por RUY MOURA |
Editor do Mundo Botafogo
A revista Placar promoveu a quarta edição do
‘Meu time dos sonhos’ relativamente ao ano de 2024, após as edições anteriores
de 1982, 1994 e 2006.
O evento reuniu 260 personalidades que
elegeram os seus ‘12 favoritos’ de Atlético Mineiro, Botafogo, Corinthians,
Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São
Paulo e Vasco da Gama.
A revista já chegou às bancas com ilustrações
de Gustavo Bacan, curadoria especial do jornalista Rodolfo Rodrigues e editor
de fotografia Alexandre Battibugli.
A equipe eleita para o Botafogo, ilustrada na
imagem desta publicação, é escalada em 4x2x4 com os seguintes atletas e
técnico:
Manga;
Carlos Alberto Torres, Mauro
Galvão, Wilson Gottardo e Nilton Santos;
Gérson e Didi;
Garrincha, Jairzinho, Túlio
e Paulo Cézar ‘Caju’.
Técnico: Artur Jorge.
Porém, essa não seria
exatamente a minha escolha. Respeitando globalmente a escolha dos eleitores do melhor
‘time’ do Botafogo, já que é muito difícil selecionar uma equipe entre quatro
ou cinco equipes possíveis de craques botafoguenses, eu faria, pelo menos, duas
alterações.
Por um lado, considero
praticamente impossível prescindir de Marinho Chagas na lateral esquerda, e
como Nilton Santos também jogava a zagueiro com a mesma qualidade de lateral
esquerdo, puxaria Nilton Santos para o lugar de Wilson Gottardo e no lugar dele
escalaria Marinho Chagas, cujo estilo era muito semelhante ao do nosso
lateral-esquerdo bicampeão do mundo.
Por outro lado, apesar de ser
o representante máximo do título de campeão brasileiro de 1995, Túlio
‘Maravilha’ não tinha a qualidade técnica de Heleno de Freitas nem era superior
a Quarentinha como artilheiro ‘oportunista’ de grande área. Então, escalaria
preferencialmente Heleno de Freitas no lugar de Túlio pela sua qualidade
técnica reconhecida unanimemente.
Creio que a extrema-esquerda
ficaria muito bem entregue a Zagallo por tudo o que fez como campeão do mundo e
do Botafogo, mas tecnicamente Paulo Cézar ‘Caju’ era efetivamente melhor, pelo
que eu tenderia a ‘sacrificar’ Zagalo em favor daquele.
Finalmente a questão do
técnico. É muito ‘doloroso’ substituir Zagallo como o melhor técnico do
Botafogo pelos títulos e pelo futebol que desenvolveu entre 1967-1968, embora
em três regressos (1975, 1978 e 1986-87) não tenha tido o sucesso esperado.
Porém, é inquestionável que a qualidade do futebol ofensivo de Artur Jorge é bastante
mais elevada e que a sua ousadia e coragem como treinador fez-nos vencer todas
as partidas cruciais do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores da
América, conquistando em 2024, de modo simultâneo, os dois mais importantes
títulos almejados pelos clubes brasileiros num único ano, razão pela qual, apesar
da sua breve estadia de cerca de nove meses, conseguiu levar a equipe ao maior
sonho botafoguense dos últimos 60 anos e resgatar a autoestima, a
incondicionalidade e o orgulho de ser botafoguense – e isso concretizou a nossa
‘Glória Eterna’ para todo o sempre. Consequentemente, também manteria Artur
Jorge como melhor técnico do Botafogo de todos os tempos.
Eis, então, ajustado, o meu
4x2x4 de todos os tempos:
Manga;
Carlos Alberto Torres, Mauro
Galvão, Nilton Santos e Marinho Chagas;
Gérson e Didi;
Garrincha, Jairzinho, Heleno
de Freitas (ou Quarentinha) e Paulo Cézar Caju.
Técnico: Artur Jorge.
Dos jogadores citados apenas não vi jogar
Heleno de Freitas. Entretanto, sendo, desde criança, acérrimo defensor da
posição mais ingrata de uma equipe – cujos torcedores não lhe perdoam falhas,
apesar de perdoarem as inúmeras falhas de zagueiros, meio-campistas e atacantes
–, isto é, a posição de goleiro, o meu ídolo nº 1 foi sempre Haílton Corrêa de
Arruda, o ‘Manga’, cuja elasticidade, plena de elegância, deliciava os meus
ideias de beleza num campo de futebol – e eis que, por isso, desde os jogos
escolares até aos jogos militares em que participei, fui sempre o goleiro das
equipes de futebol e de futsal.
Por fim, na sequência de ter revelado o meu
ídolo, e em breves notas à margem do assunto, digo que indiscutivelmente nomearia
o inimitável Garrincha como craque número 1; Nilton Santos e Gerson como os mais
inteligentes em campo; Paulo Cézar Caju escolheria
como o mais difícil de lidar; como maior
desilusão pelo modo como abandonou o Botafogo, indiscutivelmente Artur Jorge.
