por CARLOS VILARINHO
especialmente
para o Mundo Botafogo
sócio-proprietário
e historiador do Botafogo de Futebol e Regatas
Na manhã de sábado, embarque […] para a comemoração dos 50 anos do Atlético
Mineiro. O Botafogo perdeu três gols certos […] e então veio o desastre,
levando uma enxurrada de gols aos, 14, 34, 37 e 38 minutos: 0x4. […]
Quando acabou o primeiro tempo, Saldanha […] partiu para o vestiário chutando uma casca
de laranja.
Na volta, sem nenhuma troca, o time reagiu
sensacionalmente. Primeiro com Edson aos 15: 1x4. Depois com Garrincha (aos
25), Paulinho (aos 31) e Quarentinha (aos 39): 4x4 E a um minuto do fim,
Quarentinha conquistou a vitória inesquecível: 5x4. […]
Na noite de quarta-feira, contra o Vasco da Gama, o
extenuado Botafogo teria de decidir de cara. E de fato, deu as cartas até aos
24 minutos. […] Aos 38, Almir passa
como quer por Servílio e cruza para Pinga fazer 0x3.
[…] Aos 19 […] Quarentinha reduz: 2x4.
Esboça-se a reação. O Vasco então apela para o velho antijogo. Coronel, por
exemplo, agarra Garrincha de todos os modos: pescoço, cintura, calção, pernas.
Amílcar Ferreira limita-se a mandar bater a “falta”. Aos 22, Coronel entra para
quebrar a perna de Paulinho, mas é escorado e leva a pior. Amílcar perde a
serenidade e expulsa Paulinho, que reluta em sair. É insultado por Almir. Um
torcedor sai do túnel botafoguense e desfere um soco na boca de Almir. Invasão
de campo, sururu! […] A luta corporal
envolve praticamente todos, com exceção de Garrincha. Almir – é claro – foi
expulso. Foi-se o Rio-São Paulo.
[Tratava-se do Torneio Rio-São
Paulo de 1958.]
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Excerto autorizado pelo autor. In: VILARINHO, C. F.
(2013). O Futebol do Botafogo 1951-60. Rio de Janeiro: Edição do Autor, p. 221-222.
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