sábado, 11 de janeiro de 2014

FLUtuações: as máscaras dos tapetistas das Laranjeiras (10)

Caros amigos botafoguenses, embora o conheçam há muito tempo, quero clarificar o meu pensamento e o meu sentimento relativamente a questões relacionadas com os tapetões que têm ocorrido e enxovalhado o futebol brasileiro.

Em primeiro lugar, que fique bem claro que não pactuo com quaisquer vitórias inventadas fora de campo, nem que isso beneficie o Botafogo, e defendo que as irregularidades não podem ser aplicadas exclusivamente através de fatores objetivos, isto é, nos termos do lema dura lex, sed lex.

Em segundo lugar, quero frisar que descer de divisão, por exemplo, não é o fim do mundo, apesar de doer muito: o Palmeiras já lá esteve duas vezes, o Vasco da Gama caminha para a segunda vez caso a CBF não faça outro tapetão, conforme é sugerido em diversas notícias, e também o Botafogo, o Corinthians, o Fluminense, o Grêmio e o Atlético Mineiro já lá estiveram. Deveriam ter lá estado também o Flamengo e o Internacional, porque em 1987 negaram-se a jogar a fase final do campeonato brasileiro. E deviam ter estado duplamente: o Internacional foi salvo no tapetão em 1995 quando foi condenado pela FIFA a descer de divisão por falta de pagamento do empréstimo do atleta Silas, mas logo outra ‘caneta dourada’ anulou a sentença (era presidente da FIFA João Havelange…); o Flamengo foi salvo pelas arbitragens pelo menos em duas circunstâncias. Os únicos que, segundo sei, não beneficiaram de nenhum tapetão ou apito amigo foram o Santos e o São Paulo.

Por isso, poderão alguns ‘espertos’ referir que eu não tenho moral para falar, mas tenho, porque:

(a) Nunca defendi qualquer ato imoral ou amoral a favor do Botafogo, e todos sabem que vou muitas vezes contra a corrente dos botafoguenses que quiseram o regresso de jogadores que nem merecem um olhar nosso, ou que defenderam o perdão imediato a atos de indisciplina de jogadores, ou que apaziguaram falhas clamorosas da diretoria, entre outros casos.

(b) Jamais omito uma falha de arbitragem a nosso favor, embora sejam raríssimas.

(c) Uma vez mais, enquanto alguns defendem a parceria com a empresa Telexfree, eu sou contra, porque nunca apostei nas conjunturas, mas no trabalho estrutural, e também entendo que é obrigação do Botafogo ir à procura de parcerias capazes, que não ofereçam dúvidas, já que ao contrário do que dizem alguns, que o Botafogo não tem nada a ver com as decisões da justiça, eu digo que tem a ver com a sua ética e a sua honra, e que a decisão tomada pela diretoria ainda pode vir a ser paga duramente, além do desprestígio óbvio.

(d) Publiquei em 2008 dois artigos que elencavam as viradas de mesa do futebol brasileiro e não exclui desses artigos as situações em que o Botafogo foi indiretamente beneficiado, tal como se pode comprovar no seguinte endereço: http://mundobotafogo.blogspot.pt/2008/10/viradas-de-mesa-alertando-memria.html

(e) Considero absoluta falta de sensibilidade e de bom senso esta diretoria sujeitar os torcedores do Botafogo a tão dura prova pública, e empurrando alguns torcedores do Glorioso a favor da parceria na esperança de um manancial de dinheiro que traga os títulos que a diretoria não conseguiu em cinco anos devido a uma desastrosa gestão dos seus plantéis – especialmente nos desmanches dos times de 2012 e 2013.

A quem oferece dúvidas as minhas posições, tomadas em nome do meu conceito de honra, devo dizer que, embora o Botafogo tivesses sido indiretamente beneficiado de tapetões, isto é, sem a sua própria intervenção, pagou a 2ª divisão em 2002 e subiu jogando bola. Não foi o caso do Fluminense, por exemplo, que não subiu da 2ª divisão para a 1ª, nem é o caso do Flamengo salvo pelos apitos amigos.

Portanto, esses dois clubes ESTÃO DEVENDO A 2ª DIVISÃO, enquanto o Botafogo já pagou em 2002 quaisquer benefícios anteriores. E mais: ofereceram a Bebeto de Freitas a possibilidade de um tapetão em 2002, mas ele não aceitou arcar com esse ‘rabo de palha’ e deu como resposta que o Botafogo iria subir de divisão jogando bola. Assim foi. Na honra.

Não tenho nada a ver com a maioria dos torcedores do Flamengo e do Fluminense. O primeiro clube tem os árbitros a salvá-lo constantemente e o segundo clube a proteção inequívoca dos dirigentes federativos e confederativos. Esses torcedores não têm ética, não sabem o que é a honra, não amam verdadeiramente o desporto, fazem mal ao futebol e assumem vulgarmente atitudes canalhas.

Em tempos, eu suprimia comentários de argentinos que menorizavam os brasileiros e ofendiam as brasileiras, e de cathartiformes, cujas ordinarices para com o Glorioso e eu próprio sempre tiveram como resposta a eliminação dos seus comentários sem um pestanejar de olhos. Mas agora são os ordinários tapetistas fluminenses que ganharam a vanguarda, não se aguentaram com a rubrica ‘FLUtuações em prosa e imagem’ e mostram o seu verdadeiro rosto desmascarando-se. Levam com o indicador direito em cima da tecla ‘delete’. Valem zero, como diria o tricolor Jô Soares.

Confesso que a rubrica ‘FLUtuações’ tinha inicialmente um objetivo visível e outro objetivo invisível: o visível, pretendia / pretende desmascarar as vergonhosas atitudes dos tapetistas e manter acesa a memória; o invisível, pretendia fazer estalar o verniz dos ‘pó-de-arroz’, cujo apelido deveu-se a um atleta fluminense chamado Carlos Alberto que para mascarar a origem da cor escura da sua pele entrou em campo com o rosto cheio de ‘pó-de-arroz’, que com o suor se desfez e a máscara caiu de vez. Tive, então, a certeza do que já supunha. Porém, nem posso publicar os comentários, que em geral têm tantos palavrões como os dos cathartiformes. Igualam-se num belo flaxflu…

Finalmente, espanta-me que cathartiformes e tapetistas frequentem assiduamente o Mundo Botafogo, porque eu não vou perder tempo aos blogues deles. Porém, compreendo que se querem aprender algumas atitudes desportivas dignas só num blogue botafoguense o conseguem. Mas aviso que continuarei o ‘delete in’ – com imenso ímpeto.

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