E ainda elegeria, numa
eleição global de entre todos os clubes brasileiros, a Torcida do Botafogo como
a mais devotada, rabugenta e criativa de todos os tempos!
36 comentários:
Antes de falar do Botafogo dos sonhos, gostaria de falar que a cena de TV que mais assisti ao longo dos meus presentes 60 anos foram os gols do Brasil na copa de 70. Porém acredito que, em breve este recorde será superada pela campanha alvinegro em 2024. Não canso de rever.
Quanto ao nosso time dos sonhos, respeito inteiramente a escolha de qualquer companheiro de escudo, pois acho que envolve afetividade e momentos emocionais, muito além de aspectos técnicos.
Assim, eu gosto de escalar o time com os jogadores que vi, mesmo sabendo que não contarei com Garrincha e Nilton Santos, que pertencem efetivamente ao time dos sonhos, que não vi. O único exceção será o Furacão, que é uma das principais razões da minha paixão ( Paulo César será incluído pois o vi em 77). Portanto meus critérios incluem a qualidade técnica e a relevância para os títulos conquistados. Assim vou encarar qualquer time do mundo (menos o time de Garrincha) com Wagner, Mauro Galvão, Gotardo e Gonçalves; Luiz Enrique, Marlon, Carlos Alberto (89), Savarino e Paulo Cesar; Jairzinho e Túlio. É tempo de Botafogo!
Minha seleção seria quase igual a sua, mas no lugar do Mauro Galvão eu fico tentado a colocar o Sebastião Leônidas, embora o Mauro Galvão esteja no mesmo nivel do Leonidas. Nas minhas seleções botafoguenses (certa vez te mandei 5 times do Botafogo que seriam possíveis de um bom nível), o Túlio para centro avante seria minha terceira ou quarta opção, na frente dele tem o Heleno, embora não o tenha visto jogar, mas Quarentinha, Roberto Miranda e Dodô foram muita mais jogadores que o Túlio, sem contar que a saída dele e sua avaliação sobre o Botafogo foram por demais desrespeitosas com o clube.
Sobre o treinador também colocaria o fujão, apesar de sua saída do Botafogo deveria ter sido mais ética, mas preferiu se enfurnar num país sem futebol de ponta e num time sem expressão pelo dinheiro, problema dele e para sua carreira, que poderia dar um salto muito maior e quem sabe indo para um clube europeu de ponta . Uma pena, mas preferiu ficar rico, e para ele isso pareceu mais importante. Boa sorte pra ele. Abs e SB!
Curioso o seu sistema tático 3x5x2, Ronaldo. Antigamente era o 3x2x5 e agora anda na moda o 3x4x3. A sua escalação evidencia que podemos montar várias equipes de craques. No MB publiquei em tempos 5 equipes de craques escaladas pelo Sergio,que faz um comentário sobre isso abaixo.
Por razões afetivas - como referiu - eu também tenho tendência a escolher jogadores com mais afinidades e não escolher outros muito bons também por (des)afinidades.
Abraços Gloriosos.
O Heleno eu coloco por tudo aquilo que li, especialmente os comentários à sua excelência como jogador de futebol. Houve outros que também mereceriam estar em equipes de luxo como Carvalho Leite, Basso ou Leônidas da Silva, este o Carlito Rocha não o deixou esquentar lugar, vendendo-o por uma valor simbólico porque não admitiu que ele se tivesse revelado numa entrevista como flamenguista de coração. Coisas à Carlito...
No entanto, até pelo que ele simbolizou para o Botafogo na década de 1940, optei por colocar o Heleno.
Abraços Gloriosos.
Substituições perfeitas do Ruy. Eu efetivo Quarentinha. Afinal ele esteve nas conquistas principais. E Heleno já estava fora em 1948. O ano que considero a arrancada Gloriosa: o primeiro título importante com a Estrela Solitária depois da fusão e do tetra com o antigo escudo!
É, Vanilson, se optasse só pelos que vi jogar, Quarentinha seria a minha escolha. É certo que 1948 foi muito importante, mas uma boa parte dos jogadores já estavam commuita idade e era preciso renovar a equipe. Creio que a verdadeira arrancada aconteceu com a eleição de Paulo Antônio Azeredo para presidente do Botafogo (1954-1963), que renovou a equipe contratando grandes jogadores, montou uma equipe fabulosa (o tetra já fora obra renovada por ele na sua gestão de 1926-1936) com craques bicampeões do mundo, muitos títulos dentro e fora do Brasil, uma base com grandes revelação que seriam campeões brasileiros (1968) e campeões do mundo em 1974, projeção internacional e um Clube social a quem Azeredo deu duas sedes sociais e que colocou o Botafogo no topo brasileiro e sul-americano em várias modalidades como voleibol, natação, pólo aquático, atletismo, enfim, uma produção renovadora incrível. A saída dele em 1963 foi o prenúncio da queda cerca de 6 anos depois, tal como acontecera anteriormente no pós-1936. Presidente incrível!
