Gentileza de ANGELO
ANTONIO SERAPHINI
Colaborador do Mundo
Botafogo
Boletim do Botafogo
de Futebol e Regatas, 1956
A bonita, jovem e
simpática Senhora Reuel de Souza Costa, esposa dêsse valoroso voleybolista
desde 17 de dezembro de 1955, iniciou sua carreira esportiva em 1953, no
Glorioso, quando ainda era o “brotinho” Lélia Melo de Iacovo, que já batera
suas bolinhas em seu colégio, o Lafayette e na Escola de Educação Física e
Desportos, onde ingressara naquele aonde 53 e onde foi chamada para o Glorioso,
por Margarida, Idalina e Ivany.
Legítima “prata da
casa”, Lélia surgiu em um torneio interno efetuado no Mourisco, em 28 de março,
sendo no mesmo ano, sob a direção técnica de Margarida Leite, campeã carioca de
estreantes, quando levantou para Gizeide Gadelha, com quem formou excelente
dupla.
Em 1954, Lélia foi
merecidamente promovida à segunda divisão, logrando o título de vice-campeã de
sua categoria, tendo vencido o torneio inter-clubes de segunda divisão do
Cinquentenário do BOTAFOGO, o que lhe valeu linda medalha.
No setor
universitário, Lélia cobriu-se de glórias, como campeã brasileira universitária
de volleyball e, nos Jogos da Primavera, defendendo sua Escola, foi
“apenasmente” campeã de volleyball, de basketball (estreantes) e de natação, 50
metros, nado de costas, estreante, além de vice-campeã de arco e flecha.
Em 1955, pela
primeira vez e com esplendido realce, Lélia integrou a nossa equipe principal
de volleyball que a 21 de julho foi vencida por 2x1 pelo formidável esquadrão
do Mackenzie, de Belo Horizonte, na própria capital mineira, sendo que a
equipe, bastante desfalcada e constituída por Yara, Roma, Ivany, Marise, Lélia
e Guiomar (Anah) teve a estreante Lélia um de seus mais valiosos elementos.
Jogou também, no
primeiro, contra o Sírio e levantou magistralmente o campeonato da Segunda
Divisão, derrotando o Fluminense na “melhor de três” de desempate, sendo que na
partida final, teve o lance decisivo, cortando esplendida e inesperadamente uma
bola que as adversárias esperavam que ela levantasse para Guiomar.
Atleta magnífica,
embora pequena de tamanho, lutando sempre com sangue, Lélia obteve em 1955 –
ano marcante em sua vida – outros esplendidos sucessos, pois que nos Jogos da
Primavera levantou para a Escola de Educação Física, os títulos de campeã de
volley, basket e rem, em yoles a quatro e a oito e o de vice-campeã de arco e
flecha e de ténis de campo.
E não foi só: de uma
invulgar formosura, foi a Miss BOTAFOGO, no grande concurso dos “Diários
Associados” para Miss Brasil, logrando, no consenso geral, o título de Miss
Simpatia, talvez mais valioso.
Coroando tão
inesquecível ano, Lélia teve o seu feliz consórcio com o nosso valoroso Reuel,
mas nem por isso abandonou os desportos, continuando a mesma atleta dedicada,
valorosa e assídua às competições e ensaios.
Prossegue,
integrando, na presente temporada, o seu querido segundo quadro de volleyball,
mas participou do primeiro, com merecido realce, nas vitoriosas excursões a
Volta Redonda e Cambuquira e no Torneio Início, tendo disputado todos os dez
jogos dessas competições, levantando, quasi sempre, para a querida Marise.
Aliás, Lélia confessa
que experimentou suas maiores emoções esportivas, não só quando levantou o
Campeonato da Segunda Divisão, mas principalmente agora, quando integrou a
famosa Equipe Suicida, em quem ninguém acreditava e que tornou-se a Vice-Campeã
de Cambuquira, após derrotar espetacularmente as grandes equipes do C. R. Icaraí,
Santos, Tijuca e América.
Já professora de
educação física, também diplomada em 55, Lélia pretende êste ano dedicar-se
igualmente ao basketball e defender o pavilhão da Estrêla Solitária, nos
próximos Jogos da Primavera, em todas as modalidades desportivas, inclusive no
remo, onde já é laureada como universitária.
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