Copa do Brasil parece não ter afetado o time, e isso é importante.
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Quem ainda luta para não descer de divisão são os cathartiformes.
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Uma vitória fundamental para a esperança na Libertadores.

FICHA TÉCNICA
Botafogo 1x0 Atlético Mineiro
» Gols: Júlio César, aos 52’
» Competição: Campeonato Brasileiro
» Data: 26.10.2013
» Local: Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
» Público: 6.472 pagantes e mais de 10.000 presentes
» Renda: R$ 176.180,00 /
» Árbitro: Márcio Chagas da Silva (RS); Auxiliares: Kleber Lucio Gil (SC) e Marrubson Melo Freitas (DF)
» Disciplina: cartão amarelo – Dória (Botafogo); Emerson (Atlético Mineiro)
» Bo
tafogo: Jefferson, Edilson, Bolívar, Dória, Julio Cesar; Marcelo Mattos, Gabriel, Gegê (Octávio, 85'), Seedorf (Lodeiro 68'), Rafael Marques; Alex (Sassá, 56'). Técnico: Oswaldo de Oliveira.
» Atlético Mineiro: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Emerson, Junior Cesar (Neto Berola 78'); Pierre (Leandro Donizete 56'), Josué, Luan (Guilherme 60'), Diego Tardelli, Fernandinho; Jô. Técnico: Cuca.

Botafogo campeão estadual de futebol sub-17 (com fichas técnicas)

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