Renato Sá comemora o
balão que deu em cima de Júnior e que determinou o resultado
O Botafogo é o
recordista de invencibilidade do campeonato brasileiro de futebol (42 jogos
sucessivos sem perder) e recordista em geral (52 jogos consecutivos sem
perder). Também é o recordista de invencibilidade em aspirantes, com 54 jogos
sem perder, e recordista na categoria de juniores, na década de 1960, com mais
de 110 jogos sem perder.
O recorde de 52 jogos
iniciou-se em 21 de Setembro de 1977, em empate com a Portuguesa, pelo
campeonato carioca, e findou a 20 de Julho de 1978 em derrota para o Grêmio,
pelo campeonato brasileiro.
Invejosos como sempre,
e especialmente invejosos das conquistas e das glórias do Clube que mais fez o
flamengo bailar em campo até aos dias de hoje, eis que os cathartiformes
quiseram, a todo o custo, bater a nossa invencibilidade. Porém, tal como foram
goleados na sua festa de aniversário por 6x0 pelo Botafogo, tal como por duas
vezes o Botafogo impediu o almejado tetracampeonato carioca do flamengo
derrotando-o, também desta vez o flamengo não levaria a sua avante.
Mas tentou. Com a
malandrice do costume, para não dizer coisa pior. Porque flamenguista não ganha
nenhum título importante sem os apoios das arbitragens, do futebol ao remo, do
basquete à natação, ou por outros modos ainda mais esconsos nos corredores frequentados
por dirigentes federativos e confederativos e dirigentes das arbitragens.
Na verdade, enquanto
o Botafogo possuía um recorde de 52 jogos distribuídos por 42 jogos no
campeonato brasileiro, 8 jogos em amistosos e 2 jogos no campeonato carioca, já
o flamengo apresentava 33 jogos pelo campeonato carioca e 19 amistosos. Quer
dizer, além de 42 jogos de campeonato brasileiro serem bem mais difíceis de
alcançar do que 33 jogos pelo campeonato carioca, com adversários mais fracos,
acresce ainda que o flamengo andou a fazer amistosos atrás de amistosos para
naquele dia 2 de junho de 1979 se apresentar perante o Botafogo e estabelecer o
recorde de 53 jogos justamente sobre o recordista anterior e seu mais duro
rival.
Porém, nesse dia
inesquecível, o Botafogo contava na sua equipe com Renato Sá, que fora o nosso ‘carrasco’ que evitou a 53ª partida invencível do Botafogo quando perdemos contra o Grêmio, com gol de sua autoria.
O flamengo havia sido campeão invicto do torneio da Cidade do Rio de Janeiro e estava no auge da sua força, incluindo Zico no seu plantel. O Botafogo era apenas o quarto clube carioca nessa época. Mas Renato Sá, o desmancha-prazeres, estava lá.
Aos nove minutos Renato Sá deu um fabuloso balão no lateral Júnior na meia-lua e emendou para a baliza: gol e fim da invencibilidade dos arrogantes cathartiformes que já tinham como certa a vitória antecipada.
Deve-se notar que o gol de Renato Sá que
quebrou a invencibilidade do Flamengo foi assinalado aos 11 minutos de jogo e
que o gol de Renato Sá que terminou com a invencibilidade do Botafogo foi
marcado aos 67 minutos de jogo, o que significa que a nossa invencibilidade é
de 4747 minutos, enquanto a do Flamengo é de apenas 4691 minutos.
Ademais, os recordes contam-se pelo primeiro clube que
os atinge, e esse clube foi o Botafogo, que, assim, é recordista brasileiro e
do campeonato brasileiro com a equipe principal, recordista com a equipe de
aspirantes e recordista com a equipe de juniores.
O supervisor do flamengo, Domingo Bosco,
ficou em estado de choque porque mandara cunhar medalhas de recordistas para
todos os jogadores. As medalhas levaram sumiço até hoje, mas as más-línguas
dizem que o supervisor rubro-negro, a exemplo do sapo de Arubinha, enterrou as
medalhas no gramado da Gávea.
Nesse dia 2 de junho de 1979, no estádio
do Maracanã, perante uma enormíssima plateia de 139.098 pessoas, sob a
arbitragem do famigerado José Roberto Wright, 11 jogadores, comandados em campo
por Zico, recolheram aos balneários com um travo amargo na boca; inúmeros
dirigentes não continham a sua estupefacção e dezenas de milhares de adeptos do
clube vermelho e preto ficaram boquiabertos, e certamente armaram mais um
chororô daqueles que só eles sabem fazer.
Os gloriosos vencedores alinharam com
Borrachinha; Perivaldo, Nílson Andrade, Renê e China; Ruço (Romero); Mendonça e
Renato Sá; Gil, Marcelo e Ziza (Chiquinho). Os vencidos foram Cantarelli;
Toninho, Rondinelli, Manguito e Júnior; Carpegiani, Adílio (Luisinho) e Zico;
Reinaldo, Cláudio Adão e Júlio César.
Imagens: Internet / Autores desconhecidos.
4 comentários:
Rui,
Lembro do jogo e acho que foi a melhor partida da vida só Goleiro Borrachinha!
Os 79 minutos restantes foram intermináveis, algo como agora, quando o Botafogo faz um gol e fico rezando para o final.
ABS e SDS, Botafoguenses!!!
Eu penso mesmo que foi a partida da vida dele. Defendeu tudo que havia para defender. Nem o árbitro pode fazer coisa nenhuma...
Abraços Gloriosos.
É Rui, e fica mais evidente o engodo que é o cfr. Na escalação vi que o time da ave preta tinha alguns de seus "maiores jogadores" como o galinho perde penalty, o comentador baila-comigo, claudio adão, carpegiane, cantareli, e mesmo assim não conseguiu superar o Fogão.
abraços !
Daniel, já viu que o maior ídolo do flamengo não tem nenhuma projeção internacional?
Os cathartiformes não tem um campeão do mundo capaz (talvez Zagalo, 1958, mas que brilhou realmente foi em 1962 quando já era do Botafogo desde 1959).
É por isso, aliás, que têm as invejas que têm e tentam minorizar-nos a todo o custo. Mas nem com a ajuda da CBF, da Globo e dos árbitros conseguem fazê-los grandes. Nunca conseguirão, não só porque não têm qualidade ética e cidadã, como também porque como estão encostados aos amiguinhos para ganhar títulos, nunca sentirão necessidade de construir times capazes para ganharem títulos merecidamente, já que a CBF, a Globo e os árbitros ganham os títulos por eles.
Todo mundo vê a roubalheira, e ela continua e aumenta. Sinto nojo de todos eles.
Abraços Gloriosos.
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