por O CORITIBA
12.07.1958
Não existe a menor dúvida de que o selecionado brasileiro de futebol valoriza o crack. […] Face ao êxodo tremendo sofrido pelos argentinos e a má fase do futebol uruguaio, o Brasil se situa numa coroação esplêndida na bolsa de valores. O título mundial, recentemente levantado, veio valorizar, mais ainda, o material humano de nosso soccer. E o mais recente de todos os exemplos, no que afirmamos, é a situação do extrema esquerdo Zagalo, que não foi nenhum fenómeno na esquadra campeão do mundo.
No entanto, Zagalo subiu de preço no intervalo de um mês mais que qualquer jogador em qualquer época, num espaço igual. […]
Os empresários encontram muito maior facilidade para negociar uma temporada de um club que possui várias “estrelas” de seleção em seu elenco. O Botafogo está pretendendo ser o “Real Madrid da América do Sul” e não contente em alinhar quatro campeões do mundo, quatro titulares do quadro brasileiro, além de três, que figuraram entre os melhores 33 do país, voltou suas vistas para o meia francês Fontaine, artilheiro do certame mundial. Da mesma forma como dias antes havia conquistado o extrema esquerda Zagalo. […]
Zagalo estava mais ou menos comprometido com o Botafogo, devendo receber um milhão de cruzeiros pelo passe, fixado em cem mil cruzeiros pelo Flamengo. Mas na volta, valorizado como campeão do mundo, logo de saída Zagalo recebeu proposta do Palmeiras de S. Paulo, que chegava aos 4 milhões pela sua transferência. O ponteiro acabou ficando por 2 milhões e 400 mil cruzeiros no Botafogo. […]
Com Cacá, Ernani, Nilton Santos, Garrincha, Didi, Fontaine, Zagalo, etc., o Botafogo poderá solicitar milhões pelas suas partidas de exibição e promete se constituir numa das maiores equipes do futebol brasileiro.
Nota: O Mundo Botafogo publica excertos do texto original
com correção ortográfica dos erros detetados.
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2 comentários:
Como conseguiram destruir esse clube gigante? A resposta nós sabemos, e é por isso que não nos conformamos. Abs e SB!
Com muita tenacidade, muita incompetência, muita vaidade, muitos interesses pessoais e... bem... sabemos como tem sido a gestão financeira desde Paulo Azeredo e Sergio Darcy...
A braços Gloriosos.
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