por CARLOS VILARINHO
especialmente
para o Mundo Botafogo
sócio-proprietário
e historiador do Botafogo de Futebol e Regatas
À noite, o Botafogo enfrentou o América (do técnico
Yustrich). Aos 9, […] Garrincha finta-o
espetacularmente e manda à boca da meta. Rebate a zaga mas o rebote é de
Pampolini: 1x0. Um pelotaço. […] Aos 29, […] Garrincha bate com
folha seca na gaveta: 2x1. […] Quarentinha atira um torpedo e amplia com
a colaboração de Pompéia: 3x1.
Na fase final, aos 8, Jorge reduz: 3x2. Falha de Ernani.
Aos 19, Romeiro converte o pênalti em Leônidas: 3x3. Não houve a penalidade.
Leônidas enfiou o dedo no olho de Ernani e depois se esparramou no chão. […]
Garrincha espera a saída de Pompéia, dribla-o e chuta
para fora! No vestiário Mané se culpou: “Não é possível que eu tenha falhado.
Perdi um gol feito. Foi de matar aquele lance. Era a nossa vitória”.
O problema é que o América (por ordem de Yustrich)
transformou a partida numa batalha. Mané foi caçado como um animal por Antonio
Carlos e Hélio. Caca protestou:”Tive ímpetos de perder a calma. Nunca vi tanta
violência junta, sem que houvesse energia do árbitro. Positivamente, todos
partem contra o Botafogo com intuito de massacrar nosso time. […] Eu sabia que esse ano teríamos só inimigos [1958].
Seremos caçados em campo, como foram caçados, hoje, Rossi e Edson [por Romário
e Canário]. Não é possível se querer jogar na bola quando os adversários largam
o pau”.
Para piorar, Malcher citou Paulo Amaral por ofendê.lo ao
receber ordem de abandonar um alvinegro abatido no solo.
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Excerto autorizado pelo autor. In: VILARINHO, C. F.
(2013). O Futebol do Botafogo 1951-60. Rio de Janeiro: Edição do Autor, p. 232-233.
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