Abraços Gloriosos.
Na realidade, preciso fazer uma mudança que torna o Sistema ainda mais incomum, que é colocar o Marinho no lugar do Carlos Alberto (que eu gostava muito!). Mas como ensinava o João Saldanha, os craques se arrumam. Meu técnico é o Arthur Jorge, porque foi o mais decisivo (critério que expliquei também).
Só para continuar a brincadeira, formato uma Seleção dos que eu não vi , mas com presença na seleção brasileira: Manga, Nariz e Nilton Santos; Martim Silveira, Didi e Gerson; Garrincha, Paulo Valentim, Quarentinha, Amarildo e Zagallo.
Pleo tempo de estadia do Carlos Alberto e d Marinho, e do que o Marinho representava para a torcida, seria uma boa substituição. Mas eu sempre discordei dessas ideias do Saldanha em que "os craques se arrumam", já que claramente há craques que não se arrumam em certas posições e os seus rendimentos são bem diferentes segundo a posição. Aliás, eu penso que esse foi grande problema dos técnicos brasileiros que fora raras excepções, não fizeram escola. Não estudaram, não se atualizaram, ficaram dormindo à sombra da bananeira por conta da enorme capacidade futebolística dos múltiplos craques que o Brasil gerava. Quando a mina secou e os craques escassearam veio ao de cima a fraca qualidade dos treinadores. Veja-se que enquanto os atletas continuaram a ter sucesso no estrangeiro, com títulos e prêmios, não há treinadr brasileiro que tenha tido sucesso nas principais Ligas do mundo. Talvez esta nova leva de treinadores portugueses e argentinos que se impôs obrigue os técnicos brasileiros a sair da sua zona de conforto, reciclarem-se, estudarem,aprenderem novos métodos e técnicos e novos modos de treinar e gerir as equipes face a cada vez maior número de jogos por ano.
Abraços Gloriosos.
A sua 'brincadeira' até que também conseguiu ser mais do que brincadeira. Lembrar-se de escalar uma equipe que não viu e buscar os excelentes Nariz e Martim Silveira (que pelo que pudemos ler eram grandes craques) de tempos remotos é um reconhecimento importante do futebol que se praticava à época. Houve grandes jogadores que infelizmente nem em filme pudemos ver jogar. Era um futebol taticamente mais aberto e ofensivo, mas por isso mesmo devia ser uma delícia termos visto jogar essa gente.
É por isso que sugeri recentemente que as "equipes do século" deviam ser desdobradas em "equipes de meio século". O futebol de 1900-1950, o futebol de 1951-2000 e o futebol de 2001-2050 requerem, pelas suas importantíssimas diferenças, contextualizar as seleções. Faz sentido comparar Friedenreich e Leônidas da Silva a Pelé e Garrincha? Comparar Pelé e Garrincha a Cristiano Ronaldo e Messi? Faz sentido isso em contextos tão diversos de futebol? Por exemplo, os espaços dados aos atacantes são profundamente diferentes e cada vez têm menos espaço e são obrigados a novas artes e a novas posturas táticas. O que se exige hoje de capacidades aos jogadores é muitíssimo mais do que o exigido entre 1951-2000.
Sobre esses aspetos qual é a sua opinião, Ronaldo?
Abraços Gloriosos.
A rigor, você está certo quanto a expressão "os craques se arrumam". Ela é mais uma fantasia e dificilmente cabe no futebol atual, no qual os scouts têm muito peso na formação da equipe, e a propósito, várias foram as ocasiões em que elencos de craques foram derrotados por equipes ajustadas. Porém, no tempo do Saldanha, jogadores capazes de desempenhar várias funções, em vários setores do campo e com capacidade de organização eram verdadeiros supercraques, como também hoje e estratégicos na formação e atuação da equipe. Saldanha também sustentava que não existe craque burro, o que também concordo que seria uma impossibilidade. É certo que a falta deste jogador em campo faz com que jogadores venham a usar a camisa amarela em total desacordo com a sua história, bem como treinadores sem capacidade irem para o banco, ao ponto de Neymar achar que tinha vaga em alguma das formações campeãs do Brasil.
Toda essa conversa, só pra justificar a escalação de Marinho no meio-campo!
Bom dia, Blog!
Apenas para entrar na brincadeira, resolvi montar o meu time, mas, infelizmente, não vi nenhum desses jogadores atuando. Então, montei pela identificação, histórias que ouvi e pelo carinho que sinto por eles.
Manga
Mauro Galvão e Leônidas
Carlos Alberto e Nilton Santos
Zagalo Didi Jairzinho
Heleno de Freitas, Carvalho Leite e Garrincha
Técnico: Nicolas Ladanyi
Esquema: 4-3-3
PS: Após alguns jogos teríamos pedidos de FairPlay por parte dos adversários e da mídia.
