quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Narrativas de emoção e glória (X): 2024, o ano da reconquista do Botafogo

por Marlon Araújo | Blog do Marlon | gazetaweb.com

«Entre as tantas paixões de Nelson Rodrigues, uma delas tinha cores bem definidas: o preto e o branco. “O Botafogo é o único clube que resiste às fatalidades do tempo”, dizia o mestre, que enxergava nos jogos do Glorioso uma experiência para além do futebol. Ele via poesia, paixão, uma celebração da arte e da vida humana. De Garrincha, o anjo torto que desafiava as leis da física, a Nilton Santos, a enciclopédia em movimento, o Botafogo sempre foi para seus torcedores um símbolo da existência: cheia de altos e baixos, tragédias e resiliência.

Em 2024, o Botafogo reassumiu um protagonismo que parecia distante há quase três décadas. Campeão brasileiro após 29 anos, o Glorioso fez história ao também conquistar a Libertadores no mesmo ano. Um feito raro, que apenas o Santos de Pelé, em 1962 e 1963, e o Flamengo de Jorge Jesus, em 2019, haviam conseguido. Os 79 pontos na campanha do Brasileirão e a solidez na América do Sul são a marca de um time que resgatou a essência botafoguense: a luta, a magia e a capacidade de renascer.

A derrota para o Pachuca na Copa Intercontinental, porém, trouxe reflexões. Mais do que um tropeço em campo, o resultado expôs a precariedade do calendário brasileiro, que força clubes a enfrentar maratonas desumanas de jogos, sem descanso adequado. O peso dessa derrota recai muito mais sobre a CBF, incapaz de organizar uma agenda que proteja seus representantes em competições internacionais, do que sobre o Botafogo.

Ainda assim, essa queda não apaga os feitos do ano. Ao contrário, reforça a humanidade do futebol, onde até os gigantes tropeçam. O título brasileiro e a glória continental de 2024 devolvem ao Botafogo o respeito e o orgulho de sua história. Foram presentes que permitiram à torcida alvinegra gritar “é campeão” com convicção e emoção.

Se Nelson Rodrigues estivesse entre nós, certamente enxergaria no Engenhão o palco de um destino inevitável: o de ser eterno, glorioso e inapagável

Fonte: https://www.gazetaweb.com/blogs/blog-do-marlon/2024-o-ano-da-reconquista-do-botafogo-795506

2 comentários:

Sergio disse...

Mais uma narrativa que mostra o quanto ser torcedor do Botafogo é especial. Com título.ound título, torcer para esse clube é algo incrível. Abs e SB!

Ruy Moura disse...

Com título ou sem título a dedicação do torcedor botafoguense sempre foi impressionante porque um clube não se faz apenas de títulos, nem sobretudo de títulos, mas de tradições, de conduta social, de respeito desportivo, de ética e de prestígio. E isso sempre tivemos desde as fundações do CR Botafogo e do Botafogo FC. A fusão do futebol e do remo em Botafogo FR ainda reforçou mais duas histórias magníficas fundidas numa só. Um Clube sensacional!

Abraços Gloriosos.

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