Dominique
Beaucant apreciou muito a apresentação que fiz do seu livro sobre Garrincha e
entrou em contato comigo. O texto do seu 1º e-mail dizia o seguinte:
“Caro
Rui
Tomei
consciência do ensaio, revisão e palavras maravilhosas que você fez domingo a
respeito do lançamento do meu livro, que apareceu em MUNDO BOTAFOGO. Eu
gostaria de agradecer do fundo do meu coração for falar tão bem sobre mim e
sobre o meu livro. Ninguém tem captado a verdadeira essência do que eu fiz e do
que este livro representa para mim do que o Rui, e por isso eu sou extremamente
grato a você por ter escrito esse artigo fantástico no site.
Entre
os que postaram comentários em sites na internet, apenas o Rui exibiu tanta
paixão, entusiasmo, respeito, admiração e idolatria por Garrincha como eu!
Será uma honra para mim oferecer-lhe um exemplar do meu livro. Este livro
representa tudo para mim e as receitas da sua venda não têm nenhuma
importância, porque concretizei o sonho que acalentei durante muitos anos de publicar
um livro que mostrasse o verdadeiro nível e grandeza de Mané Garrincha em vida.
Creio
ter conseguido oferecer ao público um trabalho inédito. Mais uma vez obrigado
pelas palavras maravilhosas que você falou sobre mim, Rui.
Deus
te abençoe e obrigado mais uma vez pelo que fez!
Muitas
felicidades e um grande abraço.
Dominique”
Recebi o
agradecimento de Dominique há uma semana e apresentei-o agora para que não
existam dúvidas sobre a relação de amizade que mantenho com Dominique desde
então e a justificação dos desabafos que se seguem.
Hoje,
bastante descontente com o conteúdo de alguns textos publicados acerca do seu
livro, Dominique desabafou comigo esse seu descontentamento. Por isso publico
agora os desmentidos do renomado autor, solicitando, a todos que lerem este
texto e tenham possibilidades de o divulgar, que o façam. O autor agradece. E
eu também agradeço, porque quem escreve um livro tão notável sobre Garrincha –
e eu estou ansioso por lê-lo e confirmar a obra-prima de coleção – merece a
nossa maior estima e consideração.
Eis os
termos do descontentamento de Dominique Beaucant:
- A família de Garrincha não me
forneceu dados, datas ou quaisquer outras informações sobre o atleta para
escrever o livro.
- Não reproduzi informações
contidas em livros sobre Garrincha para escrever o meu livro. A pesquisa foi
diretamente realizada por mim e recorri, entre outras fontes de pesquisa, a
hemerotecas e arquivos internacionais que não são do conhecimento da maioria do
público brasileiro.
- O livro inclui 115 fotos
inéditas da Press Sports L’Équipe sobre Garrincha.
- Trata-se de um livro biográfico
ilustrado sobre Mané Garrincha e não um livro que repita tudo ou quase tudo que
foi escrito sobre Garrincha.
- Não publiquei o livro em língua
francesa nem está à venda em França nem em nenhum outro ponto da Europa, pelo
menos por enquanto.
- Não existe editora do livro.
Trata-se de uma ‘edição de autor’ em homenagem a Garrincha e sem fins
comerciais.
- O livro é vendido
exclusivamente em New York ou enviado por correio ao comprador. Se for
adquirido diretamente em New York o preço é de 150 dólares americanos; se for
expedido para o Brasil o preço é de 225 dólares americanos devido ao custo de
transporte (o livro pesa 3,400 quilogramas), à caixa especial em que o livro é
enviado e ao seguro do livro. A encomenda seguirá por USPS Priority Mail com um ‘track number’.
- Não gosto que as pessoas me
tratem por ‘francês’ porque só tenho uma nacionalidade – a nacionalidade
Americana, desde 1985.
PS: Não se
admire o leitor dos lapsos da imprensa. Eu já estive em muitos
acontecimentos públicos e nem uma única vez li nos jornais relatos fiéis sobre
os eventos em que participei. Aliás, eu já não aceito que me façam entrevistas
orais, cujas declarações são publicadas por escrito de forma truncada,
dificultando o entendimento daquilo que realmente expressei. Só aceito
responder a jornais com o envio das perguntas por escrito e as minhas respostas
por escrito.
4 comentários:
Parabéns Rui, e parabéns ao Dominique por resgatar a imagem desse grande jogador. Quanto a imprensa já ouvi uma pessoa falando algo e o reportes escrevendo sua "interpretação. A imprensa atual, a nível mundial é triste e no brasil é muito, mas muito triste. Abs e SB!
Sergio, não entendi esta parte: "já ouvi uma pessoa falando algo e o reportes escrevendo sua "interpretação."
Abraços Gloriosos.
Meu caro Rui, o que quis dizer é que muitas vezes (cansei de ouvir uma coisa e ouvir do repórter ou ler outra) o repórter distorce o que ouviu, escrevendo algo totalmente diferente, ou seja, sua "interpretação", naturalmente conveniente. Quer um exemplo famosos: o debate das eleições presidenciais em 89, quando por ocasião do 2º turno entre o lula e o collor: o candidato das organizações globo foi amplamente favorecido com manipulação dos fatos, chegando as organizações a dizer que o collor havia vencido o debate. Em futebol então, nem se fala, o Loco Abreu que o diga. fui claro dessa vez? Abs e SB!
É verdade, Sergio, deturpam tudo. Devido a determinados cargos em que estive fiz parte de muitos acontecimentos públicos, e no dia seguinte eu lia as notícias e estava lá outra coisa...
Em entrevistas que dei cheguei ao ponto de só aceitar ser entrevistado com perguntas por escrito e respostas por escrito. O Sergio acredita que ainda assim o texto saiu truncado?!?!?!?!?! Pois saiu, sim!
Os jornalistas de hoje são maioritariamente incompetentes e muitas vezes imbecis porque são comprados e deixam-se vender. O 4º poder já era...
Particularmente nojentos são os jornalistas desportivos do Rio de Janeiro. Nojo puro...
Abraços Gloriosos.
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