Rui, também procuro não extrapolar muito estas comparações em contextos tão diferentes. Levar em conta apenas a qualidade técnica ou o número de conquistas não são critérios suficientes. Porém entendo que os verdadeiros gênios conseguem ser reconhecidos muito além de seu tempo. Esta genialidade começa a ser percebida quando um indivíduo de determinado campo de atividade passa a ser comparado com gênios de outras atividades ou pelo reconhecimento universal: Pelé, o rei; Garrincha, o Charles Chaplin. Assim como no futebol, passei a adotar outros critérios para comparar elementos de diferentes épocas, quando surgem estas discussões sobre quem é o melhor ou o mais importante nos esportes, nas artes, na ciência, entre os estadistas, etc. Eu procuro ver qual foi o avanço e a contribuição que cada um trouxe para sua atividade. Mas isso também vai ter seu grau de subjetividade porque a genialidade desperta paixões e reações que dependem do contexto. Acho que isto é apenas uma fala superficial, exatamente por envolver paixões. Então pra falar "apenas" de futebol, por um lado, concordo inteiramente contigo. E por outro, tenho certeza que o meu Botafogo dos sonhos ganha até do escrete húngaro do Armando Nogueira!
Na verdade eu sempre tive discordâncias com João Saldanha. Aprecio-o pela sua rude frontalidade, mas não como treinador e menos ainda com as suas diatribes (o caso Manga é apenas um de muitos exemplos).
Saldanha teve três temporadas como treinador (algo que nunca fora antes) e dava mãos largas (ou pés) aos jogadores porque os considerava "craques que se arrumavam", mas na verdade conquistou apenas o campeonato de 1957 prvavelmente devido à surpresa que foi, porque embora tendo ao seu dispor Nilton Santos, Garrincha, Didi, Pampolini, Édison, Paulo Valentim, Dino Costa, Quarentinha e outros tantos outros não ganhou mais nada no Botafogo e saiu em litígio com a melhor diretoria do Botafogo de todos os tempos, a de Paulo Azeredo. E boicotou o Clube na comunicação social.
Admito até que se tivesse sido o treinador do Mundial de 1970, em vez de Zagallo, não teríamos sido tricampeões do mundo. Zagallo ajustou a equipe com muita sageza (foi dos pouco grandes treinadores brasileiros, em minha opinião).
Além da influência dos scouts que o Ronaldo menciona, e bem, as equipes de futebol são cada vez mais táticas e o peso do treinador é decisivo. É notório equipes de craques perderem campeonatos e equipes sem craques, com inovações táticas, vencerem. As últimas ousadias táticas e o poder da mente do nosso inominável ex-treinador campeão Brasileiro e da Libertadores deram-nos os títulos que nas circunstâncias em que foram conquistados nenhum treinador que passou pelo Botafogo neste século seria capaz de o fazer. É só um exemplo; outro exemplo é a campanha de Vojvoda no Fortaleza. Hoje um treinador é tão decisivo com os melhore momentos de inspiração dos craques.
Abraços Gloriosos.
É verdade, Ronaldo, na tentativa de se comparar contextos tão diferentes, é como diz: "adotar outros critérios para comparar elementos de diferentes épocas". Embora eu pense que talvez nem valha a pena comparar jogadores de épocas tão diferentes, porque foi muito saboroso ter visto Pelé e Garrincha, como Maradona e Zidane, como CR7 e Messi. Foram tão grandiosos que atribuir o nº 1 ou o nº 20 é mais ou menos indiferente. Puskas, Di Stéfano, Beckenbauer, Yashin, Cruyff, Platini, Ronaldinho Gaúcho...
Abraços Gloriosos.
Bem visto, Dinafogo! Surpreendente a sua Seleção, sobretudo por buscar dois atores fundamentais dos títulos cariocas da década de 1930: Carvalho Leite e Nicolas Ladanyi. O Nicolas foi uma opção revolucionária de Paulo Azeredo para sucessão de Charles Williams.
Porém, como formou a Seleção que não viu, desafio-o a escalar uma equipe com os atletas que já viu jogar
Abraços Gloriosos.
Rui, com certeza tomarei mais cuidado com o uso da expressão "os craques se arrumam". Mas creio que ela ainda serve nos ligas e certames de pobreza tática, onde a qualidade técnica pode se impor. No tempo do Saldanha as funções eram restritas ao número da camisa, com intensidade de marcação muito menor. Então era como nas peladas onde você escolhe os melhores para o seu time. Tem um exemplo do Zizinho, quando chegou ao São Paulo na semana de um clássico em 57. Perguntou como estavam os companheiros e como eles jogavam. Depois de informado, se disse pronto para o jogo. E venceu.
O Saldanha até podia ter vencido a copa, mas nunca veríamos o gol de Carlos Alberto.
Por fim a disparidade com os técnicos daqui é tão grande que o técnico do Braga só precisade 7 meses pra ganhar os dois campeonatos mais importantes. Isto parece confortar Jonh Textor, mas é bom não abusar.
