Sérgio Neto, neto do Poeta, em
dia de aniversário.
[Nota
preliminar: Republicação revendo a obra extraordinária de Sérgio Sampaio
no Mundo Botafogo. Acróstico do Poeta ao seu neto, Sérgio Neto, no
dia do aniversário, originalmente publicado no Mundo Botafogo em fevereiro de
2017.]
por SÉRGIO SAMPAIO, «umpoetinha»
Simpatia solta, sorriso sedutor,
Égide erguida em esperta especulação,
Rugido raro, recalques reconhecidos...
Gáudio gostoso geras, grande gozador,
Intrigante intimidade impõe ilação:
Ostensivo oráculo, outros, os ouvidos!
Sérgio Sampaio, um poetinha por encomenda de si próprio para o
neto botafoguense que completa, hoje, 30 anos em sua senda virtuosa, cercado de
afeto, minh’alma irmã total, completa!
[Nota Preliminar: Acróstico do Poeta ao neto do meio, José Jorge, extraído do livro Búzios em Prosa e Verso.]
por SÉRGIO SAMPAIO, «umpoetinha»
Jogador inveterado, já brincas,
Olhar sedutor, de claros e breu,
Sacaneias com todos, menos eu!
É que sei
tuas quadras, tuas trincas,
Já sabes do jogo do teu irmão:
O “royal
street”! Ganhar como, então?
Raspar a cara, lixa de madeira,
Gozar os outros de qualquer maneira,
Exercendo teu charme, teu condão!
Sérgio Sampaio, um poetinha por encomenda de si próprio para o neto
botafoguense
[Nota Preliminar: Acróstico do Poeta à neta caçula, Giovanna Luisa, extraído do livro Búzios em Prosa e Verso.]
por SÉRGIO SAMPAIO, «umpoetinha»
Graças se derramaram
na capela,
Inundando os corações
lá presentes...
O plácido monge e todo
seu dom,
Visando primeiro o
semblante dela,
Atingindo crianças
inocentes,
Nós, culpadíssimos
adultos, com
Novadoras bênçãos,
numa tão bela,
Apaixonante cerimônia
enfim...
Lutei contra, mas a
lágrima vinha,
Um beijo morno na
cansada face,
Inaugurando relação
afim,
Serena, entre nós, eu
e a netinha,
A paixão exata, o
perfeito enlace...
Sérgio Sampaio, um poetinha por encomenda de si próprio para a neta
botafoguense
Consulte
todos os acrósticos do Poeta Sérgio Sampaio publicados no Mundo Botafogo na
banda do lado direito do blogue, Etiqueta 'letras sérgiosampaio'.
10 comentários:
Boa noite, meus caros!
Estive lendo, melhor dizendo, relendo alguns dos poemas do Sérgio. Era um cara genial!
Nada mais a dizer, apenas lamentar morte tão repentina.
Abraços,
LEANDRO RODRIGUES
Olá, editor e amigos do blog
Sobre o falecimento do "poetinha" só me resta salientar que ele cumpriu e com sucesso sua missão aqui na terra. Sou daqueles que acredita que cada um de nós tem uma missão a ser cumprida nessa breve passagem por esse planeta de provação. E, a partir dessa minha crença, não lamento a sua partida pois foi GRANDE no desempenho do que lhe coube realizar.
Respeitosamente,
EVANDRO DE ASSIS
Muito comovente os acrósticos que o grande poeta Sérgio Sampaio, homenageia cada neto, destacando suas características, utilizando-se de rimas que trazem uma especial sonoridade no conjunto dos versos.
LINDO DEMAIS! Que descanse em paz , iluminado poeta!!!!
