quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Dominique Beaucant: um ‘livraço’ de Glória eterna a Garrincha

Dominique Beaucant mostrando o livro numa mão e a caixa de proteção noutra

Desde criança, Dominique Beaucant apaixonou-se pelo futebol de Mané Garrincha, bem como coloca Pelé e as equipes da Seleção Brasileira de 1958 e 1962 como os protagonistas da maior arte de futebol jamais produzido até hoje.

Durante décadas, Dominique colecionou tudo o que se referia a Garrincha. Durante décadas sonhou em produzir uma obra que elevasse Garrincha ao lugar que realmente merece: o topo dos topos do mundo do futebol. Finalmente, acaba de concretizar o seu sonho publicando ‘Garrincha – O Rei dos Reis – O divino anjo voa novamente’.

A obra foi divulgada, li todas as sinopses que encontrei e escrevi um artigo sobre o seu lançamento. Dominique ficou entusiasmado com as observações que fiz sobre ele e a sua obra e, por isso, tive a honra e o privilégio de ser agraciado com o fabuloso livro que, de entre os livros escritos de boa-fé sobre Garrincha (porque, como sabemos, há outros livros em que a boa-fé se ausentou, designadamente livros explorando a vida pessoal de Garrincha nos aspectos que lhe foram menos favoráveis), é provavelmente o livro que mais penetrou na nobre e generosa alma de Mané Garrincha, quer quanto ao seu maravilhoso futebol único, quer quanto à singeleza e doçura da sua personalidade, tão bem descrita por Nelson Rodrigues que, ao lado de Armando Nogueira, faz com toda a certeza o duo mais genial daqueles que escreveram sobre o futebol brasileiro até hoje.

Devo dizer que sempre fui apaixonado pela leitura e pelos livros. Aos 8, 10, 12, 15 anos da minha existência, a minha querida mãezinha deparava comigo ainda de luz acesa a ler um livro quando me ia chamar para mais um dia de escola. Nunca consegui intervalar a leitura de uma obra que me envolva: leio-a de fio a pavio, nem que para isso tenha que utilizar 24 ou mais horas seguidas. Ou, então, interrompo a leitura que não me agrada e a probabilidade de não tornar a pegar nesse livro é bastante elevada. Quem julga que eu sou razão pura devido aos meus comentários, engana-se; as minhas emoções secundárias são das mais intensas que se possa imaginar.

Fico arrepiadíssimo quando vejo alguém desfolhar inadequadamente as páginas de um livro, dobrá-las e até mesmo dobrar os próprios livros. Então, tomo sempre muito cuidado com os meus livros e respeito-os. Porém, o livro de Dominique Beaucant colocou-me verdadeiramente em sentido!

Em primeiro lugar, devo dizer que quando Dominique me enviou o livro (livro? livro ou enciclopédia ilustrada sobre Garrincha?) previu que eu o recebesse numa quinta-feira ou sexta-feira da semana seguinte. As promessas de Dominique acerca de eu me espantar quando recebesse o livro fez-me ficar em casa durante esses dois dias até às 14h00 para receber a obra logo que chegasse.

Dominique havia me dito quais eram as características do livro e a sua abrangência e, por isso, foi com ansiedade que abri cuidadosamente o enorme volume que recebi. Sim, meus amigos, eu nunca tive um livro sobre futebol com uma apresentação tão extraordinária como o do nosso amigo americano apaixonado pelas obras-primas de Mané Garrincha.

Prometi a Dominique produzir uma recensão crítica sobre o livro, mas, francamente, nem sei por onde começar, porque, imaginem, fiquei tão impressionado com a apresentação geral do livro que, antes de o abrir, fui lavar as mãos com gel desinfectante para não conspurcar a obra com qualquer lixeira imperceptível.

A obra é protegida por uma caixa cuja capa é a reprodução da capa do próprio livro, que se apresenta no fantástico formato 37cm x 29cm, luxuosamente encadernado com capa em alto-relevo, folhas espessas e da melhor qualidade, em requintado papel couchê e centenas de fotografias que enchem o olho do leitor, sendo mais de centena e meia desconhecidas do grande público, e muitíssimas dessas fotografias ocupam todo o espaço de uma página e, em certas ocasiões, até mesmo duas páginas.

