sexta-feira, 31 de julho de 2009

Que tristeza estarmos entregue à incapacidade e negligência de uma carrada de gente a fingir que faz alguma coisa para justificar a sua existência


Título complicado, ineficiente, ineficaz e fadado ao insucesso, não é?... Pois… É o retrato da equipa de futebol do Botafogo… Que tem medo da bola, teme o adversário e receia o sucesso…

É o retrato dos desempenhos de dirigentes, técnicos e jogadores de futebol do Botafogo… É o retrato dos disparates quotidianos de dirigentes e assalariados do futebol botafoguense exposto nos jornais, o qual envergonha a inteligência que sempre foi sinónimo de Botafogo.

Diz-se que enquanto há vida há esperança… Mas pode haver esperança quando a vida não habita a oralidade das pessoas?... Nem habita a massa cinzenta que compõe a inteligência humana?... Nem habita a noção do ridículo acerca de palavras vãs e perdulariamente supérfluas?... Pode haver esperança quando a vida do futebol botafoguense parece estar ligada a uma máquina de sobrevivência e alimentada através de tubos avulsos?...

A não qualidade é algo que sempre me desatinou. Nos dirigentes, técnicos, especialistas e jogadores de futebol do Botafogo, o senso comum mais comezinho e banal de todos os sensos comuns impera ‘arrepiavelmente’ falando – é de arrepiar ouvir tantas palavras sem sentido ou tão óbvias que nem mereciam ser ditas. Leiam as declarações do treinador após o último jogo:

– “Depois de vencermos o Internacional fizemos outra bela partida. Mas neste campeonato, se não matar o adversário, você é punido, e hoje isso aconteceu. O futebol castiga. O segundo gol que levamos nasceu de um erro que não pode acontecer”.

Podia citar muitos outros protagonistas deste Botafogo representado pela superficialidade de quem o ocupa, mas aconteceu ler, na manhã seguinte ao jogo contra o Coritiba, as declarações do treinador botafoguense. Talvez Ney Franco tenha aprendido muito sobre educação física na universidade que frequentou, mas de futebol seguramente aprendeu pouco e acerca da vida, nada.

1ª pergunta: Senhor doutor em educação física, há algum campeonato do mundo em que não se é punido se não se ‘matar’ o adversário?...

2ª pergunta: Senhor doutor em educação física, há alguma modalidade desportiva, entre as quais o futebol, que não castigue os erros?...

3ª pergunta: Senhor doutor em educação física, o primeiro gol não foi outro erro da defesa que após a cobrança de uma falta a favor do Botafogo recuou tão lentamente que permitiu uma deslocação rápida e eficaz do atacante coritibano?...

4ª pergunta: Senhor doutor em educação física, quantas vezes já afirmou, enquanto treinador do Botafogo, que tomamos um gol devido a “um erro que não pode acontecer”?...

5ª pergunta: Senhor doutor em educação física, não é o senhor que manda a equipa do Botafogo recuar, neste e nos jogos anteriores em que tomamos gol nos últimos minutos (o que já sucede desde o ano passado) e faz acontecer o erro de que fala como se ele não fosse seu?...

6ª pergunta: Senhor doutor em educação física, quando é que emenda os mesmos e sucessivos erros que identifica nas entrevistas jogo após jogo?...

7ª pergunta: Senhor doutor em educação física, quando é que lê o que se escreve sobre os seus desempenhos profissionais, porque talvez assim pudesse aprender algo que melhorasse os seus desempenhos?...

8ª pergunta: Senhor doutor em educação física, quando é que regressa ao cargo de treinador do Ipatinga?...

Perguntas semelhantes são extensivas, com os devidos ajustes, às superficialidades proferidas por dirigentes e jogadores que, com as suas banalidades inócuas e inconsequentes, ofendem os meus sentidos e a minha inteligência, ofendem os sentidos e a inteligência de milhões de botafoguenses que lutam vidas inteiras todos os dias para melhorarem qualitativamente a sua intervenção social. E que são tratados, pelo conjunto das palavras balofas e das ideias ocas, como se fossem imbecis.

QUEREMOS GENTE QUE SAIBA FALAR À INTELIGÊNCIA!

QUEREMOS GENTE QUE SAIBA PRODUZIR IDEIAS!

QUEREMOS O NOSSO BOTAFOGO DE VOLTA!
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2º Almoço da Confraria da Amizade Botafoguense

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A Confraria da Amizade Botafoguense (ler Confraria da Amizade Botafoguense) realizará o seu segundo almoço e o meu amigo Cesar Oliveira comunica:

Quando e Onde
No próximo dia 6 de agosto, quinta-feira, vamos realizar o segundo almoço da Confraria da Amizade Botafoguense. Será no Bar Ernesto, na Lapa (ao lado da Sala Cecília Meireles), a partir das 13h00.

Adesões
As adesões já estão abertas. Temos que usar o velho RSVP para eu poder fazer a reserva no Ernesto. Responda a este email se quiser confirmar a sua presença, por favor.

Convidades Especiais
Serão convidados, desta vez, AFONSINHO e NEI CONCEIÇÃO. O convidado especial é AMARILDO TAVARES DA SILVA, que completou 70 anos no dia 29 de Julho e que será homenageado com um diploma da Confraria.

Camisetas
Da mesma forma, estou anexando o desenho da camiseta da Confraria, com a marca gentilmente criada pelo designer Botafoguense Marcelo Fonseca, da MQuatro Design. Quem desejar a camiseta, precisa fazer uma reserva comigo, porque vou mandar fazer as camisetas na quantidade e tamanhos encomendados.


Reservas de Camisetas
As camisetas custarão R$20 e serão feitas em cinza, com impressão em preto e branco. Vou receber encomendas e pagamentos até domingo, para fazer as reservas com a produtora. Quem se interessar, por favor, fazer o depósito na conta Bradesco (237), agência 2791-0, conta poupança individual 1001820-0, em nome de Cesar Oliveira, CPF 310.260.017-49. Peço que me mandem os tamanhos e comprovantes por email. Moradores de fora do Rio de Janeiro que fizerem encomendas serão informados, quando confirmarem o pedido, do custo de envio (PAC ou Sedex, conforme preferirem).

Os contatos são:
Cesar Oliveira
www.livrosdefutebol.com
www.twitter.com/livrosdefutebol
Cel.: (21)8859-2908

1 de Agosto


1. No dia 1 de Agosto de 1931 nasceu Dino da Costa, atacante revelado pelo Botafogo em 1948.

Pelo Botafogo conquistou o Torneio Municipal em 1951 e o Torneio Quadrangular Interestadual em 1954. Entre 1955 e 1968 fez toda a sua carreira em Itália.
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Leia mais pormenores em (Dino da Costa, revelação botafoguense).

2. No dia 1 de Agosto de 1999 o Botafogo sagrou-se campeão da Taça Belo Horizonte de Juniores ao vencer o Flamengo pelo histórico placar de 8x3.


3. No dia 1 de Agosto de 2003 foi fundada a Torcida Estrela Solitária cujos lemas são: ‘Paz dentro e fora dos estádios’ e ‘Nem maior, nem melhor. Apenas diferente!’

A designação da torcida deve-se a uma grande pesquisa realizada pela Internet em fóruns relacionados com o clube.

Fontes
Acervo e pesquisa de Rui Moura

Resistência Coral – uma torcida diferente

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Em homenagem a uma torcida desportivamente pacífica e socialmente interventora, abro um parêntesis no Mundo Botafogo e conto hoje a história do Ferroviário Atlético Clube e da Torcida Resistência Coral – que faz hoje quatro anos.

O Ferroviário Atlético Clube é um exemplo paradigmático da passagem de clubes dominados por gente rica no início do século XIX para clubes em que o futebol foi democratizado e popularizado, porque a sua fundação resultou da iniciativa de empregados da ‘Rede de Viação Cearense’ (RVC, depois ‘Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima’, RFFSA, e agora ‘Companhia Ferroviária do Nordeste’, CFN).

Em 1930, a RVC instalou oficinas de manutenção de locomotivas, carros e vagões na então distante região do Urubu, que corresponde à antiga Estrada do Urubu, importante via de comunicação à época. Naquela área foi-se concentrando uma população humilde fugindo das secas, da fome e dos latifundiários do sertão. Tornou-se uma região reservatório de mão-de-obra, através da instalação de várias indústrias, surgindo favelas e bairros operários muito menosprezados pelos poderes públicos.

Em 1933, com vista a recuperar mais locomotivas, carros e vagões, a RVC determinou a realização de horas extraordinárias nas oficinas, entre as 18 e as 20 horas. Como o turno normal encerrava às 16h25m, os operários mais jovens que moravam longe aproveitaram o intervalo para jogarem futebol. Armados de pás e enxadas limparam um terreno vazio dentro das oficinas, fizeram um campo e compraram uma bola, já que as traves foram feitas a partir de tubos retirados de caldeiras de velhas locomotivas.

As ‘peladas’ tornaram-se um sucesso e a 9 de Maio de 1933 nasceu o Ferroviário, forjado pelos trabalhadores da RVC. Em 1938 o clube acedeu à primeira divisão cearense (foto abaixo).