Gostei demais da lembrança do húngaro. Vou inclui-lo nas minhas próximas escalações
👍👍👍
Sim, Ronaldo, nas Ligas mais modestas a individualidade é mais evidente e um bom atleta pode fazer um gol quase sozinho, por inspiração, enquanto em Ligas evoluídas o craque pode decidir, mas geralmente fá-lo no âmbito de uma jogada coletiva.
O caso Zizinho é realmente muito interessante no context da época.
Quanto à disparidade de técnicos veja como brilharam técnicos portugueses praticamente sem currículo: L. Castro, A. Ferreira e A. Jorge. O 1º demorou um puco mais e saiu a meio do sucesso, mas os outros dois - claramente sem currículo - conquistaram de caras campeonatos brasileiros e Libertadores a estilo "veni, vidi, vici". E o melhor dos portugueses, embora longe dos treinadores de topo, Jorge Jesus, num ano ganhou. Isso mostra bem o nível de qualidade dos treinadores brasileiros.
Atualmente, os técnicos portugueses que vejo mencionados para o Botafogo são de gama média e média baixa - e mesmo assim quem sabe se não serão capazes de outras conquistas. Discordo totalmente dos nomes que tenho lido porque um campeão da Libertadores merece um técnico de mais elevada craveira.
Abraços Gloriosos.
E o "menino" de 15, 16, 17 anos, que estagiou no América de Natal e chegou ao Botafogo e selecionado nacional: Nilo Murtinho Braga? (Rsrs)
Vanilson, quando o Dinafogo mencionou o Carvalho Leite imediatamente veio à minha mente o Nilo. Eu sempre gostei das descrições de desempenho do Nilo nos jornais e certamente faz parte de uma das cinco Selefogo de craques que podemos montar. Apesar da pequena estatura era muito corajoso e um artilheiro de grande área, mas entre nomes como Carvalho Leite, Heleno de Freitas, Jairzinho, Quarentinha, etc., o 'menino' não consegue eleição numa 1ª Seleção. Do meu ponto de vista, mesmo numa Seleção 1900-1951, creio que ainda teria pela frente Carvalho Leite, Leônidas da Silva e Heleno de Freitas.
Noo entanto, indiscutivelmente foi um ´pequeno' grande jogador de futebol!
Abraços Gloriosos.
Rui, ainda há uma variação deste tema surge em função da recente discussão sobre a inclusão de novas figuras em um futuro muro dos ídolos, já que as reformas da UFRJ, em frente à sede de colonial, derrubou o antigo. Então, quais seriam os nomes incluídos em um time dos mais identificados com a torcida. No muro antigo apreciam Flávio Ramos e Loco Abreu, com o que concordo inteiramente. Mas lá também estava Seedorf, sem dúvida um craque, mas não acho que tenha se tornado um ícone para os alvinegros. Será que já haveria nomes de 2024 neste time?
Ronaldo, eu considero que 'craque' e 'ídolo' são coisas diferentes, que em alguns casos coincidem (N. Santos e Garrincha são craques e ídolos). Concordo com Flávio Ramos e Loco Abreu, mas também discordo de Seedorf. Os dois primeiros, que não me parecem ser 'craques' no sentido artístico da palavra, mas são ídolos; Seedorf é claramente craque, mas não teve a oportunidade de ser ídolo.
Avaliar ídolos de 2024 é tão difícil!... Foi tudo tão rápido; uns chegaram rapidamente e alguns também partiram rapidamente. Creio que o técnico, Savarino, Gregore, Luiz Henrique, Júnior Santos e a zaga titular se destacaram, mas o único que vejo, para já, que pode ser ídolo é Júnior Santos. Tem passado no clube, tem caráter, foi figura central nas fases de qualificação, recuperou da lesão, tornou a ser útil no Brasileirão e assinou o gol mais arrepiante da história do Botafogo.
Outros que poderiam ser ídolos, além de JS, creio que, para uma melhor avaliação, dependem do que fizerem em 2025. Por exemplo, Gregore, Savarino, Igor Jesus e até Marlon Freitas pelo seu papel de líder, ainda podem mostrar muito futebol e viverem momentos que os consagrem como ídolos.
No entanto, acredito que estamos ainda muito a quente para novas escolhas. Em minha opinião, entraria JS mas não entrariam nem Luiz Henrique nem o ex-técnico, porque foram tão rápidos a chegar como a partir - não chegaram a ser 'Botafogo'. Creio que não nos devíamos precipitar e a própria torcida avaliar, segundo critérios bem definidos, e com tempo, quem pode ser acrescentado.
Abraços Gloriosos.
O time manteria boa parte dos jogadores contemporâneos, mas teria o acréscimo de três jogadores.
