[Finalmente, após um presidente Botafoguense, temos um treinador
que reconhece a torcida Botafoguense]
Há
muito queria escrever para vocês, mas como prometi no início de dezembro, iria
trabalhar e trabalhar, evitando discursos e promessas que de nada adiantariam
para amenizar e muito menos cicatrizar suas feridas. Tenho mantido silêncio e
trabalhado arduamente pelo sucesso e, acima de tudo, pelo retorno ao topo do
futebol brasileiro, de onde a grandeza do Botafogo jamais deveria ter saído.
Nossa
equipe tem se mostrado trabalhadora, guerreira e respeitosa com as tradições do
Glorioso. Várias vezes, fiquei aguçado para escrever, mas faltava um motivo
mais forte do que trabalho e resultados. Isso não era suficientemente
significativo para eu escrever para vocês. Mas, hoje, tenho esse motivo.
Colocar
TREZE MIL torcedores no Estádio Nilton Santos (desculpem, não gosto de Niltão,
ele foi muito maior para ser só Niltão) já seria um belo motivo, mas quis
Nilton Santos e todos os gloriosos que tomássemos o primeiro gol, saindo atrás
contra uma equipe perigosíssima no contra-ataque. Nova Iguaçu 1 x 0,
inimaginável. Nestas circunstâncias, os riscos precisam ser corridos, adiantar
a equipe e abrir mais espaços para a velocidade deles.
Fiz
o que pensei e precisava e pude fazê-lo com tranquilidade. O clima no estádio
me dava total segurança para ir à luta, sabia que voces empurrariam o time e o
resultado acabou vindo.
Gostaria
de fazer uma colocação muito franca que às vezes aborrece muita gente, mas
sempre faço: jogador ou jogadores ganham e também perdem jogos, com suas
jogadas fenomenais ou bizarrices; treinadores ganham e também perdem jogos, com
suas mudanças corretas ou com suas mexidas sem nenhum resultado; torcida ganha
jogo e também perde jogo, com seu apoio incondicional durante noventa minutos
ou com seu mau humor logo no início da partida.
No
jogo de sábado, só ganhamos pois tivemos vocês do nosso lado, dizendo:
"Corram, lutem, confiem, estamos juntos e vamos virar!!!" A
felicidade da equipe no vestiário com essa parceria era contagiante. Daí eu ter
falado que aquela torcida eu não conhecia, pois haviam me falado da
impaciência, da intransigência, da cobrança descabida e etc e tal.
Ontem,
de madrugada, assisti ao jogo e me detive várias vezes escutando o som da
torcida, QUE LINDO!!!
Aproveito
a oportunidade para pedir que façamos o jogo da paz. Sou avô da Isabela, tem 9
meses e logo logo quero vê- la jogando e frequentando os estádios e amando este
esporte que é a minha vida. Mas, se não mudarmos, como farei que esse sonho
vire realidade?
Tenham
certeza de que o trabalho vai continuar muito forte, como prometido. Não
estamos conformados com o que fizemos até agora, mas estamos agradecidos pelo
que temos recebido.
Forte
abraço,
René Simões
2 comentários:
Rui,
Esse ano vi o Botafogo ao vivo por duas vezes. Nas duas vezes vi o René orientando, gesticulando, berrando, pulando, conversando e dando bronca.
Nesse último jogo era visível a emoção dele ao final do jogo. Foi até os jogadores e participou dos agradecimentos, ainda em campo. Carregou a comissão técnica.
Parece que tem o respeito, admiração dos jogadores e está conquistando a torcida.
Abs e Sds, Botafoguenses!!!
Gil, até agora René Simões vem-se revelando exatamente o OPOSTO da besta do oswaldo oliveira. Quer tecnicamente quer pessoalmente. Parece-me que o homem aprendeu bastante ultimamente e, quanto a caráter, até agora foi irrepreensível.
O nosso presidente também é o OPOSTO da besta quadrada do NÓDOA líder da canalhice da turma da praia.
Só nos falta pilim, argentum, massa, cacau, mânei, dinheiro!!!
Abraços Gloriosos.
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