Ferroviário: em pé - José Severiano Almeida (diretor), Oscar Carioca, Procópio, Adelzirio, Dudu, Bitonho, Zeca Pinto (atacantes), Valdemar Caracas (treinador) e Alberto Gaspar de Oliveira (diretor); agachados - Baiano, Zimba, Boinha (médios), Zé Felix e Popó (zagueiros); Sentados - Gumercindo e Puxa-faca (goleiros)

Desde aí o Ferroviário foi diversas vezes campeão e vice campeão do Ceará:

· Campeão: 1945, 1950, 1952, 1968 (invicto), 1970, 1979, 1988, 1994, 1995.
· Vice-campeão: 1940, 1942, 1946, 1947, 1949, 1951, 1953, 1955, 1960, 1963, 1967, 1969, 1982, 1989, 1996, 1998, 2003.

A tradição de equipa operária manteve-se e as movimentações operárias também. Nos anos sessenta (foto abaixo), durante a ditadura, os operários lutaram por dias melhores e a favor da democracia em diversas ocasiões.


O Ferroviário é um clube que possui diversas torcidas organizadas, sendo a Ultras Resistência Coral uma torcida recente e muito interventiva. A torcida foi fundada em 31 de Julho de 2005 por torcedores anarquistas e comunistas e chama a atenção nos estádios devido à sua politização, muito evidente num dos principais lemas utilizados:

Nem guerra entre torcidas, nem paz entre classes


A Resistência Coral se define como uma torcida organizada Ultras, semelhante às que existem no futebol europeu. No caso concreto, trata-se de uma torcida Ultras de esquerda, anti-fascista e anti-racista. O Manifesto de lançamento da torcida proclamava o seguinte:

"Não enxergamos os torcedores de outros times como potenciais inimigos, já que a composição social das torcidas no Brasil é principalmente de trabalhadores ou jovens filhos de trabalhadores."

Mascote da torcida


“A ULTRAS RESISTÊNCIA CORAL nasce da fundição da luta da classe operária com sua paixão pelo futebol, precisamente pelo Ferroviário Atlético Clube. Lutamos arduamente contra todas as mazelas do capitalismo dentro e fora dos estádios. Nossa torcida não é de mero(a)s espectadore(a)s de partidas de futebol e da luta de classes, somos expressão do que há de mais ativo nas arquibancadas e na luta operária.” Eis mais um dos lemas apaixonados da Resistência Coral:

Nada diminui nossa paixão incendiária! Ferroviário, orgulho da classe operária!

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A estreia da Resistência nas arquibancadas foi no primeiro jogo coral do Campeonato Brasileiro de 2005, quando o Ferroviário venceu o Serrano (PE) pelo placar de 5x2.

Ferroviário 5x2 Serrano (PE)
Gols: Moré (2), Júnior Cearense, Anderson e Eli (Ferroviário); Claudinho e Rogério (Serrano).
Competição: Campeonato Brasileiro da Série C 2005
Data: 31/07/2005
Estádio: Presidente Vargas (Fortaleza-CE)
Público: 2.964 torcedores.
Preliminar: Ferroviário 11x1 Floresta (Sub/18)

A Resistência Coral é uma torcida que mostra ser possível organizar torcidas interventivas e politizadas desportivamente. Que é possível não deixar os créditos da paixão desportiva por mãos alheias e influenciar as políticas do clube.

Por acréscimo a este posicionamento sui generis da Resistência Coral também se identifica uma forte componente político-ideológica, através de posições de defesa ou de condenação de determinadas ocorrências. Veja-se a simbologia mais importante das posições políticas dessa torcida:

Contra a política das federações cearense e brasileira de futebol

Contra o fascismo


Contra o nazismo


Contra a violência policial




Contra o racismo


Contra o machismo

E, finalmente, a Resistência Coral faz questão de identificar os seus ‘líderes ideológicos’. Curiosamente, a mescla dos políticos de esquerda é muito variada e contraditoriamente livre, fazendo-se apologia de correntes políticas muitas vezes opostas no terreno, designadamente as concepções muito divergentes que configuram as linhas anarquista e comunista e, dentro destes últimos, a apologia de linhas trotskistas e linhas leninistas que se opuseram em concreto. Até mesmo Che Guevara, considerado por alguns como uma espécie de comunista libertário, é mencionado. Curiosamente, a simbologia estalinista, outrora consagrada pela linha marxista-leninista politicamente mais dura, é ignorada pela simbologia da Resistência Coral, bem como a extensão maoísta da revolução proletária.

Eis os líderes gravados simbolicamente por esta torcida do Ferroviário Atlético Clube:

Bakunine, líder anarquista


Marx, líder comunista


Lenin ‘punk’


Lenin no estádio


Trotsky


Trotsky no estádio



Che Guevara, lenda de todas as juventudes


Finalmente, eis um dos cantos da Resistência Coral:

“Ultras Resistência Coral
Nasceu da luta social
Pra combater qualquer discriminação
No nosso futebol e em qualquer canto da nação
Não somos meros torcedores do Ferrão
Somos trabalhadores que engrandecem um país
Não admitindo qualquer forma de exclusão
Igual a que sofre o povão e o Ferrão
História bonita do nosso Ferroviário
Que surgiu da mão do operário
Tal qual a Resistência Coral
Na luta de classes somos revolucionários
A Ultras Resistência Coral
É hoje opção de nossas vidas
Nem paz entre as classes
Nem guerra entre as torcidas
A Ultras Resistência Coral
De esquerda, anti-racista, anti-capitalista
Nada diminui nossa paixão incendiária
Ferroviário orgulho da classe operária!”

Nota pós-artigo: Este artigo não tem nenhuma pretensão político-ideológica, mas o autor e editor do blogue, embora não sendo referencialmente marxista, leninista ou trotskista, não rejeita os manifestos anti-confederação brasileira de futebol (face às suas políticas), anti-fascismo, anti-nazismo, anti-violência policial, anti-racismo e anti-machismo.

Fontes principais
Acervo e pesquisa de Rui Moura
http://www.ferroviario.com.br/
http://www.resistenciacoral.rg3.net/.

31 de Julho


No dia 31 de Julho de 1943 nasceu Roberto Lopes de Miranda, um dos maiores jogadores do Botafogo dos anos sessenta e campeão mundial ao lado de Jairzinho e Gérson.

Roberto Miranda formou um quarteto fantástico no ataque botafoguense desses anos jogando ao lado de Gérson, Jairzinho e Paulo César Caju, numa equipa que deslumbrou o Brasil no final dos anos sessenta.

Leia mais sobre o craque em Roberto Miranda, o ‘Vendaval’ (I) e Roberto Miranda, o ‘Vendaval’ (II).

Fonte
Acervo e pesquisa de Rui Moura

quarta-feira, 29 de julho de 2009

2x2… 2x2… 3x2… 2x2…


Caros companheiros, desculpem-me, mas não vou analisar este jogo. Trata-se de uma equipa que continua elementar apesar de jogar melhor do que no início do campeonato, que em todos os jogos toma dois gols e que para ganhar precisa marcar três – o que sempre será difícil de fazer. Chutam sem olhar, enviam passes para ninguém, marcam gol dominando o jogo e a seguir perdem-se novamente, não sabem guardar a bola nos últimos minutos, recuam sempre atrasados e perdem imensos gols à boca da baliza – com a agravante de três perdidas flagrantes do principal atacante, André Lima. Até o Renato Gaúcho marcaria gols de barriga a esta equipa. E o treinador fez entrar o Fahel para ver se conseguia perder o jogo, é?... Empate com sabor a coisa nenhuma. Ponto final.

FICHA TÉCNICA
Botafogo 2x2 Coritiba
Gols: Victor Simões 34’ e Renato 84’ (Botafogo); Bruno Batata 58’ e Marco Aurélio 89’ (Coritiba)
Competição: campeonato brasileiro
Data: 29/07/2009
Local: Estádio Couto Pereira, em Coritiba
Arbitragem: Leandro Pedro Vuaden (RS); Marcelo Bertanha Barison (RS) e Alexandre Kleiniche (RS)
Cartões amarelos: Juninho e Eduardo (Botafogo); Carlinhos Paraíba, Jeci, Jaílton e Marcos Aurélio (Coritiba)
Botafogo: Castilho, Wellington, Juninho e Eduardo; Alessandro, Leandro Guerreiro (Fahel), Renato, Lucio Flavio e Batista; André Lima (Reinaldo) e Victor Simões. Técnico: Ney Franco.
Coritiba: Vanderlei, Rodrigo Heffner (Márcio Gabriel), Jeci, Demerson e Douglas Silva (Rodrigo Trasso, intervalo); Jaílton, Renatinho (Leozinho), Pedro Ken e Carlinhos Paraíba; Marcos Aurélio e Bruno Batata. Técnico: René Simões.

Gerente de futebol repudiado


Os leitores deste blogue responderam à pergunta sobre quem devia ser demitido no Botafogo.

Votaram 85 leitores com um total de 181 votos. A enquete decorreu entre 08 e 29/07/2009.

Os resultados foram os seguintes:

Presidente: 14
Vice para o futebol: 21
Gerente de futebol: 46
Treinador de futebol: 22
Médico-chefe: 21
Preparador físico: 23
Todos: 26
Nenhum: 8

Se distribuirmos a opção ‘todos’ pelos seis cargos referidos, e se a nossa referência de 100% for os 85 votantes, então teremos os seguintes resultados:

Presidente: 40 (47%)
Vice para o futebol: 47 (55%)
Gerente de futebol: 72 (85%)
Treinador de futebol: 48 (56%)
Médico-chefe: 47 (55%)
Preparador físico: 49 (58%)

Apenas 9% dos votantes não demitiriam ninguém.

