Há anos os japoneses implementaram a
filosofia de gestão dos cinco zeros na empresa: zero erros, zero desperdícios,
zero avarias, zero papel, zero estoques. Da diretoria do Botafogo sabe-se que
devemos esperar outros zeros: zero acertos, zero competitividade, zero eficiência,
zero eficácia, zero títulos.
O que não sabíamos é que a comissão técnica
da equipe de futebol, que parecia iniciar um caminho interessante ao dar um
rumo ao padrão de jogo, também chegou ao mural dos zeros, em nota avaliativa:
zero visão, zero estratégia, zero criação, zero pressão, zero gols.
Acreditei que Barroca poderia, após dar um
padrão à equipe, fazê-la evoluir. Ledo engano meu mais uma vez. Sou um inocente
e crédulo botafoguense me esforçando sempre por dar algum crédito a quem chega.
Barroca chegou, o tique-taque implementou, o desenvolvimento terminou, o
presente parou, o futuro se hipotecou.
Barroca joga sempre do mesmo modo com a
equipa, tornou o conjunto absolutamente previsível e acabou tendo o merecido
tratamento: três jogos consecutivos no nosso estádio; três derrotas por 1x0;
mais de 360 minutos sem marcar gol – e assim um gol adversário chega e sobra
para perdermos todos os jogos.
Eduardo Barroca, que teve bons resultados nas
bases, que nos fez acreditar que estaria preparado para o seu primeiro desafio
profissional, superando as nossas dificuldades de uma diretoria inoperante, um
departamento médico ineficiente, um plantel ineficaz, tem mostrado a sua
impreparação, a sua limitação, a necessidade da sua demissão.
E a medida mais urgente após a demissão de
Barroca é a contratação de um técnico experiente que purifique o plantel das
suas inúmeras artroses e o prepare para disputar capazmente a Série B do
Campeonato Brasileiro de Futebol de 2020.
Ou então alguém sério e capaz que faça alguma
coisa de boa nota em substituição de uma Diretoria sem mente que pense, sem
coração que se emocione, sem braços que apontem rumos, sem pernas que trilhem
caminhos.
FICHA TÉCNICA
Botafogo 0x1 Atlético Mineiro
» Gols: Vinícius, aos 34’
» Competição: Copa Sul-americana
» Data: 24.07.2019
» Local: Estádio Nilton Santos, em Rio de
Janeiro (RJ)
» Público / Renda: 15.774 presentes / R$
496.450,50
» Árbitro: Raphael Claus; Assistentes: Alessandro Rocha e Fabrício Vilarinho; VAR: Anderson Daronco; Assistentes VAR: Luiz Flávio De Oliveira e Danilo Manis
» Árbitro: Raphael Claus; Assistentes: Alessandro Rocha e Fabrício Vilarinho; VAR: Anderson Daronco; Assistentes VAR: Luiz Flávio De Oliveira e Danilo Manis
» Disciplina: cartão amarelo – Alex Santana,
Gustavo Bochecha (Botafogo); cartão vermelho –Joel Carli (Botafogo)
» Botafogo: Gatito Fernández; Marcinho,
Carli, Marcelo Benevenuto e Gilson; Cícero, Alex Santana, João Paulo (Igor
Cássio); Erik (Leonardo Valencia), Diego Souza e Luiz Fernando (Gustavo
Bochecha). Técnico: Eduardo Barroca.
» Atlético Mineiro: Cleiton; Patric, Igor
Rabello, Réver e Fábio Santos; Jair, Elias, Vinícius Goes (Nathan), Otero
(Maicon Bolt); Chará e Ricardo Oliveira (Papagaio). Técnico: Rodrigo Santana.
3 comentários:
Bom dia!
1. Concordo. E desde 2000 vem caindo a nível nacional. Clubes como Figueira, Goiás, Juventude e CAP vem tendo mais vitórias sobre o BFR no novo século. Aliás, o Rio perde em futebol para as outras principais capitais do Brasil: PA, Curitiba (p/o CAP, o Coxa não anda bem), BH e Sampa.
2. Competição: mude de Brasileiro para Copa Sul-Americana, por gentileza, na FT.
Obrigado
Abraço
Botafoguense Insulano
Pedro (suponho que sejas o Pedro), é uma triste realidade do futebol botafoguense e carioca. Talvez comece a mudar se o Botafogo tiver os Moreira Salles coo parece estar encaminhado e se o Flamengo deixar de ser um verdadeiro 'mico' e obtenha resultados compatíveis com o plantel que formou. Os dois talvez fossem capazes de alavandar o futebol carioca. Entretanto, emendei o nome da competição.
Abraços Gloriosos.
Grande Rui
Abraço
Pedro Varanda
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