EDNA BARCELLOS
Ruy, muito me emociona por trazer a tona estes acrósticos dos incontáveis que recebemos em vida do meu avô. Somos privilegiados por ter tido este grande artista como avô, quebrando qualquer paradigma e surpreendendo sempre com seu jeito peculiar e alma livre. Sempre tinha um trocadilho muito interessante e meu pai herdou isso dele. Era discreto e os mesmo tempo era um furacão! Quando pequeno ouvia as melhores histórias... As mais emocionantes e instigantes. Realmente só tenho coisas boas para lembrar dele.
Gratidão
Um grande abraço.
Que falta que o Sérgio há de fazer para a sua família, especialmente filhos e netos.
Aqui no blog, já estávamos sem a sua presença há algum tempo. Não sei se teve doença prolongada, mas o fato é que andava sumido. Agora, tudo o que temos a fazer é relembrá-lo lendo sua produção literária, tão bem organizada por RUY MOURA na Etiqueta " letras sérgiosampaio".
AUGUSTO NOVAES
Concordo inteiramente, Leandro: era mesmo genial! Tenho um livro que Sérgio me ofereceu com 1.052 acrósticos seus percorrendo um certo período de vida praticamente em estilo de diário. Um furacão poético!
Abraços.
Evandro, obrigado pelo comentário. Concordo com a sua ideia numa perspectiva de 'ciclo de vida' e em geral não lamento - porque a inevitabilidade me faz aceitar - a partida de pessoas cuja longevidade e 'missão' foram cumpridas inteiramente, assegurando elevados critérios quantitativos e qualitativos de vida. Incluo nisso os meus amados familiares - que têm falecido tarde - e a mim mesmo. É por isso que muitas personalidades GRANDES recebem, atualmente, menos lágrimas e mais palmas na hora da despedida física. Mas... instala-se uma nostalgia por impedimento dos contatos pelo tato, pela voz, pela expressão e, neste caso, também pela fruição de novas poesias que, em cada momento, revelariam coisas novas sobre o devir - das vidas humanas, do seu pensar, sentir e agir, e do Universo em constante mutação. Resta-nos, pois, rever e fruir a obra do Poeta.
Abraço.
Isso mesmo, Edna: "Iluminado poeta!!!" Sérgio tinha uma palavra mais, um verso mais, uma solidariedade mais, uma força vital mais, um levar mais pra junto dele, oferecer graciosamente a cada um de nós incentivo, afeto, admiração, positividade em ideias, sobre pessoas e acerca das coisas. Um ser complexo, paradoxal e... fraternamente tão simples!
Abraços.
José Jorge, eu arriscaria dizer que Sérgio era, ele próprio, um PARADIGMA! Um paradigma de não ser padrão em coisa alguma deste mundo, "com seu jeito peculiar e ALMA LIVRE". Costumamos dizer que "todo o discurso de fulano de tal... blá-blá-blá" Eu diria: o discurso do Sérgio é ELE MESMO!
É muito curioso o José Jorge afirmar que o Sérgio "era discreto e ao mesmo tempo era um furacão!", porque há dois dias, em conversa com a Lúcia, eu dizia que uma das coisas que mais apreciava no Sérgio era ele ser DISCRETO e simultaneamnete ESPETACULAR! Isto é, coexistia em simultâneo, em muitos instantes das suas expressões orais e corporais, o Sérgio que em um nanossegundo passado do discreto ao espetacular e noutro nanossegundo de espetacular a discreto!
E sobre trocadilhos e histórias que o Sérgio dominava com singularidade, acresce ainda que ele apreciava, e muito admirava, quando outras pessoas do seu convívio também faziam trocadilhos e contavam boas histórias. Isso aquecia a lareira da comunhão entre Sérgio e os demais. Um homem inesquecível!
Grande abraço.
Augusto, bem verdade o que diz: "agora, tudo o que temos a fazer é relembrá-lo lendo sua produção literária". Por outras palavras: não importa como morreu, mas como viveu. E se viveu, meu amigo! Um pouco dessa vida intensa está exatamente ilustrada publicamente no Mundo Botafogo. Para lermos, relermos, aprendermos e certamente reaprendermos junto com ele!
Abraços.
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