Os leitores poupam claramente o presidente, que recebeu menos de metade dos votos possíveis (47%) e repudiam esmagadoramente o gerente de futebol, com 85% de frequência. Os restantes cargos equivalem-se, oscilando entre 55% e 58%.

Em suma, estamos maioritariamente insatisfeitos com os nossos dirigentes e pensamos que seria inteligente da parte do presidente que demitisse Anderson Barros imediatamente – o homem que leva os clubes à ‘piração total’ (2ª divisão) ou os põe à ‘beira do caos’….

Fui radical nesta votação, mas confesso que isso se deve a estar completamente saturado de tanta mediocridade geral: votei ‘todos’ – por uma nova ordem política…

30 de Julho

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Desconhece-se a existência de uma data de 30 de Julho significativa na história do Botafogo. Aceita-se contributo.

Dino da Costa, revelação botafoguense

Dino da Costa nasceu no dia 1 de Agosto de 1931, no Rio de Janeiro, e naturalizou-se italiano. Foi revelado pelo Botafogo em 1947, tendo jogado, como atacante, ao lado de Nilton Santos e Garrincha.

Dino estreou-se pelaequipe principal do Botafogo no dia 14 de Abril de 1951, no Estádio Proletário contra o Madureira (Torneio Municipal), vencendo por 3x0 [dois gols de Dino e um de Walter]. O seu último jogo pelo Botafogo realizou-se a 9 de Julho de 1955, em Praga contra o Dínamo de Praga (amistoso), vencendo por 1x0 [gol de Vinícius].

Pelo Botafogo conquistou o Torneio Municipal (1951), o Triangular de Porto Alegre (1951) e o Torneio Quadrangular Interestadual (1954). Foi o artilheiro do campeonato carioca de 1954, com 24 gols, e do Torneio Rio-São Paulo de 1954, com 7 gols.

Historial pela equipe principal do Botafogo:

Campeonato Carioca (1951 a 1954): 51 jogos; 36 gols.
Torneio Municipal (1951) 9 jogos; 6 gols.
Torneio Rio-São Paulo (1952 a 1955) 32 jogos; 22 gols.
Torneio Extra C. M. da Rocha (1952) 6 jogos; 6 gols.
Torneio Octogonal R. C. Meyer (1953) 3 jogos; 2 gols.
Amistosos e Torneios (1951 a 1955) 73 jogos; 64 gols.
TOTAL: 174 jogos; 136 gols.
Nota: não foram computados 2 jogos (0 gols) pelo Torneio Iníco de 1952.

Historial pelas equipes reservas e juvenis do Botafogo:

De 1947 a 1950 (reservas e juvenis) e em 1952 (reservas) atuou em 58 jogos e marcou 89 gols.

Dino teria sido um grande trunfo do Botafogo durante a década de 1950, mas, na excursão do Botafogo pela Europa, em 1955, deu nas vistas, tal como Vinícius, e acabou sendo vendido para o Roma. Dino estreou-se pelo seu novo clube a 18 de Setembro de 1955 e assinalou um gol.

Dino da Costa foi o artilheiro do Campeonato Italiano na temporada de 1956/57, marcando 22 gols, e jogou ainda por outros clubes italianos: Fiorentina, Atalanta, Juventus, Verona e Ascoli, onde terminou a carreira em 1967-68.

No campeonato italiano fez 282 jogos e marcou 108 gols. Foi um grande jogador, mas a venda de Dino e Vinícius para o estrangeiro permitiu contratar e dar espaço ao notável Didi no Botafogo e fazer emergir Paulinho Valentim.

Decisões de Dino da Costa no Botafogo:

» BOTAFOGO 3x0 VASCO
Data: 20/06/1951
Local: Laranjeiras, Rio de Janeiro
Renda: Cr$ 29.590,00
Público: desconhecido
Árbitro: Alberto da Gama Malcher
Competição: Torneio Municipal (Taça Prefeitura do Distrito Federal)
Gols: 1º tempo: Botafogo 1 a 0, Geraldo; Final: Botafogo 3 a 0, Baduca e Dino
Botafogo: Arízio, Haroldo e Nílton Santos; Araty, Richarde (Carlito) e Bob; Joel, Geraldo, Dino, Baduca e Jayme. Técnicos: Carvalho Leite e Newton Cardoso.
Vasco: Carlos Alberto, Acir (Joel) e Antoninho; Aldemar, Bira e Carlinhos; Noca, Cabano (Nelsinho), Vasconcellos, Jansen e Djair. Técnico: Oto Glória.

Nota: Botafogo, campeão do Torneio Municipal (1951).
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» BOTAFOGO 3x1 FLUMINENSE
Data: 25/04/1954
Local: Estádio do Maracanã (RJ)
Renda: Cr$ 251.189,10
Público: 16.803 pagantes
Árbitro: Alberto da Gama Malcher
Competição: Torneio Quadrangular Interestadual
Gols: 1º tempo: Fluminense 1 a 0, Waldo; Final: Botafogo 3 a 1, Dino da Costa (2) e Garrincha
Botafogo: Amaury (Gílson), Thomé (Orlando Maia) e Floriano; Araty, Bob e Ruarinho (Juvenal); Garrincha, Paulinho (Moacyr Vinhas), Dino, Carlyle (Jayme) e Vinícius (Neyvaldo). Técnico: Gentil Cardoso.
Fluminense: Adalberto, Píndaro e Duque; Jair Santana, Édson e Bigode; Telê, João Carlos, Waldo, Róbson e Esquerdinha. Técnico: Francisco de Souza Ferreira.

Notas: Botafogo, campeão do Torneio Quadrangular Interestadual (1954); Dino da Costa foi o artilheiro da competição com seis gols.

Fonte Acervo e pesquisa de Rui Moura Acervo e pesquisa de Pedro Varanda

Roberto Miranda, o ‘Vendaval’ (II)


por PEDRO VARANDA
Pesquisador Botafoguense

Roberto Lopes de Miranda, o 'Vendaval', nasceu em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, a 31 de julho de 1943, tendo atuado como atacante e sido campeão do mundo em 1970.

Estreia: 22/07/1962 – 2x2 Olaria (Camp. Carioca), Maracanã.
Gols do Botafogo: Amarildo e Didi.

Despedida: 20/05/1973 – 2x0 Flamengo (Camp. Carioca), Maracanã.
Gols: Roberto e Ferretti.

Jogos e gols:
Campeonato Carioca (1962 a 1973): 116 jogos, 51 gols
Taça Libertadores (1963 e 1973): 10 jogos, 4 gols
Taça Brasil (1963, 1967 e 1968): 7 jogos, 3 gols
Torneio Rio-São Paulo (1964 a 1966): 16 jogos, 5 gols
Taça Guanabara (1965 a 1971): 31 jogos, 10 gols
Taça Roberto G. Pedrosa (1967 a 1970): 38 jogos, 13 gols
Campeonato Brasileiro (1971): 25 jogos, 9 gols
Amistosos e Torneios (1964 a 1972): 17 jogos, 59 gols
TOTAL: 350 jogos, 154 gols

Obs:1. Entre 1961 e 1963 (categoria juvenil, certames e amistosos) marcou 52 gols em 63 jogos; 2. Pelo Torneio Início realizou 5 jogos entre 1963 e 1964 e não marcou gol.

Títulos:
Tricampeão Carioca Juvenil (1961, 1962 e 1963)
Campeão do Torneio Início (1963)
Campeão Carioca (1962, 1967 e 1968)
Torneio Rio-São Paulo (1964 e 1966)
Taça Guanabara (1967 e 1968)
Taça Brasil (1968)
Taça Círculo Jornalistas de Periódicos Esportivos – Caracas (1966)
Taça Carranza de Buenos Aires (1966)
Torneio de Caracas (1967 e 1970)
Hexagonal do México (1968)

Artilharia:Campeonato Carioca 1968, 13 gols

Seleção Brasileira Olímpica (Restrita / Sub-23): 5 jogos, 3 gols; estreia – 07/06/1964 – 4x0 Peru (Pré-Olímpico), Rio de Janeiro.

Seleção Brasileira Principal (1967 a 1972): 15 jogos, 7 gols; estreia – 19/09/1967 – 1x0 Chile (Amistoso), Santiago.

Algumas decisões pelo Glorioso:

» BOTAFOGO 3x2 SANTOS
Data: 10 de janeiro de 1965
Local: Maracanã, Rio de Janeiro
Árbitro: Albino Zanferrari
Competição: Torneio Rio-São Paulo (decisão)
Gols: Jairzinho, aos 20’, Roberto, aos 40’ e 43’ (1° tempo); Coutinho, aos 4’ e 25’ (2° tempo)
Botafogo: Manga, Mura, Zé Carlos, Paulistinha e Rildo; Élton e Gérson; Garrincha (Zagallo), Jairzinho (Adevaldo), Arlindo e Roberto (Hélio Dias). Técnico: Geninho.
Santos: Gilmar, Ismael, Modesto, Haroldo (Lima) e Geraldino; Zito e Mengálvio; Peixinho (Toninho), Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico: Lula.
Obs.: 1) Paulistinha, Manga e Pelé foram expulsos; 2) Enquanto Hélio Dias de Oliveira não entrava, Roberto foi p/a meta; 3) Não houve o segundo jogo por falta de datas, ambos foram excursionar e declarados campeões.
Fonte: Correio da Manhã.

