terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Joãozinho Trinta: nascido no Salgueiro para o Carnaval



João Clemente Jorge Trinta, o Joãozinho Trinta, nasceu em São Luís, a 23 de Novembro de 1933, e faleceu na mesma cidade, a 17 de Dezembro de 2011, tendo-se tornado um dos mais famosos carnavalescos brasileiros.

A sua carreira iniciou-se em 1965 na minha escola de samba favorita, o Acadêmicos do Salgueiro, tendo sido campeão, como assistente, em 1965, 1969 e 1971.

Quando Fernando Pamplona e Arlindo Rodrigues saíram da escola, Joãozinho Trinta fez dupla com a artista plástica Maria Augusta no Carnaval de 1973, obtendo o 3º lugar, e foi campeão pelo Salgueiro, já como carnavalesco-solo, em 1974 e 1975 com "O Rei de França na Ilha da Assombração" e "O Segredo das Minas do Rei Salomão", respetivamente.

Joãozinho Trinta morreu, mas o que deu à vida não tem preço.

2 comentários:

luiz sergio cunha disse...

RUI,

aos que tiveram a oportunidade de conviverem com o joãozinho, como esse seu amigo, sabem da sua genialidade.

me lembro que em 74, durante o desfile do enredo visita do rei de frança a ilha da assombração, conforme citava na letra do samba, que falava das palmeiras imperiais, haviam algumas delas estilizadas nas laterais das alas, o que me chamou a atenção pelo fácil deslocamento delas ao longo da avenida.
já na dispersão, proximo ao quartel general, curioso, me aproximei de uma das palmeiras e "levantei sua saia" e pude verificar que as mesmas tinham em seu interior uma bicicleta invertida para aposição vertical, que permitiam serem conduzidas pelo pessoal da cominidade, de forma super-confortável e com aquela suavidade intrigante.
suas soluções de acabamento e aquele foi o ano da ráfia branca eram sensacionais e nesse ano, o último desfile da presidente vargas, quando cheguei na candelária e vi aquele mar de ráfia branca, me emocionei e chorei, pois fiquei com a certeza que seríamos campeões.
o ano seguinte foi o dos espelhos e foi o 1º desfile da av. antônio carlos, onde se localiza o ministério da fazenda.
foi um desfile mais morno e fomos ajudado pelo fato de termos desfilado com o dia clareando, conforme citava o refrão do samba e o efeito disso sobre os espelhos das fantasias foi algo indescritível e se tivéssemos perdido para o império serrano, não teria sido injusto.
o ano de 73, ao qual você se referiu, foi o da eneida amor e fantasia, com um samba enredo lembrando as cantigas que compos a mãe de nosso grande e recem falecido octávio de moraes, artilheiro do carioca de 48, onde ele introduziu a utilização de degradée nas cores da história, inclusive fazendo uso de um laranja que deu um efeito maravilhoso com o vermelho.
era gênio.

abraços,

LSCUNHA

Ruy Moura disse...

Luiz, não tive a felicidade de conviver com essa figura genial, mas, indubitavelmente, pela sua carreira, o 'algo mais' fazia parte dele. É impressionante como acumulou sucessos ao longo da vida e como soube sempre encontrar o caminho da diferença e da distinção. Era uma alma da diversidade.

E se dúvidas houvesse, Luiz, o modo emocionado como narrou tão distantes eventos mostra como o artista tocava a alma das pessoas.

Abraços Gloriosos.

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