Jefferson ( Capitão)
Bastos e Barboza
Vitinho e A. Telles
Marlon e Gregore
LH, Seedorf ( Batedor de faltas) e Almada
Loco Abreu ( Batedor de Pênaltis)
"Reservas"
Gatito
Carli
Juninho
Marçal
Cuiabano
Maiconssuel
Lúcio Flávio
Lodeiro
Savarino
Leandro Guerreiro
Dodô
Júnior Santos
Treinador: AJ
Nesses anos todos que torço pelo Botafogo, pude ver muitos talentos individuais e, às vezes, coletivos vestindo a camisa alvinegra. Infelizmente, os momentos ruins e as más administrações mancharam algumas histórias e impediram que nomes fossem alçados ao Olimpo botafoguense.
O time que me marcou antes do time campeão da Libertadores e Brasileiro (o qual considero o maior Botafogo do século) foi o Carrossel Alvinegro. Era viciante ver as faltas de Juninho, que quase sempre terminavam dentro da rede, ou apreciar os dribles de Maicosuel (inesquecível aquele lance contra o Juan). Dodô, com seus gols bonitos, também dava gosto de ver aquele time jogar. Naquela época, tinha um fascínio pelo Cuca e achava o uniforme alvinegro muito bonito. Em uma época onde tínhamos tão pouco, aquele time, mesmo sem ganhar, fez muito — coisas boas e ruins, principalmente a provocação do rival, originada de um jogo, digamos, "polêmico", o qual os jogadores botafoguenses reclamariam com razão.
Também, posso falar de alguns nomes individuais que não tiveram o mesmo sucesso coletivo do Carrossel. Por exemplo, gostava muito do Renato Cajá, porque sempre adorei bons batedores de faltas. Tenho gratidão ao Jobson pelo que fez naqueles jogos contra o Palmeiras e o São Paulo, que nos livraram do rebaixamento. O criticado e depois reverenciado Rafael Marques, que acabou como artilheiro de 2013 — aliás, aquele é outro time que, coletivamente, me agradou muito. O time de 2017, pela raça, humildade e superação. O menino Igor Rabello, que era o nosso general e sempre presenteava com gols de cabeça. Enfim, muitos nomes.
São tantos momentos que somente posso dizer ao Botafogo: gratidão por tudo. Um privilégio torcer para o gigante alvinegro.
O Botafogo, ao longo da sua história, teve em seu panteão muitos craques e ídolos, alguns sendo os maiores do mundo, e é por isso que temos tanta dificuldade de montarmos um time dos sonhos com tantas opções. Contudo, acredito que, para ser ídolo, dependem de muitos fatores, como o contexto histórico, os feitos, o tempo no clube, as conquistas dentro e fora de campo, e a relação com a torcida.
Eu considero ídolos alguns nomes dos primórdios por terem fundado o Botafogo e colaborado para os primeiros feitos do clube. Os nomes de Luiz Caldas (fundador do clube de Regatas), Flávio Ramos (idealizador do futebol e o nosso primeiro artilheiro), Emmanuel Sodré (idealizador junto com Flávio), Abelardo de Lamare (artilheiro da competição de 1910, que nos deu o apelido de Glorioso e responsável por três gols contra o rival tricolor), Mimi Sodré (presidente, artilheiro, fez gol contra o rival na inauguração do estádio General Severiano e um dos nossos primeiros craques na seleção), Luiz Menezes (craque e artilheiro da década de 1910).
Na década de 30 temos Nilo Murtinho Braga (fez 4 gols na inesquecível goleada de 9 x 2 contra o urubu, 5º maior artilheiro do alvinegro, fez parte do lendário time que conquistou o tetra carioca) e o lendário Carvalho Leite (segundo maior artilheiro da nossa história, doze anos de Botafogo, médico do clube, três artilharias). Além desses dois ídolos, essa geração da década de 30 teve inúmeros craques, inclusive 9 atletas foram cedidos à seleção em 1934.
A década de 50 e 60 surgiria com os nossos maiores craques e ídolos. Uma geração fantástica, que marcaria para sempre o nosso clube. Em meio a tantos jogadores lendários do futebol mundial, para mim, merecem destaque e dispensam comentários Manga, Garrincha, Nilton Santos, Didi, Jairzinho, que, na minha opinião, devem fazer parte de qualquer time dos sonhos do alvinegro. Sempre com Nilton Santos com a braçadeira de capitão.
Ninguém simbolizou melhor o sentido da palavra ídolo do que Nilton Santos, exemplo de lealdade, identificação, conquistas, respeito, e o único capaz de se colocar no mesmo patamar que Mané.
Ao longo das décadas seguintes, muitos nomes foram alçados ao patamar de ídolos por seus feitos. Maurício e sua geração em 89, Túlio e companhia em 95, Carlos Alberto Torres e os heróis de 93, os brilhos e a identificação individual de Jeferson, Loco Abreu, Gatito, Carli e outros na década de 2000.