Parede do apartamento de Dominique Beaucant

DOMINIQUE BEAUCANT RESPONDE AOS DETRATORES DE GARRINCHA

Trata-se, essencialmente, de uma biografia ilustrada, cujas fotografias são acompanhadas de ricos comentários, em vez das frases que nada acrescentam ao leitor, a não ser tédio. Por outro lado, a obra centra-se exclusivamente no futebolista e praticamente omite informações sobre a sua vida pessoal, fora do campo de futebol. O autor refere que «os fatos que não pertencem a ele como jogador não devem ser misturados com suas realizações como profissional. […] Devemos saber quando não cruzar a linha e sermos decentes. Se eu tiver ofendido alguns escritores, por simplesmente considerar o que eles fizeram de antiético e abusivo, então estou com sorte

Desde logo ficamos a saber que não vamos ler, novamente, os mil e um artigos que sem qualquer despudor escavam na vida do sublime atleta. E se a obra escavasse a vida do autor, bastante matéria tinha para realçar o amor de Garrincha pelos amigos, pelas mulheres, pelas crianças, pelos companheiros de profissão e pelos animais, fossem aves ou bichos de quatro patas, em vez de se centrarem na coisa menos importante da vida pessoal de Garrincha e que só a ele dizem respeito.

Dominique garante, desde o início da obra, que o leitor «não verá esse estilo ofensivo. […] Certamente não tenho nenhuma desavença com escritores que já incluíram em seus ensaios, livros, revistas, histórias pouco lisonjeiras sobre Garrincha, mesmo que eu esteja confiante em que havia muitas oportunidades para que eles não o fizessem, cujos detalhes pessoais desnecessários em um artigo torna-se simplesmente uma náusea ao ler, embora tal escritor saiba que existia a possibilidade de a situação ter sido revertida».

Apartamento de Dominique Beaucant

AS COMPARAÇÕES DO ‘ONTEM’ COM O ‘HOJE’

Por outro lado, muitos ignorantes sobre o futebol de há cinquenta e sessenta anos, fazem observações destituídas de sentido e revelam a verdadeira ignorância que grassa entre a classe jornalística desportiva. Efetivamente, Beaucant também trata de desmistificar tais ‘escribas’.

Dizer-se «que ele não se adaptaria aos jogos de hoje seria um eufemismo que não tem absolutamente mérito nenhum. Garrincha gostava tanto de dribles que podia ir e voltar com a bola sem que ninguém a tomasse, depois de ter passado por todos os zagueiros e driblar novamente».

Muitos ‘escrevinhadores’ «disseram que os zagueiros de hoje são muito mais qualificados de que seus antecessores. […] Quantas vezes eu li, por exemplo, que Garrincha ou Pelé, se fossem jogar nos dias de hoje, não seriam capazes de passar os zagueiros atuais. É uma piada ouvir isso».

O autor não só contesta como desmonta completamente tais observações. Desde logo refere que a violência dos zagueiros era muito maior no tempo de Garrincha e de Pelé, porque os árbitros não protegiam os atletas dessa violência e, por isso, Garrincha e Pelé sofreram na pele as piores maldades dos zagueiros do seu tempo, especialmente porque eram os atletas que pontificavam no estrelato do futebol mundial. Dominique dirige-se diretamente ao leitor afirmando que «alguns de vós já viram as imagens das pernas do Garrincha mostrando cicatrizes incontáveis. […] Os zagueiros não iam para cima visando a bola mas sim visando as pernas do jogador». Era muito mais difícil passar por um zagueiro do que atualmente, porque as regras de hoje protegem a integridade física dos atletas e os cartões amarelos são bons dissuasores de entradas excessivamente viris.

«O único meio de destruir Garrincha era caçá-lo a pauladas.» – escreve Dominique.