» BOTAFOGO 2x0 INDEPENDIENTE (Argentina)
Data: 14 de fevereiro de 1966
Local: Avellaneda, na Grande Buenos Aires
Renda: 7.000.000,00 de pesos
Público: 50.000 espectadores
Árbitro: Roberto Goicoechea (ou D. Goicochea)
Competição: Taça Carranza de Buenos Aires
Gols: Bianchini, aos 17', e Jairzinho, aos 25' (ambos no 1º tempo)
Botafogo: Manga, Joel, Adevaldo, Dimas e Rildo; Élton e Gérson; Jairzinho, Parada, Bianchini e Afonsinho. Técnico: Admildo Chirol.
Independiente: Toriani, Navarro e Pavoni; Pastoriza, Acevedo e Rolan; Bernao, Rodríguez, Savoy, Mura (Pablo Rojas) e Tarabini. Técnico: A. Falduti.
Obs: Rildo e Bernao foram expulsos aos 13' (1º tempo)
Fontes: La Nación (Pablo Ciullini), Jornal dos Sports (árbitro), O Globo e O Estado de S. Paulo (16.02.1966).

» BOTAFOGO 2x0 RACING (Argentina)
Data: 16 de fevereiro de 1966
Local: Campo do Independiente, Avellaneda, Grande Buenos Aires
Renda: ?
Público: 40.000 espectadores
Árbitro: J. L. Praddande
Competição: Taça Carranza de Buenos Aires (Botafogo campeão)
Gols: Parada, aos 18' (1º tempo) e Roberto, aos 42' (2º tempo)
Botafogo: Manga, Joel, Adevaldo, Dimas e Rildo; Élton e Gérson; Jairzinho, Parada, Bianchini (Roberto) e Afonsinho. Técnico: Admildo Chirol.
Racing: Cejas, O. Martin, Basile, Vidal e R. Díaz; Mori e J. J. Rodriguez; Rulli, Parenti (J. Vicente), Cárdenas (Canadel) e Martinoli. Técnico: J. J. Pizzuti.
Fontes: La Nación (Pablo Ciullini), O Globo e Jornal dos Sports (18.02.1966).

» BOTAFOGO 3x0 VASCO DA GAMA
Data: 27 de março de 1966
Local: Maracanã, Rio de Janeiro
Renda: Cr$ 73.027.100,00
Público: 69.960 pagantes
Árbitro: José Mário Vinhas
Competição: Torneio Rio-São Paulo (decisão)
Gols: Jairzinho, aos 43’ (1º tempo); Jairzinho, aos 12’ e Parada, aos 17’ (2º tempo)
Botafogo: Manga, Paulistinha, Zé Carlos, Dimas e Rildo; Élton e Gérson; Jairzinho, Bianchini (Zélio), Parada (Sicupira) e Roberto (Afonsinho). Técnico: Admildo Chirol.
Vasco da Gama: Amaury, Joel, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho (Luisinho), Picolé (Lorico), Célio e Tião. Técnico: Zezé Moreira.
Nota: Botafogo, tricampeão do Torneio Rio-São Paulo (1962-1964-1966).
Fonte: Correio da Manhã.

» BOTAFOGO 3x2 AMÉRICA
Data: 20 de agosto de 1967
Local: Maracanã, Rio de Janeiro
Renda: NCr$ 183.226,30
Público: 82.421 (70.254 pagantes)
Árbitro: Cláudio Magalhães
Competição: Taça Guanabara (decisão)
Gols: 1° tempo – Empate 1 a 1, Paulo Cézar e Edu; Final dos 90’ – Empate 2 a 2, Eduardo e Paulo Cézar. Prorrogação de 20 minutos – Botafogo 1 a 0, Paulo Cézar
Botafogo: Manga, Moreira, Zé Carlos, Leônidas e Waltencir; Carlos Roberto e Gérson; Rogério, Roberto, Jairzinho e Paulo Cézar. Técnico: Zagallo.
América: Arésio, Sérgio, Alex, Aldeci e Dejair; Marcos e Ica; Joãozinho, Antunes, Edu e Eduardo. Técnico: Evaristo de Macedo.
Obs.: Jairzinho foi expulso, aos 43’ do 1° tempo.
Nota: Botafogo, campeão da Taça Guanabara (1967).
Fonte: Jornal dos Sports.

» BOTAFOGO 2x1 BANGU
Data: 17 de dezembro de 1967
Local: Maracanã, Rio de Janeiro
Público: 111.641
Árbitro: Antônio Viug
Gols: 1° tempo - Botafogo 1 a 0, Roberto; Final - Botafogo 2 a 1, Mário e Gérson
Botafogo: Manga, Paulistinha, Zé Carlos, Leônidas e Waltencir; Carlos Roberto e Gérson; Rogério, Roberto, Jairzinho e Paulo Cézar. Técnico: Zagallo.
Bangu: Ubirajara Motta, Cabrita, Mário Tito, Luiz Alberto e Ary Clemente; Jayme e Ocimar; Paulo Borges, Del Vecchio, Mário e Aladim. Técnico: Plácido Monsores.
Nota: Botafogo, campeão carioca (1967).
Fonte: Jornal dos Sports.

» BOTAFOGO 4x0 VASCO DA GAMA
Data: 9 de junho de 1968
Local: Maracanã, Rio de Janeiro
Renda: NCr$ 513.379,25
Público: 141.689 (120.178 pagantes)
Árbitro: Armando Marques
Competição: Campeonato Carioca (decisão)
Gols: 1° tempo: Botafogo 2 a 0, Roberto, aos 15' e Rogério, aos 33'; Final: Botafogo 4 a 0, Jairzinho, aos 59' e Gérson, de falta, aos 67'
Botafogo: Cao, Moreira, Zé Carlos, Leônidas e Waltencir; Carlos Roberto e Gérson; Rogério, Roberto, Jairzinho e Paulo Cézar. Técnico: Zagallo.
Vasco da Gama: Pedro Paulo, Jorge Luiz, Brito, Ananias (Sérgio) e Ferreira; Bougleux e Danilo Menezes; Nado (Alcir), Ney, Walfrido e Silvinho. Técnico: Paulinho de Almeida.
Nota: Botafogo, bicampeão carioca (1967-1968).
Fonte: O Globo.

» BOTAFOGO 4x1 FLAMENGO
Data: 18 de setembro de 1968
Local: Maracanã, Rio de Janeiro
Renda: NCr$ 331.583,25
Público: 94.535 pagantes
Árbitro: Armando Marques
Competição: Taça Guanabara (decisão)
Gols: 1° tempo – Botafogo 1 a 0, Gérson; Final – Botafogo 4 a 1, Dionísio, Zequinha, Gérson e Roberto
Botafogo: Cao (Wendell), Moreira, Zé Carlos, Leônidas (Dimas) e Waltencir; Carlos Roberto e Gérson; Zequinha, Roberto, Jairzinho e Paulo Cézar. Técnico: Zagallo.
Flamengo: Ubirajara Alcântara, Murilo, Onça (Jorge Andrade), Guilherme e Paulo Henrique; Nelsinho (Dionísio), Carlinhos, Liminha e Rodrigues Neto; Silva Batuta e Fio Maravilha. Técnico: Válter Miraglia.
Nota: Botafogo, bicampeão da Taça Guanabara (1967-1968).
Fonte: O Globo.

» BOTAFOGO 4x0 FORTALEZA
Data: 4 de outubro de 1969
Local: Maracanã, Rio de Janeiro
Árbitro: Guálter Portela Filho
Competição: Taça Brasil de 1968 (decisão)
Gols: Roberto, aos 10’ (1° tempo); Ferretti (2), aos 8’ e 38’, Afonsinho, aos 20’ (2° tempo)
Botafogo: Cao, Moreira, Chiquinho Pastor (Leônidas), Moisés e Waltencir; Carlos Roberto (Nei Conceição) e Afonsinho; Rogério, Roberto, Ferretti e Paulo Cézar.
Técnico: Zagallo.
Fortaleza: Mundinho, William, Zé Paulo, Renato e Luciano Abreu; Luciano Frota e Joãozinho; Garrinchinha, Lucinho, Erandir (Amorim) e Mimi. Técnico: Gilvan Dias.
Nota: Botafogo, campeão da Taça Brasil (1968).
Fonte: Jornal do Brasil.

Botafogo vence Remo do Futuro

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A escolinha de remo do Botafogo venceu o 25º Torneio de Remo do Futuro (2009), promovido pela Federação de Remo do Estado do Rio de Janeiro, em comemoração do 110º aniversário do Clube de Regatas Guanabara, fundado em 1899, no ano em que o Botafogo conquistou o seu 1º título de remo, sob a designação de Club de Regatas Botafogo.

Em 2008 o Botafogo também venceu a mesma competição, a qual comemorava 109 anos do Guanabara. Nessa ocasião, Botafogo e Flamengo terminaram empatados com nove vitórias cada, mas o Botafogo sagrou-se campeão por acumular mais segundos lugares.