Como podemos observar, a idolatria é construída por feitos marcantes, mas nem sempre serão suficientes para criar um lugar cativo. Será necessário também a lealdade e o carisma com a torcida. Além disso, gols e momentos inesquecíveis em clássicos fazem parte desse folclore. A maneira como o jogador sai do clube também. A importância dos títulos idem.
Nas primeiras décadas, era comum que jogadores passassem longos anos em seus respectivos clubes, sendo que, às vezes, eram até formados nas categorias de base. Contudo, com o passar do tempo, isso ficou para trás e os jogadores começaram a precisar conquistar a torcida mais pelos títulos e episódios memoráveis do que pela lealdade.
O futebol moderno aprofundou mais ainda a questão do amor ao clube, pois, neste modelo futebolístico, as cifras estão acima de tudo e os jogadores mudam-se muito rápido ou possuem uma relação mais fria com a torcida. A era SAF é um exemplo claro disso, onde os jogadores chegam ao clube já comprometidos com outras equipes e são avaliados por um olhar profissional, bem distante do romantismo de décadas passadas.
Concluo dizendo que, para mim, o time de 2024 será lembrado mais pelas conquistas históricas e de forma coletiva, do que por uma identificação individual com alguém. Se tivesse que escolher, diria que Barboza, Bastos, Gregore, Marlon Freitas e Savarino criaram uma relação muito boa com a torcida e poderão aprofundar mais ainda, já que permaneceram no clube para 2025. Por outro lado, LH é muito craque, conquistou prêmios individuais incríveis e acho até que poderia ser um dos maiores aqui, mas saiu rápido e teve uma relação mais profissional do que de amor. Mas é inegável a sua seriedade, habilidade, respeito com a camisa e impacto. Por isso merece reconhecimento, e não acho exagero colocá-lo como ídolo, pelo contexto geral. Confesso que gostei muito de fazer o Pantera jogar.
Acredito que a era SAF mudará nossa concepção de ídolo e será cada vez mais complicado eleger alguém, pelo conjunto que citei acima, e teremos que ser mais criteriosos.
PS: Não considero Seedorf ídolo, mas um grande craque. Poderia ter sido se tivesse ficado mais tempo ou em um momento melhor do clube. A sua personalidade também dificultou um pouco.
Dinafogo, tenho que pensar melhor que equipe - e/ou esquema tático - seria a minha de século XXI (embora eu escolhesse provavelmente 9 dos atletas titulares que mencionou), porque quanto a mim Savarino (emmimha opinião o nosso 'motorzinho' de 2024) não deve ficar fora dessa Seleção. A quantidade de gols e assistências feitos em tão pouco tempo é recorde do século XXI na equipe do Botafogo. Foram 20 e tantos gols!
Outro aspecto: sou incondicionalmente fã do 'El Loco' Abreu. É o meu ídolo maior do século XXI , mas não é um craque nem propriamente 'jogador de equipe', mas sim finalizador. Então, uma Seleção de séc. XXI precisaria de quem arraste as zagas, e quem o fez melhor foi Júnior Santos.
Talvez eu fosse para um 4-4-2 com Savarino no lugar de Marlon Freitas, Seedorf fora devido a estar em fim de carreira e JS em dupla com Abreu.
É polêmico, eu sei, e devíamos definir critérios para comparar opiniões. Por exemplo, imagine que um dos critérios é incluir apenas jogadores que estivessem no Botafogo pelo menos dois anos. Imagine-se que Messi ou CR7 viriam para o Botafogo por seis meses ainda não estando em fim de carreira. Mereceriam fazer parte da equipe do Século XXI mesmo com títulos? Então, mem LH nem Almada, nem outros por nós selecionados estariam em condições de figurar, mas, por exemplo, Carli, Lodeiro ou até o Dodô (pessoa de que não gosto, mas bom jogador), poderiam ter lugar.
Polêmico?... Sim! (rs)
Abraços Gloriosos.
O Carrossel Alvinegro tinha uma virtude e um problema concentrado na mesma pessoa: Cuca. Este sujeito montava um futebol de ataque muito bonito e, simultaneamente, péssimos esquemas defensivos. Por isso é tivemos inúmeros empates por 2x2 (depois de estarmos ganhando por 2x0), por 3x3 e até por 4x4 (contra o Vasco, se não me engano). Além fazia 'panela' dentro da equipe com alguns jogadores e apoiado pelo irmão Cuquinha. Sempre o combati pela razões profissionais expressas e pelas falhas de caráter. A culpa da derrota por 4x2 na Argentina contra o River Plate,após vencer 1x0 no Engenhão, foi unicamente por culpa dele, que após estar a vencer por 2x1 em Buenos Aires, achou que o agregado 3x1 estava garantido e mandou a equipe recuar, e então tomou 3 gols. A torcida que o idolatrava culpou os jogadores por terem 'sapato alto'. Grande injustiça. Cuca teve erros estratégicos e táticos colossais e ainda foi, com o seu perfil fatalista, o autor principal do 'chororô' que deu aso a que os adversários ainda hoje façam o gesto quando certos energúmenos marcam gols na nossa baliza. Fora isso, essa equipe de 2007-2008, a equipe de 'El Loco' Abreu e de Seedorf e a equipe de 2024, foram as que melhor futebol mostraram.