E o autor continua a enumerar muitos outros dados que faziam do futebol de antigamente um jogo muito mais difícil do que atualmente: a bola era muitíssimo mais pesada; as chuteiras eram feitas de material grosseiro; a grama dos campos de futebol estava a anos-luz dos estupendos tapetes verdes da atualidade; os treinamentos ficavam muito longe do que são os treinamentos de hoje; os próprios tratamentos as lesões dos atletas eram muito incipientes e os atletas jogavam muitas vezes sob o efeito de drogas locais para poderem atuar.

Esse futebol de outrora, não obstante as más condições acima descritas, era mágico. Dominique garante que pode «dizer verdadeiramente que nos dias de hoje [o leitor] não vê jogadas mágicas, [porque] a arte do futebol nasceu pelos pés de Garrincha e Pelé».

O autor sublinha João Máximo na frase que diz quase tudo sobre Garrincha da Copa de 1962: «Dizer que foi o craque da Copa de 1962 é fácil. Difícil é falar de Garrincha». E, continuando a manifestar a sua posição, o autor também sublinha Carlos Drummond de Andrade quando afirmou que «difícil não é fazer 1.000 gols como Pelé, difícil é fazer um gol como Pelé»

Para Dominique, Garrincha e Pelé «juntos, formaram a melhor dupla que o mundo já viu». E o autor não deixa em mãos alheias uma sentença sobre o peso dos dois craques no mundo do futebol: «Cópias de dribles e jogadas são bem abundantes hoje e são remanescentes do que Pelé e Garrincha fizeram há décadas. Mas criar dribles e jogadas como eles fizeram, […] simplesmente não irão ver mais».

«Garrincha era puro talento, fazia proezas que não se aprende nos clubes de futebol. Ele foi simplesmente o melhor, acima de todos os outros, e sua proeza nunca será igualada novamente. Havia pessoas que nessa época falavam que Pelé era o Rei, e se tivesse sido, então Garrincha era Deus

Dominique Beaucant no túmulo de Garrincha

PAU GRANDE

Hoje, o nome de Garrincha tornou-se lendário e tem uma reputação de renome em todo o mundo por várias décadas. Como os filmes de Bogart são para cinéfilos, Garrincha é um nome de veneração […] na história do futebol.

Definidos ao parâmetros da obra e da posição que o autor assume face à beleza do outrora futebol brasileiro e, sobretudo, à arte nascida com Garrincha e Pelé, faz-nos entrar, já quase dominados pela intensidade das suas observações, faz-nos entrar mentalmente numa localidade muito conhecida de todos os botafoguenses: Pau Grande!

Dominique coloca Garrincha em relação com as crianças, com os animais, com a localidade onde nasceu, surgindo as primeiras fotografias pouco ou nada conhecidas. São oito breves páginas em que as fotografias de Garrincha começam a ocupar páginas inteiras e transmitem-nos a alegria que o rosto de Mané Garrincha evidenciava. O autor não poupa adjetivos e descreve assim uma foto de Garrincha:

«Um dos mais agradáveis retratos de Garrincha que já vi. Sua felicidade constante é claramente visível nesta imagem fantástica. Mané foi um dos poucos homens em que você podia colocar toda a sua confiança. Lealdade é uma palavra que vem á mente quando se fala nele. Esse foi Garrincha, que nunca deixou sua fama subir à cabeça e este era um fato que o colocava acima do resto, a grandeza de Garrincha não tinha igual».

E noutro trecho:

«Sempre sorridente, sempre feliz, aquele era Garrincha, um homem simples, à frente de seu tempo, à frente de todos!»

BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS E O TORNEIO DE PARIS

Dominique entra, então, no capítulo ‘Botafogo’, que ocupa 16 páginas profusamente ilustradas com Garrincha envergando a camisa da Estrela Solitária. Cada foto é acompanhada de comentários que apoiam e acrescentam algo mais que vai prendendo a pouco e pouco o leitor.

Beaucant reconhece o Torneio Internacional de Paris, ganho pelo Botafogo em 1963, como tendo por «objetivo principal criar uma competição entre os dois melhores clubes europeus contra o seu homólogo da América do Sul, para descobrirmos o melhor do mundo. E era um dos maiores eventos do calendário de futebol, era uma espécie de campeonato mundial interclubes, que durou até 1966. […] Garrincha acabou sendo a maior atracão de todos os jogadores de futebol que participaram neste evento desportivo bem aclamado».

