[Notas Preliminares: ...diz-se que sim, mas olhem que não… Curioso excerto de artigo a propósito da campanha do Fortaleza na Série C e das suas superstições, coisa bem conhecida dos botafoguenses]
Os tricolores
por SÉRGIO REDES
por SÉRGIO REDES
O Povo online, 16.10.2014
Os campeonatos das Séries A e B obedecem aos
processos de rodízios duplos enquanto o da Série C é um processo combinado com
rodízios e eliminatórias – o famoso mata-mata. Uma equipe pode ter feito uma excelente
campanha no rodízio e num dia infeliz ser eliminado.
É o medo do torcedor do Fortaleza que até o
momento vê seu time fazer a melhor campanha da Série C, mas escaldado pelos
resultados dos anos anteriores está se pegando com o que pode: imagem, santinho
de devoção, lapinha, fita do Bonfim, pai de santo, guias, colares, etc.
Conversei com um tricolor da velha guarda que
fez uma prece para Nelson Rodrigues e pediu ao dramaturgo o Sobrenatural de
Almeida emprestado. Para quem não sabe, este Tricolor se levantava de sua tumba
no cemitério do Caju e ia para o Maracanã proteger o Fluminense.
Vestido com um terno escuro e carregando um
guarda-chuva de cor preta, via o jogo em cima do travessão do Fluminense.
Segundo o goleiro Carlos Castilho, ex-Fluminense e meu técnico do Fortaleza no
início da década de 70, o Sobrenatural não deixava a bola entrar de jeito
nenhum.
Por outro lado, o Sobrenatural de Almeida não
conseguia parar o ataque do Santos com Pelé, nem o do Botafogo com Garrincha,
de onde se conclui que a razão está sempre com os dois lados. “Se macumba
ganhasse jogo o Campeonato Baiano terminava empatado”, reza o dito popular.
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