Há 25 anos atrás os três maiores clubes do futebol português –
Sporting, Benfica e Porto – não tinham estrangeiros nos seus plantéis. Os
estrangeiros surgiam esporadicamente no futebol português. Hoje, considerando
os titulares habituais dos três clubes (11+11+11), existem 10 portugueses e 23
estrangeiros. Os hispânicos (10) e os brasileiros (8) são preponderantes.
Depois de ‘peneirar’ atletas no futebol brasileiro, os clubes
portugueses foram em busca do ‘tesouro’ nos mercados hispânicos (sobretudo
Argentina e Colômbia) e sérvio. Os africanos também começam a chegar ao futebol
português, designadamente argelinos.
Equipa titular do Sporting: Rui Patrício (Portugal); Cédric
(Portugal), Maurício (Brasil), Rojo (Argentina) e Jeferson (Brasil); William
Carvalho (Portugal), André Martins (Portugal) e Adrien (Portugal); Wilson
Eduardo (Portugal), Capel (Espanha) e Montero (Colômbia). Técnico: Leonardo
Jardim.
» Síntese: Portugueses (6); Brasileiros (2); Espanhóis (1); Argentinos
(1); Colombianos (1)
» Equipa titular do Benfica: Artur (Brasil); André Almeida
(Portugal), Luisão (Brasil), Garay (Argentina) e Sílvio (Portugal); Matic
(Sérvia), Ruben Amorim (Portugal) e Enzo Pérez (Argentina); Markovic (Sérvia),
Gaitán (Argentina) e Cardozo (Paraguai). Técnico: Jorge Jesus (Portugal).
» Síntese: Portugueses (3); Argentinos (3); Brasileiros (2);
Sérvios (2); Paraguaios (1)
Equipa titular do Porto: Helton (Brasil); Danilo (Brasil),
Otamendi (Argentina), Mangala (França) e Alex Sandro (Brasil); Fernando
(Brasil), Lucho (Argentina) e Herrera (México); Varela (Portugal), Jackon
Martínez (Colômbia) e Ghilas (Argélia). Técnico: Paulo Fonseca (Portugal).
» Síntese: Brasileiros (4); Argentinos (2); Portugueses (1);
Franceses (1); Mexicanos (1); Colombianos (1); Argelinos (1) [o único português
titular foi revelado pelo Sporting]
Em suma:
(a) Portugueses (10); Brasileiros (8); Argentinos (6);
Colombianos (2), Sérvios (2), Espanhóis (1); Franceses (1), Argelinos (1),
Mexicanos (1), Paraguaios (1) [dos 10 Portugueses, 7 foram revelados pela
Academia do Sporting]
(b) Europeus (14); Hispânicos (10); Brasileiros (8); Africanos
(1)
Além da sua Academia, eleita a 5ª melhor da Europa (e do
Mundo), o Sporting estabeleceu protocolos com o Santos Futebol Clube, de
Angola, para fundar uma Academia em Luanda e com o Real Cartagena, da Colômbia,
a fim de peneirar potenciais futebolistas colombianos. O português José
Dominguez já rumou para a capital colombiana com a sua equipa técnica,
inteiramente portuguesa, para treinar o Real Cartagena e peneirar atletas para
o Sporting Clube de Portugal.
Uma nota final, fora de tópico: considero que o Botafogo
deveria abrir-se mais aos mercados hispânicos, porque se é verdade que faltam
bons jogadores brasileiros a atuar no campeonato nacional, existem muitos e
bons atletas hispânicos que poderiam singrar no Botafogo, juntando-se à aposta
feita nas bases visando a revelação de jovens atletas.
2 comentários:
Não é só em Portugal. O Celtic foi campeão europeu (67, se não me engano) com todos os jogadores nascidos não apenas na Escócia, mas num raio de menos de 2km da sede do clube...
um abraço!
O grande Celtic! Lembro-me bem desse time e de outros Celtic's dos anos seguintes, Danilo. Depois do Celtic, quem fascinou a Europa foi o Ajax, que construiu uma dos melhores times de todos os tempos.
Eu não sabia dessa particularidade do título de 1967, mas fui pesquisar e lá está: todos os atletas nasceram num raio de 30 milhas.
Belos tempos do futebol!
Abraços Gloriosos!
Enviar um comentário