Merece ainda uma nota a equipe de 2017 de Jair Ventura, que não jogando bonito deu-nos imensas alegrias, sobretudo na Libertadores. Até o Rodrigo Pimpão conseguiu igualar o registro de gols (5) do grande Jairzinho na Liberta! (rs)
Abraços Gloriosos.
Concordo totalmente consigo, Dinafogo! Em minha opinião, em termos dos critérios que mencionou para definir um ídolo (já que a definição de craque merece critérios não coincidentes), eu diria que há 3 atletas principais aptos: Flávio Ramos, Carvalho Leite e Nilton Santos. Todavia, há que realçar que o maior de todos, mesmo não cumprindo todos os critérios que considero importantes para a figura de 'ídolo', é Garrincha. Se o Botafogo se tornou mundial nas suas excursões e na Copa de 1962, deve-o exclusivamente a Garrincha, a única figura que fazia parte obrigatória das cláusulas dos convites para o Botafogo jogar no exterior.
Abraços Gloriosos.
Porém, com tantos craques e ídolos, quantas Seleções de elevado nível poderíamos montar? Algumas, certamente... E o Santos fica bem atrás de nós, que teve em Pelé a sua figura máxima, mas Pepe, Coutinho, Mengálvio, etc., nunca jogaram Copa do Mundo, foram apenas reservas e por isso não deviam ser considerados campeões - campeão que não joga não existe. O Santos tem bastante menos atletas tricampeões que realmente jogaram as fases finais (1958-62-70) do que o Botafogo. Botafogo e Santos, com Garrincha e Pelé, foram 'top' no futebol mundial, juntamente com o Real Madrid de Puskas e Di Stéfano, mas o Botafogo foi mais do que o Santos, já que não precisou de ganhar uma Libertadores para ser famoso.
Abraços Gloriosos.
Concordo consigo, Dinafogo, com ressalva da personalidade. O que ele quis impor foi um Botafogo profissional, mas o plantel não tinha jogadores verdadeiramente profissionais ao nível das exigências do futebol europeu a que Seedorf se habituara como múltiplo campeão europeu. Aprecio muito o goleiro Jefferson (o melhor do séc. XXI juntamente com Gatito - e indiscutivelmente ídolo), excepto no que respeita a ter sido um grande - ou o maior - obstáculo a Seedorf dentro do Clube, incluindo declaração pública de Jefferson criticando as exigências atitudinais e comportamentais de Seedorf. Na verdade, a equipe teve sucesso não porque, na minha perspectiva, o fraquíssimo Osvaldo Oliveira a treinasse bem, mas porque era Seedorf quem a orientava em campo e a chamava à responsabilidade nos treinos. Se Seedorf tivesse chegado mais novo ao Botafogo e respaldado pela Diretoria aquela equipe podería ter sido, em minha opinião, campeã brasileira. Seedorf chegara para isso mesmo, mas não conseguiu e saiu desiludido.
Abraços Gloriosos.
Boa noite. A eleição do melhor onze de todos os tempos sempre será complicada e natural haver alguma discordância de qual time final. Contudo, uma situação dessas eleições do Botafogo sempre me intriga. Por que o defensor Waltencir é pouco (ou nunca é) lembrado? Jogou tanto de zagueiro como nas duas laterais, bicampeão carioca 67/68 e da Taça Brasil 68 e é o quarto jogador que mais vestiu a nossa camisa, sendo superado pelo Jefferson há pouco tempo. Ser lembrado para fazer parte da lateral-esquerda, com as concorrências pesadas de Nílton Santos e Marinho Chagas, é complicado. Poderia ser lembrado como zagueiro, até. Mas por que não ser mais lembrado na direita? Não discuto a qualidade do Carlos Alberto Torres, mas particularmente me incomoda ele ser uma unanimidade sendo que jogou apenas uma temporada (1971) vestindo a camisa do clube.
Você saberia nos dizer o por quê do Waltencir ter pouco reconhecimento na história do clube?Um abraço.
É realmente muito difícil escolher uma Seleção dentre uns 30 ou 40 grandes craques.
Quanto ao Valtencir não sei exatamente por que razão nunca é mencionado, mas desconfio. Quarentinha, maior artilheiro do Botafogo, é raramente mencionado, e Nilo, o 5º maior artilheiro nunca é mencionado. Há outros nessas circunstâncias. Eu admito que se relacione com o perfil muito discreto desses craques, que não alinhavam em jogar com exuberância, ao contrário de Nilton Santos ou Marinho Chagas, com perfis pessoais muito vincados. Talvez seja por aí que as menções a Valtencir escasseiem. Geralmente é lembrado pela tragédia da sua morte.
Abraços Gloriosos.
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