terça-feira, 15 de março de 2022

BOTAFOGUENSES ANÔNIMOS (26): Ronald

 
Em pé: Amauri, Nilton Santos, Jorge, Pampolini, Ronald Marreta e Cacá; agachados: Garrincha, Paulo Valentim, Didi, Quarentinha e Neivaldo.

por JOSÉ RICARDO CALDAS E ALMEIDA

Colaborador do Mundo Botafogo e Pesquisador de Futebol

Ronald Alzuguir nasceu no Rio de Janeiro (RJ) no dia 27 de julho de 1937.

Menino ainda, ingressou no time do Posto 6 da praia de Copacabana, conhecido pelo nome de Lá Vai Bola. Entrou como meia-direita e fez sucesso nas areias de Copacabana graças aos gols impossíveis que marcou.

Um dia, sua irmã Yone sugeriu que ele fosse treinar nos infantis do Botafogo. Foi e o aceitaram. Dali para os juvenis, foi um passo. Nenê, que era técnico na época, gostou do seu estilo e o lançou como médio-volante, apoiador do ataque. Ronald gostou da nova posição, adaptou-se a ela e começou a crescer de produção, de jogo para jogo, até tornar-se capitão do time.

Sua estreia na equipe principal aconteceu no dia 27 de janeiro de 1957, num amistoso internacional em que o Botafogo goleou o AIK, da Suécia, por 5x1, em General Severiano. Nessa ocasião o Botafogo formou com Pereyra Natero (Amaury), Bob (Beto), Orlando Maia e Nilton Santos; Pampolini e Bauer; Garrincha, Didi, Paulinho Valentim, Neyvaldo (Ronald) e Cañete (Assed). Técnico: Geninho.

Foi campeão carioca em 1957 e bicampeão carioca de aspirantes nos dois anos seguintes (1958 e 1959).

Defendeu o Botafogo de 1957 a 1960, totalizando 84 jogos pelo alvinegro carioca, assim distribuídos: 12 jogos em 1957, 20 em 1958, 43 em 1959 e 9 em 1960.

Seu último jogo pelo Botafogo foi em 6 de novembro de 1960, um amistoso contra a Machadense, de Machado (MG), com vitória carioca por 6x1. Nesse jogo o Botafogo formou com Manga (Adalberto), Cacá, Zé Maria (Paulistinha) e Chicão; Pampolini (Ronald) e Jorginho; Garrincha, Didi, Genivaldo (China), Quarentinha e Zagalo (Neyvaldo). Técnico: Paulo Amaral.

Foi, então, levado pelo treinador Elba de Pádua Lima, o Tim, para o Guarani, de Campinas (SP), onde estreou no dia 26 de fevereiro de 1961, num amistoso com vitória sobre o XV de Piracicaba, por 4x2. A escalação do Guarani foi a seguinte: Nicanor, Ferrari, Ditinho e Adilson; Ronald e Carlão; Dorival (Vanderley), Ilton, Paulo Leão, Valter (Cabrita) e Osvaldo. Técnico: Tim. Atuou pelo Guarani até 11 de outubro de 1961, em um jogo válido pelo Campeonato Paulista, contra o São Paulo, no Pacaembu.

Em março de 1962 retornou ao Rio de Janeiro, contratado pelo Flamengo. No rubro-negro carioca jogou apenas sete partidas, a primeira delas em 25 de março de 1962, com derrota para o Atlético Paranaense, em Curitiba (PR), por 3x2. Formou o Flamengo com Mauro, Joubert, Bolero (Ronald), Jadir e Jordan; Vanderlei e Nelsinho (Higino); Joel, Henrique (Miranda), Dida e Luiz Carlos. Técnico: Flávio Costa.

Logo depois, Ronald disse adeus aos gramados com uma idade (25 anos) que muitos jogadores estão começando a se destacar no futebol.

Passou a exercer a profissão de cirurgião-dentista, com especialização em Endodontia, continuando no Flamengo por vários anos junto ao Departamento Médico do clube.

João Saldanha costumava alardear (e chegou a publicá-lo numa crônica que intitulou de “Sabemos pouco”), que o jogador Ronald Alzuguir, entre todos os jogadores com que havia lidado, era “um dos quatro que mais se destacavam”. Segundo ele, mal o rapaz entrava em campo, já sabia “de cara o que estava acontecendo” e o que deveria fazer. Tinha a chamada “visão de jogo”.

Fotos: Revista do Esporte e site “3º Tempo”, de Milton Neves.

Fontes: Blog "Marreta Popular", de Ronald Alzuguir; “Consagrado no Gramado”, de Roberto Assaf; Revista do Esporte; site “Jogos do Guarani”, de José Ricardo Lenzi Mariolani.

2 comentários:

Silvia disse...

Eu seu onde eles esta hj em dia, aqui em São José dos Campos, em uma casa de repouso, sendo maltratado.

Ruy Moura disse...

Isso é lamentável, Silvia. O maltrato de idosos é, infelizmente, assunto recorrente.
Abraços Gloriosos.

Botafogo Campeão Metropolitano Sub-12 (todos os resultados)

Equipe completa. Crédito: Arthur Barreto / Botafogo. por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo O Botafogo sagrou-se Campeão Metropolitano...