por
Auriel de Almeida
Investigador
esportivo
especialmente
para o Mundo Botafogo
Em
1968, a Taça Guanabara passou a ser disputada pouco após o Estadual. E o
Glorioso, bicampeão carioca, começou lento, empatando demais, chegando à última
rodada em desvantagem contra o Flamengo. […]
O
Flamengo não quis saber de futebol. […] Jogou apenas para empatar, com sucesso, segurando o zero no placar até
ao fim – resultado que levou os flamenguistas no Maracanã a gritar “é campeão”,
grito correspondido pelos atletas, que deram a volta olímpica sem taça. […]
[O Flamengo possuía] o
mesmo número de pontos, mas o Rubro-Negro tinha uma partida a menos, adiada,
contra o então lanterninha Bonsucesso. [Bastava] empatar com o fraquíssimo Bonsucesso para se sagrar campeão. […]
E
o conformado Botafogo viajou para Goiás, para uma série de amistosos.
[…]
[Mas…] o Flamengo
perdera por 2 a 0 para o Bonsucesso; […] era necessário um jogo-extra entre os rivais. […] O Botafogo voltou às pressas ao Rio de
Janeiro. […]
O
Flamengo, desmoralizado, torcia para que ao menos o cansaço de viagem diminuísse
o ímpeto do Alvinegro – em vão. […] O Botafogo não deu chances […] e
pela segunda vez na temporada arrasou um rival regional por quatro gols na
final. […]
A
dobradinha consecutiva dos títulos do Campeonato Carioca e da Taça Guanabara em
1967 e 1968, […] ficou
conhecida por bi-bi. […] E a final
inesquecível contra o Rubro-Negro, após o mesmo comemorar o título com
antecedência no Maracanã, entrou para a história do Rio de Janeiro como a
“marcha-a-ré na volta olímpica”.
[Auriel de Almeida narra os momentos mais importantes da
partida e faz destaques e curiosidades sobre Gérson, Sebastião Leônidas e o
primeiro passo para o título brasileiro.]
Excerto autorizado pelo autor. In: ALMEIDA, A. (2012). Jogos Memoráveis do Botafogo. Rio de Janeiro: ed. iVentura, pp. 121
a 123 (à venda nas livrarias Travessa e Saraiva ou no portal www.iventura.com.br)
Sem comentários:
Enviar um comentário