Neste ano de 2009 a classificação geral ficou assim ordenada:

1º Botafogo de Futebol e Regatas
2º Clube de Regatas Loureiro
3º Clube de Regatas Flamengo
4º Clube de Regatas Vasco da Gama

O Botafogo arrecadou nove medalhas de ouro, sete de prata e sete de bronze e conquistou o Troféu Guilherme Arinos.

29 de Julho


1. No dia 29 de Julho de 1917 o Botafogo sagrou-se vencedor do Troféu Federação Brasileira de Remo, em jogo único, ao derrotar o América por 2x0, com gols de Serra e Aluízio.

O Botafogo alinhou com Abreu; Americano e Osny; Pino, Rolando e Police; M. Pinto, Aluízio, Nabuco, Vadinho e Serra.

2. No dia 29 de Julho de 1939 nasceu, em Campos de Goytacazes, Amarildo Tavares da Silveira, o ‘Possesso’, campeão do mundo e um dos maiores craques do Botafogo do início dos anos sessenta.

Leia mais sobre o craque em Amarildo, o Possesso.

3. No dia 29 de Julho de 1990 o Botafogo sagrou-se bicampeão carioca de futebol ao vencer o Vasco da Gama por 1x0, com gol de Carlos Alberto Dias.

O Botafogo alinhou com Ricardo Cruz; Paulo Roberto, Gonçalves, Wilson Gottardo e Renato; Carlos Alberto Santos, Luisinho, Djair (Gustavo) e Carlos Alberto Dias; Donizete e Valdeir.

Fonte
Acervo de Rui Moura

terça-feira, 28 de julho de 2009

O pai de Alessandro


Os torcedores em geral dão muita importância aos jogadores que prestam juras de amor ao clube onde estão e beijam o escudo – coisa que fazem vezes de mais em muitos outros clubes por onde passam. O Túlio ama o Goiás onde esteve, ama o Botafogo onde esteve e começou a amar o Corinthians onde quase não esteve – e estes amores foram declarados pelo próprio em entrevista após a saída do Botafogo. Quem amará ele agora?!...

Lembram-se das declarações de amor do Dodô, das suas saídas extemporâneas e do seu ‘cinismo’ na última estadia?... Lembram-se do Cuca a jurar amor ao Botafogo e a fazer as declarações que fez quando era treinador dos urubus e a falar deles com um ‘nós’ que lhe vinha de dentro do peito?...

Por essas razões eu não dou muita importância a essas manifestações, porque o que eu exijo é gente profissional que cumpra o que deles se espera e que seja leal enquanto o contrato durar. Para dar amor estamos cá nós, vibrando pelo nosso Glorioso!

Mas, em todo o caso, compreendo a necessidade de se estabelecer uma relação emocional mínima e que os jogadores mostrem o seu gosto em estar no clube. E que de vez em quando haja um craque que agregue novos torcedores.

Creio que hoje em dia há jogadores nas nossas fileiras que gostam do clube. André Lima é indubitavelmente torcedor do Glorioso. Castillo e Juninho têm feito declarações muito simpáticas e parecem-me sinceras. Victor Simões declarou que para sair do Botafogo só se for para fora do Rio e mesmo assim não parece muito interessado. Haverá outros que provavelmente começam a gostar do nosso clube, além dos jogadores vindos das bases.

Para os leitores que consideram muito importante os jogadores manifestarem amor ao clube (na era da mercantilização global?!...), transcrevo – para os que não leram – as declarações de Alessandro, que me pareceram bem honestas e próximas do nosso clube. Mas, antes, vale dizer que o pai de Alessandro, Idivaldir, é um ‘botafoguense roxo’ e que Alessandro se identificava mais com o Atlético Paranaense, clube pelo qual foi campeão brasileiro em 2001. Mas o amor do pai e o tempo reescreveram o futuro:

– "Quando vim para o Botafogo realizei o sonho do meu pai. Desde quando eu comecei a jogar futebol que ele queria que atuasse pelo clube dele. Hoje posso dizer que aprendi a amar o Botafogo. Gosto até mais dele do que do Atlético Paranaense, onde conquistei o principal título da carreira" – disse Alessandro. E no fim das declarações sacramentou: – "Temos de pensar grande, como merece o Botafogo. A torcida está carente, precisa de um título, nós temos tudo para conseguir e vamos conseguir".

Já em 28 de Março deste ano, a propósito da marca de 100 jogos pelo Botafogo, a minha querida amiga Pamella Lima, jornalista, entrevistou Alessandro para o sítio Bela da Bola (Gladiador Alessandro completa 100 jogos pelo Botafogo), gravando então as seguintes palavras do jogador:

“Muita gente não sabe, mas o Botafogo representa muito para mim e para a minha família. O meu pai é botafoguense e realizei o sonho dele vestindo essa camisa. Além disso, a maior felicidade eu tenho hoje é ver meu filho, João Vitor (de um ano e quatro meses) cantando o hino. Quando ele vê um símbolo do Botafogo ele já reconhece e grita. O Botafogo só traz alegria para dentro de casa e a cada dia eu fico mais apaixonado.”

Alessandro nunca foi apreciado pela torcida do Botafogo [incluindo eu], mas parece estar, finalmente, em boa forma técnica, física, psíquica e… verbal!...

Botafogo Mundial na década de 1950


A maioria dos discursos sobre o passado do Botafogo apresentam-no como uma grande potência dos anos sessenta do século passado, mas a verdade é que nenhuma potência nasce do vazio nem de repente. Uma potência constrói-se com paciência e competência.

Paulo Antônio Azeredo foi o presidente que, com paciência e competência, durante a sua 1ª presidência de dez anos construiu o Botafogo da década de 1930, contratando uma equipa técnica internacional de alto nível e mobilizando craques extraordinários. Foi o mesmo Paulo Antônio Azeredo que na sua 2ª presidência de dez anos construiu o Botafogo das décadas de 1950 e 1960, mobilizando craques de elevado nível (Nilton Santos, Garrincha, Vinícius, Dino, Pampolini, Paulo Valentim, Quarentinha, Didi) e treinadores de grande craveira.

No final da década de 1940 Carlito Rocha dera um grande impulso para a renovação do Botafogo, Ibsen de Rossi continuou e Paulo Antônio Azeredo completou com a sua notável capacidade de gestão, inigualável em mais de cem anos de clube.

É neste quadro que o Botafogo iniciou a sua internacionalização e eu diria que foi a gestão do nosso clube – na pessoa do presidente Azeredo – que preparou, desde a 1ª metade dos anos cinquenta, as duas Copas do Mundo de 1958 e 1962.

Não havendo muitas competições internacionais entre clubes nessa época, existia, contudo, a Pequena Copa do Mundo de Clubes – Copa Marcos Pérez Jiménez – que decorreu sempre em Caracas, na Venezuela, e antecedeu as grandes competições do continente europeu e sul-americano: a Taça dos Campeões Europeus e a Taça Libertadores dos Campeões Sul-Americanos.

Apesar de não ter sido campeão, o Botafogo brilhou em duas das cinco disputas desta competição nos anos cinquenta, obtendo dois segundos lugares. Eis os campeões e vice-campeões nesses anos:

» 1952: Real Madrid; Botafogo
»
1954: Corinthians; Roma
» 1955: São Paulo; Valencia
» 1956: Real Madrid; Vasco da Gama
» 1957: Barcelona; Botafogo

Em 1952 o Botafogo foi vice-campeão invicto, perdendo apenas o título nos critérios de goal-average:

Resultados

13/07: La Salle/VEN 2x3 Real Madrid/ESP
14/07: Millonarios/COL 4x4 Botafogo/BRA
16/07: Millonarios/COL 1x1 Real Madrid/ESP
16/07: La Salle/VEN 1x1 Botafogo/BRA
20/07: Botafogo/BRA 2x2 Real Madrid/ESP
20/07: Millonarios/COL 4x1 La Salle/VEN
24/07: La Salle/VEN 1x6 Real Madrid/ESP
24/07: Botafogo/BRA 2x0 Millonarios/COL
27/07: Real Madrid/ESP 1x1 Millonarios/COL
27/07: Botafogo/BRA 6x2 La Salle/VEN
29/07: Real Madrid/ESP 0x0 Botafogo/BRA
29/07: La Salle/VEN 1x5 Millonarios/COL

Classificação Final

1° Real Madrid CF (Madrid/ESP), 08 pontos; 2V, 4E; 12-06 gols
2° Botafogo FR (Rio de Janeiro/BRA), 08 pontos; 2V, 4E; 15-09 gols
3° Millonarios (Bogotá/COL), 07 pontos; 2V, 3E, 1D; 15-10 gols
5° La Salle (Caracas/VEN), 01 ponto; 1E, 5D; 08-25 gols

Em 1957 o Botafogo ficou apenas atrás de outro grande clube espanhol, num tempo em que o futebol era hegemonicamente latino:

Resultados

29/06: Botafogo/BRA 2x0 Sevilla/ESP
30/06: Nacional/URU 0x4 Barcelona/ESP
04/07: Nacional/URU 2x2 Sevilla/ESP
05/07: Barcelona/ESP 3x0 Botafogo/BRA07/07: Botafogo/BRA 4x0 Nacional/URU
08/07: Barcelona/ESP 3x2 Sevilla/ESP
10/07: Botafogo/BRA 4x0 Sevilla/ESP
11/07: Barcelona/ESP 3x2 Nacional/URU
13/07: Barcelona/ESP 2x2 Sevilla/ESP
15/07: Botafogo/BRA 2x2 Nacional/URU
17/07: Nacional/URU 1x3 Sevilla/ESP
18/07: Botafogo/BRA 2x2 Barcelona/ESP

Classificação Final

1° FC Barcelona (Barcelona/ESP), 10 pontos; 4V, 2E; 17-08 gols
2° Botafogo FR (Rio de Janeiro/BRA), 08 pontos; 3V, 2E, 1D; 14-07 gols
3° Sevilla (Sevilla/ESP), 04 pontos; 1V, 2E, 3D; 09-14 gols
4° Nacional (Montevideo/URU), 02 pontos; 0V, 2E, 4D; 07-18 gols

Fonte
Acervo e pesquisa de Rui Moura

28 de Julho

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Desconhece-se a existência de uma data de 28 de Julho significativa na história do Botafogo. Aceita-se contributo.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Celsinho no Botafogo

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O jornal Record, editado em Lisboa, noticia hoje:

“Celsinho apresenta-se ao serviço do Botafogo. Celsinho apresenta-se hoje ao serviço do Botafogo, do Rio de Janeiro. O médio criativo será cedido por empréstimo do Sporting, que assim coloca o primeiro dos jogadores que não fazem parte dos planos de Paulo Bento para a próxima época.

