quinta-feira, 4 de julho de 2019

Copa América, Copa do Mundo Feminina e… Botafogo!


por CARLOS EDUARDO
Crônicas de Quinta, no Mundo Botafogo

Quem estiver lendo a crônica certamente irá interrogar-se: "O que é que o Botafogo tem a ver com as duas Copas?...

Acontece ter pressentido uma inspiração que os dois temas me despertaram em relação à realidade do Botafogo. Como assim?... – dirá o leitor. É simples. Vejamos.

Sobre a Copa América, percebe-se que não é um sucesso de público, sobretudo por conta dos ingressos com preços bem altos e, por isso, o verdadeiro espectador do futebol (leia-se ‘povão’) acaba sendo afetado.

Efetivamente, em um dos jogos do Brasil no Morumbi, durante os 90 minutos, a torcida parecia ‘plateia de ópera’, em lugar da alegria de cariz popular, devido ao total silêncio nas arquibancadas, cuja própria imprensa se espantou com o ocorrido.

Tenho a impressão que as (con)federações estão a fim de elitizar novamente o esporte e tornar a ser o que era no começo do século passado. Quem em sã consciência paga cerca de 400 reais num ingresso? – a ‘classe baixa’ brasileira é que não é.

E onde entra o Botafogo nisso?...

Sabemos que no futebol brasileiro paga-se muito para vermos um espetáculo bem abaixo do que queremos e podemos fazer. Uma das soluções, no caso do Botafogo, seria colocar um preço popular nas bilheterias para atrair muito mais torcida, até porque não são todos que podem aderir ao programa ‘sócio torcedor’.

E os preços sendo populares, além de atenderem à expectativa de muitos que não têm boas condições financeiras, seria um gatilho para que pudessem aderir ao ‘sócio torcedor’, que no caso faria do ingresso algo ainda mais barato.

E no que respeita à Copa do Mundo Feminina, a nossa seleção sempre esbarra na falta de apoio, seja dos clubes ou da mídia, e também na falta de renovação de jogadoras.

Os dirigentes tratam com descaso absolutamente tudo, e sem razão. Nenhuma (con)federação padece de falência, porque têm dinheiro, e muito, mas falta sabedoria e vontade para investir.

E onde entra o Botafogo nisso?...

É que, tal como a Seleção Feminina, também precisamos de uma categoria de base capaz para que a renovação de jogadores seja feita com QUALIDADE técnica e PROVEITO financeiro.

Ultimamente o BOTAFOGO apenas revelou alguns jogadores defensivos e, ainda assim, de qualidade média. Há muito tempo não se vê um craque oriundo da base que seja capaz de decidir jogos vestindo a nossa camisa.

Nesse domínio há um assunto fundamental que carece de boa decisão: travar os empresários de quem o Clube é refém e com os quais não temos retirado vantagem, ao contrário das vantagens obtidas por esses empresários.

O Botafogo seria bem mais eficiente se contratasse alguém capaz de tratar tão importante assunto. Ou um profissional reconhecido ou um ex-jogador de índole conhecida, com competências para valorizar ‘promessas’ vindas da base e capacidade de descobrir talentos fora do Clube, já que no linguajar ‘futebolês’, craque reconhece craque, bom jogador reconhece bom jogador.

Certamente voltarei aos dois assuntos com mais dados. E aguardando que os Irmãos Salles entrem efetivamente como acionistas no Glorioso da Estrela Solitária.

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