
A LIBERDADE é o maior bem da humanidade, por isso fui militar de Abril e participei na maravilhosa revolução portuguesa, apenas cinco anos após regressar do Brasil.
Vivi o início da ditadura brasileira e o fim da ditadura portuguesa e considero que a submissão é uma ignomínia!
Vivi o início da ditadura brasileira e o fim da ditadura portuguesa e considero que a submissão é uma ignomínia!

Liberdade para todos os povos do mundo!
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13 comentários:
25 de Abril sempre!
Obrigado capitão.
Leonel.
Abração, Leonel!
Viva a Libedade e o Botafogo!
Rui,
E VIVA A LIBERDADE E VIVA O NOSSO BOTAFOGO!!!
Se for possível informe endereço que possua as músicas que foram a senha para o início da Revolução dos Cravos (Grândola e Vila Morena).
Abs e Sds, BOTAFOGUENSES!!!
Gil, a senha da música 'Grândola Vila Morena' foi senha do 25 de Abril e obra de um dos maiores criadores portugueses, Zeca Afonso. Segue o endereço do repertório completo dele.
http://jose_afonso.hipermusicas.com/grandola_vila_morena/
Abraços Gloriosos!
Olha Rui, mas no Brasil a ditadura deixou sequelas que não faço ideia de quando serão sanadas.
Os partidos políticos antes representavam linhas políticas absolutamente definidas e diferentes, pelo menos os partidos nacionais.
De forma geral, o indivíduo tinha um discurso político e quando chegava ao poder na medida do possível o aplicava, concordemos ou não com ele.
A despolitização da população (especialmente os jovens), o fisiologismo dos partidos, a decadência do Congresso, nº de estados muito grande, desproporção na câmara dos deputados (no voto para deputado federal, não vale a máxima "cada eleitor um voto", pois os votos têm pesos diferentes), tudo isso são heranças da ditadura.
A cada escândalo, cresce entre a população a equivocada (cada vez mais difícil de ser combatida) ideia de que "todos os políticos são iguais". Entretanto, esse indivíduo que diz isso, é o mesmo que vota em alguém porque o conhecido indicou, porque fez obra no campinho, arrumou alguma coisinha pra alguém, etc.
Há os filhotinhos da ditadura que cresceram e viraram monstros. Nas comunicações, TV Globo, Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, Veja... Todos viveram anos dourados na ditadura.
O primeiro presidente civil pos-ditadura foi José Sarney, um filhote dessa ditadura. Tivesse Tancredo perdido a eleição (?) e seria Paulo Maluf, que não merece comentário.
Depois ainda tivemos FHC, que vive retumbando que foi perseguido, o que é uma grande mentira. Esse falsário lecionou por pouquíssimo tempo e era bancado pela Fundação Ford. Tanto que foi candidato em 1989, quando os opositores estavam mortos, presos, clandestinos ou exilados. No mínimo cassados. Logo, se ele foi perseguido, como foi candidato (derrotado, claro) a senador em 1978?
Só para lembrar: os EUA liberaram documentos provando qeu de fato a Fundação Ford era um dos braços da CIA, e atuava apoiando gente que ela via com bons olhos para os interesses estadunidenses, como FHC.
E mais. O vice de FHC era o sinsitro Marco Maciel, outro filhote da ditadura. Caramba, sobrevivemos a 8 anos dessa dupla.
Rui, sinceramente, aqui não podemos ainda dizer que estamos livres daquela época.
Mas sabe que as ditaduras de Franco e Salazar são muito surpreendentes para mim? Porque são países importantes da Europa ocidental, e admitir ditaduras em países como Portugal e Espanha no pós-guerra é muito estranho.
Na América, há o problema EUA, o país envolvido direta ou indiretamente em qualquer guerra ou conflito pelo mundo. E há o efeito dominó. Por aqui acontece em um e vai acontecendo nos outros.
Duas historinhas sobre o encontro de JK com Salazar.
De Sebastião Nery, que costuma fazer alguma introdução com um pequena historinha política de tempos remotos como paralelo de alguma situação atual:
"SALAZAR
- “Na véspera de sua partida, Juscelino ofereceu um grande banquete no palácio de Queluz, seguido de recepção. Um colega que acabara de chegar da Guatemala, Jorge Alberto Nogueira Ribeiro, recolhia os convites e entregava a seus portadores um pequeno cartão com o lugar à mesa.
Um senhor grisalho e discreto, sem condecorações na casaca e que entrara na sala sozinho, aproximou-se de Jorge Alberto, cumprimentou-o e encaminhou-se para a mesa do banquete. Jorge saiu atrás dele:
- Senhor, senhor, deixe-me mostrar onde estará sentado.
- Eu sei onde é o meu lugar”.
O senhor era Salazar."
