segunda-feira, 4 de julho de 2016

Seedorf, testemunhado por Marcelo Guimarães

por MARCELO GUIMARÃES (*)
Reprodução de excertos do Facebook

Não fui eu quem contratei [Seedorf], a despeito de reconhecê-la como a maior contratação de um craque estrangeiro da história do futebol brasileiro e nem fui eu que elaborei seu contrato, mal elaborado em especial no item relativo ao direito de imagem, pois obrigava obter o acordo do atleta a cada iniciativa, dificultando muito qualquer ativação.

Mas, ainda assim, é só o presidente confirmar com seu atual diretor financeiro, o mesmo do tempo do ex-presidente, que o programa de sócio torcedor na época quase duplicou em número de adesões, tendo ele como garoto propaganda, inclusive na TV. Além disso, vale ressaltar que os contratos de patrocínio em nossa camisa, cresceram de intensidade inédita e nossas redes sociais explodiram, aumentando muito o valor de nossa marca, tudo em grande parte fruto da presença do atleta.

Eu já não estava mais no clube em 2013, quando ele conquistou o Carioca e levou o Botafogo a Libertadores, mas que também são legados indiscutivelmente importantes de sua passagem. Sem contar com o bem que sua presença orientadora, íntegra e profissional fez a toda uma geração de meninos formados em nossa base. Pergunte aos profissionais da Base que continuam colaborando com o clube, o bem que ele fez para a formação de Jadson, Vitinho, Doria, Gabrielzinho, dentre outros, complementando a formação deles e valorizando o patrimônio do clube.

Hoje, [o sócio-torcedor], com pouco mais de 6 mil adeptos, retrocede[u] a números menores que os anteriores à chegada do atleta. Não defendo a falta de planejamento que ocorreu por parte dos responsáveis pela contratação de Clarence Seedorf, mas vê-lo [ao presidente] criticar com tanta ênfase sua contratação publicamente, me parece um desserviço à história do clube e um desrespeito aos milhares de crianças e jovens torcedores que confirmaram sua decisão de torcer pelo Botafogo, encantados com a presença do ídolo.

Consulte pesquisa Lance Ibope de 2014, que constatou que a torcida do Botafogo foi a que mais cresceu percentualmente NO BRASIL na faixa entre 10 e 14 anos, geração que estava no fim da infância quando da chegada do atleta. Aliás, a mesma pesquisa constatou que nessa faixa etária, e naquele momento, tínhamos a segunda maior torcida do Rio, à frente inclusive do Vasco da Gama.

(*) Marcelo Guimarães foi candidato a presidente do Botafogo nas últimas eleições. À época das eleições não me manifestei publicamente no blogue para manter a minha imparcialidade pública face às eleições, mas, por uma questão de transparência, informo agora que fui apoiante do ‘Grande Salto’, chapa de Marcelo Guimarães, ao lado do meu amigo Cesar Oliveira, editor de livros de futebol.

2 comentários:

Jatahy disse...

Análise perfeita, concordo plenamente.
Não se pode menosprezar a passagem do Seedorf no Botafogo, com ele em campo o Botafogo estava num patamar acima.
Abraços.

Osmar (Jatahy)

Ruy Moura disse...

Inteiramente de acordo, Jatahy.
Abraços Gloriosos.

Botafogo 2x0 Vasco da Gama – futebol vertical em ‘aperitivo’

Crédito: Vitor Silva / Botafogo. por RUY MOURA | Editor d Mundo Botafogo Antes de efetuar uma análise ao jogo quero expressar, uma vez m...