segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Torcedoras Gloriosas (3)


Garrincha, claro!

[Nota do editor do Mundo Botafogo: Paulo Mendes Campos, filho do médico e escritor Mário Mendes Campos e de Maria José de Lima Campos, nasceu há 89 anos, a 28 de fevereiro de 1922, em Belo Horizonte, e faleceu a 1 de Julho de 1991, exatamente no dia em que o Club de Regatas Botafogo fora fundado há 97 anos atrás. Paulo Mendes Campos tornou-se escritor e um destacado botafoguense, preenchendo uma parte da sua vida literária com escritos sobre o Glorioso. Tendo chegado ao Rio de Janeiro em 1945 no intuito de conhecer Pablo Neruda, ficou até ao dia da sua partida aos 69 anos de idade.]

por Paulo Mendes Campos

"Quando ele avança, tudo vale. A ética do futebol não vigora para Mané. O fair-play exigido pelos britânicos é posto à margem pelos marcadores, pelos juízes, pelas torcidas. Regras do association abrem estranhas exceções para ele. Uma conivência complacente se estabelece de imediato entre o árbitro e o marcador, o primeiro compreendendo o segundo, fechando os olhos às sarrafadas mais duras, aos carrinhos perigosos, aos trancos violentos, às obstruções mais evidentes. Quando esses recursos falecem, o marcador em desespero, sem medo ao ridículo, agarra a camisa de Garrincha. Aí o juiz apita a falta, mas sem advertir o faltoso: o recurso é limpo quando se trata de Garrincha.

Todos os jogadores do mundo - ensina o professor Nilton Santos - são marcáveis, menos seu Mané. Mané em dia de Mané só com revólver. Nilton é o mais consciente dos fãs de Garrincha, costumando dizer que, se ainda jogou futebol depois dos trinta anos, foi por ser do mesmo time de seu Mané.

Uma tarde apareceu para treinar um menino de pernas tortas. Já no vestiário o técnico Gentil Cardoso, rindo-se, chamara a atenção de todos para o candidato: aquele sujeito poderia ser tudo na vida, menos jogador de futebol. Começado o treino, lá pelas tantas uma bola sobrou para Garrincha. Nilton proferiu o grito de costume, mas o menino torto matou a bola com facilidade e ficou esperando. Ferido pela ousadia, Nilton partiu para cima do garoto com decisão. (Já joguei contra ele: é uma extração rápida e sem dor). Talvez naquele momento estivesse em jogo, não só a bola, mas o destino de Garrincha. Se Nilton o desarmasse e lhe aplicasse como corretivo à petulância duas ou três fintas, Gentil Cardoso não esperaria muito para enviar o novato sem jeito para o chuveiro. Apesar desse perigo, e a despeito de estar enfrentando um jogador da mais alta categoria, Mané escolheu o caminho da porta estreita: driblar Nilton Santos. Talvez pensasse: ou dou uma finta neste cobra ou volto para o trabalho mal-pago da fábrica.

Só três vezes em sua carreira Nilton levou drible entre as pernas: a primeira foi ali naquele instante.

A alegria do futebol de Garrincha está nisso: dentro do campo, ele se integra no espaço que lhe é próprio, não reflete mais, não perde tempo com a vagareza do raciocínio, não sofre a tentação dos desvios existentes no caminho da inteligência. Como um poeta tocado por um anjo, como um compositor seguindo a melodia que lhe cai do céu, como um bailarino atrelado ao ritmo, Garrincha joga futebol por pura inspiração, por magia, sem sofrimento, sem reservas, sem planos. O futebol requintadamente intelectual de Didi é sofrido e sujeito a todas as falhas do intelecto. Garrincha, pelo contrário, se suas condições físicas estão perfeitas, se nada lhe pesa na alma, é como se fosse um boneco a que se desse corda: não reflete mais. Garrincha é como Rimbaud: gênio em estado nascente. Se um técnico desprovido de sensibilidade decide funcionar como cérebro de Garrincha, tentando ser a consciência que lhe falta, isto é, transmitindo-lhe instruções concretas, lógicas, coercitivas, pronto - é o fim. O grande mago perde a espontaneidade, o espaço, o instinto, a força. Em vez do milagre, que ele sabe fazer, ensinam-lhe a fazer um truque sensato. Não pode haver maior tolice.

João Saldanha sabia que não há instrução possível para Garrincha. Se a virtude do Mané nada tem a ver com a lógica, não será através da lógica que lhe corrigiremos os possíveis defeitos. E defeitos e virtudes não são partes que se possam isolar em Garrincha, que escreve certo por linhas tortas. Suas pernas são símbolos desconexos dessa ilogicidade criadora.