Portanto, além de bicampeão do mundo, o autor reconhece Garrincha também como campeão mundial de clubes.

Após este capítulo, o leitor é tomado de assalto pelo livro. Pela sua grandeza. Pela sua qualidade gráfica. Pelas surpreendentes fotos que revelam o extraordinário futebolista que foi ‘seu’ Manoel dos Santos. Pelos seus textos que revelam não somente uma emoção profunda mas também complementos que fazem reviver, em todo o seu esplendor, a trajetória futebolística de Garrincha através de imagens deslumbrantes.

Apartamento de Dominique Beaucant

ANATOMIA DO DRIBLE

A primeira fase do drible: “sem a bola, que iria transcender a um súbito movimento e o balanço de sua perna direita para a esquerda, ou então para o interior do campo, que tinha o efeito de ele ir para um lado, quando realmente ele ia para o outro; enquanto a inclinação do seu corpo indicava uma coisa ele ia em outra direção para o desespero de todos os zagueiros.”

A segunda fase do drible: «com uma rapidez dramática e uma velocidade inimaginável, consistia em um retorno inexplicável do seu corpo e de sua perna direita, com um toque ultrarrápido de dentro de seu pé direito que precede a recuperação imediata da bola. Então, de repente, Garrincha toca a bola para a direita, para a esquerda de seu oponente

O resultado nós já sabemos…

Entrando nos meandros das Copas do Mundo, Beaucant considera Garrincha como «único, imprevisível, fora de alcance; ele foi o melhor, ele era de outro mundo

Em 1958 «Garrincha resolveu caprichar no baile, foi um carnaval sublime. A coisa virou show de Grande Otelo. […] O marcador de ‘seu’ Manuel já não era um: eram três. E, então, começou a se ouvir, aqui no Brasil, na Praça da Bandeira, a gargalhada cósmica, tremenda, do público sueco

Leia-se excertos do relato dos famosos três minutos de jogo contra a ‘equipe científica’ da URSS considerada imbatível:

«O lateral Kuznetsov corre. Mané ginga o corpo para a esquerda, mas sai pela direita. Kuznetsov desaba de traseiro no chão. A educada torcida sueca não sabe se ri ou se aplaude. […] Repentinamente, pisa na bola e estanca. O lateral soviético volta à marcação. Leva outro drible, E mais outro. A torcida fica de pé, atônita. Garrincha invade a área, […] dribla os três. Um minuto de jogo. O estádio inteiro ri e aplaude com entusiasmo. […] Garrincha está de novo com a bola. Corre em ziguezague. Finge que vai, mas fica; finge que vai, e vai, os soviéticos vão ficando estendidos no chão. Um a um. Didi lança Vavá. Gol do Brasil. […] O estádio explode em histeria. […] O relógio marca três minutos

«O treinador russo, ao ouvir falar que Garrincha só driblava devastadoramente pela sua direita, decidiu colocar dois ou mais zagueiros para fazer sua marcação, pois estava convencido de que ele não seria capaz de fazer o que realmente fazia.» Porém, Dominique relembra exatamente que «o primeiro drible que Garrincha fez contra o zagueiro russo que veio em sua direção, foi para a esquerda, para o desânimo completo e a surpresa de toda a equipe Soviética

Beaucant não perdoa na sua narrativa e coloca o treinador soviético falando: «Ontem falei a vocês que Garrincha é um jogador de um drible só, dispersivo e individualista. Estava enganado. Hoje ele me provou que pode fazer coisas talvez impossíveis para outro jogador. Ele é tão fantástico que fico me perguntando de que planeta teria vindo Garrincha

Em boa verdade, a tal ‘jogada única’ que se atribuía a Garrincha era muito mais complexa do que aparentava ser. Beaucant realça que são «as variações em torno da mesma jogada […] que o diferencia de todos os outros jogadores que já jogaram futebol e que jogam até hoje