Acrescento que o Celsinho nunca vingou no Sporting e que no Estrela da Amadora foi suspenso por indisciplina. O seu contrato com o Botafogo deve valer por um ano. Entretanto, acrescento uma avaliação feita às habilidades futebolísticas de Celsinho há um ano:

Attack: 82
Defence: 58
Balance: 76
Stamina: 81
Top speed: 84
Acceleration: 84
Response: 83
Agility: 85
Dribble accuracy: 83
Dribble speed: 82
Short pass accuracy: 78
Short pass speed: 76
Long pass accuracy: 76
Long pass speed: 75
Shot accuracy: 78
Shot power: 77
Shot technique: 80
Free kick accuracy: 73
Curling: 77
Header: 65
Jump: 64
Technique: 84
Aggression: 84
Mentality: 82
Goal keeping skills: 50
Team work ability: 81

Em minha opinião, o melhor que Celsinho traz e sabe fazer é a habilidade de drible e a rapidez; o pior, além do seu perfil pessoal pouco profissional, é que muito provavelmente, neste período de término do campeonato português (2008/09) e início do seguinte (2009/10), o jogador estará sem condições físicas adequadas para se estrear já pelo nosso clube.

Aliás, nem ficaria bem ao Botafogo de André Silva e Anderson Barros contratar um jogador em plena forma técnica e física…

Roberto Miranda, o ‘Vendaval’ (I)

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Roberto Lopes de Miranda nasceu no dia 31 de Julho de 1943, em São Gonçalo (RJ), e jogou pelo Botafogo entre 1962 e 1972, pelo Flamengo entre 1972 e 1973 e pelo Corinthians entre 1974 e 1975.

Na sua carreira de jogador conquistou diversos títulos: Campeonato Carioca de 1962, 1967 e 1968 e o Torneio Rio-São Paulo de 1964 e 1966, pelo Botafogo; Copa do Mundo de 1970, pela Seleção Brasileira.


O atleta (em cima com Gerson, o canhotinha de ouro) foi apelidado de ‘Vendaval’ pela forma fulgurante como ultrapassava as defesas adversárias. Ele jogava na base da raça e tinha fama de ‘não fugir ao pau’, havendo quebrado costela, braço, clavícula e queixo, além de uma rotura no tendão de Aquiles. Devido a uma operação ao joelho encerrou a carreira prematuramente.

Roberto Miranda é o nono maior artilheiro da história do Botafogo, tendo assinalado 154 gols em 350 jogos. Pela Selecção Brasileira marcou 7 gols em 15 partidas.

Fonte
Acervo e pesquisa de Rui Moura

27 de Julho


1. No dia 27 de Julho de 1947 o Botafogo sagrou-se campeão do Torneio Início do campeonato carioca de futebol ao vencer o Olaria por 4x1, com gols de Reynaldo (2), Santo Cristo e Ponce de Léon.
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O Botafogo alinhou com Osvaldo Baliza, Gérson e Sarno; Adão, Nílton Senra e Juvenal; Santo Cristo, Geninho, Ponce de Leon, Octavio e Reynaldo. Técnico: Ondino Vieira.

2. No dia 27 de Julho de 1996 o Botafogo sagrou-se campeão de futebol da Copa Nippon Ham, em jogo único, ao vencer o Cerezo Osaka por 3x1.

Desconhece-se os autores dos gols e a formação botafoguense que alinhou na partida.

Fonte
Acervo de Rui Moura

domingo, 26 de julho de 2009

Botafogo campeão no 13º Encontro Sul-americano de basquetebol

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O Botafogo sagrou-se ontem (25.07.2009) bicampeão de basquetebol infantil/cadete feminino durante o 13º Encontro Sul-Americano de Basquete 2009, realizado no Rio Grande do Sul pela Sociedade Ginástica de Novo Hamburgo.


A nossa equipa havia sido campeão de basquetebol mirim feminino em 2004 e em 2006; na categoria infantil/cadete feminino o Botafogo bisou em 2008 e 2009. Com estes resultados o Botafogo é tetra-campeão feminino em encontros sul-americanos da modalidade.


A equipa realizou a seguinte campanha:

Grupo
»
Botafogo 092x17 Concórdia
» Botafogo 069x49 São José
» Botafogo 107x19 AABB
» Botafogo 086x36 APABAF A

Quartas-de-final
»
Botafogo 72x26 SESI

Semifinal
»
Botafogo 94x35 São Bernardo

Final
»
Botafogo 68x50 São José


A classificação final ficou assim ordenada:

1º Botafogo
2º São José
3º APABAF A
4º Impacto
5º Sport
6º APABAF B
7º Concórdia
8º SESI-Garulhos
9º Sinodal
10º AABB
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Nathália Lobato foi a cestinha do campeonato com 249 pontos e Mariana Martins o melhor pivô da competição.

Botafogo 3x2 Internacional


Todos compreendemos que o Botafogo possui um orçamento curto para o futebol e que os seus jogadores não são raridades de boa técnica. O que penso que não compreendemos é que não haja conjunto, não haja coesão, não haja melhoria, não haja combate pela vitória.

Ora, ontem assistiu-se a 45 minutos de tudo isso e ainda a uma reação mais tardia para se assegurar uma vitória que já estivera quase garantida e depois quase perdida.

O Botafogo dos 2x0 da primeira parte e de mais duas bolas que não entraram quase por milagre, poder-se-ia dizer que é um futebol ao nível de integrar o G4, já que nenhum clube pratica realmente um futebol do qual se possa dizer que merece ser campeão nacional.

Goleiro seguro nas poucas intervenções que fez; defesa absolutamente anuladora de todas as jogadas de ataque do adversário; meio campo razoavelmente criativo, com toques de primeira, rápidos e quase sempre precisos; alas bem interligadas ao meio campo e servindo impecavelmente o ataque botafoguense no miolo da área.

As jogadas pelas alas, fornecidas pelos homens de meio campo, foram responsáveis significativamente pela vitória. Nenhum dos três gols do Botafogo foi feito de falta: foram todos em bola corrida e partiram de cruzamentos das laterais. E à boca da baliza lá estavam três homens do Glorioso para empurrar três bolas com muita oportunidade para o fundo da baliza – como deveríamos fazer sempre. Foram três simples toques… Três simples toques como geralmente fazem os jogadores com discernimento…

Por razões várias sou fã do André Lima desde 2007. Não é um craque de encher o olho, mas é um atacante de grande oportunidade, e o gol de ontem mostrou que precisamos de um tipo de jogador assim, bem como devemos manter a pressão dos alas sobre a baliza, rematando e fazendo gols, sem que descuidem a defesa.

Na segunda parte o Internacional veio modificado e o nosso amado clube bobeou como não podia deixar de ser: uma grande penalidade escusada aos dois minutos e, desde logo, a sensação de que o Internacional chegaria ao empate e, quiçá, à vitória. A elementaridade de Leandro Guerreiro dentro da área e uma defesa que pára subitamente à espera que seja assinalada falta, ofereceram dois gols ao colorado.

Porém, meus amigos, quem é esta equipa gaúcha?... Que esquema tático apresenta?... Que padrão de jogo evidencia?... Que consistência denota?... Tite é realmente um treinador capaz?... Confesso-vos que nunca vi nada de especial na equipa colorada. Vejo craques, valores individuais, como tenho visto no Fluminense, mas também vejo desempenhos pífios de quem não consegue ser mais do que um grupo, jamais uma equipa. O que eu vi, várias vezes, é que em rasgos individuais os bons jogadores colorados resolveram as partidas. Mas nunca vi uma ação coesa, uma equipa lutando em conjunto, um treinador consistente.

Então, com 2x2, o Botafogo tornou a partir para cima do Internacional (reconhecido pelos adversários em entrevista) com uma substituição muito oportuna que reforçou o ataque, embora ousada quanto ao equilíbrio do meio campo. Obtido, com persistência, o 3x2, o treinador tornou a fazer uma substituição para reequilibrar o meio campo que havia sido descompensado para aumentar a força de ataque. E resultou novamente, com posse de bola e serenidade suficiente para vencer a partida. Que poderia ter chegado aos 4x2 se não fosse a segunda bola de Juninho à trave.