O jornalista Armando Nogueira tem uma teoria muito boa sobre o drible de seu Mané, apesar de Mário Filho não concordar com ele e comigo. O drible, diz Armandinho, é, em essência, fingir que se vai fazer uma coisa e fazer outra; fingir por exemplo que se vai sair pela esquerda, e sair pela direita. Pois o Garrincha, conclui o comentarista, é a negação do drible. Ele pega a bola e pára; o marcador sabe que ele vai sair pela direita; seu Mané mostra com o corpo que vai sair pela direita; quando finge que vai sair pela esquerda, ninguém acredita: ele vai sair pela direita; o público todo sabe que ele vai sair para a direita; seu Mané mostra mais uma vez que vai sair pela direita; a essa altura, a convicção do marcador é granítica: ele vai sair pela direita; Garrincha parte e sai pela direita. Um murmúrio de espanto percorre o estádio: o esperado aconteceu, o antônimo do drible aconteceu.

Descobri há tempos uma graça espantosa nessa finta de Garrincha: às vezes o adversário retarda o mais possível a entrada em cima dele, na improvável esperança duma oportunidade melhor. Garrincha avança um pouco, o adversário recua. Que faz então? Tenta o marcador, oferecendo-lhe um pouco da bola, adiantando esta a um ponto suficiente para encher de cobiça o pobre João. João parte para a bola de acordo com o princípio de Nenem Prancha: como quem parte para um prato de comida. Seu Mané então sai pela direita."

Sondagem: seremos campeões de futebol?

Antes do jogo do Botafogo na semifinal da Taça Guanabara havia 8 votos na opção ‘de competição nenhuma’ entrados durante 14 dias na sondagem então em vigor. A seguir ao jogo da semifinal, essa opção apresentava 53 votos. Isto quer dizer que os cathartiformes continuam a vir ao blogue em momentos em que os árbitros deles nos ganham e votaram 45 vezes há uma semana. Logo, retiramos 45 votos dos inominados da beira da Lagoa.

Durante esta semana a votação nessa opção não cresceu, e ontem tornou a crescer 12 votos, obra dos mesmos cathartiformes que visitaram o blogue durante o dia. Logo, mais votos a descontar. Portanto, de 8 votos, eventualmente de botafoguenses pessimistas (e mesmo assim há dúvida que o sejam todos), passou-se a 65 e, portanto, temos que suprimir 57 votos dessas aventesmas que por aqui esvoaçam com os seus putrefatos gostos. E fechei a sondagem logo a seguir ao término do jogo de ontem, evitando mais votos dessas personagens ‘666’… Eles não se convencem que aqui não brincam…

Portanto, à questão sobre se ‘seremos campeões de futebol’ em 2011, a votação real, subtraídas as opções repetitivas de 57 cathartiformes, determinou o seguinte:

» Campeonato Estadual: 51 votos (29,5%)
» Copa do Brasil: 51 votos (29,5%)
» Campeonato Brasileiro: 28 votos (16%)
» Copa Sul-Americana: 35 votos (20%)
» De competição: 8 votos (5%)

A votação revela que apenas 5% de botafoguenses não têm esperança em qualquer título em 2011 e a maioria esmagadora (59%) considera que é possível conquistar o Campeonato Estadual e ou a Copa do Brasil.

A votação foi claramente prudente, já que privilegiou os dois títulos que aparentam ser mais fáceis de obter. Em seguida aparece a Copa Sul-Americana, que é um pouco mais difícil de conquistar e, finalmente, o duríssimo campeonato brasileiro (exageradamente duro em calendário) que parece realmente ser a compita mais difícil de conquistar em 2011.

Continuo a defender como metas para este ano a Copa do Brasil e a Copa Sul-Americana, sem muita esperança, caso se mantenha a atual comissão técnica que, sinceramente, me parece que se esgotou em termos de inovação.

Há uma coisa que vos garanto, amigos leitores: o Botafogo precisa com urgência construir uma equipa ganhadora de uma competição de nível nacional ou internacional, sob pena de acabarmos definhando por falta de reprodução de jovens torcedores.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

As camisas do Glorioso

Confira as camisas do único e verdadeiro Glorioso do Brasil em: http://aureliojornalismo.blogspot.com/2011/02/minhas-camisas-do-glorioso-botafogo.html 

Botafogo x Boavista: campeão injusto

Quando todos esperavam um Fla x Flu na final da Taça Guanabara, eis que o Boavista surpreendeu o Fluminense e eis que o Botafogo, mercê de um árbitro honestíssimo e irrepreensível, que assinalou todas as faltas e grandes penalidades contra o Flamengo, se classificou para a final com uma grande penalidade claríssima convertida nos últimos minutos de jogo.

E, nesta tarde, o Boavista surpreendeu novamente e conquistou a Taça Guanabara, mas desta vez com a arbitragem a seu favor, que deixou de assinalar uma grande penalidade na parte final do jogo que poderia ter dado a taça aos de General Severiano – que a perderam nas grandes penalidades.

