Depoimento de NILTON SANTOS
ao editor CELSO DARIO UNZELTE da revista Placar (1992)
O Mané, com o desenrolar do jogo [na Copa de 1958], ia atraindo o adversário, e, ao mesmo tempo, desguarnecendo para nós o outro lado. O instinto de defesa dos inimigos facilitava nossa vida. Assim ganhamos nosso primeiro mundial.
Começava aí a sua melhor fase. Nesse tempo, de cada dez tentativas, em pelo menos oito o Mané passava com bola e tudo pelo adversário.
O que ficou filmado de suas atuações são basicamente os jogos pela Seleção, mas o que eu vi o Mané fazer no Botafogo pelo mundo afora não existe em lugar nenhum.
A cada excursão, a primeira coisa que procurava era a zona da cidade, a “casa da Marocas”, como ele chamava. Mas quando precisávamos, lá estava Mané para nos salvar em campo.
Porque sua
vida era apenas isso: a bola e as mulheres.
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