Apartamento de Dominique Beaucant

FENÔMENO ACIMA DE TUDO E DE TODOS NO FUTEBOL

Ao contrário de quem considera que 1958 foi a ‘Copa de Pelé’ – na verdade teve muito mais Didi e Garrincha do que Pelé – Dominique socorre-se de Walter Durando (Nice, France) que reconheceu ter Garrincha repetido «sua incrível performance na Copa do Mundo no Chile em 1962; Garrincha ganhou duas copas do mundo para o Brasil»

«Pelé disse que provavelmente foi o gol mais importante que marcou em sua carreira [1x0 contra o País de Gales, em 1958]. É importante notar que Garrincha foi totalmente responsável por este gol, pois ele iniciou a jogada driblando vários defensores e depois centrou a bola para Didi que passou para Pelé marcar

As fotografias, acompanhadas por textos adequados, são de tão grande dimensão que damos conosco dentro de campo jogando com Garrincha e driblando soviéticos, ingleses, espanhóis, suecos, franceses, checoslovacos... Na verdade, as fantásticas fotos obtidas por Dominique convocam-nos irreversivelmente para os gramados da Suécia e do Chile.

O leitor talvez esteja pensando que além dos dois fabulosos espetáculos havia mais qualquer coisa a realçar. Pois…

«Garrincha literalmente destruiu o Flamengo em um jogo épico que desafiou qualquer lógica em um 3x0, no que foi provavelmente o seu melhor desempenho no Estádio do Maracanã, em 15 de Dezembro de 1962, marcando três gols para sua equipe

Desse jogo o autor conclui que Garrincha «jogava futebol com o objetivo de proporcionar um espetáculo de beleza, de talento, de show, que acabava se transformando em algo de hilariante

Ademais, Garrincha era um gentleman, não tivesse sido ele o autor do fair-play no futebol jogando a bola para fora do campo, para um tricolor ser atendido; depois Altair entrou na cena cobrando o lateral e entregando a bola a Garrincha. Dominique Beaucant também não se esquece disso e dá a palavra a Ladislau Novak, zagueiro checo: «Era um jogador imprevisível, a gente nunca sabia o que ele ia fazer com a bola, e ele era limpo e correto. Dava até orgulho tentar marcá-lo

O autor realça ainda as melhores crônicas sobre Garrincha, as melhores frases, os melhores poemas, os melhores comentários, as melhores capas de revista – alguns comentários sobre Garrincha até eu desconhecia!

Na verdade, o livro monumental que acaba de ser editado por Dominique Beaucant é um hino de glória a Garrincha e ao futebol, especialmente ao futebol brasileiro das décadas de 1950 e 1960, cuja única falha é a qualidade do texto. Efetivamente, a tradução de inglês para português apresenta deficiências que, numa obra de tão grande qualidade, ainda se evidencia mais. Não obstante, os textos são inteiramente entendidos pelo leitor.

Fiquemo-nos com as palavras de Beaucant e, em seguida, com as palavras de Nelson Rodrigues citadas pelo autor:

«Até hoje, eu ainda não encontrei um livro sobre futebol sem o nome de Garrincha ser mencionado pelo menos uma vez. Mesmo que o livro em questão seja dedicado a outro jogador de futebol, Garrincha seria citado. Seu nome será sempre reconhecido e admirado em todo o mundo como um verdadeiro gênio que ele era e ninguém pode duvidar disso.» – Dominique Beaucant.

«Os outros três campeões do mundo estavam lá também. Mas Didi, Zagalo e Nilton Santos pertencem à miserável condição humana. […] Garrincha, não. Garrincha está acima do bem e do mal. […] Garrincha não pensa. Tudo nele se resolve pelo instinto, pelo jato puro e irresistível do instinto. E, por isso mesmo, chega sempre antes, sempre na frente, porque jamais o raciocínio do adversário terá a velocidade genial do seu instinto.» – Nelson Rodrigues.

Aquisição do livro: Copade58BrasilCampeao@aim.com (Dominique Beaucant)

2 comentários:

Patrick disse...

https://www.youtube.com/watch?v=2O_ZgIkbHFI

Viva!

Ruy Moura disse...

Filme curto e muito profundo, Patrick. Nunca haverá ninguém como ele.

Abraços Gloriosos.

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