O jogo foi muito equilibrado, com ambas as equipas jogando deficitariamente um futebol que não se apresenta em lado nenhum, a não ser na pelada do Zé Carioca, com poucas oportunidades e algum predomínio de uma ou outra equipa em certos períodos de jogo.

O Boavista abriu o placar na 1ª parte, aos 14 minutos de jogo, através de Paulo Rodrigues, após jogada de escanteio. O lateral subiu e, de cabeça, colocou à direita de Jefferson.

Até ao fim da 1ª parte a toada de jogo foi semelhante, com o Boavista tendo mais posse de bola. Na 2ª parte o Botafogo reagiu e empatou o jogo por intermédio de Loco Abreu aos 48 minutos. Alessandro tocou para Loco Abreu no miolo da área, o uruguaio girou sobre si mesmo e chutou à direita do guardião do Boavista, empatando a partida.

O Boavista já não conseguiu tornar a pegar no jogo e o Botafogo também não criou grandes oportunidades, mas aos 85 minutos o árbitro não assinalou a favor do Botafogo uma grande penalidade claríssima de Leandro Chaves, que meteu a mão à bola dentro da grande área e o árbitro fez-nos crer que foi bola na mão. Até parecia que era o Flamengo que estava a jogar contra o Botafogo e o árbitro queria favorecer o clube da mídia e das arbitragens…

O jogo foi para grandes penalidades, o Botafogo teve uma deficiente escalação de batedores, enervou-se, e o Boavista alcançou o resultado injusto com o apoio da arbitragem.

Nas grandes penalidades, Márcio Rosário converteu a 1ª no meio da baliza, mas Joílson empatou para o Boavista, chutando à direita de Jefferson que ainda tocou na bola, não evitando que resvalasse sob o seu corpo para dentro da baliza. A seguir Everton desperdiça, denunciando o chute à direita que o guardião do Boavista defendeu. Seguidamente, Tony faz 2x1 chutando à esquerda do goleiro do Botafogo. Na penalidade seguinte Somália também desperdiça, chutando fraco a meia altura, permitindo que o goleiro do Boavista estendesse a mão para cima e defendesse. Edu Pina fez 3x1 para o Boavista chutando à esquerda de Jefferson e Renato Cajá fez a festa do Boavista ao chutar para fora na 4ª oportunidade do Botafogo. Boavista campeão.

FICHA TÉCNICA
Botafogo 1x1 Boavista [1x3 pen.]
» Gols: Paulo Rodrigues 14’ (Boavista); Loco Abreu 48’ (Botafogo) - nas grandes penalidades: Márcio Rosário (Botafogo); Joílson, Tony e Edu Pina (Boavista)
» Competição: Campeonato Carioca, Final da Taça Guanabara
» Data: 27.02.2011
» Local: Estádio Olímpico João Havelange, ‘Engenhão’, Rio de Janeiro
» Disciplina: Herrera, Renato Cajá, Rodrigo Mancha (Botafogo); Willians, Deivid, David Braz, Thiago Neves (Flamengo)
» Botafogo: Jefferson; Rodrigo Mancha, Antônio Carlos e Márcio Rosário; Alessandro, Arévalo (Araruama), Somália, Renato Cajá e Márcio Azevedo (Everton); Herrera (Caio) e Loco Abreu. Técnico: Joel Santana.
Thiago; Bruno Costa (Joílson), Gustavo, Santiago e Paulo Rodrigues (Max); Júlio César, Edu Pina, Leandro Chaves e Tony; Frontini e André Luís (Raphael Augusto). Técnico: Alfredo Sampaio.

Jairzinho 2010


Durante a Copa do Mundo de 2010 o jornal 'Daily Sun', de Joanesburgo, exibiu diariamente desenhos de jogadores importantes na história das copas do mundo.

No dia 25 de maio de 2010 o destaque pertenceu a Jairzinho, cognominado como uma das 'Lendas do Mundial'.

A versão aos quadrinhos do Furacão de 70 exibiu o ex-atacante com as camisas da Seleção Brasileira e do Botafogo um quadro com informações sobre sua carreira.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Fernandinha Maia

Jogos inesquecíveis: Botafogo 4x4 Juventus


O Botafogo obteve a sua mais espetacular conquista internacional em torneios não oficiais no ano de 1996 quando conquistou o cobiçado Troféu Teresa Herrera, após uma marcha fantástica do placar.

Foi um jogo a todos os títulos original, começando por o time envergar a camisa do La Coruña para não se confundir com a camisa da Juventus. Lembremo-nos que as listras do Botafogo foram inspiradas nas listras da Juventus em 1906.

