por CARLOS VILARINHO
especialmente
para o Mundo Botafogo
sócio-proprietário
e historiador do Botafogo de Futebol e Regatas
Nos jogos seguintes (18, 21 e 29) [maio de 1958], Garrincha
foi escalado, marcando 3 gols, um deles, contra a Fiorentina, magistral. Foi
assim.
A Fiorentina perdia por 3x0. Tentando tirar a diferença,
se mandou toda para a frente. Aos 30 do segundo tempo, num contra-ataque, Dino
estica para Garrincha, que finta o médio Segato e arranca área adentro, apenas
com um zagueiro e o goleiro pela frente. Sarti larga as traves e salta aos seus
pés, Garrincha dribla-o com um leve toque para a direita e arma o tiro fatal.
Quando Sarti saltou, Robotti, que estava do seu lado
direito, recuou. Na velocidade em que vinha, de lado e mesmo com o pé direito
preso ao chão, tentou aparar o chute. Neste instante, Garrincha trava o couro,
cortando para a esquerda, entortando-o. Robotti tenta se voltar para ficar de
frente e se desequilibra, já mal apoiado no pé esquerdo. Se o levantasse,
cairia irremediavelmente. Quase tombando de costas, agarra-se à trave, com os
dois pés fora de campo. Ridiculamente.
Garrincha anda até o gol, para em cima da linha e dá
um bico. A bola bate alto na rede e cai nos seus braços. Com ela volta andando
até ao grande círculo. Uma loucura!
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Excerto autorizado pelo autor. In: VILARINHO, C. F.
(2013). O Futebol do Botafogo 1951-60. Rio de Janeiro: Edição do Autor, p. 224.
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