“Perdemos espaço no futebol, não somos mais a potência que colocava respeito. Só futebol show não ganha jogo. O futebol aplicado lá fora é de respeito ao adversário, ou seja, mais profissional, não visa desmoralizar o adversário como este que praticamos aqui.” – J. Rodrigues, leitor comentando no blogue Pombo Sem Asa (globoesporte.com).
Atletas que chupam no dedo, que ‘param na esquina’ ou que fingem ‘chororô’, torcedores que insistem sempre nas repetidas e monótonas imbecilidades do Botafogo ‘chororô’, do Vasco da Gama ‘vice’ ou do Fluminense ‘gay’, mídia que faz gozações escandalosas e anti-profissionais, árbitros que intencionalmente provocam jogadores em campo e tomam decisões escabrosas, são conjuntos de gente que visam desmoralizar os adversários e que destroem o futebol brasileiro como algo que era alegria, generosidade e sublimação.
No último mundial de clubes o Barcelona podia ter feito um enorme olé! humilhante ao Santos, mas até ao último minuto procurou apenas o gol e jamais desmoralizar o adversário. Se o resultado fosse inverso, duvido que Neymar e companhia resistissem a um olé! desrespeitador do adversário. Essas são algumas das razões para que o futebol inglês e espanhol dêem gosto de acompanhar e o futebol brasileiro seja cada vez mais tristeza, egoísmo e mutilação de um passado glorioso.
Eu insisto em querer o meu Botafogo de volta, mas ele não regressará enquanto o futebol brasileiro não retomar a senda da alegria, da generosidade e da sublimação.
5 comentários:
Rui,
Os valores morais como respeito, honestidade e hombridade, por exemplo, não existem mais.
Tudo isso é fruto de anos e anos de maus jornalistas que incutem na cabeça dos jovens atletas que eles são os maiorais e podem fazer tudo; que o futebol brasileiro sempre será superior aos demais; que o dinheiro é o que importa; que o framengo é o supra-sumo...
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Caro Rui, a falta de respeito no futebol brasileiro começa com quem deveria dar o exemplo: a grande mídia, que toma partido descaradamente de uns poucos clubes em detrimento de muitos.
Feliz 2012 e Gloriosas Saudações Alvinegras.
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É verdade, Émerson, mas também é verdade que quem cria os maus jornalistas genéricos são os políticos e os maus jornalistas desportivos são os dirigentes de clubes. Os dirigentes são, em minha opinião, os maiores responsáveis pela proliferação de jornalistas que disso só têm o nome, não a ética, não a qualidade, não a profissão.
Os dirigentes sempre se aproveitaram dos jornalistas e moldaram-nos aos seus interesses; e como os homens são fracos...
Abraços Gloriosos!
Chico, é verdade que os jornalistas têm uma enorme quota de responsabilidade, mas o exemplo deve sempre ser dado pelos que estão mais acima na escala social: na política os políticos, no desporto os dirigentes. Veja como eram os dirigentes na 1ª metade do século XX e o que são hoje. Eram trigo; agora são joio. Exemplos? Basta observar a qualidade dos dirigentes dos quatro grandes clubes do Rio.
Abraços Gloriosos!
Émerson e Chico, não me queria referir apenas aos dirigentes de clubes, mas principalmente aos dirigentes confederativos e federativos, que deviam ser imparcialíssimos e acicatam a parcialidade a toda a hora.
Abraços Gloriosos!
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