A Juventus esteve quase sempre à frente do Botafogo durante o tempo regulamentar e durante a prorrogação. Na verdade, o Botafogo só esteve à frente durante a marcação das grandes penalidades – e nessa modalidade esteve sempre à frente.

Vieri começou por abrir o marcador aos 23’, mas no segundo tempo Túlio ‘Maravilha’ empatou logo aos 49’, após receber um centro da direita e, de cabeça, balançar as redes italianas.

Porém, após bobeada da defesa, Amoruso fez 2x1 aos 73’. Finalmente, dois minutos após, na cobrança de escanteio, a bola sobra para fora da área e, da meia-lua, França chuta para decretar o empate de 2x2 no tempo regulamentar.

Eis que na prorrogação, inspirado, Amoruso coloca novamente a Juventus em vantagem aos 93’: 3x2. Mas o nosso Botafogo, com uma enorme raça, torna a empatar aos 110’. Souza cobra falta fora da área, o goleiro espalma para a frente e, na corrida, Túlio confere: 3x3.

Novamente Amoruso, num dia de inspiração, parece decretar o placar final ao estabelecer 4x3 para a Juventus aos 117’. No entanto, ao cair do pano, precisamente sobre os 120’, Túlio entra no miolo da área, é rasteirado e o árbitro marca grande penalidade. Chamado a converter, Túlio fecha a contagem em 4x4. A disputa vai para a marca de 11 metros.

O primeiro tiro pertence ao Botafogo e Jefferson desperdiça para a defesa de Peruzzi. A Juventus parece levar vantagem, mas, no momento seguinte, o grande Wagner pegou o chute de Amoruso.

À segunda marcação, Wilson Goiano converte (1x0) e, a seguir, Wagner pega outra grande penalidade, cobrada por Di Lívio; à terceira oportunidade Wilson Gottardo converte (2x0) e o italiano Jugovic chuta para fora.

Na quarta marcação Souza toca ao estilo de Loco Abreu e a bola entra no ângulo superior esquerdo do guardião adversário: Botafogo 3x0 conquista o Troféu Teresa Herrera com a camisa do La Coruña!

FICHA TÉCNICA
Botafogo 4x4 Juventus [2x2 no tempo regulamentar; 2x2 na prorrogação; 3x0 nas grandes penalidades]
» Gols: Túlio ‘Maravilha’ 49’ e 120’, França 75’ e Ferrara (contra) 110’ (Botafogo); Amoruso 73’, 93’ e 117’ e Vieri 23’ (Juventus); grandes penalidades: Wilson Goiano, Wilson Gottardo e Sousa.
» Marcha do placar: 0x1 (23’), 1x1 (49’), 1x2 (73’), 2x2 (75’), 2x3 (93’), 3x3 (110’), 3x4 (117’), 4x4 (120’)
» Competição: Troféu Teresa Herrera
» Data: 10.08.1996
» Local: Coruña
» Árbitro: Não informado
» Botafogo: Wagner, Wilson Goiano, Wilson Gottardo, Grotto e Jefferson; Souza, Otacílio, Marcelo Alves (Marcos Aurélio 90') e França (Zé Carlos 87'); Sorato (Mauricinho 56') e Túlio Maravilha. Técnico: Ricardo Barreto.
» Juventus: Peruzzi, Ferrara, Torricelli, Porrini e Montero; Jugovic, Di Lívio e Dechamps; Vieri (Boksic 45’), Del Piero (Amoruso 45') e Padovano (Ametrano 45'). Técnico: Marcelo Lippi.

Pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Parabéns, Regina Casé!


No dia 25 de fevereiro de 1954, em pleno carnaval, nasceu, no bairro de Botafogo, Regina Maria Barreto Casé, atriz, apresentadora de TV e botafoguense, filha de Geraldo César Casé e Heleida Barreto Casé, e neta de Ademar Casé, pioneiro da rádio no Brasil.

Fazia 40°C quando seu pai, Geraldo, após fintar dezenas de blocos e foliões, entra na Casa de Saúde São José com a esposa que levava a botafoguense Regina no interior do seu ventre.

- "Meu pai conta que com três dias de vida eu já brincava o Carnaval, uma vez que para deixar a Casa de Saúde tivemos que atravessar dezenas de blocos que se espalhavam por Botafogo. Deve ser por isso que eu adoro Carnaval até hoje."

Parabéns, Regina Casé!

Jairzinho na vida de Ronaldo ‘Fenômeno’

Ronaldo, o ‘Fenômeno’, foi um grande jogador de futebol cuja carreira ficou ligada a um botafoguense muito conhecido – o campeão do mundo Jairzinho.

Ronaldo começou por jogar futsal (foto) e alternar com os campos de futebol, defendendo o Valqueire e o Social Ramos. Entretanto, Ronaldo preferiu uma experiência no Flamengo, mas o clube rejeitou pagar a viagem de Ronaldo até às suas instalações para fazer alguns testes, acabando por isso no São Cristóvão. Em contrapartida, há dois anos o Flamengo chorou lágrimas de crocodilo quando Ronaldo preferiu o Corinthians em vez do clube da Gávea.

