por MARCELO GUIMARÃES (*)
Reprodução de excertos do
Facebook
Não fui eu quem contratei [Seedorf], a despeito de
reconhecê-la como a maior contratação de um craque estrangeiro da história do
futebol brasileiro e nem fui eu que elaborei seu contrato, mal elaborado em
especial no item relativo ao direito de imagem, pois obrigava obter o acordo do
atleta a cada iniciativa, dificultando muito qualquer ativação.
Mas, ainda assim, é só o presidente confirmar com seu atual
diretor financeiro, o mesmo do tempo do ex-presidente, que o programa de sócio
torcedor na época quase duplicou em número de adesões, tendo ele como garoto
propaganda, inclusive na TV. Além disso, vale ressaltar que os contratos de
patrocínio em nossa camisa, cresceram de intensidade inédita e nossas redes
sociais explodiram, aumentando muito o valor de nossa marca, tudo em grande
parte fruto da presença do atleta.
Eu já não estava mais no clube em 2013, quando ele
conquistou o Carioca e levou o Botafogo a Libertadores, mas que também são
legados indiscutivelmente importantes de sua passagem. Sem contar com o bem que
sua presença orientadora, íntegra e profissional fez a toda uma geração de
meninos formados em nossa base. Pergunte aos profissionais da Base que
continuam colaborando com o clube, o bem que ele fez para a formação de Jadson,
Vitinho, Doria, Gabrielzinho, dentre outros, complementando a formação deles e
valorizando o patrimônio do clube.
Hoje, [o sócio-torcedor], com pouco mais de 6 mil adeptos,
retrocede[u] a números menores que os anteriores à chegada do atleta. Não
defendo a falta de planejamento que ocorreu por parte dos responsáveis pela
contratação de Clarence Seedorf, mas vê-lo [ao presidente] criticar com tanta
ênfase sua contratação publicamente, me parece um desserviço à história do
clube e um desrespeito aos milhares de crianças e jovens torcedores que
confirmaram sua decisão de torcer pelo Botafogo, encantados com a presença do
ídolo.
Consulte pesquisa Lance Ibope de 2014, que constatou
que a torcida do Botafogo foi a que mais cresceu percentualmente NO BRASIL na
faixa entre 10 e 14 anos, geração que estava no fim da infância quando da
chegada do atleta. Aliás, a mesma pesquisa constatou que nessa faixa etária, e
naquele momento, tínhamos a segunda maior torcida do Rio, à frente inclusive do
Vasco da Gama.
(*) Marcelo
Guimarães foi candidato a presidente do Botafogo nas últimas eleições. À época
das eleições não me manifestei publicamente no blogue para manter a minha
imparcialidade pública face às eleições, mas, por uma questão de transparência,
informo agora que fui apoiante do ‘Grande Salto’, chapa de Marcelo Guimarães,
ao lado do meu amigo Cesar Oliveira, editor de livros de futebol.
2 comentários:
Análise perfeita, concordo plenamente.
Não se pode menosprezar a passagem do Seedorf no Botafogo, com ele em campo o Botafogo estava num patamar acima.
Abraços.
Osmar (Jatahy)
Inteiramente de acordo, Jatahy.
Abraços Gloriosos.
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