Aliás, essa coluna do Nery vale uma lida. Ele usa essa historinha como paralelo para a vergonosa votação (especialmente do senador pelo RJ Marcelo Crivella) do caso Renan Calheiros no Senado:
http://www.jornalpequeno.com.br/2007/9/18/Pagina64196.htm
De Helio Fernandes, que viajou o mundo cm JK, e nem por isso perdeu a independência que lhe permitiu ser um dos maiores críticos do governo JK:
"Em 1955, Juscelino foi eleito presidente. Viajou pelo mundo, depois dos dois golpes de 11 de novembro. (Sempre existem dois golpes, um vitorioso e que chega ao Poder, o outro, derrotado, que não chega ao Poder ou até mesmo perde o Poder que desejava mais amplo).JK conversou com reis, rainhas, presidentes, primeiros-ministros, até ditadores.
No dia 2 de janeiro de 1956, foi recebido por Antonio Salazar no belíssimo palácio de Queluz. Em determinado momento, no jardim, 1 minuto sozinhos os dois presidentes, este repórter ao lado.
Salazar, que era ditador mas também professor de Economia da Universidade de Coimbra, disse para Juscelino: "Presidente, se o senhor quiser governar sem aborrecimentos maiores, não recorra ao FMI nem faça reforma cambial". Chegou gente, JK perplexo, não pôde perguntar a razão do conselho.
A comitiva de JK nessa viagem era composta de 5 pessoas com funções. Como convidado, apenas este repórter. No carro, Juscelino me perguntou: "Helio, o que o presidente Salazar queria dizer?". E eu, com a maior naturalidade: "Presidente, não precisa nem de interpretação, tem que governar de dentro para fora e não o contrário". Minha convicção, total já nesses distantes 52 anos."
Fernando, quanto ao 1º comentário, penso que Portugal melhorou muito. Era um país pobre e atrasado, país de emigrantes, de gente submissa à ditadura. Não havia boa sestradas, o interior encontrava-se isolado, a comunidade internacional condenava-nos e ainda fazíamos uma estúpida guerra em África que durou 13 anos. Salazar não aprendeu com as humilhações de Goa, Damão e Diu nem de Macau e anda se meteu nessa guerra brutal.
Tudo isto se foi. É um país moderno, 0 29º do mundo em índice de desenvolvimento humano - o índeice mais rigoroso que mede o desenvolvimento.
Mas, creio, falta uma coisa muito importante, que, aliás, falta a todo o mundo lusófono - MENTALIDADE. As ditaduras de Portugal e do Brasil penetraram as mentalidades e fizeram-nas pequenas. Ainda são pequenas em grande parte da população. Esse é o desafio do futuro - MODERNIZAR A MENTE. Ela também se moderniza...
Quanto ao 2º comentário, deve-se ter e conta que Portugal cedeu volfrâmio à Alemanha, mas cede a base das Lajes -essencial na guerra - aos americanos. Salazar era muito inteligente, apesar de não ter nenhuma visão, e cmandava a política espanhola, tendo sido ele que apoiou, segurou e fez vencer os fascistas espanhóis. Os dois países beneficiaram de estarem situados aquém Pirinéus, e a barreira geográfica era importante na altura como meio de comunicação. Fisicamente, as duas ditaduras ficaram isoladas. E, por outro lado, Salazar e Franco não gostavam de Hitler e de Mussolini. Associado a isto a questão da base de Lajes, Salazar conseguiu conter a modernidade democrática e 'fechar' a península ibérica. Veja que quando uma ditadura acabou, a outra terminou logo a seguir. Uma não vivia sem a outra.
3º comentário.
O problema é que todos os comentários de Salazar, por mais inteligentes que fossem, fundavam-se sempre no provincianismo, no isolacionismo e n individualismo. Veja que governar de dentro para fora é uma coisa boa. Portanto Salazar pensava bem. Só que Salazar discerniu sempre mal. Pensar de dentro para fora na mente dele era isolar o seu ruralismo da modernidade necessária, era manter Portugal não industrializado, era colidir com os empresários não os deixando investir, era manter reservas de ouro enormes no Banco de Portugal sem investimento. Quer histórias de Salazar?... Tenho muitas, porque estudei o período salazarista. Veja esta e perceba a mentalidade que foi induzida no povo português:
Salazar vivia no Palácio de São Bento e tinha Maria, a sua governanta fidelíssima até à morte. Maria tinha uma capoeira de galinhas (!!!) nos jardins do palácio. Os ovos das galinhas alimentavam a mesa de Salazar. Os ovos restantes eram vendidos para uma mercearia local e a receita entrava nas receitas do Estado!!!
Coisa visionária e moderna, não acha, Fernanda?...
Abraços Gloriosos!
Perdão. Queria dizer:
Coisa visionária e moderna, não acha, Fernando?
Rui amigo,
Eu sabia que algures no tempo eu tinha razão para ser seu amigo e agradecer-lhe de todo o coração ajudar-me a conquistar o futuro dos nossos filhos melhor do que tinha sido a herança dos nossos Pais.
Obrigada e... 25 de Abril SEMPRE!
25 DE ABRIL SEMPRE!
Beijos, Tite!
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