terça-feira, 18 de junho de 2013

A goleada profética

O meu querido amigo Gil fez-me mais uma das suas gentilezas e digitalizou as notícias reproduzidas na coluna ‘Há 50 Anos’, de O Globo, respeitantes aos dias 14 e 17 de junho de 1963. Obrigado, amigo!

Estas notícias dão conta do tricampeonato estadual de juvenis conquistado pelo Botafogo em 1961-62-63. E não poderia ter terminado melhor, pois o Botafogo foi campeão invicto e encerrou a sua campanha vencendo o Flamengo por… 6x0!

É verdade, meus amigos, o Flamengo levava pancada do Botafogo desde os times de base até ao time profissional, tendo aí sido cimentado o ódio ao nosso clube.

A equipa era fabulosa, contando com os futuros campeões do mundo Jairzinho e Roberto Miranda e com dois outros verdadeiros craques que eram Arlindo e Othon, que por infelicidade deles e do Botafogo encerraram a carreira ainda jovens devido a lesões que ocorreram.

Leiam ambas as notícias e deliciem-se com os nossos craques e com a goleada profética que Jairzinho e companhia infligiram ao Flamengo em 1963 com o time juvenil e em 1972 com o time principal.

Reserva de craques para alegria futura
14 de junho de 1963

“Segundo os observadores, nos juvenis do Botafogo e do Fluminense estão alguns dos melhores jogadores do futebol brasileiro. Já tinham sido notados desde a temporada passada, mas este ano confirmaram as suas atuações e, com a oportunidade da conquista do Pan-Americano, firmaram-se ante os torcedores. Os tricolores Íris, que já fora promovido em 1962, Carlos Alberto Torres e Luís Henrique integram a delegação que está na Europa, enquanto os alvi-negros, como Jair, Arlindo e Roberto Miranda, que formaram também a base da seleção do Pan, acabam de acrescentar mais um título à carreira, com o tricampeonato juvenil. É gente que amanhã com certeza dará alegrias à torcida brasileira.”

No juvenil, Botafogo festeja tri e goleia Fla
17 de junho de 1963

“Fim de festa feliz na tarde de ontem em General Severiano, quando a equipa juvenil do Botafogo gloeou o Flamengo por 6x0. Na verdade, ninguém esperava esse marcador, apesar da grande superioridade do quadro alvi-negro. Todos acreditavam que a invencibilidade seria mantida, pois o estoque de confetis e serpentinas era por demais sugestivo. E o placar começou a funcionar cedo, logo no primeiro ataque do Botafogo, com Mário marcando contra seu próprio arco. O Botafogo atuou com Hélio, Mura, Zé Carlos, Adevaldo e Dimas; Luís Carlos e Arlindo; Jair, Roberto, Dedé e Othon. E o Flamengo: Gustavo, Lima, Elói, Mário e Paulinho; José Roberto e Fraga; Juarez, Fio, Maurélio e Osmar.”

Vale acrescentar que os gols foram da autoria de Roberto (2), Othon (2), Dedé e Mário (contra).

Fonte: jornal O Globo, coluna Há 50 Anos, 14 e 17.06.2013.

6 comentários:

Sergio Di Sabbato disse...

O Othon Valentim era uma das maiores promessas do Botafogo que não foi concretizada por uma entrada violenta de um troglodita. Se não me engano, foi um troglodita que vestia a camisa dos cathiformes. Se estiver errado, por favor, me corrijam. Abs e SB!

Anónimo disse...

Bom dia.

Eu vi Elci ao invés de Elói, no jornal O Globo de 1963, na zaga do CRF, e também consta no 'CM' e no 'JB', ambos de 18-06-1963.

SB.


Ruy Moura disse...

Isso mesmo, Sérgio. O Othon era a maior revelação da época. Melhor do que o Jairzinho, e o cathartiforme partiu-lhe a perna.

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Admito que seja Elói ou Elci, porque o que não falta são erros dos jornais relativamente às escalações. Há coisas completamente díspares, mas a única fonte que eu tenho é exatamente O Globo, que refere Elói, em 1963. Vá-se saber a verdade...

Abraços Gloriosos!

Gil disse...

Valeu Rui,

Naquele tempo os jogadores não precisavam dos empresários, ou melhor, não existia a lei Pelé. Hoje, com empresários, não sabem mais pensar!
Nos dias de hoje "esses" jogadores não teriam tempo de jogar nos profissionais. Seriam vendidos rapidamente!

Abs e Sds, Botafoguenses!!!

Ruy Moura disse...

Sem dúvida, Gil. Os empresários dos jogadores são a maior lástima do futebol moderno.

Naquele tempo, Ferretti, Bianchini, Sucupira e tantos outros bons jogadores eram reservas dos titulares do Botafogo!

Paulo Cézar 'Cajú', um craque raro de encontrar, não era titular absoluto na seleção de 1970!

Abraços Gloriosos!

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