O
Botafogo de Futebol e Regatas caminha para uma dívida gigantesca que,
futuramente, poderá colocar em causa o funcionamento do clube e a sua
integração entre os grandes clubes brasileiros.
Na
senda das suas tradições, as categorias de base podem ser, a médio prazo, a
grande linha de alavancagem para montar equipas eficazes com baixos custos.
Os
juniores aí estão para serem orientados, experimentados e gradualmente
titularizados na equipa principal. A conversa sobre o aproveitamento das bases
é sempre muito intensa entre os botafoguenses, mas a sua concretização fica
muito aquém da conversa. Urge mudar de rumo, estabelecer um verdadeiro projeto
de médio prazo e avançar na senda da concretização de títulos nacionais e
internacionais significativos.
A
política de dispensa sucessiva dos juniores lançados – às vezes mal e sem
orientação adequada – na equipa principal, tem que ser radicalmente mudada. As
tradições botafoguenses têm que ser resgatadas e capazes de travar os
interesses comerciais dos empresários do futebol.
O
que mantém o Botafogo sem defesa e com um ataque desmembrado, assim como o não
desenvolvimento de uma política de aproveitamento adequado das bases, são os
interesses comerciais que envolvem o clube a partir do exterior.
Enquanto
isso não mudar, enquanto não existir uma estratégia efetivamente ao serviço do
Botafogo de Futebol e Regatas, tal como acontece com os grandes clubes do
mundo, veremos o nosso clube envelhecer, exaurir-se e ‘americanizar-se’.
2 comentários:
Perfeito! Enquanto interesses comerciais pessoais se sobrepuserem aos interesses comerciais a favor do BFR estaremos sem rumo.
Eduardo, não há nenhum clube realmente grande em todo o mundo que não olhe 1º para os seus resultados, porque os resultados são o 'produto', e os clientes existem se o produto estiver de acordo com as expectativas. Portanto, tudo errado nestes senhores dirigentes que não compreendem que só um bom produto fas a 'empresa' vencer; ao contráro perderá 'clientes' ano após ano...
Conclusão elementar?... Para o BFR parece que não...
Abraços Gloriosos!
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