Escalar uma equipe reserva na Copa do Brasil significa, como anuncio há
muitos anos, um erro estratégico.
A conquista do campeonato carioca vale pouco atualmente; a conquista do
campeonato brasileiro é tarefa impossível nas condições financeiramente frágeis
do Clube; o título que poderia resgatar a honra de uma conquista nacional, que
não se obtém desde há 21 anos, seria a Copa do Brasil. Recolocaria o Botafogo
num patamar mais compatível com a sua história.
Mas não. A Copa do Brasil não serve de alvo para nenhum mandato das
diretorias desde 2009; melhor mesmo é guardar a equipe principal para enfrentar
o Flamengo.
Desta desvalorização resultam duas coisas: (a) anuncia-se aos atletas que
a Copa do Brasil é coisa secundária e que não interessa ao Clube; (b)
anuncia-se aos atletas que, no caso de a equipe principal ser convocada para
algum jogo mais à frente – caso nos mantenhamos na competição –, não se devem
empenhar todas as capacidades individuais, guardando-as antes para o campeonato
brasileiro.
Estas orientações, agregadas a uma diretoria que obteve verdadeiramente
sucesso apenas no domínio financeiro (e graças à eficácia de Bernardo Santoro,
que infelizmente já saiu do Clube para se dedicar à política), a um
departamento de futebol pessimamente orientado, a contratações que logo se
revelam más e os jogadores são dispensados, a lançamento de atletas das bases sem preparação adequada para não se 'queimarem', a uma comissão técnica que se deixa
envolver pela vontade administrativa do departamento de futebol e a uma equipe
médica e de preparação física assaz desastrosa, “estas orientações”, dizia eu,
conduzem a que eu mantenha profundas reservas sobre o futuro das políticas
vigentes no atual Botafogo de Futebol e Regatas.
Urge uma reorientação estratégica da Diretoria - em todos os domínios!
FICHA TÉCNICA
Botafogo 2x2
Bragantino
» Gols: Dierson, aos 30’ e Gervasio Nuñez,
aos 51’ (Botafogo); Bruno Pacheco, aos 18’ e Eliandro, aos 75’ (Bragantino)
» Competição: Copa do Brasil
» Data: 13 de julho de 2016
» Local: Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança
Paulista (SP)
» Público: 1.434 pagantes
» Árbitro: Rafael Martins Diniz (DF); Assistentes:
Ramires Santos Cândido (ES) e Leone Carvalho Rocha (GO)
» Disciplina: cartão amarelo – Joel Carli, Dierson, Diego
(Botafogo); Daniel Pereira, Alemão, Jefferson Baiano, Rodrigo Sam (Bragantino)
» Botafogo: Sidão, Diego, Joel Carli, Emerson
Silva e Victor Luís; Diérson, Bruno Silva (Marcinho), Gervasio Nuñez e Gegê
(Geovane Maranhão); Juan Salgueiro e Luís Henrique (Vinícius Tanque). Técnico: Ricardo Gomes.
» Bragantino: Felipe, Alemão, Rodrigo Sam, Éder
Lima e Bruno Pacheco; Watson, Edson Sitta (Jobinho), Daniel Pereira e Tarta
(Claudinho); Erick e Jefferson Baiano (Eliandro). Técnico: Marcelo Veiga.
4 comentários:
Concordo inteiramente, Rui. A atual diretoria só inovou no âmbito da gestão financeira. Inclusive o marketing, que já não era grandes coisas na gestâo passada, parece ter piorado.
Saudações botafoguenses!
Inaceitável esse tratamento a CB, nem tenho mais vontade de comentar. Sobre o jogo, comentar o que? Que foi um espetáculo deprimente, um horror! Sem masi. Abs e SB
Luiz, no que respeita ao marketing do tempo em que lá esteve o Marcelo Guimarães, achei interessante face ao que estávamos acostumados. Às vezes um pouco exagerado até... Quando saiu deixou um lugar vago ainda na diretoria do cafajeste NÓDOA e... até hoje... Abraços Gloriosos.
É isso, Sergio. A vontade de comentar desaparece. Sobre o jogo em si mesmo nem ousei escrever uma letra sequer... Abraços Gloriosos.
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