Disputado por diversos empresários, Ronaldo acabou tendo o seu passe comprado por Jairzinho ao São Cristóvão por 10 mil dólares. O ex-campeão do mundo levou Ronaldo para o Cruzeiro, impulsionando a carreira do futuro craque. Ronaldo destacou-se na selecção brasileira Sub-17 no Campeonato Sul-Americano e no Cruzeiro marcou 44 gols em 46 jogos.

A seguir rumou ao PSV Eindhoven e o resto da história todos conhecem: do rapazinho que não valeu uns míseros tostões do Flamengo passou ao rapazinho que valia milhões numa carreira europeia repleta de glórias e na conquista de dois campeonatos do mundo pelo Brasil.

Títulos
» Cruzeiro: Campeonato Mineiro (1994), Taça do Brasil (1993)
» PSV Eidhoven: KNVB Cup (1996)
» Barcelona: Supertaça Espanhola (1996), Taça do Rei (1997), Taça das Taças (1997)
» Inter de Milão: Taça UEFA (1998)
» Real Madrid: Campeonato Espanhol (2002-03, 2006-07), Taça Intercontinental (2002), Supertaça de Espanha (2003)
» Corinthians: Campeonato Paulista (2009), Taça do Brasil (2009)
» Brasil: Campeonato do Mundo (1994, 2002), Copa América (1997, 1999), Taça das Confederações (1997)

Artilharias
» Melhor Marcador da Taça Libertadores: 1993-94 (12 gols)
» Melhor Marcador do Campeonato Mineiro: 1993-94 (23 gols)
» Melhor Marcador do Campeonato Holandês: 1994-95 (30 gols)
» Melhor Marcador do Campeonato Espanhol: 1996-97 (34 gols), 2003-2004 (25 gols)
» Melhor Marcador Taça das Taças: 1996-1997
» Melhor Marcador da Copa América: 1999 (5 gols)
» Melhor Marcador do Campeonato do Mundo: 2002 (8 gols)
» Melhor Marcador de todos os Campeonatos do Mundo (15 gols)

Prémios principais
» European Golden Boot: 1996-97
» Melhor Jogador FIFA: 1996, 1997, 2002
» Melhor Jogador do mundo revista ‘World Soccer’: 1996, 1997, 2002
» Bola de Ouro revista ‘France Football’: 1997, 2002
» Melhor Jogador da Europa revista ‘Onze de Oro’: 1997, 2002
» FIFA World Cup Golden Ball: 1998
» Golden Foot: 2006
» Melhor Jogador do Campeonato Paulista: 2009

Glória eterna a um dos melhores artilheiros do futebol mundial.

Pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

De que precisamos?

“Mudanças profundas, difíceis e necessárias em General Severiano.”Gil Gomes, meu querido amigo botafoguense comentando as últimas semanas do nosso clube.

1961: Taça de Campeão Estadual

Taça de campeão estadual de 1961. Acervo: Pedro Varanda

O Botafogo bateu o Vasco da Gama na final de 1948, o Fluminense na final de 1957 e chegara a vez do Flamengo em 1961.

No dia 28 de dezembro de 1961, no Estádio do Maracanã, o Botafogo sagrou-se campeão carioca de futebol ao vencer o Flamengo por 3x0, num dos mais fantásticos jogos de Mané Garrincha – o Botafogo afinava a frente de ataque que havia de conquistar o bicampeonato do mundo de futebol através de Didi, Garrincha, Amarildo e Zagallo.

A formação base do nosso clube alinhava com Manga, Rildo, Zé Maria, Nílton Santos e Chicão; Aírton e Didi; Garrincha, Amoroso, Amarildo e Zagallo. O técnico era Marinho Rodrigues.


A etiqueta ‘taças e medalhas’ é da responsabilidade conjunta de Sérgio Nunes (amigo e colaborador) e Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)

Há gente que não se enxerga...


A equiparação de títulos nacionais de futebol dos anos sessenta aos títulos brasileiros pós-1971 aparenta uma sofisticadíssima forma de criar dois campeões num só ano e, contra todas as aparências, justificação para que, desse modo, 1987 tenha tido, afinal, dois campeonatos e, consequentemente, dois campeões.

Muito bem visto, sem dúvida… Um hexa trocado por uns quantos títulos dos anos sessenta para acalmar as hostes adversárias e validar o invalidável...

Os mesmo que justificaram não reconhecer um título por impedimento de uma decisão transitada em tribunal, alteram a decisão semanas depois, e mostram o terceiro-mundismo em que vive o futebol brasileiro com a taça das bolinhas para lá e a taça das bolinhas para cá. – “Quero a taça.” – “Não dou.” – “Dás.” – “Não, é minha.” – “Devolve a taça.” – “Não devolvo.” – “Tens que devolver.” – “Está bem, mas quero uma cópia.”

