A série de desenhos animados ‘Family Guy’ apresenta um episódio em que o rei inglês, para casar com uma mulher, por quem se apaixonou, ordena o exílio do noivo, Griffin Peterson. Quando Griffin e outros exilados chegaram ao Novo Mundo ouve-se o seguinte diálogo:
- “Chamo a esta terra Quahog!”
- “Isto é só selva! O que vamos fazer?”
- “Vamos construir uma cidade. Teremos uma vida feliz com direitos iguais para todos. Exceto para negros, asiáticos, hispânicos, judeus, mulheres, gay… Tudo o que não seja branco, branco mesmo. Nada de italianos, polacos. Só pessoas da Irlanda, Inglaterra e Escócia. Mas só de algumas partes da Escócia e da Irlanda… Brancos puros. (…) Ah!... América.”
Em 1886 realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos Estados Unidos da América. Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA. No dia 3 de maio houve um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de alguns manifestantes. No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos policiais que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket. Três anos mais tarde, a 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. (excerto do artigo ‘Dia do Trabalhador’, Wikipédia)
QUE VIVAM NA MEMÓRIA DA HISTÓRIA TODOS OS TRABALHADORES DO MUNDO QUE LUTARAM NO PASSADO E SUCUMBIRAM PARA SE CONSTRUIR UM MUNDO MELHOR PARA NÓS!
6 comentários:
Hoje, nenhum país dá mais direitos aos trabalhadores que os EUA...
Já na China...
Saudaçõe Alvinegras e bom domingo!
Muito bom, Rui. Melhor ainda pelo exemplo citado no Family Guy, que em minha opinião é o desenho mais genial de todos os tempos (tenho todas as temporadas)!
Abs e SA!!!
Amigo Leonel, isso não é verdade. Creio que não conhece bem a legislação de diversos países desenvolvidos. Essa afirmação é oriunda da propaganda americana, e não tem fundamento substantivo. Os direitos dos trabalhadores são muito mais protegidos em toda a Europa Ocidental, em diversos domínios da legislação.
Quanto à China... bem... não creio que possamos comparar coisa nenhuma com países que chacinam e ou esmagam ditatorialmente a sua população (como por exemplo a China atual, URSS 1917-1989, outrora os países de Leste sob domínio da URSS, Cambodja, Vietnam, etc., mas também todos os países antidemocráticos que no passado foram apoiados, incentivados e mantidos pela hodienda política externa americana, que matou milhares de cidadãos a quem foram extorquidos todos os seus direitos de cidadania, tal como uma grande maioria de países da América do Sul (Paraguai, Bolívia, Chile, etc.), da América Central (Panamá, Granada, etc.), da Ásia (Iraque, Indonésia, etc.) e da África (inúmeros, sem conta...).
Tudo isso que referi é histórico, Leonel. São fatos, puros e duros, apesar de serem muito pouco abonadores da influência dos EUA no mundo. Sou tão anti-imperialismo soviético como anti-imperialismo americano. Ambos jogaram sempre a mesma moeda, as faces é que eram duas...
Não discuto países politicamente antidemocráticos e escandalosamente violadores dos direitos humanos, Leonel. Mas discuto supostos países democráticos que não respeitam os direiros humanos mais básicos, tal como os EUA quando fizeram 60 guerras em todo o mundo desde a II Grande Guerra (portanto, 1 por ano, em média). Não esqueçamos que foram eles que armaram os talibãs e também o próprio Saddam Hussein, e que depois fizeram guerras contra eles (destruindo-lhes os países), uma das quais sob a falsa acusação de fabricação de armas químicas. Entre Bush e Saddam, será possível escolher? - Eu não ousaria fazê-lo...
Abraços Gloriosos!
O Family Guy é realmente fantástico, Rodrigo. Rompe quaisquer atitudes politicamente corretas...
Abraços Gloriosos!
Rui, eu gosto de história, e particularmente história das guerras, e sei muito bem o que aconteceu na Ásia e no oriente médio!
Não acredito em Papai Noel e sei que não tem santos nessa história!
O que eu quis dizer é que hoje em dia, os sindicatos americanos são muito fortes e corporativistas.
Abraços e SA!
Xi, Leonel, não partilhamos os mesmos gostos quanto a história. Eu tenho amigos que, como o Leonel, gostam de história das guerras, mas confesso que não gosto nada desse tipo de história. Acho a guerra o pior de todos os males - humanos matando os da mesma espécie apenas pelo poder, pelo prestígio, pelo dinheiro. Nunca me esquecerei do desempenho do Marlon Brando num filme sobre o Vietnam quando ele dizia, na sua voz rouca, que "a guerra é o horror".
Quanto aos sindicatos, confesso que não estou, neste momento, completamente a par da situação americana (se é que evoluiu, mas julgo que não), mas espanta-me a sua afirmação, porque os sindicatos americanos eram portadores da corrupção que todos nós conhecemos, e mesmo quando se teorizou sobre o novo sindicalismo americano nas décadas de 1950-60, a perspectiva nunca foi a de 'luta' mas a de 'negociação' em que o cumprimento das regras era o 'coração' do sistema e não a conquista de novos direitos - característica central de muitos sindicalismos que fizeram significativas evoluções ao nível de direitos sociais conquistados. Ora, sindicalismo sem afrontamento não pode ser forte, nem gerar acordos fortes. Os sindicalismos de luta alemão, sueco, francês, etc. - para não falar no inglês que a M. Tatcher destruiu - são tradicionalmente bastante mais fortes do que o americano e geram legislações muito mais favoráveis do que a legislação americana.
Ademais, a defesa dos trabalhadores não me parece que se configure apenas na 'luta sindical'. Efetivamente, a legislação existente sobre 'relações laborais' - e o seu cumprimento - pode não ser diretamente relacionada apenas com o sindicalismo, e dá a medida do que existe em termos de direitos dos trabalhadores (em Portugal, o 25 de abril que depôs a ditadura é que permitiu legislar a Constituição mais avançada do mundo - assim considerada por eminentes constitucionalistas mundiais - e direitos sociais e humanos ainda hoje muito significativos). Ora, tradicionalmente, a gestão de recursos humanos, componente fundamental dos sistemas de relações industriais (patronato-sindicato-Estado), é tida nos EUA como uma dimensão menor e cuja excessiva flexibilidade legislativa não fortalece a segurança dos trabalhadores, ao contrário de alguns modelos sociais europeus em que a gestão de recursos humanos é uma componente fundamental dos direitos legislativos dos trabalhadores.
Em todo o caso, não me parece que os EUA sejam os campeões de defesa dos modelos sociais, quer pela flexibilização da gestão de recursos humanos quer pela privatização quase total do sistemas de saúde (valha o Obama que tenta mudar esse rumo). Nem os campeões da condenação às discriminações sobre religião, etnia, género, etc., nem os campeões de abolição da pena capital. E etc.
Mas continuo a gostar muito de si, obviamente.
Abraços Gloriosos!
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