por CARLOS VILARINHO
especialmente
para o Mundo Botafogo
sócio-proprietário
e historiador do Botafogo de Futebol e Regatas
Heleno
morreu na madrugada de domingo. O corpo do maior ídolo do Botafogo no período
1941-1948 saiu de Barbacena para ser enterrado em sua terra natal, São João
Nepomuceno. Porém, desabou um temporal no final da tarde e o carro que o
transportava atolou na estrada. Somente na segunda-feira, foi realizada a
cerimônia, sob grande comoção. Brandão Filho e Canôr Simões Coelho
representariam o Botafogo, mas se atrasaram. A prefeitura decretou luto por
três dias, o comércio fechou e as escolas suspenderam as aulas. O querido De
Freitas finalmente descansou. […]
Alberto
Laurence (Última Hora) julgou: “Heleno de Freitas foi o maior centroavante que
encontramos em quase meio século de frequência aos estádios de futebol do mundo
inteiro. O maior, pelo menos, na nossa concepção pessoal da maravilhosa e
dificílima posição de comandante de ataque. O maior porque sintetizava
perfeitamente, a nosso ver, a combinação ideal do centerforward europeu
clássico, desbravador de defesas, e do jogador brasileiro, de habilidade
extraordinária. O maior, porque era, de uma só vez, um batalhador terrível e um
cerebral, juntando a inteligência do jogo e a inspiração genial ao espírito de
luta e à vontade de vencer, possuindo malabarismo e eficiência, chutando com os
dois pés e cabeceando magnificamente.”
Vargas
Netto (Jornal dos Sports) recordou: “Como ele sabia parar uma bola no peitio,
de costas para o arco adversário, girando com ela, para deixá-la cair já em
plena arremetida!!”
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Excerto autorizado pelo autor. In: VILARINHO, C. F.
(2013). O Futebol do Botafogo 1951-60. Rio de Janeiro: Edição do Autor, pp.
275-276.
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