A escalação foi do meu agrado, e quer Wellington quer Eduardo mostram estar em ascensão, o que, espero, deva ser reconhecido pelo treinador. Este Botafogo tem agora possibilidades de atuar em 4x4x2 com variações para o 4x3x3 em momentos capitais para buscar o gol, mas para isso é necessário que haja discernimento para compreender que o 3x5x2 não é uma tática que nos sirva atualmente.

Se este Botafogo mantiver desempenhos como os da primeira parte, e corrija as fífias que lhe dificultam as segundas partes, pode chegar a um momento de tranquilidade em que não tenha que lutar para não baixar de divisão. Creio que há quem aspire muito a isso, mas com este futebol e com o mau futebol de todas as outras equipas até aqui, podemos ficar tranquilamente a meio da tabela.

Surpreendentemente, Alessandro melhora a olhos vistos e Juninho começa a dar mostrar de jogador de muita qualidade e utilidade, apesar da lentidão; Eduardo e Wellington mostram que podem continuar a ser titulares; a versão ‘Renato Silva do Cuca’ repetida na moderna versão do ‘Emerson do Ney Franco’ deve ser abolida se o nosso treinador der mostras de algum discernimento (ou deve ‘alguma coisa’ ao Emerson?...); Batista é cada vez mais indiscutível, Leandro Guerreiro está bem na sua função preferida e até Lúcio Flávio jogou melhor ontem (como é fisicamente frágil o rapaz…); o ataque, se estiver em forma, começa a ser interessante, porque Victor Simões melhorou muito a sua movimentação e o sentido de passe, André Lima pode fazer um gol sempre a qualquer momento que a bola pingue à sua frente e Reinaldo pareceu-me capaz de jogar com muito mais agilidade. Também creio que Jônatas e Renato ainda podem ser preciosos nesta equipa. O goleiro deve-se manter.

Ney Franco já deu mostras, em muitos jogos, que sabe elaborar bons esquemas táticos, que sabe escalar bem e que sabe fazer substituições; o que não deu mostras foi de regularidade das suas opções nem de continuidade do seu discernimento ao longo do tempo. Temos tido treinadores de humor muito variável e com várias manias, porque se o nosso treinador agisse como o fez ontem, em todos os aspectos, eu defenderia a sua manutenção – coisa que não tenho defendido.

Finalmente, uma palavra sobre a arbitragem: os juízes dos jogos contra o Flamengo e contra o Náutico cometeram ‘erros grosseiros’ a favor dos adversários – e inaceitáveis; a arbitragem de ontem cometeu erros que considero de interpretação e, por isso, não foram intencionais – pelo que se aceitam, apesar do prejuízo.

FICHA TÉCNICA
Botafogo 3x2 Internacional
Gols: Wellington 10', André Lima 16' e Alessandro 73’ (Botafogo); Andrezinho 47’ e Leandrão 63’ (Internacional)
Competição: campeonato brasileiro
Data: 25/07/2009
Local: Estádio Olímpico João Havelange, o ‘Engenhão’
Arbitragem: Evandro Rogério Roman (PR); Roberto Braatz (PR) e Antônio Carlos de Oliveira (ES)
Cartões Amarelos: Álvaro e Kléber (Internacional)
Botafogo: Castillo, Juninho, Wellington (Thiaguinho) e Eduardo; Alessandro, Leandro Guerreiro, Renato (Reinaldo), Lúcio Flávio e Batista; Victor Simões (Jônatas) e André Lima. Técnico: Ney Franco.
Internacional: Michel Alves, Bolívar, Álvaro, Sorondo e Kléber; Sandro, Magrão (Marcelo Cordeiro), Andrezinho e D'Alessandro (Giuliano); Taison e Bolaños (Leandrão). Técnico: Tite.

26 de Julho

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Desconhece-se a existência de uma data de 26 de Julho significativa na história do Botafogo. Aceita-se contributo.

sábado, 25 de julho de 2009

25 de Julho

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No dia 25 de Julho de 2009 o Botafogo sagrou-se bicampeão de basquetebol infantil/cadete feminino durante o 13º Encontro Sul-Americano de Basquete ao vencer o São José por 68x50.
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Amarildo, o Possesso

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Amarildo nasceu a 29 de Julho de 1939, em Campos de Goytacazes (RJ). Foi um futebolista de muito habilidade como ponta esquerda e artilheiro, tornando-se figura fundamental na Copa do Mundo de 1962, na qual substituiu o contundido Pelé, participando de quatro jogos e marcando três gols – dois diante da Espanha e um contra a Checoslováquia na final da Copa.

Amarildo jogou pelo Botafogo entre 1958 e 1963, tendo sido ‘eternizado’ como titular do maior ataque do Glorioso em todos os tempos: Didi, Garrincha, Quarentinha, Zagallo e Amarildo. O craque conquistou o bicampeonato Carioca de 1961/1962 (artilheiro em 1961), o Rio-São Paulo de 1962 e a Copa do Mundo do mesmo ano.

Em 1963 foi negociado com o Milan, da Itália, onde também fez sucesso, jogando até 1967. Jogou ainda na Fiorentina (de 1967 a 1971) e na Roma (de 1971 a 1972). Voltou ao Brasil em 1973 para defender o Vasco da Gama, equipa na qual encerrou a carreira em 1974.

É comum dizer-se que Amarildo e Garrincha ganharam ‘sozinhos’ a Copa do Chile, porque Amarildo entrou com a enorme responsabilidade de substituir Pele no jogo contra a Espanha e marcou os dois gols da vitória. Antes do jogo o técnico espanhol perguntava: – "Quem é Amarildo?". Noventa minutos depois o espanhol já sabia quem era Amarildo…

No Milan, na decisão do Mundial de Clubes contra o Santos, em 1963, ele integrou o célebre ataque rubro-negro ao lado de Mora, Lodetti, Mazzola e Gianni Rivera.

Amarildo (em baixo, com Garrincha) fez 238 partidas e 135 gols pelo Glorioso, ocupando o décimo-primeiro lugar na lista dos maiores artilheiros do clube. Recebeu o apelido de ‘Possesso’ após a excelente participação na Copa do Mundo de 1962. Pelo escrete canarinho fez 24 jogos e marcou 9 gols.


As grandes decisões de Amarildo no Botafogo:

» BOTAFOGO 1x0 FLAMENGO
Data: 16/07/1961
Local: Maracanã, Rio de Janeiro
Árbitro: Armando Marques
Competição: Torneio Início (decisão)
Gol: China
Botafogo: Manga, Cacá, Zé Maria, Ayrton e Rildo; Pampolini e Édison; Neyvaldo, China, Amarildo e Sidney.
Flamengo: Ari, Marinho, Bolero, Jadir e Jordan; Vanderlei e Gérson; Aírton, Henrique, Germano e Babá.
Nota: Botafogo, campeão do Torneio Início do Rio de Janeiro (1961).
Fonte: Jornal dos Sports.

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» BOTAFOGO 3x1 PALMEIRAS
Data: 17 de março de 1962
Local: Maracanã (Rio de Janeiro)
Público: 50.325 (46.368 pagantes)
Árbitro: Romualdo Arppi Filho
Competição: Torneio Rio-São Paulo (decisão)
Gols: Quarentinha, aos 40’’ e Zequinha, aos 3’ (1° tempo); Amarildo, aos 6’ e 17’ (2° tempo)
Botafogo: Manga, Joel (Cacá), Zé Maria, Nílton Santos e Rildo; Ayrton e Didi; Garrincha, Quarentinha (China), Amarildo e Zagallo (Neyvaldo). Técnico: Marinho Rodrigues.
Palmeiras: Valdir, Djalma Santos, Valdemar, Aldemar e Jorge; Zequinha e Chinesinho; Gildo (Zeola), Américo, Vavá e Geraldo José da Silva. Técnico: Maurício Cardoso.
Nota: Botafogo, campeão do Torneio Rio-São Paulo (1962).
Fonte: Jornal dos Sports.

» BOTAFOGO 3x0 FLAMENGO
Data: 15 de dezembro de 1962
Local: Maracanã, Rio de Janeiro
Renda: Cr$ 22.093.570,00
Público: 158.994 (147.043 pagantes)
Árbitro: Armando Marques
Competição: Campeonato Carioca (decisão)
Gols: 1° tempo - Botafogo 2 a 0, Garrincha e Vanderlei (contra); Final - Botafogo 3 a 0, Garrincha
Botafogo: Manga, Paulistinha, Jadir, Nílton Santos e Rildo; Ayrton e Édison; Garrincha, Quarentinha, Amarildo e Zagallo. Técnico: Marinho Rodrigues.
Flamengo: Fernando, Joubert, Vanderlei, Décio Crespo e Jordan; Carlinhos e Nelsinho; Espanhol, Henrique, Dida e Gérson. Técnico: Flávio Costa.
Obs: Dida e Paulistinha foram expulsos.
Nota: Botafogo, bicampeão carioca (1961-1962).
Fonte: Jornal dos Sports de 16-12 e 28-12-1962 (retificando o público editado em 16-12).

