sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Fragmentos ‘futebol do botafogo 1951-60’: a partida de Heleno de Freitas [34]

por CARLOS VILARINHO
especialmente para o Mundo Botafogo
sócio-proprietário e historiador do Botafogo de Futebol e Regatas

Heleno morreu na madrugada de domingo. O corpo do maior ídolo do Botafogo no período 1941-1948 saiu de Barbacena para ser enterrado em sua terra natal, São João Nepomuceno. Porém, desabou um temporal no final da tarde e o carro que o transportava atolou na estrada. Somente na segunda-feira, foi realizada a cerimônia, sob grande comoção. Brandão Filho e Canôr Simões Coelho representariam o Botafogo, mas se atrasaram. A prefeitura decretou luto por três dias, o comércio fechou e as escolas suspenderam as aulas. O querido De Freitas finalmente descansou. […]

Alberto Laurence (Última Hora) julgou: “Heleno de Freitas foi o maior centroavante que encontramos em quase meio século de frequência aos estádios de futebol do mundo inteiro. O maior, pelo menos, na nossa concepção pessoal da maravilhosa e dificílima posição de comandante de ataque. O maior porque sintetizava perfeitamente, a nosso ver, a combinação ideal do centerforward europeu clássico, desbravador de defesas, e do jogador brasileiro, de habilidade extraordinária. O maior, porque era, de uma só vez, um batalhador terrível e um cerebral, juntando a inteligência do jogo e a inspiração genial ao espírito de luta e à vontade de vencer, possuindo malabarismo e eficiência, chutando com os dois pés e cabeceando magnificamente.”

Vargas Netto (Jornal dos Sports) recordou: “Como ele sabia parar uma bola no peitio, de costas para o arco adversário, girando com ela, para deixá-la cair já em plena arremetida!!”

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Excerto autorizado pelo autor. In: VILARINHO, C. F. (2013). O Futebol do Botafogo 1951-60. Rio de Janeiro: Edição do Autor, pp. 275-276.

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