“Jefferson sempre deu muito trabalho. Para
fazer gol nele é difícil. É o adversário mais difícil de se fazer um gol.
Aquele negão é ‘vilão’ demais.” – Léo
Moura sobre Jefferson, o último goleiro que enfrentou em jogos oficiais
pelo Flamengo.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
John Textor, a figura-chave: variações em análise
Crédito: Jorge Rodrigues. [Nota preliminar: o Mundo Botafogo publica hoje a reflexão prometida aos leitores após a participação do nosso Clu...

-
Recomendações de André http://www.botafogonews.com AREIA BRANCA / RIO GRANDE DO NORTE ASSOCIAÇÃO RECREATIVA TORCIDA ORGANIZADA B...
-
por RUY MOURA Editor do Mundo Botafogo 1992: CAMPEONATO BRASILEIRO 26/01/1992. BOTAFOGO 3-1 ATLÉTICO PARANAENSE (PR). Niterói. 01/02/1992. B...
-
por RUY MOURA Editor do Mundo Botafogo O Manneken Pis de Bruxelas significa, em língua popular local, "o garoto que urina." A his...
3 comentários:
Grande RUI,não tem nada a ver com a voz do "mulambo",mas como simpatizamos com o MUJICA,aproveito o espaço e reproduzo abaixo,parte das declarações dele comentadas por Roberto da Matta.
Meu caro amigo,o meu Brasil atual é um "CHIQUEIRO",onde os plenos poderes estão cheios de gente da pior espécie.
"O Brasil é doente, diagnosticou o insuspeito ex-presidente do Uruguai José Mujica,numa entrevista à BBC que O GLOBO repercutiu na sua edição do dia 24 do corrente.Para Mujica,com 80 anos e muitos quilômetros rodados na vereda política e tendo como norte a irmandade esquerdista latino-americana,a patologia nacional brasileira tem como centro o “tráfico de influência” que seria uma “tradição” do nosso sistema político.
Concordo em gênero,número e grau com Mujica.
A lógica do dar e receber (ou do dar para receber) é o coração do “favor”. Se eu te faço um favor,se eu te devo favores,esses favores nem sempre se encaixam nas divisões ideológicas e jurídicas que regem o Brasil como país.
José Mujica discerne o problema quando acentua que conseguir a maioria parlamentar no Brasil em nível local ou nacional é muito dificil porque “o Brasil é um macramé”.Ora,o macramé,como esclarece o dicionário,é uma colcha de retalhos.
Se o macramé fala de liames pessoais, o lado legal do sistema demanda que ele se dobre ou venha a romper-se pelos deveres impostos pelos papéis institucionais.Um presidente de estatal não pode nomear somente companheiros de partido.Ele é obrigado pelo papel que ocupa a escolher pelo mérito.Entre esses dois impulsos ou obrigações,situa-se o que chamei de “dilema brasileiro”.Num nível tudo parece muito simples: gastamos muito,erramos muito mas, acima de tudo,continuamos a imaginar a centralização como a saída para todos os problemas nacionais, esquecendo a força dos velhos costumes,os quais têm o poder das velhas tecelagens,como revela Mujica.
Nessa tecelagem,a empresa não visa ao lucro,mas ao emprego para os amigos e recursos para o partido.
O Brasil se diferencia da Europa Ocidental,dos Estados Unidos e da América Latina porque ele não teve republicanismo e,até 1888,foi uma monarquia fundada no trabalho escravo.Na transição entre esses regimes,os conflitos foram reprimidos precisamente pela ética dos elos pessoais entre monarquistas, escravistas,republicanos e proto capitalistas que jamais abandonaram seus hábitos aristocráticos.Todos nós temos todas as coragens,menos a de negar o pedido de um amigo,conforme dizia Oliveira Vianna num ensaio de 1923.
Neste mundo marcado pela transparência eletrônica,esse hóspede não convidado pelo nosso mulatismo cultural e avesso ao confronto, as contradições surgem claramente no laço entre riqueza e poder.Entre as demandas de quem gerencia a economia (cujas regras são digitais: “não posso gastar mais do que tenho!”); e as da política,as quais incluem não apenas os jeitinhos ou “pedaladas”, mas sobretudo as relações pessoais mescladas ou não de ideologia,as quais são infinitas.
Mujica aponta que confundimos governar com mandar.E adverte:não se pode misturar a vontade de ter dinheiro com política.Se fizermos isso,complementa,estamos fritos. “Quem gosta muito de dinheiro tem que ser tirado da política”.
A corrupção brasileira tem um sinal: ela se funda na apropriação de cargos por pessoas que,mesmo quando são eleitas debaixo de uma bandeira populista ou socialista,acabam bilionárias.É impossível resistir aos amigos,mas é muito mais difícil liquidar essas sobras aristocráticas que são,a meu ver,a marca mais forte e permanente do nosso republicanismo: cargos que impedem punição,crimes que prescrevem,responsabilidades que não são cobradas.
Num certo sentido,não temos noção da tal “coisa pública” — esse conceito imprescindível para uma vida igualitária e democrática — republicana.
Roberto DaMatta é Antropólogo.
Saudações alvinegras.JOTA.
JOTA, eu creio que o Brasil terá um problema de governação séria por muitas e longas dezenas de anos por uma razão sinples: o brasileiro comum aceita que "roubado é mais gostoso" e que se estivesse no poder fazia igual ou pior do que os governos já conhecidos.
Quanto ao texto discordo no que tange á comparação com a América latina e o trabalho escravo.
Relembro que Portugal foi o 1º País dom mundo a abolir a escravatura e a suprimir a pena de morte. É histórico.
Como é histórico que a colonização espanhola em toda a América do Sul e Central foi bárbara, decapitou todos os líderes locais e dividiu geograficamente os territórios para governar segundo o velho lema "dividir para reinar. Ao contrário, os portugueses misturaram-se com as populações brasileira e africana e expandiram o território brasileiro (ver o extraordinário papel do 'esquecido' Pedro Teixeira) de tal modo que quase levou as fronteiras do Brasil a País de oceano a oceano.
O que me espanta ainda mais é que os portugueses permitam que se aldrabe a história, tendo sido os portugueses um dos povos mais bravos do segundo milênio a.C. que teve a coragem de se fazer ao mar em grandes viagens que nenhum outro povo ouso fazer antes. Foi aí que se fundou a globalização que 500 anos depois une todos os locais do mundo pelas grandes estradas das comunicações.
Abraços Gloriosos.
Só dois acréscimos, JOTA: enquanto houver deputados que aplaudem o fuzilamento de brasileiros na Indonésia nos termos em que foi feito; enquanto houver cidadãos que não respeitam os milhares de mortos das ditaduras latino-americanas de direita e defendem a intervenção militar no Brasil; enquanto forem eleitos Túlios Maravilhas, Romários ou Tiriricas, e enquanto houver espaço para ações tão extensas como as da família Sarney (num País democrático!) o poder jamais será uma coisa a caminhar para a seriedade.
Isto é, enquanto não houver discursos racionais e parcimoniosos a partir do poder, não haverá povo a caminho da sua verdadeira autonomia cidadã.
Abraços Gloriosos.
Enviar um comentário