- “Sou hexacampeão.” – “Não és.” – “Sou sim, vou explicar como…” – “Percebi… serás hexacampeão…”

Terceiro-mundismo do mais puro. Há gente que não se enxerga. Nem enxerga o mal que faz à nação. - “Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também.”

Na verdade, porque não voltam com tudo atrás, depois de tantas (in)decisões e entregam a taça das bolinhas ao primeiro penta-campeão brasileiro oficial, o Santos de 1965?

Leia muito mais em http://aqipossa.blogspot.com/2011/02/no-mundo-do-faz-de-conta-cbf-reconhece.html

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Botafogo 0x1 River

No domingo, respondendo a um comentário de um amigo nosso, escrevi aqui no blogue: “Acho que quarta-feira não vamos golear. Já não me lembro da última goleada em jogos da Copa do Brasil contra equipas tecnicamente bem inferiores ao Botafogo.”

Talvez ganhar por um a zero? Empatar, talvez? Não… Perder?!?!?! Sim… com vaias de torcedores que raramente podem ver o Botafogo jogar ao vivo e acabam profundamente decepcionados.

Botafogo e Copa do Brasil é antônimo.

Já nem dá p’ra chororô. Só p’ra sorrisô. Confesso que estou sorrindo… Bola aérea, né? O gramado é só p’ra chuteira pisar, né?

Joel… tá chegando a hora… o Brasileirão já vem chegando rapaz… tens que ir embora… Ou a responsabilidade é do Dudu?

FICHA TÉCNICA
Botafogo 0x1 River Plate
» Gol: Bebeto Oliveira 86’
» Competição: Copa do Brasil
» Data: 23.02.2011
» Local: Batistão, em Aracaju (SE)
» Arbitragem: Marielson Alves Silva (BA); auxiliares: Luiz Carlos Silva Teixeira (BA) e Adson Márcio Lopes Leal (BA).
» Disciplina: Somália, Herrera, Márcio Rosário e Antônio Carlos (Botafogo); Bibi, Bruno Ramos, Váldson, Bebeto Oliveira (River Plate)
» Botafogo: Jefferson, Rodrigo Mancha, Antônio Carlos e Márcio Rosário; Alessandro, Somália, Bruno Tiago, Renato Cajá (Caio) e Márcio Azevedo (Everton); Herrera e Loco Abreu. Dudu Fontes.
» River Plate: Max, Glauber, Bebeto, Váldson e Pedrinho; Wallace, Fernando Pilar (Lucas), Bruno Ramos e Éder (Fábio Júnior); Bibi (Claudinei) e Bebeto Oliveira. Aílton Silva.

Recordações dos anos 60

O destino levou-me de Lisboa ao Rio de Janeiro ainda infante, em 1960. Vivi durante toda a década em terras brasileiras, ganhei uma irmã carioca e uma enorme paixão pelo Botafogo de Futebol e Regatas.

Nos últimos anos tenho ido ver o Botafogo ao Maracanã e ao Engenhão (entre outros, com os meus primos, o Maurélio, o Marcos Müller, a Cristina Saraiva, o Gil Gomes, o César Oliveira, o Patinhas, etc.), e conheço as duas lojas oficiais no Rio de Janeiro e em Brasília, tendo estado nesta última em Dezembro de 2010, há dois meses apenas, com o meu amigo Fábio ‘Snoopy’, antes de nos encontrarmos com o Macau e o Zé Ricardo. Gosto de ir a General Severiano (já lá estive com os amigos João Ignácio Müller, Paulo Marcelo Sampaio, Rodrigo Federman e muitos outros), já visitei o imortal Garrincha no cemitério de Pau Grande, com o meu primo Fernando, e desfrutei durante horas da companhia de Nilton Santos e esposa, com a minha amiga Pamella Lima. Tenho muitos amigos botafoguenses em vários sítios do Brasil, felizmente. Pelo menos nos Estados litorais desde Santa Catarina até Alagoas, e, claro, Brasília.

Das boas recordações da minha infância e juventude da década de 1960 fazem parte o Bangu, o Bonsucesso, o Campo Grande, o Canto do Rio, o Madureira, o Olaria e o São Cristóvão, que eram os clubes que disputavam o campeonato carioca no início da década de 1960. Além de ser fã do G.R.E.S. Salgueiro, do turfe e do jóquei Antônio Ricardo, pai do campeão mundial botafoguense Jorge Ricardo.

Vou contar hoje o meu elo ao Bonsucesso, com o qual simpatizo há mais de quarenta anos. Lembro-me bem que, fora uma ou outra ocasião em que o Botafogo ganhava folgadamente ao Bonsucesso, os resultados eram quase sempre muito apertados.

