O
Festival do Rio, no Cinépolis Lagoon, apresenta no próximo dia 29 de setembro o
documentário ‘Ídolo’, que resgata a trajetória futebolística e pessoal da vida de
Nilton Santos, um dos maiores ídolos do Botafogo e do futebol brasileiro,
eleito pela FIFA como o maior lateral esquerdo de todos os tempos.
O
documentário desvenda a construção de um ídolo, contando as muitas alegrias e
façanhas futebolísticas do bicampeão do mundo, a sua generosidade no trabalho realizado
junto de crianças carentes e, finalmente, no ocaso da sua vida, a luta contra a
doença que se agravara nos seus últimos anos da sua existência.
O
filme é profusamente ilustrado com imagens de Nilton Santos nas quatro Copas do
Mundo em que esteve presente com a Seleção Brasileira (1950, 1954, 1958 e 1962)
e inclui entrevistas e imagens de grandes nomes do futebol brasileiro e mundial,
tais como Amarildo, Djalma Santos, Carlos Alberto Torres, Júnior, Just
Fontaine, Luís Mendes, Zagallo e Zico. Finalmente, o documentário apresenta o
derradeiro encontro entre Nilton e a esposa.
Ricardo
Macedo e Ricardo Calvet, estreantes em longa-metragem, são os produtores do
documentário, tendo a ideia surgido em 2009, sobretudo em virtude de os jogadores
da Seleção jogarem em paragens longínquas e distantes do povo brasileiro. É uma
bela homenagem a um homem e um futebolista que representou, em toda a sua vida,
apenas três camisas: a do Botafogo, a da Seleção Carioca e a da Seleção
Brasileira. Esta figura ímpar do futebol brasileiro continua a ser um ídolo 50
anos depois de pendurar as chuteiras, venerado pela torcida do Botafogo e por
todos aqueles que amam o futebol.
Fonte:
Lancepress!
2 comentários:
RUI,o saudoso MESTRE foi um cara fora de série em todos os aspectos.Nunca curti muito essa história de ídolo, etc.Abri uma exceção para o NS,meu único e eterno ídolo alvinegro.
Segundo meu pai,nunca explorou o clube e assinava alguns contratos em branco.
Sempre conto aos amigos como passei a admirá-lo também COMO SER HUMANO,E NÃO SÓ COMO JOGADOR.
Por volta dos meus vinte anos,frequentava GS e batia bola com amigos no gramado perto da capela,após assistir aos treinos.A maioria dos jogadores passava por ali para pegar seus carros ou ir até o bar.Nenhum deles dava a mínima bola para nós.
Certa vez,estávamos brincando de bobinho quando o mestre ia passando.Arrisquei perguntando se ele queria bater bola com a gente.Ele colocou uma bolsa no chão e veio brincar.O cara era simplesmente bicampeão do mundo e estava ali participando conosco.Ficamos boquiabertos com o que ele fazia com a bola.Vez ou outra,ele vinha, participava, e se divertia muito com a nossa ruindade.
Muitos anos depois,ele já estava doente e em uma escapada ao Rio, fui visitá-lo.A entrada na clínica era difícil,mas apelei a um amigo do meu velho e consegui entrar.Ele olhou-me,mas não me reconheceu e perguntou-me quem eu era.Respondi-lhe que era um daqueles perebas que batiam bola com ele na capelinha. Ele deu um baita sorriso e perguntou-me se eu tinha aprendido a jogar bola.Batemos um bom papo e saí dali com o coração em frangalhos, pois o grande NS já estava com a doença em estado avançado,o que me deixou muito abatido.
NILTON SANTOS,O MESTRE,O CARA,NUNCA HOUVE ALGUÉM QUE HONRASSE TANTO A NOSSA CAMISA.JOTA.
Compreendo o seu estado de espírito, JOTA, mas a tarde que passei na clínica com o Nilton Santos não me deu tempo para lamentações sobre a decadência ou a sua a morte. Frui. Frui, apenas... Jamais me esquecerei desse dia. Creio que ele só reconhecia, dos companheiros de equipe, o Cacá. Mas... que importância tinha a sua doença para mim se ele estava ali? Simplesmente ali...
Entrei, acompanhado por uma amiga e pela esposa do NS, levando um gelado para ele. Era super guloso por gelados. Conversei e admirei. Sai com fotos e um autógrafo. Inesquecível.
Abraços Gloriosos.
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