O Museu dos Esportes possui um artigo realçando as capacidades do craque, intitulado ‘Craques da Raça – Amarildo’. Eis o texto integral (http://www.museudosesportes.com.br/noticia.php?id=16899):

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“Era um menino adorável de ar ingênuo e inocente. Transformou-se num dos mais terríveis demônios dos estádios. Substituiu Pelé na Copa de 1962 e ajudou o Brasil a chegar ao bicampeonato. Foi então exaltado pelo teatrólogo Nelson Rodrigues – “Só um possesso faria aquilo”. Raramente não chegava em casa de olho roxo, a mão marcada por dentes de bocas abusadas. Cada dividida com seu detrator simbolizava uma explosão de ódio, fúria, um último e fatal encontro. Dentro do menino de cabelo encaracolado, lá no recôndito de seu íntimo, começavam a brotar caracteres que o marcaram mais que o afetuoso trato com a bola: o revoltado, o malcriado, o desleal, o valente, o impiedoso, o que não levava desafora para casa.

Aos 17 anos, juvenil do Flamengo, fumava tranquilamente no vestiário quando entrou o técnico Fleitas Solich, um paraguaio disciplinador: – “Amarildo, não quero vê-lo fumando!”. Do menino de rosto tímido, surgia furioso: – “Não grite comigo". – “Fora, Amarildo, fora!” – esbravejava Solich. – “Não te arrebento, velho.....por ser covardia!”. Da Gávea para Vila Isabel, onde morava, errou o ônibus mas, acertou ao passar na porta de General Severiano, viu muitos carros e saltou para pedir vez ao técnico João Saldanha, que ouvira falar do menino através do ex-jogador Galo. O Flamengo perdia e o Botafogo ganhou, naquele ano de 1958, um dos mais temidos atacantes do futebol mundial. Passou profissional em 1960.

Aceitar desafios, paradas indigestas fazia parte de sua vida. Em campo não fugia nem do temido Jadir, violento beque do Flamengo. Em 1961, deu-lhe um toco e recebeu a resposta no lance seguinte: 12 pontos na perna. Amarildo só tremeu uma vez na vida. No dia 3 de Junho de 1962 no jogo Brasil e Espanha, na Copa do Mundo no Chile. Pelé se machucou na segunda partida e ficou fora da Copa. E no jogo contra a Espanha, lá estava o garoto Amarildo com a camisa 20. No começo, Amarildo estava apático, as pernas pareciam de chumbo e aquela ferocidade sumira. Até que no final no primeiro tempo o zagueiro Garcia cuspiu-lhe na camisa e puxou-lhe o cabelo. Pobre Garcia despertava o adormecido anjo branco e dele surgia a figura do Possesso. Veio o segundo tempo e o Brasil venceu com dois gols de Amarildo. Aquele era o grande Amarildo, bicampeão mundial, bicampeão carioca.

Por nove anos foi rei na Itália, do Milan. Fiorentina e Roma. Também foi rei em punições. Suspenso 41 vezes, teve 28 expulsões e pena de 28 semanas. Era o Possesso que quebrara pernas, tivera a sua quebrada e o corpo cheio de cicatrizes. Esse era o Amarildo que um dia jogou ao lado de deuses da técnica e de cada um deles ganhou um pedaço da imortalidade. Mas ele, além de tudo, era um Craque da Raça.”

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Churchill no Botafogo

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Leia o novo artigo na minha coluna do Arena Alvinegra: "Churchill no Botafogo".
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Charlie Brown é Botafogo

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por Arnaldo Bloch
11 de Julho de 2009


“Noite dessas, dias atrás, sonhei que o Botafogo ganhou um jogo. Não me lembro contra quem. O acontecimento era esse: ganhar um jogo, só isso. Um chute meio cruzado, estou no alto das arquibancadas (lá onde passavam antigamente os fusquinhas da PM), prestando atenção em alguma outra coisa, alguém num quarto, essas estranhezas de sonho, um quarto com uma mulher no alto do Maracanã, uma alcova de concreto, de forma que não presto atenção ao jogo. De repente, ouço uma zoeira tremenda e, de um pulo, já estou no fundo do gramado, como se o quarto com a mulher estivesse agora localizado na geral, e corro como louco, vou ver o que é, e é todo o povo que está lá no fundo do campo, atrás do gol, abraçando a trave, o tento, aliás, marcado aos 40 do segundo tempo, anunciando a vitória, um advento tão importante, relativamente, quanto a perspectiva da vinda de um messias.

No alto vejo o telão que vai passar o replay, mas a dinâmica do sonho já voltou para o quarto, a mulher, na geral, no alto, quem é?, Sonja? Mamãe? Simone de Beauvoir? Bovary? Beth Carvalho? Michael Jackson?, e daí acordo e vou fazer aquele pipi difícil que sucede aos sonhos confusos, testosterona existencialista. Sorte que na cozinha há ainda umas castanhas do Pará no reservatório, aquela overdose de selênio, diz Gregory House que se comer demais descama toda a pele e daí para a tumba é um pas de deux.

No meio do caminho da cozinha para o quarto, numa das mesas da sala, junto ao tabuleiro de xadrez, está a edição luxuosa com o primeiro volume da integral de Charles M. Schulz com seus Peanuts, desde os primeiros traços, quando Charlie Brown é ainda um personagem rabiscado, sádico, cínico, ora sorridente, ora raivoso. No decorrer do volume vamos percebendo a evolução do traço para um maior refinamento, e da personalidade, quando a amargura de Charlie Brown, filtrada por uma precoce intuição humanista, transmuta-se em amargura salomônica, consciência de que tudo é transitório, de que a vaidade impera e de que o fracasso é o default da humanidade, daí toda tese hegemônica, nos esportes, nas guerras, nos negócios, nos projetos de marketing, desaguar sempre numa variação de fascismo. Charlie Brown, de seu montinho de lançamento, cujo time de baseball nunca ganhou um jogo, Charlie Brown, presa fácil das traquinagens de Lucy, Charlie Brown, com seu sorriso vacilante crivado de esperança de que um dia algo dará certo, Charlie Brown, amigo triste de Benito di Paula.

“Charlie Brown é Botafogo”, reflito, a caminho do quarto. Ele sabe que a vitória não é o padrão, que nenhuma hegemonia dura por toda a eternidade, ele sabe da vocação decisiva da humanidade para a derrota. Charlie Brown sabe que a ideia civilizacional, no sentido do triunfo de uma certa evolução, é uma farsa, uma perversão, um desvio da natureza na direção do caos, a beleza que não passa de ilusão antropocêntrica.

Como diz o Hugo Sukman, nosso negócio não é ganhar. Queremos ganhar, mas ganhar não é o sentido primeiro da vida, perder faz parte dela, se eu perder não vou me atirar pela janela, não vou alvejar as janelas de General Severiano. A nação alvinegra (no sentido inverso daquela outra) é a nação que passou pela guerra, que sabe do frio, dos tempos de vacas magras, do medo da tirania, a nação alvinegra sabe o que é ser minoria, a nação alvinegra é nação de formigas, que poupam no inverno para colher no verão, ainda que o verão seja a redenção de um juízo final.

Charlie Brown é Botafogo, meu amigo de primeira, segunda, terceira, quarta, quinta divisão, meu amigo de clube que nem time mais tem, aqueles aficionados que guardam a flâmula debaixo do travesseiro para lembrar de uma glória que passou nos tempos do avô, mas ainda assim uma glória, glória de quem guerreou e venceu aquela batalha ínfima, que atravessou um fio de correguinho e reconquistou o galinheiro usurpado pelo vizinho.

É com este sentimento que volto para a cama, reconciliado com minha humanidade. O Dapieve me disse, na Flip, que o Botafogo vai cair, que não tem o pathos, o pathos era o Maicosuel, o ídolo mais fugaz da história alvinegra, talvez de toda a história do futebol mundial, quiçá dos desportos mundiais de todos os tempos. E o Reinaldo está bichado, como disse o Casagrande no SporTV: não se pode montar um time contando com o Reinaldo, um atleta de qualidade mas que, a cada temporada, passa três meses fora de combate.

Mas fujamos às especificidades, fujamos aos nomes, às explicações, que são meras aproximações de algo longe de se assemelhar à realidade. A realidade é que o Ronaldo, a cada gol que faz, fica mais gordo, aquela barriga obscena é quase um discurso, a barriga de Ronaldo diz: “Eu, barriga, aqui alheia aos gols com os quais ninguém sonha mais, gols do arco-da-velha, gols que não demandam força bruta, gols que se fazem com o cérebro, gols que, amanhã, serão descritos num pergaminho sem necessariamente realizarem-se num campo de futebol”.

Tenho ainda esperança de que Ronaldo, com 150 quilos, venha marcar seu milésimo gol vestindo a camisa do Botafogo, e dali saia diretamente para o hospital, mas ele voltará na rodada seguinte, carregado numa bandeja como Abracurcix, para levantar a taça.”

Imagem:
Ilustração de A.B. em homenagem a Charles Schulz
Fonte:
Blogue do Arnaldo Bloch
http://oglobo.globo.com/blogs/arnaldo/posts/2009/07/11/charlie-brown-botafogo-204057.asp

Botafogo campeão estadual de futebol sub-17 (com fichas técnicas)

Fonte: X – Botafogo F. R. por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo O Botafogo conquistou brilhantemente o Campeonato Estadual de Futebol...