Não foi por isso que comecei a simpatizar com o Bonsucesso, embora achasse interessante ver o clube bater-se como um leão, empatando muitas vezes com o Botafogo, e ocasionalmente até chegava a ganhar. E não era fácil lutar contra um clube que, à época, tinha Garrincha, Manga, Rildo, Waltencir, Bianchini, Gerson, Jairzinho, Ferretti, enfim, um monte de craques. David contra Golias. Mas… o Bonsucesso não se saía tão mal assim.

Sucede que em 1968 os meus pais matricularam-me no então curso científico do Colégio Nossa Senhora do Brasil, na Penha. Foi nessa época que me familiarizei com a zona da Penha, Olaria e Bonsucesso. Então, deu-se o click.

Nesse ano eu conheci uma garota da minha idade que vivia na Penha e, se bem me lembro, namorava com ela há cerca de três semanas. Era morena, alta, esbelta. Houve um domingo que ela não pôde aparecer e enviou uma amiga para me avisar da sua ausência.

Foi ‘tiro e queda’: eu e a amiga apaixonámo-nos subitamente nesse dia. Ela chamava-se Suzie e vivia em Bonsucesso. Possuía um belo cabelo loiro comprido, só tinha mais cinco centímetros além de metro e meio, mas era linda.

Foi um bocado complicado antes de trocarmos o primeiro beijo, devido à ‘presença’ da terceira pessoa ausente, mas… não foi possível resistir. Mudei-me de ‘armas e bagagens’ para Bonsucesso todos os domingos.

É certo que o click de simpatia ao Bonsucesso já ocorrera, mas… ainda não estava completo. Completou-se numa relação indireta ao Botafogo.

Bonsucesso 1963: em pé – Severino, Marcelo, Paulinho, Cláudio, Edson e Lucas; agachados – Válter, Adauri, Roberto, Helinho e Sérgio.

Esse complemento ocorreu no dia 11 de Setembro de 1968. Pela Taça Guanabara o Botafogo encerrou a campanha com os mesmos pontos do Flamengo, ao qual ainda faltava realizar um jogo, bastando o empate na última partida para se sagrar campeão. E contra quem era essa última partida? – Contra o… Bonsucesso!

Botafoguenses e flamenguistas, nas suas soberbas de clube ‘grande’, decretaram o falecimento antecipado do Bonsucesso, que se encontrava em último lugar na tabela: antes desse último jogo o Botafogo partiu em excursão e o Flamengo mandou confecionar as faixas de campeão da Taça Guanabara.

Ledo engano! Em pleno estádio do Maracanã, e perante mais de 40 mil flamenguistas, o Bonsucesso liquidou com as antecipadas aspirações do adversário e obrigou o Botafogo a regressar à pressa para o jogo decisivo de desempate, no qual o Botafogo goleou o Flamengo por 4x1 e pôde tornar-se Bi-Bi Campeão – bicampeão carioca e bicampeão da Taça Guanabara.

Eis a ficha do inolvidável jogo em que Gonçalves foi a grande figura como autor dos dois gols apontados:

Bonsucesso FC 2x0 CR Flamengo.
» Gols: Gonçalves 12’ e Morais 88’
» Competição: Taça Guanabara
» Data: 11.09.1968
» Local: Maracanã, Rio de Janeiro
» Renda: NCr$ 115.470,00
» Público: 47.821
» Árbitro: Armando Marques
» Bonsucesso: Ubirajara, Luiz Carlos, Paulo Lumumba, Jurandir e Alberico; Fifi (Moisés) e Didinho; Gilbert (Jair Pereira), Gibira, Gonçalves e Morais. Técnico: Maurillo José de Souza 'Velha’.
» Flamengo: Claudinei, Murilo, Onça, Guilherme e Paulo Henrique; Carlinhos e Liminha; Luiz Cláudio (Zezinho), Silva Batuta, Fio Maravilha e Rodrigues Neto. Técnico: Válter Miraglia.
Obs: 1. O empate daria o título ao clube da Gávea-Lagoa-Leblon; 2. De acordo com a Última Hora, os jogadores do CR Flamengo saíram de campo chorando. Fontes: Jornal do Brasil e Última Hora.


Mais tarde, encontrei outras razões para simpatizar com o Bonsucesso mesmo antes de eu ter nascido. A primeira remete para os anos trinta do século passado, em que o grande craque do Bonsucesso, Leônidas da Silva, o ‘Diamante Negro’, se transferiu para o Botafogo. Leônidas marcou pelo Bonsucesso o primeiro gol de bicicleta e foi campeão pelo clube de General Severiano em 1935 (Botafogo, tetracampeão carioca).

A segunda razão ocorreu uma década depois: no dia 29 de Junho de 1947 o Bonsucesso inaugurou as arquibancadas de cimento do campo Teixeira de Castro, substituindo as arquibancadas de madeira, tendo convidado o Botafogo e o Fluminense para o jogo principal, o que considero uma honra e sinal de amizade. No jogo preliminar, o Bonsucesso venceu o Madureira por 3x2. Eis as fichas técnicas de ambos os jogos:

Bonsucesso FC 3x2 Madureira AC
» Gols: Zé Luiz, Jorge e Flávio (Bonsucesso); Beijinho e Genésio (Madureira)
» Competição: Amistoso
» Data: 29.06.1947
» Local: Campo Teixeira de Castro
» Árbitro: Guilherme Gomes
» Bonsucesso: Max, Gato e Antoninho; Cambuí, Mirim e Nélson; Ruy (Nerino), Ubaldo, Zé Luiz, Jorge (Flávio) e Eunápio.
» Madureira: Neném, Messias (Mário Brandão) e Perereca; Olavo, Hermínio (Claudionor) e Godofredo; Lupércio, Genésio, Cidinho (Caíco), Beijinho e Esquerdinha.

Botafogo FR 5x5 Fluminense FC
» Gols: Santo Cristo (2), Octávio (2) e Ponce de León (Botafogo); Osvaldinho (2), Marinho (contra), Careca e Juvenal (Fluminense)
» Competição: Amistoso
» Local: Teixeira de Castro; 29/Junho/1947
» Árbitro: Geraldo Fernandes
» Botafogo: Osvaldo Baliza, Marinho e Sarno; Ivan, Cid e Juvenal; Ponce de León, Octávio, Oswaldinho (Braguinha), Geninho e Santo Cristo.
» Fluminense: Darcy, Guálter e Hélvio; Paschoal, Telesca e Bigode (Ismael); Pinhegas, Ademir Menezes (Juvenal), Simões (Rubinho), Careca e Rodrigues (Osvaldinho).

A terceira razão, ocorrida em 1968, de simpatia pelo Bonsucesso, já foi descrita anteriormente, mas existe uma quarta razão ancorada numa tarde mágica de 21 de junho de 1989.

Nessa data, após um jejum de duas décadas sem celebrar um título de campeão carioca, o Botafogo bateu o Flamengo por 1x0 no Estádio do Maracanã, na final do campeonato carioca.

E quem foi o autor do gol que sagrou o Glorioso campeão carioca de 1989?

Nada mais, nada menos, do que Maurício de Oliveira Anastácio, atleta revelado pelo Bonsucesso e campeão estadual infantil invicto pelo clube rubro-anil em 1975.


O dia de glória de Maurício foi sacramentado assim:

Botafogo FR 1x0 CR Flamengo
» Gol: Maurício, 12’ 2ºT
» Competição: Campeonato Carioca
» Dia: 21.06.1989
» Local: Estádio Mário Filho (Maracanã)
» Juiz: Walter Senra
» Renda: NCz$ 302.592,00 (Trezentos e Dois Mil,Quinhentos e Noventa e Dois Cruzados Novos)
» Público: 56.412 pagantes (68.671 presentes)
» Botafogo: Ricardo Cruz, Josimar, Wilson Gotardo, Mauro Galvão e Marquinhos. Vítor, Carlos Alberto Santos e Luisinho; Maurício, Paulinho Criciúma e Gustavo (Mazolinha). Técnico: Valdir Espinosa.
» Flamengo: Zé Carlos, Jorginho, Aldair, Zé Carlos Nascimento e Leonardo. Aílton, Renato e Zico (Marquinhos); Alcindo (Sérgio Araújo), Bebeto e Zinho.
Técnico: Telê Santana.

PALMARÉS DE FUTEBOL DO BONSUCESSO

Títulos Oficiais

» Torneio Suburbano de Bonsucesso: 1915
» 2ª Divisão da Liga Suburbana de Futebol: 1918
» 1ª Divisão da Liga Suburbana de Futebol: 1919
» Campeonato Carioca da 2ª Divisão: 1921, 1926, 1927, 1928, 1981, 1984
» Campeão Carioca da 3ª Divisão: 2003

Torneios

» Torneio Adroaldo Ribeiro Costa: 1959
» Torneio Quadrangular de Feira de Santana: 1961
» Torneio Paulo Rodrigues: 1967
» Torneio Valdir Benevento (invicto): 1976

Categorias de base

» Campeão Carioca de Juniores (sub-20): 1939
» Campeão Carioca de Infantis (sub-15): 1975
» Campeão Carioca Juvenil de futebol feminino (invicto): 1983

Vida eterna ao Bonsucesso Futebol Clube!

Autoria e pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)
Súmulas de Pedro Varanda
http://www.bonsucessofcrj.com.br/

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